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Giardíase Bianca Dias - FAMEMA Veronesi - Tratado de Infectologia Fonte: Veronesi - Tratado de Infectologia 1681 → Anton van Leeuwenhoek - primeiro a isolar Giardia lamblia 1859 → Vilem Lambl - descreve forma trofozoídica denominada de Cercomonas intestinalis 1879 → Grassi - descobre a forma cística 1915 → denominação empregada atualmente em homenagem a Alfred Giard ⇒ Giardia lamblia ETIOEPIDEMIOLOGIA Protozoário intestinal Ciclo de vida - 2 estágios: · Trofozoíto · cisto Cisto: forma infectante responsável pela disseminação do parasita · Infecções → ingestão de 10 ou menos cistos · infecções de média intensidade → eliminação de 300 milhões a 14 bilhões de cistos/dia · resistentes → podem permanecer viáveis por 2 meses no meio externo · temperatura e umidade (água de 4°-10°C) → viáveis pode vários meses · Cloração da água e desinfecção por luz UV → INSUFICIENTES para destruir o cisto · Surtos em piscinas e cidades por fontes de água e abastecimento · Água > 60°C → erradicar o cisto · Eliminação dos cistos NÃO É CONTÍNUA → possíveis exames de fezes com resultados falsos-negativos · Ingestão pelo ser humano → ciclo de vida completo Em todas as regiões do mundo → preferencialmente clima temperado e tropical Mais comum em grupos < 10 anos OMS: · zoonose → animais parasitados contaminam riachos e reservatórios de água · zonas com saneamento básico precário: mais acometidas → +% países em desenvolvimento · Países desenvolvidos: patologia emergente por alimentos e água contaminados · mais intensidade - EUA: piscinas públicas e reservatório de água Pacientes imunocomprometidos e outras condições: · Hipo ou agamaglobulinemia · AIDS · 26% dos pcts em SP acometidos · H. pylori → aumenta presença de giardíase por reduzir HCl · Fts nutricionais e HLA-B12 → maior achado da moléstia Transmissão: · água, ingestão de frutas, verduras e legumes contaminados pelos cistos · manipuladores de alimentos · contato direto com a pessoa (fecal-oral): creches, asilos, orfanatos e clínicas psiquiátricas · relações sexuais anal-oral no caso de indivíduos homossexuais CLÍNICA · De infecções assintomáticas com portadores sãos até infecções graves com diarreia crônica e má absorção intestinal · Período de incubação → 1-2 semanas antes do aparecimento de sintomas · variando de 1-45 dias · Principal sintoma → diarreia: inicialmente líquida, pode chegar a esteatorreia acompanhada de náuseas, desconforto abdominal e perda de peso DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Exame de Fezes · EPF → Melhor maneira de estabelecer o dx · método não invasivo · fácil execução · baixo custo · equipamento disponível em todos os laboratórios de parasitologia · Fezes liquefeitas → uso de conservante na coleta (SAF ou Schaudin) → pesquisa de trofozoítos · Métodos corretos: direto e corado por hematoxilina férrica · Fezes formadas ou pastosas → pesquisa-se a presença de cistos · metodologia direta ou de concentração de Ritchie ou Faust e colaboradores · eliminação de cisto não é contpinua → períodos de 7-10 dias com pequena quantidade ou desaparecimento → exames falsos-negativos · Realização de 3 exames → 1 a cada 3 dias · Sensibilidade de 66,4% Enterotest ou Teste do Barbante · Teste difundido no Brasil, não tanto em outros países · Cápsula gelatinosa que envolve um saco de borracha siliconizada --. interior com peso de aço → carregado ao duodeno pela peristalse · Jejum de 4h → obter suco duodenal para pesquisa de trofozoítos de G. lamblia · Positividade não alcança mais que 50% Antígeno nas fezes · várias modalidades → ELISA (técnica imunoenzimática) mais utilizada · detecta uma proteína → 91-98% de sensibilidade e 100% de especificidade · imunofluorescência direta ou indireta → mt utilizada · sensibilidade de 99,2% · Ac monoclonais ou policlonais conta os Ag dos cistos ou trofozoítos · Imunocromatografia → nova técnica Sorologia · apenas em estuddos epidemiológicos · anti-Giardia IgM elevados em indivíduos com infecção recorrente Radiologia · Não é específica · puco uso para dx · alterações radiológicas no TGI alto, dilatação do intestino delgado Biologia molecular · reação de cadeia polimetase ou pelas sondas genéticas FONTE: VERONESI R., FOCACCIA R. Tratado de Infectologia. 3ª ed. São Paulo: Ed Atheneu; 2005.
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