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Rebeka Freitas HISTOLOGIA Mucosa - O estômago corresponde à porção mais dilatada do sistema digestório; sua função é transformar o bolo alimentar em quimo através de mecanismos químicos e mecânicos. - Cárdia, fundo, corpo e região antropilórica ⇾ regiões anatômicas do estômago. - Histologicamente, há três regiões: cárdia, fundo e corpo (são histologicamente idênticos), e antro. - Mucosa, submucosa, muscular e serosa (recoberta por peritônio) ⇾ camadas do estômago. - O estômago possui pregas longitudinais chamadas de rugas, que são dobras de mucosa e de submucosa ⇾ quando o estomago enche, essas pregas se desfazem; são transitórias. - O estomago é formado por um epitélio glandular; as glândulas estão presentes na lâmina própria. - A glândula secreta seu produto, o qual é conduzido pela fosseta (espécie de ducto) até a luz do estomago. - Três mecanismos de proteção do estômago: muco, junções oclusivas e alta vascularização da lamina própria. - O epitélio do estômago é colunar simples ⇾ as células são mucosas = produtoras de muco com mucina e com bicarbonato. - O muco rico em bicarbonato neutraliza o ácido que é produzido no estômago (bicarbonato). - As junções oclusivas fortes presentes entre as células mucosas impedem a penetração dos produtos agressores na mucosa (ex. ácido clorídrico, pepsina) ⇾ também não passa nutrientes. - O suco gástrico (luz) é ácido; o pH do estômago é em torno de 4-5 em repouso; em situações de digestão pode chegar ao pH1 ⇾ fator agressor para a mucosa gástrica ⇾ o muco rico em bicarbonato neutraliza essa acidez ⇾ a parede é relativamente neutra às custas do bicarbonato. - O epitélio glandular invagina para formar as glândulas; a constituição do epitélio e das fossetas é semelhante ⇾ mesmo tipo de célula nos dois. - As células mucosas (nas fossetas) produzem o muco, que é bem viscoso ⇾ fica aderido no glicocálix das células ⇾ não é lançado no lúmen; a função do muco é ficar grudado na célula para neutralizar o ácido clorídrico que encosta na parede do estômago. - Uma parte da digestão de proteínas ocorre no estômago; um pouco de digestão de lipídios também acontece ⇾ dificilmente há absorção dessas substâncias no estomago por conta das junções oclusivas. - Quando o álcool é absorvido no estomago, ele desestabiliza, afrouxa as junções oclusivas ⇾ aumento da permeabilidade ⇾ passa não somente o álcool, mas o que estiver ali no estômago, como ácido, lipases, enzimas digestivas ⇾ fatores de agressão. - Outro mecanismo de proteção no estômago é a lâmina própria bem vascularizada ⇾ rápida remoção de substâncias toxicas que podem ter conseguido entrar ou que foram produzidas pelo metabolismo das células. - O epitélio e as fossetas gástricas são compostas por células mucosas tanto na cárdia como no corpo e fundo e no antro ⇾ na região das glândulas é que há características diferentes de uma região para outra. - Cárdia: Histologia e Fisiologia do Estômago Su bm uc os a M us cu lar Se ro sa M uc os a Rebeka Freitas • As fossetas da cárdia são mais curtas se comparadas as do antro; glândulas curtas, simples ou pouco ramificadas; normalmente não há mais de uma glândula para uma fosseta; • As glândulas cárdicas do estômago também possuem células mucosas; podem ser encontradas células parietais (poucas ⇾ fazem a produção de ácido clorídrico). - Fundo e corpo (maior parte): • Uma fosseta pode desembocar, estar ligada até 3 ou 6 glândulas; as glândulas são tão profundas, que elas são divididas em três porções: istmo, colo e base ⇾ glândulas fúndicas. • No istmo, há três tipos de células: mucosas, células tronco e células parietais. • As células tronco têm a função de se diferenciarem para formar todas as células que se encontram no estômago ⇾ vão se diferenciando e subindo/descendo ⇾ renovação do epitélio. • No colo, há células tronco, células mucosas do colo (não são as mesmas células mucosas do epitélio e das fossetas) e células parietais. • O grupo de células mucosas no colo não produz um muco tão viscoso, que fique aderido ⇾ é um pouco mais fluido e vai para o lúmen; contém substâncias bactericidas (lisozimas). • Na base, há um tipo celular, as células principais ou células zimogênicas ⇾ produtoras de enzimas (pepsina, lipase gástrica) ⇾ a mesma célula produz tanto a pepsina quanto a lipase gástrica. • Se a célula produz enzima, o RER é a organela mais desenvolvida ⇾ marcação basófila. - Célula enteroendócrinas ⇾ grupos de células encontradas por todo o sistema digestório; normalmente são encontradas isoladas, mas podem estar agrupadas; mais comumente encontradas na base, mas não somente nela. - Células G ⇾ produtoras de gastrina; células D ⇾ produtoras de somatostatina; ECL (células semelhantes enterocromafins) ⇾ produtoras de histamina. - Na região de corpo e fundo são encontradas as células G e as ECL. - Região antropilórica: • A região antro pilórica é caracterizada por fossetas bem profundas e glândulas mais profundas ⇾ células mucosas na região das glândulas ⇾ diferença do antro para a cárdia: não há células parietais, nem raras; • Essa região é caracterizada pelas células D, que produzem somatostatina. >>> Células parietais Rebeka Freitas - Em repouso, há uma alta quantidade de mitocôndrias na membrana basolateral ⇾ significa que a célula tem um alta afinidade no transporte de íons. - Muitas mitocôndrias = marcação mais acidófila. - As células parietais possuem canalículos que são como vesículas que se juntam para abrir um canal. - Dentro das células parietais existe o sistema tubulovesicular ⇾ uma vez estimulado, o sistema tubulovesicular se funde ao canalículo ⇾ aumento do tamanho do canalículo e das microvilosidades ⇾ a superfície de membrana aumenta. - A H-K-ATPase na membrana (bomba de prótons) joga hidrogênio para o lúmen, fazendo com que ele fique ácido. - Aumento da superfície = aumento das bombas de prótons = mais hidrogênio transportado = menor o pH do lumen. Submucosa, muscular e serosa - A submucosa é formada por um tecido conjuntivo um pouco mais denso que o da lamina própria, mas sem característica de glândulas. - A camada muscular do estômago, ao invés de somente duas camadas, possui três camadas: a camada externa é longitudinal, a média é circular e a interna é obliqua. FISIOLOGIA - O estômago possui uma função secretora e uma função motora. - No estômago, o alimento deixa de ser sólido (bolo alimentar) e passa a ser quimo (pastoso), a partir da motilidade e da mistura com as secreções gástricas. - No período de digestão, para entrar no intestino, o alimento precisa estar na forma pastosa (quimo). • SECREÇÃO - O estômago secreta seu conteúdo gástrico, o suco gástrico, que consiste em uma mistura de diversas secreções (ex. muco rico em bicarbonato, hidrogênio e cloreto, fator intrínseco, pepsina e lipase gástrica). -Nem sempre o hidrogênio e cloreto se juntam para formar ácido clorídrico; eles são carregados separadamente. - A quantidade de muco na luz é pouca, pois o muco rico em bicarbonato (secretado pelas células mucosas) fica majoritariamente aderido à parede do estômago. - As células fazem transporte de hidrogênio e cloreto (transporte iônico) e fazem secreção do fator intrínseco (exocitose) ⇾ o mesmo estímulo possibilita esses dois mecanismos. - As células principais produzem tanto pepsinogênio como lipase gástrica. - O pepsinogênio é secretado em sua forma inativa ⇾ a maior parte das proteases é produzida na sua forma inativa, pois se não ela faz a digestão da própria célula que a secretou. - Algum fator faz a conversão da protease em sua forma ativa em seu local de ação ⇾ a ativação do pepsinogênio, que é ácido, se dá em meio ácido ⇾ quantomais ácido, maior a conversão em sua forma ativa (pepsina); por isso o hidrogênio precisa ser transportado pelas células parietais, para tornar o meio (estômago) mais ácido. - O estômago normalmente, em condições normais (sem digestão), tem um pH em torno de 4 ⇾ o estômago é ácido por natureza; em uma situação de digestão, o hidrogênio é mais transportado para fora da célula ⇾ menor o pH ⇾ o pH pode ficar menor que 2 (extremamente baixo ⇾ importante, pois faz com que o estômago fique praticamente esterilizado. - É muito difícil encontrar um microrganismo no estômago, devido ao seu pH ácido ⇾ vantagem. - A lipase gástrica também é acida; seu pH ótimo é ácido ⇾ se o pH não estiver adequado, as enzimas não conseguem funcionar corretamente. Rebeka Freitas - As enzimas da boca e do estômago são consideradas dispensáveis, pois é possível sobreviver sem elas. - A única função do estômago que é considerada indispensável (não há quem substitua) é a função do fator intrínseco. - A digestão das proteínas é iniciada no estomago, transformando-as em peptídeos grandes ⇾ pepsina. - A lipase gástrica é produzida em sua forma ativa, mas só age quando está em um ambiente ácido. - Fase cefálica e oral da digestão: nesse momento, as células (mucosas, parietais e principais) já são estimuladas para realizarem suas secreções ⇾ o nervo vago ativa o sistema nervoso entérico que libera a acetilcolina para essas células (sinalização neural). - A acetilcolina, nas células mucosas, estimula a secreção de muco e bicarbonato (neutralização, proteção); nas células parietais, a acetilcolina estimula o transporte do hidrogênio, do cloro e a produção de fator intrínseco; nas células principais, a acetilcolina estimula a secreção de pepsina e lipase gástrica. - Na fase gástrica, esses mesmos estímulos acontecem, mas com uma magnitude maior. - As células parietais respondem a mais tipos celulares além de responder à acetilcolina. - As células ECL secretam histamina e as células G produzem gastrina ⇾ a acetilcolina também estimula esses dois tipos de célula. - As células ECL e as parietais estão localizadas próximas uma da outra (região de fundo e corpo); as células G estão localizadas no antro. - As células ECL, quando estimuladas pela acetilcolina, liberam histamina, que por sua vez estimula a células parietais; a gastrina, liberada pelas células G a partir da estimulação de acetilcolina, estimula as células ECL e as células parietais. -As células parietais respondem à acetilcolina (sinalização neural), à histamina (sinalização parácrina) e à gastrina (sinalização endócrina); as células ECL respondem à acetilcolina e à gastrina; as células G respondem à acetilcolina e ao peptídeo liberador de gastrina. - O estimulo mais potente para a célula parietal é a histamina ⇾ quando há só acetilcolina, o efeito sobre a célula parietal é leve. - Gastrina, histamina e acetilcolina aumentam o número de transportadores de hidrogênio. - Quanto maior as microvilosidades, maior a quantidade de transportadores. - O principal estimulo para as células ECL é a gastrina, que também estimula o crescimento das células ECL. - O principal estímulo para as células G são os peptídeos liberadores de gastrina. - Na membrana apical da célula parietal há um transportador, a bomba de prótons (H+/K+ATPase) que transporta hidrogênio para fora e potássio para dentro da célula ⇾ gasto de energia, pois o transporte do hidrogênio é contra o gradiente de concentração. 1) Bomba de sódio e potássio joga sódio para fora da célula, e potássio para dentro da célula; 2) O potássio vai para o lúmen; 3) O potássio é colocado para dentro da célula novamente, e junto com sua entrada há a saída de hidrogênio para o lumen - Para cada hidrogênio que se forma, um bicarbonato precisa sair da célula para a circulação, para que a reação dentro da célula continue acontecendo ⇾ se o bicarbonato permanecesse e se acumulasse na célula, a reação para formação de hidrogênio cessaria (o equilíbrio não permitiria). 4) Quando o bicarbonato sai da célula e entra na circulação, o cloro entra na célula. 5) O cloro sai da célula e entra no lúmen. Rebeka Freitas - A gastrina age num receptor que, uma vez ativado, aumenta o cálcio intracelular; a acetilcolina também age num receptor que, uma vez ativado, aumenta o cálcio intracelular. - A histamina age num receptor que, uma vez ativado, aumenta AMPc ⇾ mecanismo diferente da gastrina e da acetilcolina ⇾ efeito mais intenso. - Ranitidina: bloqueador de H2 ⇾ bloqueio da ação da histamina ⇾ outros mecanismos agem pra aumentar o H+. - Medicamento ideal: inibidores das bombas de hidrogênio (IBP) ⇾ omeprazol, pantoprazol, lanzoprazol, esomeprazol. - Quando o alimento chega no estômago (fase gástrica), ele distende suas paredes; essa distensão ativa o sistema nervoso entérico, o que leva à secreção de Ach. - Vagotomia: nervo vago é retirado ⇾ não há estimulo na fase cefálica/oral, mas quando há a distensão do estômago pelo alimento ⇾ o sistema nervoso entérico entra em ação e acontece a secreção de hidrogênio. - No antro não há células parietais, pois há uma célula nessa região, além da célula G, a célula D, que produz somatostatina. - Quando o ácido que veio de fundo e corpo chega no antro, estimula as células D, que são sensíveis ao hidrogênio ⇾ feedback negativo ⇾ a somatostatina inibe a célula G (gastrina estimula ECL e célula parietal); a somatostatina também pode inibir a célula parietal - Se o hidrogênio fosse produzido no antro, as células D ficariam ativas o tempo todo ⇾ por isso não há células parietais e consequente secreção de ácido no antro. - O principal local em que a H-pylori se instala é na região antro- pilórica por conta do ambiente não ácido ⇾ uma das principais causas de gastrite crônica é a H pylori; a gastrite aguda é causada principalmente pelo uso de AINE. - A prostaglandina reduz a formação de ácido ⇾ o AINE diminui a COX, que diminui a produção de prostaglandina ⇾ não há redução da produção de ácido. - A prostaglandina faz vasodilatação; sem ela, há vasoconstrição ⇾ menor fluxo sanguíneo ⇾ menor capacidade de retirar toxinas; há a suspeita que AINE também diminua a produção de muco. • MOTILIDADE - Funções do estômago: armazenamento; mistura e trituração do alimento; propulsão peristáltica. - A regulação da velocidade de esvaziamento gástrico é uma função que compete ao intestino ⇾ processo gradativo. - A digestão e esvaziamento gástrico dependem de qual alimento é ingerido ⇾ de modo geral, 3-4h ⇾ quanto maior o teor proteico do alimento, mais retardado será o processo de digestão (6-8h). - Quando o estomago esvazia rápido demais, o intestino não dá conta de fazer todo o processo de digestão e absorção que precisaria fazer ⇾ é necessário um ajuste fino. - O estômago possui divisão anatômica (cárdia, fundo, corpo e antro), histológica (cárdia, fundo + corpo e antro) e funcional (região proximal e região distal). Rebeka Freitas - Fundo e parte do corpo: região proximal ⇾ armazenamento do alimento; relaxamento receptivo. - Final do corpo e região antro-pilórica: região distal ⇾ mistura, trituração e propulsão. - Na região proximal, a parede da muscular externa do estomago é mais fina, enquanto na região distal é mais espessa, devido à atividade que acontece nessa região - O estomago é formado de músculo liso ⇾ junções comunicantes (junções GAP). - A informação para que a região relaxe ou se contraia é inicialmente controlada pelo nervo vago (reflexo) ⇾ ativação de fibras especificas para cada região. - As fibras do nervo vago que chegam na região proximal são inibitórias (VIPérgicas) ⇾ produzem VIP e NO ⇾ causam relaxamento do musculo. - Região distal: fibras colinérgicas ⇾ liberação de AcH ⇾ contração.- Assim como as fibras do átrio não se comunicam com as fibras do ventrículo, as fibras da região proximal do estômago não se comunicam com as da região distal, mesmo que existam as junções comunicantes ⇾ algo limita a comunicação ⇾ região marca-passo. - Região marca-passo ⇾ a partir desse ponto, há células marca-passo (células intersticiais de Cajal) ⇾ do marca-passo pra frente, essas células geram o ritmo elétrico basal para as fibras musculares da região. - Quando as fibras são estimuladas pelo sistema nervoso entérico, elas contraem ⇾ a partir do estômago, além da fibra muscular lisa e o SNE, há também as células intersticiais de Cajal. - O SNE é a inervação própria do sistema digestório ⇾ o estimulo simpático e o parassimpático influenciam o sistema digestório; entretanto, se forem removidos, o sistema digestório continua funcionando. - As células de Cajal promovem junções comunicantes com as células do musculo liso, e também se comunicam com o SNE. - Essas células marca-passo geram uma despolarização sublimiar ⇾ não atinge o limiar de contração do musculo liso ⇾ não gera contração. - A despolarização sublimiar gerada pelas células de Cajal recebe o nome de ritmo elétrico basal. - Quando o ritmo elétrico basal (ondas lentas) coincide com o estimulo do SNE, os dois se somam e o limiar de contração é atingido. - As células de Cajal determinam o ritmo com o qual as contrações podem surgir e auxiliam na geração de força contrátil. - A cada 3 minutos há o surgimento de uma onda lenta. - Na região distal, cada contração que chega é mais intensa que a anterior. - O quimo “bate” no piloro e retorna, pois esse está fechado ⇾ esse movimento é chamado de retropropulsão do quimo ⇾ ajuda a quebrar o alimento. - Quando a pressão na região do piloro passa de um determinado ponto, o piloro é forçado a abrir ⇾ só passa o conteúdo que estiver na forma pastosa, pois a abertura é pequena ⇾ assim que o conteúdo passa pelo piloro, a pressão cai e ele fecha novamente ⇾ inicia-se o processo de retropropulsão. Rebeka Freitas - Quando o conteúdo chega no duodeno, estimula a secreção de secretina, que inibe a secreção de ácido; estimula a colecistocinina (CCK), que inibe a motilidade gástrica. - Secretina e CCK portanto inibem a ação do estômago ⇾ o estômago fica assim parado enquanto o intestino faz o processo de digestão, absorção ⇾ quando o intestino termina esses processos, não há mais conteúdo em seu interior⇾ CCK e secretina não são secretados ⇾ estômago retoma sua atividade. - Tanto a CCK como a secretina estimulam a secreção de suco pancreático ⇾ neutraliza o quimo e promove sua digestão. - Após o período digestivo, há outro padrão motor: complexo migratório mioelétrico ⇾ padrão de varredura ⇾ uma onda surge do estômago para o duodeno, removendo o que não foi digerido. - Essa onda, quando passa pelo piloro, relaxa-o, fazendo com que ele tenha uma abertura maior que a usual ⇾ itens sólidos (ex. gude, brinquedo) que não conseguiram ir para o intestino no período digestivo conseguem passar no período interdigestivo por meio desse complexo migratório mioelétrico. - Motilina ⇾ hormônio cujos níveis estão elevados no período interdigestivo ⇾ permite a ação desse complexo. - O vômito e a ânsia de vômito são caracterizados por movimentos peristálticos invertidos (de baixo para cima), que normalmente vêm do estômago, mas também podem iniciar do intestino delgado. - O centro do vômito é separado do centro da ânsia de vômito (todos dois estão no tronco encefálico) ⇾ ou seja, pode acontecer ânsia de vômito sem ter vômito depois, assim como pode ocorrer vômito não precedido por ânsia. - No movimento do vômito, a onda abre tanto o EEI como o EES ⇾ o conteúdo consegue sair; na ânsia de vômito, apenas o EEI é aberto ⇾ o conteúdo para no meio do caminho, não consegue sair. - Quando ocorre a retropropulsão no estômago, se o EEI não estiver fechado, o conteúdo pode refluir ⇾ na DRGE, o EEI incompetente causa esse refluxo do conteúdo, por isso pessoas com essa condição não podem encher muito o estômago ⇾ na DRGE, o movimento peristáltico está intacto. - No vômito e na ânsia de vômito, o EEI não é incompetente; a onda peristáltica inversa que força a abertura desse esfíncter. - Estímulos para ativação do centro do vômito e da ânsia de vômito: mecanorreceptores na garganta, quimiorreceptores no estômago (ex. ativados por alimentos tóxicos), alterações do pH, estímulos visuais, auditivos e olfatórios. - Eventos no reflexo do vômito: aumento da pressão abdominal (para ajudar na passagem); parada respiratória no momento (para que o conteúdo não vá para o sistema respiratório); aumento da salivação (para proteger contra a acidez do conteúdo do vômito).
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