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Projeto Integrador II

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(
UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP
nome do cursO
)
 (
SANDRA PIRES DE ALMEIDA
58242619549
)
 (
 LITERATURA na educação INFANTIIL
:
O PROCESSO DE LEITURA
)
Irecê
2020
 (
sandra pires de almeida
58242619549
)
 (
literatura na educação infantil
:
O Processo de leitura
)
 (
Projeto de Pesquisa apresentado como exigência para obtenção de nota parcial na Disciplina Projeto Integrador II.
Tutora a Distância: Maria Clotilde Bastos
)
Irecê
2020
1. INTRODUÇÃO
Como instrumento de suma importância na construção do conhecimento do educando, a educação infantil, utilizada de modo adequado, fazendo com que ele desperte para o mundo da leitura não só como um ato de aprendizagem significativa, mas também como uma atividade prazerosa.
O mundo dos livros não é apenas parte da comunicação e da linguagem em seu sentido amplo, mas sim um instrumento capaz de trabalhar com a emoção e a capacidade de interação humana. Alem do prazer de entrar em um mundo imaginário, a leitura iniciada na infância pode ser a chave para um bom aprendizado escolar.
Quando a criança entra em contato com o mundo da leitura encontra mais facilidade em aprender e melhor conviver no espaço escolar. A leitura em uma de suas muitas manifestações está relacionada com outros modos de expressão que formam a bagagem comunicativa da criança desde seus primeiros anos, desde a Educação Infantil.
Por isso é importante procurar despertar o gosto pela leitura na criança desde a Educação Infantil, tornando se imprescindível potenciar uma criança ativa, curiosa para que vá construindo sua imagem do mundo em interação com a realidade com adultos e com seus companheiros
2. OS BENEFÍCIOS DO TRABALHO COM LITERATURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Com a necessidade de demonstrar que a leitura constitui fonte de prazer na medida em que atende a necessidade de ludismo e de informação da criança. Por meio da leitura, o aluno satisfaz essa necessidade vinda das diferentes mensagens e indagações que os textos suscitam.
A proposta com este projeto tem o objetivo de oportunizar a criança à vivência de situações de leitura através da abordagem de diferentes manifestações literárias propondo atividades que motivem o aluno à recepção do texto, provendo um clima de liberdade que propicie condições favoráveis a assuntos diversos dos seus cotidianos. Sobre isso, Zilberman, (1998, p.30), afirma que o texto sugerido nos livros didáticos, vem sempre acompanhado de exercícios de análise,
Os objetivos de leitura e estudo de um texto literário são específicos a este tipo de texto, devem privilegiar aqueles conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à formação de um bom leitor de literatura: a análise do gênero do texto, dos recursos de expressão e de recriação da realidade, das figuras autonarrador, personagem, ponto-de-vista, a interpretação de analogias, comparações, metáforas, identificação de recursos estilísticos, poéticos, enfim, o estudo daquilo que é literário. (ZILBERMAN, 1998, p.43).
A preparação da criança como leitora passa pela adoção de um comportamento em que a leitura deixe de ser ocasional para integrar-se a rotina, para isso inicialmente a criança escuta a história lida pelo adulto, logo após tem o livro como um objeto que possa tocar, folhear e tentar compreender as imagens unindo assim ao enredo que ouvira, despertando assim um senso crítico e tornando a aprendizagem mais prazerosa.
Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto – em cuja percepção rio experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber-se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão eu ia apreendendo no meu trato com eles nas minhas relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais […] A decifração da palavra fluía naturalmente da “leitura” do mundo particular. Não era algo que se estivesse dando superpostamente a ele. Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus pais. O chão foi o meu quadro-negro; gravetos, o meu giz. (FREIRE, 1989, p. 9 e 11)
Desse modo, as instituições de educação pré-escolar podem se valer do repertório de histórias que as crianças ouvem em casa e a contação de histórias, o que, por sua vez, constitui grande fonte de informação sobre as várias formas culturais de lidar com as emoções e questões sociais, contribuindo para a formação do pré-leitor. A leitura de histórias é um momento em que a criança pode conhecer a forma de viver, pensar e agir e o universo de valores, costumes e comportamentos de outras culturas situadas em outros tempos e lugares que não são seus. (BRASIL, 1998, p. 143).
3. O TRABALHO NAS SÉRIES INICIAIS
Os textos literários provocam reflexões de natureza cognitiva e afetiva, permitindo ao leitor a entrada em um mundo desconhecido, porém, instigante, que desenvolve o imaginário, e desperta a curiosidade. Considerando, dessa forma, a leitura como uma forma de se perceber o mundo e a realidade que o cerca., a literatura possibilita a formação de cidadãos capazes de entender a realidade social, atuar sobre ela e transformá-la.
Segundo Coelho (2000)
Desde as origens, a literatura aparece ligada a essa função essencial: atuar sobre as mentes, nas quais se decidem as vontades ou as ações; e sobre os espíritos, nos quais se expandem as emoções, paixões, desejos, sentimentos de toda ordem […]. No encontro com a literatura (ou com a arte em geral) os homens têm a oportunidade de ampliar, transformar ou enriquecer sua própria experiência de vida, em um grau de intensidade não igualada por nenhuma outra atividade (COELHO, 2000, p. 29)
Os leitores constroem significados sobre o que ouvem ou lêem usando seus conhecimentos prévios, criando imagens que estão ligadas às suas próprias experiências e interações humanas, e construindo significados na medida em que interagem com outras crianças e adultos, comentando as histórias. 
Para que o convívio do leitor com a literatura resulte afetivo, nessa aventura espiritual que é a leitura, muitos são os fatores em jogo. Entre os mais importantes está a necessária adequação dos textos às diversas etapas do desenvolvimento infantil. (COELHO, 2000, p.32).
O trabalho com o texto literário, na Educação Infantil, inclusive, não deve ter o ensejo de alfabetizar as crianças, tendo em vista que, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, as práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem garantir experiências que possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos. Ainda de acordo com o documento
A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e à interação com outras crianças. (BRASIL, 2010, p. 18).
A Literatura, na Educação Infantil, é capaz de promover o conhecimento de si e do mundo, incentivando a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, objetivos elencados como eixos do currículo nas práticas pedagógicas na Educação Infantil.
4. OBJETIVOS
4.1 – Objetivo Geral:
Este projeto tem por objetivo fazer um estudo sobre a Educação Infantil descrevendo e apresentando-a, revisando o conceito e a finalidade da literatura e sua aplicação durante esta faixa de vida das crianças. Instigando o desenvolvimento de métodos de leitura capazes de estimular o aluno a ser agente de criação tanto na leitura como na produção.
4.2 – Objetivos Específicos:
· Mostrar a trajetória histórico-cultural da literatura infantil;
· Apresentara evolução da sociedade e da instituição escolar em relação à infância;
· Abordar a utilização da literatura em sala de aula mesmo com crianças que ainda não saibam ler;
· Os benefícios da literatura infantil;
· Como fazer a escolha dos materiais a serem utilizados na Educação Infantil;
5. METODOLOGIA
Será realizada uma revisão bibliográfica nas seguintes bases de dados, Scielo, Google acadêmico, por meio de artigos científicos e literaturas relacionadas com a palavra-chave “Criança. Escola. Literatura infantil” foram artigos publicados que já tenham citado as palavras chaves acima, revisões bibliográficas. Foram excluídos resumos de artigos, revisões sistemáticas da literatura e artigos completos publicados anteriormente ao ano de 2011. 
Este projeto será desenvolvido tomando por base o método recreativo-formativo, que visa a leitura e a apresentação da Literatura infantil, buscando por meio da leitura satisfazer no aluno a necessidade de ludismo e de informação, sendo-lhe permitido assumir uma atitude crítica em relação ao mundo. A exploração de textos ainda durante a Educação Infantil pode servir no sentido de obter experiências mais produtivas visando ao estabelecimento de uma relação prazerosa da criança com o livro.
Como objetivos de avaliação pretende-se identificar avanços, dificuldades, conquistas e tensão, compreender a potencialidade expressa pelos alunos e sistematizar os avanços apresentados, estabelecer novos caminhos e situar o aluno no processo de ensino-aprendizagem construindo formas de comunicação claras e objetivas sempre monitorando e observando.
6. CRONOGRAMA
	MES/ETAPAS
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02
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03
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09
	Mês
10
	Mês
11
	Mês
12
	Escolha do tema
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Levantamento bibliográfico
	X
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	Redação do trabalho
	
	
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Revisão do Feedback
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	Entrega da Projeto N2
	
	
	
	
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	Realização do Projeto
	
	
	
	
	
	
	X
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	X
	X
	X
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da educação e do desporto. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília, DF, 1998.
Freire, Paulo, 1921 – F934i A importância do ato de ler: em três artigos que se completam / Paulo Freire. – São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989. (Coleção polêmicas do nosso tempo; 4)
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 4. ed. São Paulo: Global, 1985.
 (
UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP
nome do cursO
)
 (
literatura na educação infantil:
O Processo de leitura
)
Irecê
2020
 (
SANDRA PIRES DE ALMEIDA
58242619549
)
 (
literatura na educação infantil:
O Processo de leitura
)
 (
Artigo Científico
 apresentado como exigência para obtenção de nota parcial na Disciplina Projeto Integrador II.
Tutora a Distância: Maria Clotilde Bastos
)
Irecê
2020
RESUMO
A Literatura infantil tem papel fundamental na formação e desenvolvimento da criança, pois, proporciona a ela oportunidades de desenvolver a imaginação de forma significativa, ao mesmo tempo em que oferece a compreensão da realidade, mas para que para isso aconteça é necessário que desde os primeiros anos de vida a criança seja levada a ter contato com a leitura, visto que ouvir histórias já é uma forma de realizá-la. No entanto, muitas crianças só têm acesso ao mundo da leitura através de seus professores, assim quando esse contato não é estimulado em casa cabe a eles proporcionarem essa oportunidade em sala de aula. Com o objetivo expressar as reflexões sobre a importância da literatura infantil para crianças ainda na educação infantil. O trabalho está divido em três capítulos, sendo apresentado no primeiro capítulo um breve histórico do surgimento da literatura infantil e sua chegada ao Brasil. No segundo capítulo retratando a legislação sobre a Educação Infantil no Brasil. Finalizando a pesquisa, o terceiro capítulo esboça a relação da literatura infantil e escola, onde se conclui que a leitura vista como um recurso prazeroso e não obrigatório, ainda é um grande desafio para a escola, que por sua vez precisa assumir o papel de formadora de leitores críticos e autônomos, a fim de abrir as portas do mundo através da leitura. 
Palavras-chave: Criança. Escola. Literatura infantil.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................13
2. LITERATURA INFANTIL.....................................................................14
2.1 SURGIMENTO DA LITERATURA INFANTIL................................14
2.2 LITERATURA INFANTIL DO BRASIL..........................................16
3. OS BENEFÍCIOS DA LITETRATURA INFANTIL E COMO 
FAZER A ESCOLHA DOS MATERIAIS.............................................17
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................19
5. REFERÊNCIAS...................................................................................20
1. INTRODUÇÃO
A qualidade da produção literária voltada para a criança despertou o interessa da escola, empenhada em reconquistar para a leitura crianças e jovens, cada vez mais seduzidos pela imagem que se oferecia eletronicamente através da tecnologia.
Na linha editorial infantil pode ser encontradas verdadeiras preciosidades de arte literária assim com o exemplos refinados de artes plásticas e gráficas. Tendo em vista que cabe ao professor dos primeiros anos o papel mais importante, o de despertar na criança o gosto pela leitura e interesse por livros desde os seus contatos iniciais antes mesmo que seja capaz de decifrar os códigos da escrita.
Este trabalho vem com uma perspectiva onde o professor deve estar na preocupação com a existência concreta de um leitor infantil e terá como ponto de partida a pesquisa sobre os critérios na escolha de cada obra a ser trabalhada, quais as estratégias que poderá utilizar para despertar oi interesse das crianças, como tornar a leitura produtiva mesmo com crianças ainda pequenas instigando-os a se apaixonar pelo que está sendo lhe apresentado.
Inicialmente este projeto apresenta um breve histórico sobre a literatura infantil e seu início no Brasil, com destaque a algumas obras nacionais em seguida oferece alguns benefícios do que proporciona a leitura ainda na primeira infância e como isso pode servir de base para um ensino de maior qualidade quando houver ingresso no Ensino Fundamental. 
Levando então ao pedagogo formas diversas de como realizar a escolha do material a ser utilizado apresentando a cada criança aquilo que necessário em cada fase de desenvolvimento considerando aspectos diversificados e fazendo uso do material contribuindo para a construção de uma geração de leitores mais críticos e exigentes.
2. LITERATURA INFANTIL
2.1 SURGIMENTO DA LITERATURA INFANTIL
A Literatura Infantil é um produto cultural da sociedade contemporânea que oferece à criança um meio de educá-la através de fábulas ou narrativas. Contar histórias é um costume antigo, e foi a partir deste originou-se a Literatura Infantil. A Literatura Infantil da adaptação de contos populares contados por pessoas comuns em rodas de história.
Antes disso, não havia preocupação em incluí-las na família ou na sociedade, porque a infância era totalmente desconsiderada, as crianças participavam, juntamente com os adultos, da vida política e social, testemunhavam as guerras, a vida, as festas. […] Antes não se escrevia para elas, porque não existia infância. (ZILBERMAN, 1985, p. 13) 
O livro “infantil” mais antigo de que se tem notícia, o “Livro dos Cinco Ensinamentos”, datado do século V e VI a.C., escrito em sânscrito, cujo conteúdo era ensinamentos religiosos e políticos, dirigido às crianças através de fábulas e narrativas. Na Idade Média, com objetivos de educar moral, político e religiosamente, eram escritas fábulas em manuscritos, podiam ser histórias romanceadas, contos de cavalaria, canções gesta e o bestiário (coleção de histórias sobre animais reaisou imaginários)
A Literatura Infantil tem seu início no século XVII, com o surgimento dos Contos de Fadas (“Conte de Fee”, em francês), pelo escritor francês Charles Perrault, edições de narrativas folclóricas contadas pelos camponeses, governantas e serventes para que elas se adequassem à audiência da corte do rei Luiz XIV (1638– 1715). (FREIRE, p.160) quando o publica, diversos textos sobre os contos de fada, uma variação do conto popular ou fábula, transmitida oralmente, que surgiu para transmitir conhecimento e valores culturais de geração para geração, onde o herói ou heroína tem de enfrentar grandes obstáculos antes de vencer o mal. 
Sobre a datação do surgimento da infância Batista e Moreno (2005, p. 8), apontam a seguinte afirmativa:
Nos séculos XVII e XVIII, movimentos culturais e religiosos, como o Iluminismo e Protestantismo, deram lugar ao descobrimento da infância, considerando-a como etapa diferente da idade adulta e tratada diferencialmente. À medida que concepções fatalistas e predeterministas da vida foram desaparecendo as pessoas sentiam-se mais protagonistas da própria existência e passaram a atribuir um papel importante a educação das crianças.
Daí em diante, a Literatura Infantil passou a ser considerada uma vertente da literatura geral, expandindo da França para a Inglaterra, onde se fortaleceu com a Revolução Industrial, que assinalou o período com atividades renovadoras nos setores econômicos, sociais, políticos e ideológicos da época.
Através de suas adaptações de contos folclóricos e lendas, destinados até então aos adultos, Perrault responsável pelo primeiro surto da Literatura infantil, Lajolo e Zilberman (2003), constitui um novo gênero literário, com direcionamento também as criança. Convertendo uma produção popular e de circulação oral em leitura infantil, com adaptação pedagógica, e relatos moralizantes:
O trabalho de Perrault é o de um adaptador. Parte de um tema popular trabalha sobre ele e acresce-o de detalhes que respondem ao gosto da classe à qual pretende endereçar seus contos: a burguesia. Além dos propósitos moralizantes, que não tem a ver com a camada popular que gerou seus contos, mas com os interesses pedagógicos burgueses. (CADEMARTORI, 1987, p. 36). 
A Literatura infantil, portanto, começa a apresentar-se, segundo Cunha (1990), a partir do momento em que os ideais burgueses atingiram seu auge no século XVIII, ideais de uma classe social que se consolidou causando mudanças na sociedade, como o modelo familiar burguês e a reorganização da escola. Pode-se dizer que é nesse momento que a criança entra como um valor a ser levado em consideração no processo social e no contexto humano. (COELHO,1985,p.108)
No entanto, no Brasil a introdução da Literatura direcionada para as crianças ocorreu de maneira diferente, pois teve como base, o sólido acervo já formando de livros europeus, que se multiplicou entre os brasileiros através de obras de caráter pedagógicos normalmente traduzidos e adaptados, seguidos da nova visão de leitura como o: patriotismo. Todavia são autores citados 12 nesse capítulo, como: Perrault, os Grimm, e Andersen, fundamentais na gênese da Literatura Infantil, que proporcionam e apresentam às crianças brasileiras, o surgimento de uma leitura também voltada a elas.
2.2 LITERATURA INFANTIL NO BRASIL
O aparecimento da literatura infantil no Brasil foi iniciado pelo aceleramento da urbanização que ocorreu entre o fim do século XIX e o começo do século XX. Segundo Lajolo e Zilberman (2004, p. 28), depois desse momento, passa a existir um grande contingente de consumidores de bens culturais e o conhecimento passa a ser importante para o novo modelo social. Com isso, começava a se firmar no Brasil o desenvolvimento das traduções e adaptações de obras literárias para o público infantil e juvenil, e surge então, à compreensão da necessidade de uma literatura nacional própria para a criança brasileira que precisava se instruir, um público ávido por consumir os produtos culturais dos novos tempos.
Inicialmente, essa literatura foi utilizada no campo escolar com o objetivo de ensinar conteúdos da língua portuguesa, ou seja, como um recurso especificamente didático, a qual, infelizmente, o acesso foi mais facilitado a população que possuía maior renda social. Sandroni (1998) salienta:
Até os fins do século XIX, a literatura voltada para crianças e jovens era importada e vendida no mercado disponível apenas para a elite brasileira, constituindo-se principalmente de traduções feitas em Portugal, pois, no Brasil ainda não havia editoras e os autores brasileiros tinham seus textos impressos na Europa. (SANDRONI, 1998, p. 11).
Nessa época de valorização do saber, aparecem as primeiras manifestações de reforma pedagógica e literária que visava à formação de um novo modelo de geração brasileira. Dessa maneira, Monteiro Lobato foi, sem dúvida, um divisor de águas na literatura infantil brasileira, se destacando com a publicação de sua grande obra, como aponta Sandroni (1998):
Com a publicação de A menina do narizinho arrebitado, em 1921, José Bento Monteiro Lobato inaugura o que se convencionou chamar de fase literária da produção brasileira destinada especialmente às crianças e jovens. (SANDRONI, 1998, p. 13).
De acordo com a autora, a menina do nariz arrebitado se tornou um marco na Literatura Infantil nacional, devido ao fato de Monteiro Lobato utilizar em suas narrativas a realidade comum e familiar da criança nas histórias dos livros, introduziu a oralidade nas falas do narrador e personagens, deixando de lado o padrão culto, o que possibilitou mais emoção durante a leitura e a escuta dessas histórias.
Lobato incorporou ainda temas do folclore em suas obras influenciando diversos autores, sobretudo a partir da década de 1970, que produziram um novo modelo de literatura infantil, utilizando uma linguagem inovadora e poética com enfoque ao humor e ao imaginário, possibilitando que a criança se tornasse mais reflexiva e participativa, acreditando na capacidade de os pequenos adquirirem consciência crítica baseada na simplicidade das palavras utilizadas.
Com o avanço da escolarização nos anos 80, os textos passaram a apresentar conflitos e questionamentos entre a criança e o mundo, e as ilustrações começaram a fazer parte do material como destaque junto à escrita. A representação da literatura infantil passou a ser convidativa atraindo ainda mais e motivando as crianças.
O percurso da literatura infantil brasileira revela ao estudioso uma serie de percalços ao longo da trajetória empreendida, a qualidade estética que reveste as produções destinadas ao público infantil na atualidade permite ao professor a possibilidade de apresentar o mundo mágico da literatura como suporte para as atividades de alfabetização (SARAIVA. J.A, p.41). Cabendo ao professor instigar a leitura usando motivação e contribuir para a subjetividade da criança.	
3. OS BENEFÍCIOS DA LITERATURA INFANTIL E COMO FAZER A ESCOLHA DOS MATERIAIS
De acordo com Vygotsky (2000, p.110), “aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida da criança”. O processo de desenvolvimento progride por meio do aprendizado e o autor explica esse processo pelo conceito de zona de desenvolvimento proximal, que é definido como a distância entre o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial, a solução independente de problemas, e a solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes, respectivamente.
A Literatura infantil auxilia na aquisição do gosto pela leitura e contribui para o desenvolvimento infantil, pois resgata o lúdico na aprendizagem e, proporciona um prazeroso contato com a linguagem escrita, tornando-se uma importante ferramenta para a alfabetização, o conhecimento de mundo e autoconhecimento.
Através dos livros ilustrados e com pequenos textos, da história oral, da leitura de historias e poesias a criança entra em mundos diferentes ao da sua realidade, como afirma o Referencial Curricular Nacionalpara Educação Infantil:
A ampliação do universo discursivo da criança também se dá por meio do conhecimento da variedade de textos e manifestações culturais que expressam modos e formas próprias de ver o mundo, de viver, de pensar [...] musicas, poemas e historias são um rico material para isso. (REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998, p.139)
A criança tem seu jeito próprio de ler e contar histórias, pois a leitura compreende muito mais do que decodificar letras e sílabas, implicando em um conjunto de ações como a interpretação de desenhos e figuras.
A criança que ainda não sabe ler convencionalmente pode fazê-lo por meio da escuta da leitura do professor, ainda que não possa decifrar todas e cada uma das palavras. Ouvir um texto já é uma forma de leitura. (REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998, p. 141)
A partir das modalidades de leitura, é possível desenvolver várias atividades como: construção de fantoches com sucata, com papel, pano, realização de desenhos, colagens, pinturas, atividades de expressão corporal, mímicas, dramatizações, criação coletiva de novos finais para a trama, novas ilustrações para a confecção de livros, construção de um texto coletivo, confecção de jogos da memória, dominó e quebra-cabeças, sempre permitindo que a criatividade leve-nos a explorar o vasto caminho literário.
Na escolha dos materiais recomenda-se a utilização de temas transversais na pré-escola permitindo ao educador trabalhá-los através de historias. A pluralidade cultural também pode ser abordada através da literatura, conhecer culturas e povos diversos pode ser fascinante para que as crianças adentrem nas historias e façam viagens por meio da imaginação. 
O educador tem um papel muito importante ao realizar cada escolha, para isso é necessário muito empenho e pesquisa que deve ser bem elaborada de acordo com cada faixa etária englobando geografia, a história, a cultura e os aspectos sociais nas obras utilizadas.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer deste trabalho foi possível observar que a Literatura enquanto recurso lúdico-pedagógico é importante, pois é através dela que o conhecimento chega até as crianças ainda pequenas.
A partir das pesquisas realizadas pudemos conhecer a origem histórica da Literatura Infantil e sua finalidade, assim como alguns autores que deram início. Pôde-se notar que o costume de contar histórias precisa ser levado para dentro das nossas salas de aula, não com o intuito de distração, mas com a consciência de que se for bem trabalhado as crianças assimilarão melhor os conhecimentos mesmo que inconscientemente, formando um amadurecimento saudável de seu conhecimento.
O hábito de leitura foi abordado em todo o projeto explorando que desde o nascimento é possível ser construído e estimulado. O material a ser utilizado pode ser diversificado podendo-se trabalhar com poesias, lendas e temas diversos, bastando apenas que o educador abra sua mente e crie uma aula interessante e proveitosa para ambos, instigando cada vez mais as crianças a apreciarem diversos tipos de histórias.
A Literatura Infantil só tem a acrescentar na Educação Infantil, pois ainda sem decifrar os códigos de leitura as crianças ainda pequenas formam-se seres críticos para um futuro em que possam exercer esta criticidade e cidadania, tornando-se bem informadas e preparadas para defender-se dos contratempos do mundo.
REFERÊNCIAS
BATISTA, Cleide Vitor Mussini; MORENO, Gilmara Lupion. Visão histórico-filosófica de infância, perspectiva de infância na contemporaneidade. In: ZAMBERLAN, Maria Aparecida Trevisan (Org.). Educação Infantil: subsídios teóricos e práticas investigativas. Londrina: CDI, 2005. p. 7-18.
BRASIL. Ministério da educação e do desporto. Diretrizes Curriculares Nacionais Para A Educação Infantil. Brasília, DF, 2010
BRASIL. Ministério da educação e do desporto. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília, DF, 1998.
BORDINI, Maria da Glória. A literatura infantil nos anos 80. In: SERRA, Elizabeth D’Ângelo (Org). 30 anos de literatura para crianças e jovens: algumas leituras. Campinas – São Paulo. Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil, 1998
CADEMARTORI, Lígia. O que é literatura infantil. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987
COELHO, Nelly Novaes; Literatura Infantil: Teoria Análise Didática. Edit. Moderna,1º Ed. São Paulo 2000.
FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler – em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora & Autores Associados, 1989.
SARAIVA, Juracy Assmann. Leitura e alfabetização: do plano do choro ao plano da ação. ed. Artme, 2001-Porto Alegre.
SANDRONI, Laura. De Lobato à década de 1970. In: SERRA, Elizabeth D’Angelo (org.). 30 anos de literatura para crianças e jovens: algumas leituras. Campinas: Mercado de Letras / Associação de Leitura do Brasil, 1998.
VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
ZILBERMAN, Regina. A Literatura Infantil na escola. 10ª edição – São Paulo: Global, 1998.
ZILBERMAN, Regina. Literatura Infantil: autoritarismo e emancipação. 2ed. São Paulo: Ática, 1984____LAJOLO, M. Literatura infantil brasileira: história e histórias, 2 ed. São Paulo: Ática, 1995 
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