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1 Victoria Diniz Magalhães REGULAÇÃO ÁCIDO-BÁSICA Nível de pH normal (7.35-7.45) o nosso corpo faz de tudo para manter esse equilíbrio de pH que é o que as nossas células funcionam. Quando ocorre uma desregulação, o nosso organismo utiliza mecanismos (rápidos e lentos) para voltar a essa faixa ótima. Quanto maior a concentração de hidrogênio, menor o valor do pH. Pequenas variações no pH já indicam uma variação muito grande na concentração do hidrogênio. O nosso pH sérico varia entre 7.35-7.45, tendo como média o valor de 7.4. Se o valor do pH começa a diminuir indo para abaixo de 7.35, tem-se uma acidose; da mesma forma, se ele aumentar mais que 7.45, indica uma alcalose. O valor do pH é influenciado principalmente pela concentração de CO2 no sangue, dado pela PCO2 (35-45mmHg). Quando o CO2 começa a aumentar no sangue, ele aumenta a concentração de hidrogênio e de bicarbonato e, quando o hidrogênio aumenta devido ao aumento do CO2, diz-se que está tendo um aumento de ácidos voláteis. Se a concentração do hidrogênio aumenta derivado de outros ácidos que não o CO2 (cetoacidose, ácido lático), são ácidos não voláteis). Quando há um aumento de hidrogênio derivado de ácidos não voláteis, há um consumo de bicarbonato presente no sangue (22-26miliEq/L – com média de 24miliEq/L). REGULAÇÃO ÁCIDOBÁSICA: → Faixas normais da gasometria arterial: Parâmetro Variação normal pH = ácido ou básico 7,35 a 7,45 PCO2 = pressão parcial de CO2 35 a 45 mmHg HCO3- = bicarbonato 22 a 26 mEq/l PO2 = pressão parcial de oxigênio 80 a 100 mmHg A PO2 é a variável menos importante no momento. O nosso corpo faz de tudo para manter esses valores da tabela. Portanto, se o pH alterar, alguma das outras variáveis também irá alterar. – A regulação do balando do H+ é semelhante à regulação de outros íons do corpo. – O controle preciso da [H+] no LEC envolve muito mais do que a simples eliminação do H+ pelos rins – fundamental. Secreta hidrogênio e reabsorve bicarbonato. Se o bicarbonato acabasse, a secreção de hidrogênio também pararia, por isso, existem outras substâncias que são usadas no lugar do bicarbonato (como os compostos fosfatados e a amônia). – Existem também diversos mecanismos de tamponamento acidobásico envolvendo o sangue, as células e os pulmões. 2 Victoria Diniz Magalhães • A concentração de H+ é precisamente regulada: As atividades de quase todos os sistemas de enzimas no corpo são influenciadas pela concentração de H+. [Na+] no LEC 142 mEq/L. [H+] no LEC 0,00004 mEq/L (40 nEq/L). Relação de equilíbrio entre K+ e pH • O equilíbrio do K+ é muito sensível a alterações no equilíbrio do pH. A acidose causa hipercalemia (H+ entra e o K+ saí), enquanto a alcalose causa hipocalemia. • Esses distúrbios refletem os efeitos combinados do H+ no LIC e na função renal. • Líquido intracelular: O H+ tem uma variedade de maneiras de cruzar a membrana celular, de forma que, quando as concentrações plasmáticas de H+ aumentam, a concentração no LIC aumenta também. Visto que o H+ tem uma carga positiva, seria esperado que o influxo de H+ despolarizasse o potencial de membrana (Vm), mas a célula responde com um efluxo de contra equilíbrio de K+. Consequentemente, a concentração de K+ aumenta no LEC (hipercalemia). A alcalose tem o efeito oposto. O resultado é a hipocalemia. O contrário também é verdade. Na hiperpotassemia, o K+ desloca para dentro da célula e o H+ saí, aumentando o pH. • Função renal: O H+ tem efeitos simultâneos na função tubular, que levam a uma piora do desequilíbrio. A acidose inibe a secreção de K+ pelos segmentos distais, por inibir a atividade da Na-K ATPase das células principais (↓ a secreção de potássio). Essa inibição reduz a captação de K+ do sangue e o gradiente de concentração que dirige o efluxo de K, através da membrana luminal. O H+ também inibe os canais de K+ luminais das células principais, reduzindo a secreção de K+ diretamente e potencializando ainda mais a hipercalemia. A alcalose tem o efeito oposto, promovendo a secreção de K+ e a hipocalemia. 3 Victoria Diniz Magalhães Quando o pH está ácido, a tendência é o potássio aumentar, da mesma forma, quando o pH está básico, a tendência é o pH diminuir). Relação de equilíbrio entre Na+ e pH. • A reabsorção de Na+ pelo TP ocorre, em parte, a partir de um trocador luminal de Na-H (NHE3), o qual utiliza o gradiente transmembrana de Na+ para impulsionar a secreção de H. • Esse acoplamento Na-H significa que as rotas moduladoras da reabsorção de Na+ podem também afetar o equilíbrio do pH. • Quando a PAM ou o volume do LEC caí, a atividade do trocador de Na-H se intensifica, devido à liberação de ang-II, e o subsequente aumento da secreção de H+ resulta em alcalose. • A aldosterona aumenta ainda mais a alcalose por elevar os níveis de expressão do trocador de Na- H do TP e por estimular a atividade da H-K ATPase nos segmentos distais. • Inversamente, quando a PAM ou o volume do EC aumenta, a reabsorção de Na+ e a secreção de H+ ficam atenuadas, causando acidose. Ácidos e bases • Moléculas contendo átomos de H+ que podem liberar H+ ácidos. Ex: ácido carbônico (H2CO3) se ioniza com a água e forma H+ e HCO3-. • Molécula capaz de receber um H+ bases. Ex: HCO3- se combina com H+ e forma H2CO3. As proteínas corporais (albumina) também funcionam como base pois possuem carga negativa que se associa ao H+. • Alcalose remoção excessiva de H+ dos líquidos corporais. • Acidose adição excessiva de H+ nos líquidos corporais. Pode-se ter uma acidose por perda de bases, como por exemplo na diarreria, pois perde bicarbonato. Da mesma forma, pode-se ter alcalose por perda de HCl, como no vômito. • Ácidos e bases fortes e fracos: Ácido forte se dissocia rapidamente e libera grandes quantidades de H+ (HCl). Ácido fraco menos tendência a dissociar, portanto liberam H+ com menos vigor (H2CO3 – originado da hidratação do CO2). 4 Victoria Diniz Magalhães Base forte reage rapidamente com H+ (OH-) Base fraca se liga ao H+ com menos força (HCO3-). • Concentração normal de H+ e o pH: As variações normais de H+ ficam em torno de 3 a 5 nEq/L, mas sob condições extremas pode variar de 10 nEq/L até 160 nEq/L, sem causar morte – taxa de variação do pH é extremamente alta. O pH está relacionado com a concentração de H+ pela seguinte fórmula: Concentração normal de H+: 40nEq/L. pH é relacionado inversamente à [H+]: pH baixo: alta [H+]. pH alto: baixa [H+]. pH normal do sangue arterial: 7,4. pH normal do sangue venoso: 7,35 – mais ácido. Se o pH diminuir mais que 6.35 ou aumentar mais que 7.95, há risco de morte. • A maior parte do ácido é gerada internamente pelo metabolismo, em vez de ter sido ingerida. Ingestão: a maior parte da “ingestão” diária de ácido (em torno de 15 a 22 mol) é formada como resultado do metabolismo de carboidratos. Uma quantidade adicional de 70 a 100 nmol/dia de ácidos não voláteis (ácido nítrico, sulfúrico e fosfórico) é gerada pela quebra de aminoácidos e compostos fosfatados. A ingestão é muito baixa, por isso, a grande maioria dos ácidos derivam do metabolismo. 5 Victoria Diniz Magalhães Saída: a maior parte do CO2 gerada durante o metabolismo e convertida em H+ e HCO3- para o transporte sanguíneo é subsequentemente excretada pelos pulmões. Uma pequena quantidade de ácido volátil permanece presa no corpo, quando o HCO3- é perdido nas fezes, e deve ser excretada pelos rins como ácido não volátil. O ácido não volátil é excretado principalmente como ácido titulável e íon amônio no TP. O CO2 é a principal fonte de ácidos do nosso corpo, maior metabólito que temos. Quando o sangue passa nas células, grande parte do CO2 é convertido em bicarbonato; o hidrogênio se liga a hemoglobina e a célula retém um poucode bicarbonato, o que também libera hidrogênio para o sangue. No pulmão, o hidrogênio e o bicarbonato são convertidos em CO2, que é eliminado através da respiração. Dessa forma, observa-se que o sistema respiratório e o sistema renal desempenham um papel importante na regulação do pH. Assim, se ocorre um problema respiratório (DPOC), ocorre uma dificuldade em eliminar o CO2, como consequência, os ácidos voláteis começam a aumentar; logo, o pH diminui. Para tentar compensar, o sistema renal começa a eliminar esse excesso de hidrogênio. pH baixo (ácido) porque o CO2 está alto (PCO2 alta) – problema respiratório. O rim aumenta a secreção de hidrogênio para compensar, aumentando assim a concentração de bicarbonato. 6 Victoria Diniz Magalhães pH baixo (ácido) por muita produção de hidrogênio de ácidos não voláteis (metabólico) – esse hidrogênio se liga ao bicarbonato, diminuindo a sua concentração no sangue. O rim passa a receber menos bicarbonato e começa a tentar eliminar hidrogênio; o sistema respiratório tenta compensar tirando CO2 do sangue, logo, a PCO2 também diminui. Defesas contra variações da concentração de H+: • O ácido volátil é percebido por quimiorreceptores (mais sensíveis a PCO2 são os centrais, localizados no bulbo – identificam hidrogênio) do SNC no TE e regulado por ajustes na ventilação. Todos os segmentos do néfron estão envolvidos na secreção de ácido não volátil, mas o TB e as células intercalares dos segmentos distais desempenham papéis relevantes. Ácido volátil: os centros de controle respiratório do TE monitoram a PaCO2 plasmática por meio de alterações no pH do líquido cerebrospinal. Se qualquer um dos parâmetros estiver mais elevado do que o ideal, os centros de controle aumentam a ventilação, a fim de transferirem o ácido volátil adicional para a atmosfera. Ácido não volátil: o TP secreta a maior parte da carga diária de ácido não volátil. A acidose aumenta a secreção de H+ e aumenta a síntese de NH3 (amônia) pelo TP, enquanto a alcalose diminui a expressão dessas rotas. Os efetores primários do equilíbrio do pH são as células intercalares dos segmentos distais. A acidose metabólica crônica aumenta a proporção de células intercalares secretoras de ácido, ao passo que a alcalose metabólica reverte essa alteração e aumenta a densidade de células intercalares. O sistema renal de indivíduos com acidose crônica consome todo o bicarbonato, assim, as células renais, principalmente as células do TP, utilizam o aminoácido glutamato para formar amônio que forma a amônia – e impede o rim de continuar a secretar hidrogênio. Ácidos voláteis são eliminados pela ventilação e, os ácidos não voláteis são eliminados pela secreção renal. 7 Victoria Diniz Magalhães 1ª imagem: eliminação de CO2 e H+ pela ventilação. 2ª imagem: eliminação de ácidos pelo sistema renal. • Existem três sistemas primários que regulam a [H+]: 1. Sistemas-tampão químicos acidobásicos dos líquidos corporais – mais rápido. Age em segundos controlando a [H+]. O principal tampão no LEC é o HCO3-, o qual se combina com o H+ para formar H2O e CO2 por meio da reação catalisada pela anidrase carbônica. 2. Centro respiratório (remoção de CO2) – intermediário. Age em minutos eliminando CO2 e, portanto, H2CO3. 3. Rins (excretar tanto urina ácida quanto alcalina) – mais lento. Age em horas a dias porém é o sistema mais potente. Compensação aguda: horas depois do desequilíbrio. Compensação crônica: dias depois do desequilíbrio. Defesas contra variações da [H+]: tamponamento. • Tampão é qualquer substância capaz de se ligar, reversivelmente, ao H+. Alcalose respiratória compensada: pH alto, PCO2 alta; para compensar, os rins jogam bicarbonato fora, ou seja, HCO3- baixo. Não é comum, pode ocorrer devido a uma hiperventilação. Alcalose mista: pH alto, PCO2 baixa (distúrbio respiratório) e HCO3- alto (distúrbio metabólico). 8 Victoria Diniz Magalhães • Permite a manutenção constante da [H+] por volta de 40 nEq/L. Sistema-tampão do Bicarbonato (HCO3-). Sistema-tampão Fosfato (H2PO4- e HPO42-). Sistema-tampão da amônia: NH3 + H+ = NH4 (amônio). • Sistema-tampão do Bicarbonato: Consiste na solução aquosa contendo 2 ingredientes: Um ácido fraco: H2CO3. Um sal bicarbonato: NaHCO3. Anidrase carbônica catalisa a reação. Especialmente abundante: Paredes dos alvéolos pulmonares. Células epiteliais dos túbulos renais. H2CO3 se ioniza fracamente formando pequenas quantidades de H+ e HCO3-: → Quando o CO2 aumenta, o HCO3 sanguíneo também aumenta. – Bicarbonato de sódio (NaHCO3): líquido celular. Se ioniza quase completamente: Acoplando todo o sistema: → Se o desequilíbrio é metabólico, o sistema respiratório compensa, e, se o desequilíbrio é respiratório, o sistema renal compensa. 9 Victoria Diniz Magalhães Para o sistema-tampão do bicarbonato pode-se utilizar a equação de Henderson-Hasselbalch para calcular o pH de uma solução: se forem conhecidas as concentrações de HCO3- e o Pco2. → O pH é diretamente relacionado com a concentração de HCO3 e inversamente relacionado com a concentração de PCO2. ↑[HCO3-] ↑pH alcalose ↓PCO2 ↑pH acidose A [HCO3-] é regulada basicamente pelos Rins. O bicarbonato que é inicialmente reabsorvido seria eliminado. Mas, o sistema renal também pode produzir bicarbonato de 2 formas: • Quando o CO2 entra nas células tubulares e forma hidrogênio e bicarbonato. O hidrogênio é eliminado e o bicarbonato é reabsorvido. • Através do metabolismo da glutamina, pois, quando os rins quebram esse aminoácido, eles formam 2 moléculas de amônio e 2 moléculas de bicarbonato. É a forma mais eficiente e ocorre nas células do túbulo proximal. A Pco2 é controla pela intensidade respiratória (Pulmões). Distúrbios acidobásicos: Alteração da [HCO3-] distúrbio metabólico (acidose ou alcalose metabólica). Alteração da Pco2 distúrbio respiratório (acidose respiratória e alcalose respiratória). Se as duas variáveis se alterarem (HCO3- e H+), o distúrbio é misto. Proporção entre HCO3/CO2: 10 Victoria Diniz Magalhães → Nas duas proporções, o distúrbio pode ser metabólico ou respiratório. O sistema-tampão bicarbonato é o tampão extracelular mais importante. Os dois elementos do sistema tampão, HCO3- e CO2, são regulados, respectivamente pelos rins e pulmões. • Sistema-tampão do Fosfato: Tem papel importante no tamponamento do líquido tubular renal e dos líquidos intracelulares. Principais elementos: H2PO4- e HPO42-. Adição de ácido forte: Adição de base forte: Sua concentração no líquido extracelular é baixa, cerca de 8% da concentração do tampão do bicarbonato. A ingesta de bicarbonato de sódio (NaHCO3) alcaliniza o sangue. Mas, seu uso crônico pode provocar uma maior acidez do estômago, pois induz uma maior secreção de hidrogênio para manter o pH baixo. Defesas contra variação da [H+]: regulação respiratória. • Todo dia, 15 a 20 mol de CO2 são gerados no organismo. Em geral, essa grande quantidade de CO2 é efetivamente eliminada do corpo pelos pulmões. → Em condições de repouso, eliminamos aproximadamente 40mm de CO2 a cada 100mm de sangue. 11 Victoria Diniz Magalhães • Portanto, esse CO2 não causa impacto sobre o balanço ácido-básico. O CO2 é, em geral, chamado ácido volátil por ter potencial de gerar H+ após sua hidratação com H2O. • O ácido não derivado diretamente da hidratação de CO2 é chamado de ácido não volátil (Ex.: ácido lático; cetoacidose diabética; ácido). Se a ventilação começa a aumentar, elimina-se mais CO2, logo, o pH aumenta. Da mesma forma, se diminuir a ventilação, o pH começa a diminuir. • Aumento da [H+] estimula a ventilação alveolar: A variação da ventilação por unidade de pH é bem maior em níveis reduzidosdo pH a compensação respiratória ao aumento do pH não é tão efetiva quanto a resposta à redução do pH. 12 Victoria Diniz Magalhães → A variação do é mais significativa quando o pH já é menor. • Eficiência e capacidade de Tamponamento do sistema respiratório A regulação respiratória do balanço acidobásico é um tipo fisiológico de sistema-tampão porque é ativado rapidamente e evita que a [H+] se altere muito até que a resposta mais lenta dos rins consiga eliminar a falha do balanço. O controle respiratório não retorna à [H+] precisamente de volta ao normal, quando um transtorno fora do sistema respiratório altera o pH. A capacidade total de tamponamento do sistema respiratório é 1 a 2 vezes maior que o poder dos outros tampões químicos – principalmente o bicarbonato. → O sistema respiratório só consegue compensar distúrbios metabólicos, mas, o sistema renal consegue compensar distúrbios metabólicos e respiratórios. Defesas contra variações da [H+]: controle renal. • Comprometimento da função pulmonar Anormalidades na respiração podem causar mudanças na [H+]. Alterações que provocam dificuldade de eliminação de CO2 geram acúmulo no líquido extracelular: acidose respiratória. A capacidade de responder à acidose metabólica fica comprometida – exemplo DPOC. • Os rins controlam o balanço acidobásico ao secretar urina ácida (porque o pH encontra-se ácido, secreta mais hidrogênio e reabsorve mais bicarbonato) ou básica (está filtrando mais bicarbonato e secreta menos hidrogênio). HCO3-: filtradas continuamente para os túbulos. H+: secretados no lúmen tubular pelas células epiteliais. • Sob condições normais, quase todo o bicarbonato é reabsorvido nos túbulos, conservando assim, o sistema-tampão primário do LEC. Para a reabsorção do HCO3-: necessita de H+ para interagir e forma H2CO3. Alcalose: redução da [H+] os rins não conseguem reabsorver HCO3-. Acidose: aumento da [H+] os rins reabsorvem todo o HCO3- e produzem novo bicarbonato. • Os rins regulam a [H] do LEC por três mecanismos fundamentais: 13 Victoria Diniz Magalhães 1. Secreção de H+. 2. Reabsorção de HCO3- filtrado. 3. Produção de novo HCO3-. • Secreção de H+ e reabsorção de HCO3-: Ocorrem em praticamente todas as partes exceto nas porções finas descendentes e ascendentes de Henle. Para cada HCO3- reabsorvido, um H+ deve ser secretado. Paciente com acidose crônica: nas células tubulares do TCP, um aparato metabólico consegue degradar glutamina e formar 2 moléculas de amônio + 2 moléculas de bicarbonato. Essas 2 moléculas de bicarbonato são reabsorvidas. O amônio é trocado junto com o sódio, indo para o filtrado. Esse amônio, mias o que é formado nos néfrons contribuem para acidificar o filtrado. Esse amônio chega no ramo ascendente espesso da alça de Henle e, os transportadores de amônio o jogam para dentro das células tubulares. Nessas células, o amônio é quebrado, liberando o hidrogênio e amônio. O hidrogênio volta para o filtrado e, nesse momento, se tiver bicarbonato disponível, ele é reabsorvido. A amônio vai para o interstício. O mesmo ocorre no transportador tríplice. Essa amônia que vai para o interstício é fundamental, pois, vai para os ductos de coleta e lá, existem células intercaladas, com a bomba de potássio, que joga o potássio para dentro do néfron, mas, ela tem um limite e precisa de 14 Victoria Diniz Magalhães alguma substância para tamponar o filtrado para continuar jogando o hidrogênio para dentro; como é uma condição crônica, o indivíduo já vai estar reabsorvendo todo o seu bicarbonato, por isso a amônia é tão importante, pois pode ser usada em seu lugar para secretar o hidrogênio. O paciente que estiver compensando cronicamente uma acidose pelo sistema renal, vai apresentar um aumento de ácidos titulados na urina. Quanto mais ácidos titulados são liberados, mais ácido o pH da urina. Túbulo proximal, segmento espesso ascendente da alça de Henle e início do túbulo contorcido distal secretam H+ pelo contratransporte de Na+-H+. Esse mecanismo não estabelece [H+] muito elevada no filtrado. Ele só fica muito ácido a partir: túbulos coletores e ductos coletores. Paciente com acidose respiratória o bicarbonato tende a aumentar; e, paciente com acidose metabólica o bicarbonato tende a diminuir. • O HCO3- filtrado é reabsorvido pela interação com H+: O transporte de HCO3- através da membrana basolateral é facilitado por dois mecanismos: Cotransporte Na+-HCO3- no túbulo proximal. 15 Victoria Diniz Magalhães Troca Cl--HCO3- nos últimos segmentos do túbulo proximal, segmento espesso da alça de henle e túbulos coletores e ductos coletores. Sob condições normais, a secreção de H+ nos túbulos é de cerca de 4.400 mEq/L/dia e a filtração de HCO3- é de cerca de 4.320 mEq/L/dia o excesso (80 mEq/L/dia) retira do corpo os ácidos metabólicos – praticamente todo bicarbonato filtrado é reabsorvido. Excesso de HCO3-: é excretado. Excesso de H+: tamponado por fosfato e amônia e depois é excretado. • Secreção ativa de H+ nas células intercaladas. Iniciando-se no final dos túbulos distais e prosseguindo pelo restante do sistema tubular secreção de H+ por transporte ativo primário. Para cada H+ secretado, 1 HCO3- é reabsorvido. Esse mecanismo é importante na formação da urina ácida – bomba de hidrogênio. A [H+] pode ser aumentada até 900 vezes levando o pH do filtrado para até 4,5. Defesas contra variações da [H+]: fosfato e amônia. • Tampões fosfato e amônia. Quando H+ é titulado com HCO3- resulta na reabsorção do HCO3-. Excesso de H+ na urina se combina com outros tampões resultando na geração de HCO3-. 1) Fosfato: HOP42- e H2PO4-. 16 Victoria Diniz Magalhães 2) Amônia (NH3) e íon amônio (NH4). Os rins não podem excretar urina mais ácida que pH 4 a 4,5. Portanto, para excretar ácido suficiente, os rins excretam H+ com tampões urinários como fosfato (Pi). Coletivamente, os vários tampões urinários são chamados de ÁCIDOS TITULÁVEIS. 1) Sistema-Tampão Fosfato: HOP42- e H2PO4- • Estão concentrados no filtrado porque a água é normalmente mais reabsorvida pelos túbulos renais. Sempre quem um H+ secretado no lúmen tubular se combinar com tampão que não o HCO3-, o efeito líquido é a adição de novo HCO3- ao sangue. Uma molécula de glutamina produz 2 moléculas de bicarbonato e 2 de amônio, que produz mais 2 moléculas de bicarbonato. No final, uma única molécula de glutamina produz 4 moléculas de bicarbonato. 2) Sistema-Tampão Amônia: NH3 e NH4. • O íon amônio (NH4) é sintetizado a partir da glutamina que se origina do metabolismo de proteínas no fígado. 17 Victoria Diniz Magalhães Glutamina é transportada pelas células do túbulo proximal, ramo ascendente espesso da alça de Henle e túbulo distal. Cada Glutamina gera 2 novos HCO3-. Na acidose crônica, a concentração de bicarbonato é maior, devido a produção de novas moléculas de CO2. • Nos túbulos coletores, a adição de NH4+ ao líquido tubular ocorre por mecanismo diferente. NH4+ não atravessa a membrana, sendo, portanto, excretado. Para cada NH4+ excretado, 1 HCO3- é gerado e adicionado ao sangue. • Um dos aspectos mais importantes do sistema-tampão amônio-amônia renal é estar sujeito ao controle fisiológico. Regulação da secreção tubular renal de H+. • A secreção de H+ é importante tanto para a reabsorção de HCO3- como para a geração de novo HCO3- • A secreção de H+ deve ser cuidadosamente regulada. 18 Victoria Diniz Magalhães • Sob condições normais, os túbulos renais devem secretar H+ suficiente para reabsorver quase todo o HCO3- filtrado. Alcalose: secreção de H+ é reduzida excreção de HCO3- aumentada excreção de amônia é reduzida menos ácidos tituláveis na urina. Acidose: secreção de H+ é aumentada excreção de HCO3- diminuída excreção de amônia é aumentada mais ácidos tituláveis na urina. Correlação renal da acidose. • Equação de Henderson-Hasselbalch. • Acidose ocorre quando a proporção entre HCO3- para CO2 (H+) no LEC diminui reduzindo pH. Queda de HCO3- acidose metabólica. Aumento de Pco2 acidose respiratória. • A acidose diminui a proporção de HCO3-/H+ Tanto acidose respiratória quanto a metabólica causam uma diminuição na proporção de HCO3- para H+ no líquido tubular renal. Na acidose os rins reabsorvem todo o HCO3- filtrado e contribuem para a formação de novo HCO3- através da formação de NH4+ e ácido titulável. Acidose metabólica: excesso de H+ em relação ao HCO3- tubular devido à menor filtração de HCO3- - filtra menos bicarbonato e reabsorve menos também. Acidose respiratória: excesso de H+ tubular devido ao aumento do Pco2. • A acidose diminui a proporção de HCO3-/H+. 19 Victoria Diniz Magalhães Acidose metabólica: as respostas compensatórias incluem o aumento da frequência respiratória (hiperventilação) para diminuir o Pco2 e compensação renal, que, ao acrescentar novo HCO3- ao líquido extracelular, contribui para minimizar a queda inicial na concentração de HCO3- extracelular. Acidose respiratória: a resposta compensatória é o aumento do HCO3- do plasma, causado pela adição de novo HCO3- ao líquido extracelular pelos rins. • Equação de Henderson-Hasselbalch. – Na alcalose os rins secretam maior quantidade do HCO3- filtrado e reduzem muito a formação de novo HCO3-. Alcalose metabólica: excesso de HCO3- em relação ao H+ tubular. Alcalose respiratória: deficiência de H+ tubular devido a redução do Pco2. Permite calcular o pH, utilizando o sistema tamponador do HCO3-. • A alcalose aumenta a proporção de HCO3-/H+. Tanto alcalose respiratória quanto a metabólica ocorrem por um aumento na proporção de HCO3- para H+ no líquido tubular renal. 20 Victoria Diniz Magalhães Na alcalose os rins reabsorvem menos HCO3- filtrado aumentando a excreção de HCO3-. Alcalose metabólica: excesso de HCO3- em relação ao H+ tubular devido ao aumento da [HCO3-]. Alcalose respiratória: baixa [H+] devido à baixa Pco2 reduz a secreção tubular de H+ ao passo que aumenta a excreção de HCO3-. Alcalose metabólica: as compensações são a diminuição da frequência respiratória, o que aumenta a Pco2, e maior excreção renal de HCO3-, que contribui para compensar o aumento inicial da concentração de HCO3- no LEC. Compensada pelo sistema respiratório e renal. Alcalose respiratória: a resposta compensatória é a redução na [HCO3-] plasmática pela maior excreção de HCO3-. Compensada apenas pelo sistema renal. Variações primárias e variações compensatórias. As primárias têm um papel mais significativo. Alterações nas [H+], [HCO3-] e [CO2] arteriais nos distúrbios acidobásicos Distúrbio primário H+ HCO3- CO2 Causa da alteração do HCO3- Causa da alteração do CO2 Acidose respiratória Alcalose respiratória ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ Compensação renal Anormalidade primária Acidose metabólica Alcalose metabólica ↑ ↓ ↓ ↑ ↓ ↑ Anormalidade primária Compensação ventilatória reflexa 21 Victoria Diniz Magalhães pH = 7,27 – ácido. O que pode causar acidose? CO2 ↑ ou HCO3- ↓. PCO2 = 30 e HCO3- = 20. O paciente está com uma acidose metabólica, pois o seu bicarbonato está baixo e a sua PCO2 também, como uma forma de compensar. pH = 7,20. PCO2 = 52 e HCO3 = 20. Acidose mista, pois, se fosse uma acidose respiratória, devido a PCO2 alta, o HCO3 também iria aumentar. Nesse caso, ele diminui. Distúrbios ácido-base. • Distúrbios do balanço ácido-base que resulta de variação da [HCO3-] no LEC são chamados distúrbios metabólicos ácido-base. Acréscimo ou perda de ácidos não-voláteis. • Distúrbios do balanço ácido-base que resulta da variação do Pco2 são chamados distúrbios ácido- base respiratórios. Aumento ou redução da ventilação alveolar. Fontes de ganho ou de perda de H+ Ganho: • Produção de H+ a partir do CO2 • Produção de ácidos não voláteis a partir do metabolismo das proteínas e de outras moléculas orgânicas • Ganho de H+ devido às perdas de HCO3- na diarreia ou outros líquidos GI não gástricos • Ganho de H+, devido à perda de HCO3- na urina Perda: • Utilização de H+ no metabolismo de vários ânions orgânicos • Perda de H+ no vômito • Perda de H+ (principalmente na forma de H2PO4- e NH4-) Na urina • Hiperventilação Respostas renais a acidose e alcalose Respostas à acidose • Secreção de H+ em quantidade suficiente para reabsorver todo o HCO3- filtrado • Secreção de ainda mais H+ (ligado a tampões urinários – HPO4-), o que contribui para o novo HCO3- no plasma 22 Victoria Diniz Magalhães • Aumento do metabolismo tubular da glutamina e excreção de amônio, o que também contribuir pata o novo HCO3- do plasma. Resultado final: • Um maior número de HCO3- do que o habitual é adicionado ao sangue, e ocorre elevação do nível plasmático de HCO3, compensando, assim, a acidose. A urina é altamente ácida (pH mais baixo atingível = 4,4) Resposta à alcalose • A taxa de secreção de H+ é inadequada para reabsorver todo o HCO3- filtrado, de modo que são excretadas quantidades significativas de HCO3- na urina, e ocorre pouco ou nenhuma excreção de H+ em tampões urinários não HCO3- • O metabolismo tubular da glutamina e a excreção de amônio estão diminuídos, de modo que pouco ou nenhum HCO3- novo contribui para o plasma a partir dessa fonte Resultado final • A concentração plasmática de HCO3- está diminuída, assim, a alcalose. A urina é alcalina (pH>7,4) • Acidose metabólica: HCO3- < 22mEq/l. Diminuição da [HCO3-] do LEC e do pH. Causas: adição de ácidos não voláteis (ex.: cetoacidose diabética), perda de base não volátil (ex.: diarreia), falha dos rins em excretar ácidos (ex.: falência renal). Compensação: Aumento da ventilação – hiperventilação (compensação respiratória). Principal mecanismo compensatório. Em geral, ocorre diminuição de 1 a 1,2 mmHg na Pco2, para cada 1 mEq/L na [HCO3-]. • Ex.: redução para 14 mEq/L na [HCO3-], do valor normal de 24 mEq/L redução da Pco2 em 12 mmHg, caindo para 28 mmHg (40 – 12 = 28). 23 Victoria Diniz Magalhães Excreção renal de ácido e reabsorção de HCO3- podem ser aumentadas – acidifica a urina. HCO3- < 22mEq/l Alcalose metabólica: HCO3- > 26mEq/l. Aumento da [HCO3-] do LEC e do pH. Causas: adição de base não volátil (ex.: ingestão de antiácidos), como resultado de contração do volume (ex.: hemorragia), perda de ácido não volátil (ex.: vômitos prolongados). Compensação: Redução da ventilação, aumentando a Pco2 (compensação respiratória) – hipoventilação. Em geral, ocorre aumento de 0,7 mmHg na Pco2, para cada aumento de 1 mEq/L na [HCO3-]. • Ex.: aumento para 34 mEq/L na [HCO3-], do valor normal de 24 mEq/L aumento da Pco2 em 7 mmHg, aumentando para 47 mmHg (40 + 7 = 47). Excreção renal de HCO3- é aumentada. Isso ocorre pela redução da reabsorção de HCO3- e pela excreção diminuída do ácido titulável de NH4+. Acidose respiratória: PCO2 > 45mmHg. Aumento da Pco2 e redução do pH. Causas: troca diminuída a nível alveolar (ex.: depressão induzida por fármacos dos centros respiratórios; doenças respiratórias como DPOC e edema de pulmão). Compensação: Aumento da reabsorção de HCO3- pelo néfron, como a excreção de ácido titulável e de NH4+ (compensação renal). Estas respostas podem ser divididas em agudas e crônicas. • Fase aguda (tamponamento intracelular): aumento de 1 mEq/L na [HCO3-], para cada aumento de 10 mmHg na Pco2. Fase mais rápida. • Fase crônica (verdadeira compensação renal – metabolismo da glutamina): aumento de 3,5 mEq/L na [HCO3-], para cada aumento de10 mmHg na Pco2. Alcalose respiratória: PCO2 < 35mmHg. Diminuição da Pco2 e redução do pH. Causas: troca aumentada de gás nos pulmões, em geral, causada pelo aumento da ventilação (ex.: por fármacos ou distúrbios do sistema nervoso; altas altitudes, ansiedade, medo) – não é muito comum. 24 Victoria Diniz Magalhães Compensação: Redução na reabsorção de HCO3- pelo néfron, como a excreção de ácido titulável e de NH4+ (compensação renal). Estas respostas podem ser divididas em agudas e crônicas. • Fase aguda (tamponamento intracelular): ocorre diminuição de 2 mEq/L da [HCO3-] para cada queda de 10 mmHg na Pco2. • Fase crônica (compensação renal): redução de 5 mEq/L da [HCO3-] para cada queda de 10 mmHg na Pco2. Análise dos distúrbios ácido-base: A análise do distúrbio ácido-base é direcionada para identificar a causa, de modo que possa se iniciar a terapia apropriada. A análise da amostra de sangue pode seguir as seguintes etapas: 1) Avaliação do pH: para determinar se é uma acidose ou uma alcalose; 2) Determinação de distúrbio metabólico x distúrbio respiratório: examinar a [HCO3-] e a Pco2; Acidose metabólica: diminuição da [HCO3-]; Acidose respiratória: aumento da Pco2; Alcalose metabólica: aumento da [HCO3-]; Alcalose respiratória: redução da Pco2. 3) Análise de uma resposta compensatória (se o indivíduo não estiver compensando, o distúrbio pode até ser misto): Acidose metabólica: Pco2 diminuída; Alcalose metabólica: Pco2 aumentada; Acidose respiratória: [HCO3-] elevada; Acidose metabólica: [HCO3-] diminuída. Faixas normais da gasometria arterial: • Hiato aniônico (ânion Gap): 25 Victoria Diniz Magalhães É uma importante definição clínica que auxilia a identificar e diferenciar entre os tipos de acidose metabólica. Um ânion gap é calculado mediante comparação das concentrações totais de cátions e ânion do soro, as quais, conforme o princípio da eletroneutralidade em massa, devem ser iguais. O ânion gap está normalmente em uma faixa de 8 a 16 mmol/l. Algumas formas de acidose metabólica são causadas por acúmulo de lactato, cetoácidos ou outros ânions como esses, o que faz a diferença se expandir. Principal cátion: Na+; principais ânions: HCO3- e Cl-. A contribuição dos Ânions orgânicos aumenta em alguns tipos de acidose metabólica e o hiato se amplia. O hiato aniônico (ou hiato gap) é causado pelas cargas negativas das proteínas e ácidos orgânicos (p. ex.: lactato, cetoácidos). • Distúrbio ácido-base misto: Se a resposta compensatória não ocorre. Reflete a presença de duas ou mais causas de distúrbios ácido-base. pH = 6,96 (acidose). [HCO3-] = 12 mEq/L (metabólico: <24 mEq/L). Pco2 = 55 mmHg (respiratório: > 40 mmHg). Ex.: indivíduo com DPOC que desenvolve uma doença gastrointestinal aguda – p. ex.: diarreia. Quando os valores da resposta compensatória estão aquém dos valores plasmáticos previstos, pode- se concluir que há mais de um distúrbio distúrbio misto. EXERCÍCIOS 26 Victoria Diniz Magalhães • Uma mulher de 45 anos de idade desenvolve diarreia intensa durante as férias. Ela apresenta os seguintes valores de gasometria arterial: pH = 7,25 PCO2 = 24 mmHg [HCO3−] = 10 mEq/ℓ O diagnóstico correto para essa paciente é: acidose metabólica. O pH está ácido, para ser de origem respiratória, a PCO2 deveria estar alta; para ser de origem metabólica, o bicarbonato deve estar baixo. É o que está acontecendo nesse caso. Bicarbonato baixo indica acidose metabólica e a PCO2 está baixa porque o sistema respiratório está compensando. • Um paciente chega ao serviço de emergência com pressão arterial baixa, redução do turgor cutâneo e os seguintes valores de gasometria arterial: pH = 7,69 [HCO3−] = 57 mEq/ℓ PCO2 = 48 mmHg O diagnóstico correto para essa paciente é: alcalose metabólica. Para pH básico de origem respiratória, a PCO2 deve estar baixa e, de origem metabólica, HCO3- alto. O sistema respiratório, nesse caso, não está conseguindo compensar, pois, a sai PCO2 aumentou pouco (3mmHg). • Paciente apresenta Pao2 de 50 mmHg, Pco2 de 60 mmHg e pH de 7,36. Qual o seu distúrbio acidobásico? Acidose respiratória com compensação renal. • Um homem de 65 anos de idade sofre um ataque cardíaco e tem uma parada cardiopulmonar durante o transporte para o pronto-socorro. Os seguintes valores de laboratório são obtidos do sangue arterial desse indivíduo: pH do plasma = 7,12 Pco2 do plasma = 60 mmHg Concentração de HCO3 – no plasma = 19 mEq/L Qual das afirmações abaixo melhor descreve o distúrbio acidobásico desse paciente? Acidose mista: combinação de acidose metabólica e respiratória. • Que conjunto de valores de gasometria arterial descreve um fumante inveterado com história de enfisema e bronquite crônica que está se tornando cada vez mais sonolento? Enfisema e bronquite indicam acidose. Letra D. 27 Victoria Diniz Magalhães • Um homem jovem é encontrado em estado comatoso após ter ingerido quantidade desconhecida de pílulas para dormir em um horário também desconhecido. Uma amostra do sangue arterial fornece os seguintes valores: pH = 7,02; HCO3 = 14 mEq/L e Pco2 = 68 mmHg. A condição acidobásica desse paciente é mais bem descrita como: acidoses respiratória e metabólica simultâneas.
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