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conformação tridimensional 1 🔬 conformação tridimensional estrutura secundária é o arranjo especial dos átomos da cadeia principal em um determinado segmento de cadeia polipeptídica. as mais comuns são a α-hélice, a fita β e as curvas β. estrutura terciária 💡 arranjo tridimensional total de todos os átomos de uma única cadeia polipeptídica. inclui aspectos de longo alcance da sequência de aminoácidos. o enovelamento das proteínas permite que aminoácidos distantes na sequência polipeptídica e em diferentes tipos de estrutura secundária possam interagir. segmentos da cadeia polipeptídica que interagem entre si são mantidos em suas posições terciárias características por diferentes tipos de interações fracas e algumas vezes por ligações covalentes, como ligações dissulfeto. estruturas podem ser divididos em 2 grandes grupos: proteínas fibrosas, com cadeias polipeptídicas arranjadas em longos filamentos ou folhas, e proteínas globulares, com cadeias polipeptídicas enoveladas em forma esférica. motivo: é um padrão de enovelamento identificável envolvendo dois ou mais elementos da estrutura secundárias e a conexão entre eles. alguns motivos comuns são a alça β-α-β, a espiral enrolada da α-queratina e o barril β. domínio: conformação tridimensional 2 parte da cadeia polipeptídica que é independentemente estável ou pode sofrer movimentos como uma entidade isolada em relação ao resto da proteína. comum em polipeptídeos com mais de uma centena de resíduos - normalmente se enovelam, formando mais de um domínio, que às vezes possuem funções diferentes. proteínas pequenas possuem um único domínio. podem conservar sua estrutura tridimensional original mesmo quando separado do resto da cadeia. são difíceis de discernir entre si. proteínas fibrosas possuem propriedades que conferem força e/ou flexibilidade às estruturas das quais fazem parte. são todas insolúveis em águas, por sua alta concentração de resíduos aminoácidos no interior e na superfície da proteína. proteínas globulares possuem grande diversidade de estruturas terciárias. estão enoveladas de forma compacta, com as cadeias laterais hidrofóbicas orientadas para o centro da proteína e as cadeias laterais hidrofílicas orientadas para a superfície, tornando as solúveis em água. as estruturas são estabilizadas por ligações de hidrogênio e algumas interações iônicas. estrutura quaternária 💡 união de diversas cadeias polipeptídicas em uma conformação tridimensional sendo a estrutura terciária a conformação tridimensional de uma única cadeia polipeptídica, a estrutura quaternária é o resultado da associação de várias subunidades. o formato tridimensional das proteínas confere sua função. a ligação de pequenas moléculas pode afetar a interação entre as subunidades, causando mudança na atividade da proteína, como se percebe com o ferro na hemoglobina. conformação tridimensional 3 desnaturação e enovelamento a conformação de uma proteína é apenas marginalmente estável - estão em estado ótimo em situações muito específicas, de modo que sua estrutura pode ser frágil a mudanças ambientais. proteostase: manutenção permanente de um conjunto de proteínas necessária para a célula em um determinado conjunto de condições. desnaturação: perda na estrutura tridimensional suficiente para causar a perda de função. normalmente ocorre por mudanças em temperatura, já que o calor tem efeito em muitas das interações fracas da proteína, como as pontes de hidrogênio. outros fatores que afetam são o pH, já que mudanças na basicidade pode levar a protonação dos radicais livres dos resíduos, além de solventes orgânicos miscíveis (álcool e acetona) e certos solutos (ureia e hidrocloreto de guanidina) e detergentes. renaturação: certas proteínas globulares desnaturadas por temperatura, extremos de pH ou agentes desnaturantes reassumem suas estruturas nativas e suas atividades biológicas quando colocadas novamente nas condições de estabilidade. algumas proteínas α-queratina parte da família das proteínas de filamento intermediário - todas tem função estrutural. formada por uma α- hélice voltada para a direita. presente somente em mamíferos, constitui todo o peso seco de cabelos, pelos, unhas, garras, penas, chifres, cascos e grande parte da camada mais externa da pele. duas fibras de α-queratina paralelas enrolam-se uma sobre a outra formando uma espiral supertorcida, o que amplifica a resistência da estrutura como um todo. é rica em resíduos hidrofóbicos. o entrelaçamento de dois peptídeos α- helicoidais forma sua estrutura quaternária. várias espirais enroladas podem ser associadas em grandes complexos supramoleculares. mioglobina conformação tridimensional 4 proteína pequena (16,7 kDa) de uma única cadeia polipeptídica de 153 resíduos conhecidos e um anel de porfirina conhecido como grupo heme. o grupo heme é capaz de se conectar e carregar uma molécula de O2. presente nas células musculares, ajuda a estocar o oxigênio e facilitar sua difusão nos tecidos musculares em contração. o grupo heme confere uma coloração vermelha amarronzada. o átomo de ferro no centro do grupo heme tem duas posições de ligação perpendiculares ao plano do heme - uma se liga ao grupo R da histidina proximal e a outra se liga a um átomo de oxigênio. o segundo átomo da molécula de O2 se liga à histidina distal por ponte de hidrogênio. ao se conectar com o oxigênio, o ferro passa de Fe2+ para Fe3+, diminuindo ligeiramente de tamanho, o que possibilita uma mudança na conformação, de modo que o ferro se encaixa no plano da porfirina. a mioglobina não é uma boa proteína transportadora pois só libera o oxigênio a uma pressão inferior a do oxigênio nos tecidos, correspondente a pO2 nos músculos em exercício rigoroso. grupo heme em vermelho e cadeias laterais em amarelo. conformação tridimensional 5 hemoglobina é composta por duas cadeias α e duas cadeias β, contém quatro grupos heme (64,5 kDa) e pode carregar 4 moléculas de oxigênio. a hemoglobina é uma boa proteína transportadora pois libera o oxigênio a uma pressão correspondente àquela nos tecidos. a curva de saturação sigmoide da hemoglobina indica que a proteína exibe comportamento de ligação cooperativo. a forma desoxi-hemoglobina se encontra no estado tenso, que possui baixa afinidade com o oxigênio. por isso, a primeira ligação com o oxigênio é a mais difícil. no entanto, após a primeira ligação, há uma mudança na conformação da proteína, já que o arcabouço central vai se estreitando graças ao alinhamento do ferro no anel de porfirina. esse estreitamento do arcabouço demonstra a passagem da hemoglobina do estado T para o estado R (relaxado), o qual possui maior afinidade com o oxigênio, favorecendo sua ligação. o mesmo é verdadeiro para o processo contrário, de modo que a primeira dissociação é a mais difícil, e a última, quando a proteína já se aproxima do estado T, é a mais fácil, a medida que sua afinidade com o oxigênio diminui. além disso, outros fatores podem afetar a curva de saturação, como o deslocamento da curva de saturação para a direita a medida que o pH do sangue fica mais ácido graças a presença de gás carbônico, estrutura quaternária da desoxi-hemoglobina conformação tridimensional 6 denominado efeito de Bohr, o que explica a dificuldade de respirar em atividades físicas; também a presença da molécula de BPG, que estabiliza o estado T - sem ela, não há uma liberação tão eficaz do oxigênio nos tecidos.
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