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Questões - Estágio I - ERIK ERIKSON

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Teorias da Personalidade II
Prof. Leda Maia Estudo dirigido
Discente – Patricia Soares dos Santos
I-Primeiro Estágio
Questões:
1. De que forma a teoria de Erikson amplia a teoria psicanalítica e como ela reflete as suas próprias experiências?
Sua teoria pós-freudiana ampliou os estágios do desenvolvimento infantil de Freud até a adolescência, a idade adulta e a velhice. Erikson sugeriu que, em cada estágio, uma luta psicossocial contribui para a formação da personalidade. A partir da adolescência, essa luta assume a forma de uma crise de identidade – um ponto de virada na vida do indivíduo que pode fortalecer ou enfraquecer a personalidade.
Erikson considerava sua teoria pós-freudiana como uma extensão da psicanálise, algo que Freud poderia ter feito. Mesmo tendo usado a teoria freudiana como fundamento para sua abordagem da personalidade do ciclo de vida, Erikson diferia de Freud em vários aspectos. Mais que elaborar os estágios psicossexuais para além da infância, Erikson coloca mais ênfase nas influências sociais e históricas.
A teoria pós-freudiana de Erikson, como a de outros teóricos da personalidade, é um reflexo de seu histórico, que incluía arte, extensas viagens, experiências com uma variedade de culturas e uma vida inteira de busca pela própria identidade.
2. Descreva o papel do conflito nas fases de desenvolvimento psicossocial. 
Cada fase de desenvolvimento tem a sua crise ou momento decisivo particular, que precisa de alguma mudança no nosso comportamento e na personalidade. Nós podemos responder à crise de maneira negativa ou positiva. Só quando resolvemos cada um dos conflitos é que a personalidade pode continuar a sua sequência normal de desenvolvimento e adquirir a força para enfrentar o conflito da próxima fase. Se o conflito permanecer mal resolvido em qualquer umas das fases, teremos menos probabilidade de nos adaptar aos problemas que surgirão após.
O ego tem de incorporar as maneiras negativas e positivas de lidar com as crises. Em cada uma das fases, o ego consistirá basicamente na atitude positiva ou bem adaptada, mas será sempre equilibrado por alguma parte da atitude negativa. Só assim a crise poderá ser resolvida de forma satisfatória.
Cada um dos oito estágios psicossociais propícia uma oportunidade para desenvolver as forças básicas ou as virtudes.
3. Descreva as quatro fases de desenvolvimento psicossocial da infância. Discuta os efeitos dos vários comportamentos dos pais nos possíveis resultados de cada fase.
Primeiro é a fase oral sensorial, ocorre durante o primeiro ano de vida, época de maior desamparo. A interação do bebe com a mãe determina se será incorporada à sua personalidade que resulta uma atitude de confiança ou desconfiança no relacionamento futuro com o ambiente.
Se a mãe responder adequadamente às necessidades físicas do bebê e lhe propiciar muito afeto, amor e segurança, a criança desenvolverá um senso de confiança. 
Por outro lado, se a mãe rejeitar, não prestar atenção ou for inconsistente no seu comportamento, a criança se tornara desconfiada, temerosa e ansiosa. A desconfiança também pode ocorrer se a mãe não focar sua atenção exclusivamente na criança. 
Segundo é a fase muscular-anal, ocorre nos segundo e terceiro anos de vida, leva à vontade autônoma ou à dúvida. As crianças desenvolvem rapidamente uma série de habilidades físicas e mentais e fazem muitas coisas sozinhas. Uma das habilidades mais importantes é o ato de segurar e largar algo. Por exemplo o ato de segurar pode ser realizado de maneira carinhosa ou hostil e o de soltar pode se tornar um desabafo de irá destrutiva ou passividade relaxada. 
A crise mais importante entre pais e filhos nessa fase geralmente envolve o treinamento para ir ao banheiro. Ensina-se a criança a segurar e soltar somente nas horas e nos locais adequados. Portanto, quando os pais obstruem e frustram as tentativas do filho de exercer a sua independência, ele desenvolve sentimentos de dúvida e um senso de vergonha em lidar com os outros.
Terceiro é a Fase locomotor genital, que ocorre entre 3 e 5 anos, que desenvolve inciativa ou culpa. As capacidades motora e mental continuam se desenvolvendo e a criança consegue fazer mais coisas por conta própria, expressando um forte desejo de tomar iniciativa em várias atividades. Se os pais punirem a criança e inibirem essas demonstrações de iniciativa, ela desenvolverá sensações permanente de culpa que afetarão as atividades voltadas para o self durante toda a vida. É uma relação edipiana em que a iniciativa pode se desenvolver na forma de fantasias, manifestadas pelo desejo de possuir o pai ou a mãe, mas se os pais orientarem essa situação com amor e compreensão, ela adquirirá consciência do que é permito e o que não é no comportamento.
Quarta é fase de latência, que ocorre dos 6 aos 11 anos que envolve a Diligência ou Inferioridade. Nessa fase a criança começa ir à escola e é exposta a novas influencias sociais. Tanto em casa como na escola, ela aprende bons hábitos de trabalho e estudo, basicamente como um meio de conseguir elogios e obter a satisfação extraída da execução de sucesso de uma tarefa. 
As crianças fazem sérias tentativas de concluir uma tarefa com muita atenção, diligência e persistência, as habilidades são desenvolvidas à medida que a criança vai ficando pronta para lidar com diversos utensílios, ferramentas e armas utilizadas por adultos. As atitudes e comportamentos dos pais e professores determinam em grande parte como as crianças acham que estão desenvolvendo e utilizando essas habilidades. Se forem repreendidas, ridicularizas ou rejeitadas, provavelmente desenvolverão sentimentos de inferioridade e inadequação. 
4. Quais são as principais diferenças entre as quatro primeiras fases de desenvolvimento e as quatro últimas?
Nas primeiras quatro fases da infância dependemos das outras pessoas. A resolução dessas crises é uma função mais daquilo que é feito à criança do que daquilo que ela pode fazer sozinha. O desenvolvimento psicossocial continua, sua maior parte, sob a influência dos pais e professores que são as pessoas mais importantes na nossa vida nessa época.
Já nas quatro últimas fases do desenvolvimento, temos mais controle do nosso ambiente; escolhemos consciente nossos amigos, faculdade, carreira, cônjuge e atividades de lazer. Essas escolhas são afetadas pelas características de personalidade que se desenvolveram nas fases do nascimento à adolescência. O fato do nosso ego apresentar confiança, autonomia, inciativa e diligência ou desconfiança, duvida, culpa e inferioridade determinará o rumo da nossa vida.
5. Quais fatores afetam o desenvolvimento da identidade do ego? Por que algumas pessoas não conseguem ter uma identidade nessa fase?
A identidade do ego refere-se a autoimagem formada durante a adolescência, que integra as nossas ideias quanto ao que somos e ao que queremos ser. Para Erikson a adolescência é um hiato entre a infância e a idade adulta que da à pessoa tempo e energia para representar diferentes papéis e viver com autoimagens.
As pessoas que saem dessa fase com um forte senso de auto identidade são equipadas para enfrentar a idade adulta com certeza e confiança. Aquelas que não conseguem atingir uma identidade coesa apresentarão uma confusão de papéis. Algumas pessoas não conseguem ter essa identidade porque elas parecem não saber quem ou o que são, qual é o seu lugar e o que querem se tornar.
 
6. Quais são as maneiras positivas de resolver os conflitos das fases adultas do desenvolvimento psicossocial? 
Para resolver de maneira positiva é necessário estabelecer intimidades no inicio da fase adulta, para assim não desenvolver uma sensação de isolamento. Intimidade é a capacidade de fundir a própria identidade com a da outra pessoa sem medo de perdê-las. As pessoas que estão inseguras com sua identidade podem se retrair dos contatos sociais, rejeitar outras pessoas e podem se tornar agressivas em relação a elas; preferem ficar sós porque temem essa intimidade, que veem como uma ameaça à identidade do seuego.
7. Descreva as forças básicas de cada fase do desenvolvimento psicossocial. 
Fase oral sensorial (confiança X desconfiança) que vai do nascimento até um ano e a força básica é a esperança é está associada à resolução bem-sucedida das crises.
Fase muscular-anal (autonomia X dúvida e vergonha) que vai do segundo e terceiro anos de vida e a força básica é à vontade, que envolve a determinação de exercer a liberdade de escolha e a autolimitação diante das demandas da sociedade.
Fase locomotor genital (Iniciativa X culpa) que ocorre entre 3 e 5 anos e a força básica é o objetivo/proposito que envolve coragem de conceber e buscar metas.
Fase de latência (diligência X inferioridade) que ocorre dos seis aos 11 anos e força básica é a competência que envolve o exercício da habilidade e da inteligência na busca e conclusão de tarefas.
Fase da adolescência (identidade X confusão de papeis) que ocorre dos doze aos dezoito anos e a força básica é a fidelidade que surge de uma identidade de ego coesa e engloba sinceridade, genuinidade um senso de dever nos nossos relacionamentos com as outras pessoas.
Fase jovem adulto (intimidade X isolamento) que ocorre dos dezoito até os trinta e cinco anos e a força básica é o amor e é considerada a maior virtude humana sendo uma devoção mútua numa identidade compartilhada, a fusão de uma pessoa com outra.
Fase adulta (generatividade X estagnação) que vai aproximadamente dos 35 aos 55 anos e a força básica é o cuidado que surge da preocupação com as próximas gerações, manifestada na necessidade de ensinar, não só para ajudar os outros, mas também para formar a própria identidade. 
Fase da maturidade e a velhice (integridade do ego X desespero) que ocorre acima dos 55 anos e a força básica é a vontade, que envolve a determinação de exercer a liberdade de escolha e a autolimitação diante das demandas da sociedade.
8. Diferencie os dois tipos de mau desenvolvimento. Como essas situações podem ser corrigidas? 
O mau desenvolvimento é uma situação que ocorre quando o ego é composto apenas de uma única maneira de lidar com conflitos. A “mau adaptada” é quando só a tendência positiva e adaptável está presente no ego podendo levar as neuroses e a “maligna” é quando se está presente só a tendência negativa podendo levar as psicoses.
Ambas as situações podem ser corrigidas com a psicoterapia. As más adaptações são menos graves e podem ser aliviadas por meio de um processo de readaptação, auxiliado por mudanças ambientais, relações sociais de apoio ou uma adaptação bem-sucedida numa fase de desenvolvimento posterior.
9. Quais métodos de avaliação Erikson utilizou para desenvolver a sua teoria?
No desenvolvimento da sua teoria da personalidade, utilizou dados obtidos basicamente de terapia com brinquedos, estudos antropológicos e análises psico-históricas. Para trabalhar com crianças mentalmente perturbadas e na pesquisa de crianças e adolescentes normais, escolheu a terapia com brinquedos (ludoterapia). Ele providenciava uma serie de brinquedos e observava como as crianças interagiram com eles. As formas e a intensidade do brincar revelavam aspectos da personalidade que poderiam não se manifestar verbalmente, devido à capacidade limitada de expressão verbal da criança.

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