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Meningites e Encefalites

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Sarah Silva Cordeiro | MEDICINA – FITS P3 2021.2 | Histopatologia | @study.sarahs 
 
Meningites e encefalites 
Infecções do SNC 
O encéfalo e a medula espinal são protegidos os ossos 
do crânio e da coluna vertebral, as meninges e a 
barreira hematoencefálica. 
 
• Os meios de defesa no SNC são de baixa 
eficácia 
• Pacientes imunossuprimidos (maior 
probabilidade para infecções oportunistas) 
• Doenças infecciosas depende: 
• Local de infecção (p. ex., região epidural, 
dura-máter, espaço subdural, leptomeninge, 
encéfalo, medula espinhal); 
• Vários tipo de agente agressor (bactérias, 
riquétsias, vírus, fungos, protozoários e 
helmintos); 
• Capacidade do agente agressor de produzir 
lesão (patogenicidade); 
• Estratégias do agente agressor para se 
multiplicar, se disseminar e manter a infecção; 
• Resposta imunitária. 
Meningite 
• Meningite ou leptomeningite – Inflamação da 
leptomeninge (pia-aracnóide e espaço 
subaracnóideo), 
• Paquimeningite (inflamação da dura-máter) é 
pouco frequente (Colágeno denso). 
• As meningites bacterianas 
o Agudas purulentas - bactérias 
piogênicas 
o Crônicas granulomatosas - bacilo da 
tuberculose. 
Região subaracnóideo e subdural tem predileção a 
infecções, espaço propicio. Região epidural (dura-
máter) o acometimento é mais difícil. 
Meios de infecções: 
• Acesso direto – Fraturas, locais onde há 
exposição de estruturas ósseas ou de cabeça 
que possibilitam um fácil acesso. 
• Por contiguidade - Otites médias, sinusites, 
que são recorrentes. 
• Por via hematogênica - Corrente sanguínea. 
• Ou através de derivações liquóricas - O uso de 
catéteres 
Principais agentes etiológicos: 
Escherichia coli (neonato); Hemophilus influenzae tipo b e a 
Neisseria meningitidis (meningococo) (02 a 6 anos e adultos 
jovens); Streptococcus pneumoniae (pneumococo) e Neisseria 
meningitidis (adulto). 
 
É considerada uma doença com casos esperados, com 
a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. 
• A bacteriana - abril e setembro 
• As virais - outubro a março 
Imunizações importantes para o controle endêmico: 
• BCG - Tuberculosa 
• Pentavalente – Haemophilus influenzae 
sorotipo b 
• Meningocócica C 
• Meningocócica conjugada 
ACWY 
• Meningocócica B 
A meningite causada pela bactéria 
Neisseria meningitidis é a 
meningocócica com 12 subtipos 
Sintomas: 
• Confusão mental 
• Dor de cabeça 
• Confusão mental 
• Mal-estar 
Sarah Silva Cordeiro | MEDICINA – FITS P3 2021.2 | Histopatologia | @study.sarahs 
 
Diagnostico: 
• Sintomas clínicos 
• Sinal de Brudzinski 
 
• Sinal de Kernig Sign 
 
 
 
Neisseria meningitidis 
Propriedades: a proteína pilina é responsável pela 
adesão inicial as células do hospedeiro; interfere na 
acao letal de neutrófilos 
Epidemiologia: os seres humanos são os únicos 
hospedeiros naturais; a disseminação interpessoal 
acontece através de aerossóis das secreções do trato 
respiratório; incidência mais alta em crianças com 
menos de 5 anos, adultos jovens em ambiente escolar 
ou militar, população carceraria ou internados em 
clinicas de saude ou casas de repouso e pacientes com 
deficiências dos componentes tardios do 
complemento 
Doença: 
• Meningite, inflamação purulenta das 
meninges, associada a cefaleia, sinais 
meníngeos e febre; alta taxa de mortalidade, 
a menos que seja imediatamente tratada com 
antibióticos eficazes 
• Meningococcemia, infecção disseminada, 
caracterizada por trombose de pequenos 
vasos sanguíneos e envolvimento de múltiplos 
órgãos; pequenas petéquias cutâneas 
coalescem, formando lesões hemorrágicas 
maiores 
• Pneumonia, forma mais branda das doenças 
meningocócicas caracterizada por 
broncopneumonia nos pacientes com doença 
pulmonar subjacente 
Diagnostico: a coloração de Gram do FCS é sensível e 
específica, mas de valor limitado nas amostras de 
sangue, a cultura é precisa, mas a bactéria é fastidiosa 
e morre rapidamente quando exposta a condições de 
baixa temperatura e umidade; os testes para detectar 
os antígenos meningocócicos não apresentam 
sensibilidade e são inespecíficos 
Tratamento, controle e prevenção: deve começar com 
ceftriaxona, se o isolado for sensível à penicilina, pode 
ser mudado para penicilina G; vacinação. 
 
• Exsudato purulento na convexidade cerebral 
em uma meningite purulenta bacteriana. 
• O exsudato localiza-se no espaço 
subaracnóideo e dificulta a visualização dos 
giros e sulcos. 
• Os vasos meníngeos estão fortemente 
hiperemiados. 
Sarah Silva Cordeiro | MEDICINA – FITS P3 2021.2 | Histopatologia | @study.sarahs 
 
Quando passa da meninge para o encéfalo – 
meningocefalite 
 
 
 
 
Vaso: 
 
 
 
 
 
 
Tecido cerebral: 
 
Espaço subaracnóideo: 
 
 
Infecções virais: 
• Esporádica: Imunossuprimidos 
• Endêmica: enterovírus e arbovírus podendo 
causar surtos epidêmicos 
Vias de contaminação: 
• inalação, ingestão ou inoculação. 
• SNC- hematogênica e neural (via fluxo axonal) 
Acomete: 
• A leptomeninge (meningite ou 
leptomeningite); 
• O encéfalo e a leptomeninge 
(meningoencefalite); 
• O encéfalo, a medula espinhal e a 
leptomeninge (meningoencefalomielite). 
• Substância cinzenta e medular 
(polioencefalite e poliomielite), 
• Substância branca (leucoencefalite) 
• substâncias cinzenta e branca encefálica e 
medular (panencefalite e pan-mielite). 
 
 
Tecido cerebral 
Tecido cerebral 
Tecido cerebral 
Vaso sanguíneo 
Espaço subaracnóideo 
preenchido por exsudato e 
detritos inflamatórios 
Sarah Silva Cordeiro | MEDICINA – FITS P3 2021.2 | Histopatologia | @study.sarahs 
 
Desfecho de infecções virais 
Dependendo da patogênese, da evolução clínica e das 
manifestações que provocam. 
• Aguda - Duração de dias a poucas semanas. O 
período de incubação é habitualmente de dias 
a algumas semanas. 
o Recuperação, com ou sem sequelas, 
ou com óbito 
o Poliomielite, encefalite herpética, 
encefalite rábica, citomegalovírus, 
arboviroses; 
• Latente - O vírus permanece no SNC de forma 
quiescente, o vírus conserva, a capacidade de 
reiniciar a replicação e de causar infecção 
aguda, se ou quando surge algum fator 
reativador da infecção; 
o vírus Herpes simplex (neurônios do 
gânglio trigeminal ou de outros 
gânglios sensitivos) e vírus varicela-
zóster (gânglios espinhais ou gânglios 
de nervos cranianos) 
• Crônica, que tem longo período de incubação, 
seguido de doença clinicamente progressiva, 
culminando em óbito, após alguns meses ou 
anos. 
o Panencefalite esclerosante subaguda, 
leucoencefalopatia multifocal 
progressiva, encefalite e 
leucoencefalopatia pelo HIV, 
mielopatia associada ao HTLV-1. 
Encefalites 
É a Inflamação do parênquima cerebral, causada 
principalmente por vírus (encefalite viral). 
Às vezes, as bactérias causam encefalite, geralmente 
como parte de uma meningite bacteriana (chamada 
meningoencefalite). 
Protozoários, que causam a toxoplasmose, e aqueles 
que causam malária, também podem infectar o 
cérebro e causar encefalite. 
• Encefalite herpética: Inflamação aguda 
assimétrica necrosante do parênquima 
cerebral. Primeiro lóbulo frontal, temporal e 
sistema límbico causado por herpes-vírus 
simples (HSV) tipo 1. 
Os sintomas gerais são febre, cefaleia e estado mental 
alterado, muitas vezes acompanhado por crises 
epilépticas ou déficits neurológicos focais. O 
diagnóstico requer análise do LCR e exames de 
imagem neurológica. O tratamento é de suporte e, em 
certos casos, com antivirais. 
Os sintomas da encefalite incluem: 
✓ Febre. 
✓ Cefaleia. 
✓ Mudanças de personalidade ou confusão. 
✓ Convulsões. 
✓ Paralisia ou falta de sensação. 
✓ Sonolência, que pode progredir ao coma ou à 
morte 
Encefalite rábica 
• A doença é transmitida pela mordida de 
animal contaminado; 
• No mundo, 60 mil pessoas morrem por ano 
(OMS, 2019); 
O vírus penetra na placa motora do músculo local → 
receptores nicotínicosrecebem a informação e levam 
para o nervo periférico → SNC → replica e dissemina 
→ medula espinal e tronco encefálico → acaba 
chegando no cérebro e cerebelo. 
A partir dos gânglios espinhais, o vírus dissemina-se 
também para outros órgãos, como glândula salivares 
(reação de hipersalivação), coração e vasos 
sanguíneos e trato gastrointestinal. 
Depois de período prodrômico de febre, cefaleia, mal-
estar e parestesia no local da ferida, seguem-se 
sintomas de comprometimento do SNC. 
• Raiva encefalítica ou furiosa - mais comum, 
caracterizada por estado ansioso, agitação, 
distúrbios de comportamento, delírio, 
agressividade e repulsão pela água e pelo ar. 
• Raiva paralítica ou muda - paralisia flácida 
ascendente dos membros, que pode envolver 
os músculos respiratórios, perda sensitiva e 
incontinência, havendo preservação relativa 
da consciência. 
Sarah Silva Cordeiro | MEDICINA – FITS P3 2021.2 | Histopatologia | @study.sarahs 
 
 
Pacientes com encefalite se observa essas inclusões 
citoplasmáticas. 
Avaliação histopatológica de uma inflamação no SN – 
se houve inclusões virais já se consegue um 
discernimento melhor sobre o caso. 
 
Encefalite pelo vírus Herpes simples (herpética) 
É a causa mais frequente de encefalite aguda 
necrosante, que, por sua vez, constitui a forma mais 
comum de encefalite viral esporádica na prática 
clínica. 
● HSV-1, agente etiológico do herpes labial e 
responsável pela grande maioria dos casos de 
encefalite necrosante. 
● HSV-2, encontrado em lesões genitais e perianais, 
agente causal de meningite asséptica e da grande 
maioria das infecções neonatais. 
Nos casos de encefalite, o vírus atinge o encéfalo 
através de: 
● Fibras dos nervos e tratos olfatórios, após infecção 
nasofaríngea primária ou secundária a reativação do 
vírus no bulbo olfatório, onde pode ser também 
encontrado em estado latente; 
● Fibras de projeção do gânglio trigeminal ao tronco 
encefálico ou fibras da raiz oftálmica do nervo 
trigêmio que inervam a dura-máter das fossas 
cranianas anterior e média, após reativação do vírus 
no gânglio trigeminal; 
● Infecção latente em regiões circunscritas do 
encéfalo (lobo temporal, bulbo ou ponte) seguida de 
reativação e infecção aguda. 
 
 
Infecções 
herpéticas 
observa-se 
inclusões 
nucleares → 
 
Pacientes que sobrevivem, com sequelas, apresentam 
déficit de memória, distúrbios de comportamento, 
disfasia e crises convulsivas. 
Inclusões virais 
São colônias de vírus ou coleções de proteínas virais 
situadas geralmente no núcleo (inclusões de Cowdry 
tipo A - eosinofílica) de células infectadas. 
Diversas neuroviroses podem dar inclusões 
semelhantes. Só a raiva dá inclusões virais 
exclusivamente citoplasmáticas (corpúsculos de Negri) 
Sarah Silva Cordeiro | MEDICINA – FITS P3 2021.2 | Histopatologia | @study.sarahs

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