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- Heranças que se afastam, pouco ou muito, dos processos descritos por Mendel em seus trabalhos; - As proporções fenotípicas podem variar em relação às proporções clássicas da genética mendeliana; - Pode ser classificada como HERANÇA QUALITATIVA, quando o fenótipo depende de quais genes estão presentes no genótipo, ou em HERANÇA QUANTITATIVA, quando o fenótipo depende de quantos genes estão presentes no genótipo; - A classificação de dominância depende do nível no qual o fenótipo é examinado; - DOMINÂNCIA COMPLETA: o alelo dominante do heterozigoto vai mascarar a presença de um alelo recessivo e seu efeito fenotípico. A característica a ser manifestada será relacionada ao alelo dominante; - DOMINÂNCIA INCOMPLETA/SEMIDOMINÂNCIA: o heterozigoto apresentará um fenótipo com características intermediárias aos dois homozigotos; - Proporção fenotípica de 1:2:1 (foge dos padrões de Mendel); - CODOMINÂNCIA: ausência de dominância, manifestação de características de ambos os alelos (contribuem igualmente para o fenótipo dos heterozigotos). Ex.: padrão de coloração de bovinos; - Proporção genotípica e fenotípica também de 1:2:1; - ALELOS LETAIS: provocam a morte ou não desenvolvimento do embrião. Proporção fenotípica de 2:1. Os alelos letais recessivos provocam a morte quando se apresentam em homozigose; - Estão relacionados aos genes presentes no genótipo, apresentando o fenótipo referente àquela informação gênica. Penetrância é a porcentagem de indivíduos com genótipo particular que expressa o fenótipo esperado, podendo ser COMPLETA (todos os indivíduos com alelos para a doença/fenótipo a manifestam) ou INCOMPLETA (indivíduo apresenta o genótipo para a doença, mas não a manifesta). A expressão é o grau de manifestação da característica/genes no fenótipo (ex.: olho da Drosophila); - Interação entre alelos de genes diferentes para a manifestação de uma única característica. Um gene inibe ou modifica a expressão do outro, ou seja, tem efeito predominante sobre o fenótipo; - Fenômeno similar à dominância, a diferença é que a ação ocorre em genes diferentes; - O gene inibidor é chamado EPISTÁTICO e o gene inibido é chamado HIPOSTÁTICO; Em 1918, o geneticista R. A. Emerson cruzou duas variedades de milho com grãos brancos: para sua surpresa, todas as plantas de F1 possuíam grãos púrpura. As plantas da geração F2 mostraram uma razão de 9 púrpuras para 7 brancas. Por que essa razão fugiu do padrão mendeliano? Há dois genes que contribuem para a cor do grão: A produz o pigmento e B deposita o pigmento. Cada gene pode bloquear a expressão do outro. Para produzir pigmento a planta deve possuir, pelo menos, uma cópia funcional de cada gene; Se apresentar gene A mas não apresentar gene B, não haverá pigmento produzido para ser depositado. Se tiver B sem A, o pigmento será produzido, mas não será depositado; - A epistasia também pode ser: DOMINANTE: quando apenas a presença de um dos alelos dominantes é suficiente para gerar o fenótipo (A_); - Ex.: cor da plumagem de galinhas. Gene epistático B (apenas um alelo já confere o caráter cor branca): GENE A_ = penas coloridas / GENE B_ = penas brancas; RECESSIVA: quando a presença de dois alelos recessivos for obrigatória para manifestar o caráter (aa); - Exemplo: cor da pelagem de cães da raça Labrador; - Um gene determina o tipo de pigmento produzido pelas células da pele: um alelo dominante B codifica o pigmento preto, enquanto um alelo recessivo b codifica o pigmento marrom. Um segundo gene afeta o depósito do pigmento na haste do pelo: o alelo dominante E possibilita que o pigmento escuro (preto ou marrom) se deposite, enquanto o alelo recessivo e evita o depósito do pigmento escuro, fazendo com que o pelo fique amarelo; - A existência do genótipo ee no segundo gene, portanto, mascara a expressão dos alelos para preto e marrom no primeiro gene, caracterizando uma epistasia recessiva (em que o gene epistático tem seu efeito quando o indivíduo é homozigoto recessivo para o gene epistático); - Os genótipos que determinam a cor do pelo e seus fenótipos são: EPISTASIA RECESSIVA DUPLA: dois alelos recessivos em qualquer um dos dois genes suprimem um fenótipo; - Ex.: albinismo em caracóis; - O pigmento é produzido em uma via de duas etapas nos caracóis. Ou seja, a é epistático sobre B e b é epistático sobre A, e ambos são alelos epistáticos recessivos; EPISTASIA DOMINANTE E RECESSIVA: exemplo do pigmento amarelo na abóbora, que é produzido em uma via bioquímica de duas etapas: - O alelo W mascara o efeito do gene Y, que produz pigmento, sendo o gene W epistático dominante pois uma única cópia do alelo W é suficiente para inibir a produção de pigmento. Os alelos yy também mascaram o efeito do gene Y, sendo epistáticos recessivos pois precisam dos dois alelos para inibir a produção do pigmento; - Também chamado efeito múltiplo de um gene, é quando um único par de genes condiciona várias características simultaneamente e é comum dos genes envolvidos em doenças genéticas humanas; - Herança determinada por 3 ou mais alelos que condicionam um só caráter; - Cada indivíduo diploide tem, no genótipo, apenas dois alelos, um de origem paterna e outro de origem materna. Esses alelos a mais surgem então de mutações que provocam alterações na proteína original; - As várias formas alternativas de um gene/o número total de alelos diferentes para um único gene é bem grande. A existência desses muitos alelos é chamada ALELISMO MÚLTIPLO, e o conjunto de alelos é chamado de SÉRIE ALÉLICA; - Exemplo de série alélica: cor de pelagem em coelhos (4 alelos) – C+ > Cch > Ch > c; - Albino não é funcional (alelos nulos ou amorfos): não conferem pigmentação; Chinchila e himalaio são apenas parcialmente funcionais (hipomorfos); - O sistema ABO é outro exemplo de série alélica, sendo que os grupos são determinados por uma série de 3 alelos: Ia, Ib e i, onde: Ia = Ib > i; - Gene Ia determina a produção do aglutinogênio A, gene Ib determina a produção do aglutinogênio B e o gene i determina a não produção de aglutinogênios; - Consiste no processo pelo qual dois ou mais genes, com segregação independente, condicionam conjuntamente um único caráter. Ex.: forma das cristas em galináceos, com os genes R e P; - Outro exemplo: a cor do fruto de um tipo de pimentão pode ser vermelha, pêssego, laranja (amarela) ou creme (branca). Cruzando uma planta homozigota vermelha com uma planta homozigota creme, tem-se uma vermelha: - Quando as plantas heterozigotas vermelhas de F1 são cruzadas entre si, tem-se em F2 uma razão de 9(V):3(P):3(L):1(C); - A cor nos pimentões é resultado das concentrações relativas dos carotenoides vermelho e amarelo, compostos sintetizados em uma via bioquímica complexa. O locus/gene Y codifica uma enzima (a 1ª etapa na via) e o locus/gene C codifica uma enzima diferente (a última etapa na via). Quando diferentes genes influenciam diferentes etapas em uma via bioquímica comum, a interação gênica surge porque o produto de uma enzima afeta o substrato de outra;
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