Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae. Evolui de maneira crônica, normalmente e afeta exceto o SNC. Acomete principalmente pele e/ou nervos periféricos. Pode causar incapacidade física e social. De acordo com a OMS, é um caso de Hanseníase quando apresenta uma ou mais característica: o Lesões de pele com alteração da sensibilidade; o Acometimento de nervos com espessamento neural; o Baciloscopia positiva para M. Leprae. Bacilo álcool-ácido resistente; 0.3 a 0.4 de largura por 1 a 8 de comprimento; Ligeiramente encurvado e extremidade arredondada; Parasita intracitoplasmático de macrófagos; Apresenta tropismo pelas células de Schwann. O doente bacilífero é a principal fonte de infecção, por meio das vias respiratórias; A infectividade é elevada, com patogenicidade baixa. Existe uma relação da apresentação clínica e o grau da imunidade do paciente; A luta entre o bacilo e a imunidade define a hanseníase em polos: o Hanseníase tuberculoide – HT: Sistema linfócito-macrófago é competente e a pessoa infectada não adoece; Infecção subclínica. o Hanseníase Virchowiana – HV: Defesas incompetente. o Hanseníase indeterminada – HI: Defesa imunológica parcialmente eficiente; Após anos, ocorre a cura ou prevalência de HT ou HV, ou a hanseníase borderline (misto); o Hanseníase borderline - HD: Associação de HV com HT. Rebeca Rivera – 6P Clínica o Fase ideal para tratamento; o Apresenta uma ou poucas lesões na pele, em qualquer área; Criança: FACE E MMI o Alteração de sensibilidade térmica; HIPOESTESIA. o Mancha hipocrômica, plana, sem relevo, bordas imprecisas; o Evolução clínica HT: bordas precisas, eritematosas ou infiltradas, com queda do pelo e hipohidrose. Diagnóstico o CLÍNICO! Clínica o Surge a partir da HI. o Na maior parte das vezes agrupando-se em placas, de tamanhos variados. o Outras, lesões circinadas ou anulares, assimetricas, quase sempre unicas ou pouco numerosas. o Hipo/anestesia ocorre precocemente. o O sinal da raquete é caracterizado por um nervo espessado que forma um trajeto a partir de uma lesao cutanea. Infância o Comum entre 1-4 anos; o Atinge FACE E MMSS. o Placas pouco numerosas e tende à cura espontanea. (não passa de 5) o Há comprometimento neuritico ou apenas ele. o Mora com pessoas multibacilares. Clínica o Manchas são infiltradas e a cor varia do eritema à coloração ferrugínea. o Lesões anulares com borda interna nítida e externa apagada (denominadas “esburacadas” ou em “queijo suíço”) com centro poupado. o a infiltração de um único lóbulo auricular sela o diagnóstico. o O comprometimento dos nervos é assimétrico. o Caracteristica HT e HV. o Instabilidade imunologica: episódios reacionais frequentes, considerado caso de urgencia. Clínica o Lesões cutâneas eritematoinfiltradas com limites externos pouco nítidos. o A cor das lesões é eritematoacastanhada e eritematoamarelada; tubérculos e nódulos ocorrem com frequência. o Geralmente simétricas que se localizam em praticamente todo o corpo, até na orelha. o Na face: fácie leonina. o Madarose: queda dos supercílios. o Falta de sensibilidade em luva e bota. o Pode haver adenopatia e comprometimento dos órgãos. Reações hansénicas 30% dos pacientes desenvolvem reação. São fenomenos agudos que podem ocorrer, antes, durante ou após tratamento específico. Desencadeadores: gravidez, parto, puberdade, febre, coinfecções, alcoolismo, parasitoses intestinais, infecções dentárias, vacinas, cirurgias, estresse. Clínica o Súbito aumento da imunidade celular; o As lesões cutâneas preexistentes tornam- se mais eritematosas, intumescidas, edematosas e infiltradas. o Pode ocorrer hiperestesia ou acentuação da parestesia sobre as lesões cutâneas. o A ocorrência de lesões em regiões sobrepostas aos troncos nervosos atribui maior gravidade a este tipo de reação hansênica pelo alto risco de comprometimento neural. o Na face, confere gravidade o acometimento de áreas perioculares pelo risco do comprometimento da musculatura orbicular, resultando em lagoftalmo. o Intumescimento e dor espontânea ou à palpação dos troncos nervosos caracterizam a neurite aguda, que pode acarretar deficiência sensorimotora permanente. o Em alguns casos, o paciente relata apenas a perda progressiva da função neural (neurite silenciosa). Clínica o Acomete pacientes virchowianos e dimorfo-virchowianos. o Pápulas, nódulos e placas, eritematosas ou eritematovioláceas, dolorosas, na pele de aspecto normal, distribuindo-se universalmente em todo o corpo, com preferência pelas superfícies extensoras dos membros e face. o há sintomatologia sistêmica e manifestações extracutâneas, podendo ocorrer febre, mal-estar, hiporexia, perda de peso, neuropatia, orquiepididimite, glomerulonefrite por imunocomplexos, miosite, artralgia, artrite de grandes articulações, sinovite, dactilite, dores ósseas, iridociclite e uveíte, comprometimento da faringe, laringe e traqueia o Essas lesões podem evoluir raramente com necrose central (eritema nodoso necrosante). o Fenômeno de lúcio: máculas eritematopurpúricas que evoluem formando escaras castanho-escuras finas, as quais, ao se desprenderem, podem ou não deixar área cicatricial, dependendo da extensão da necrose. Acometimento neural Os nervos acometidos com maior frequência são: cubital, ciático, poplíteo externo, radial, mediano, tibial posterior e auricular. Hanseníase virchowiana – amiotrofia dos interósseos com garra cubital, acometimento ulnar. Hanseníase virchowiana – acometimento do nervo facial desencadeia paralisia. Ciático poplíteo externo - lesado compromete a musculatura dorsoflexora do pé (pé tombante-marcha escarvante). Nervo mediano - mão simiesca, Prega a presença de uma única linha que se estende por toda a palma da mão. Normalmente as pessoas têm três linhas na palma. Clínico: analisar as lesões da pele e neural. Baciloscopia Histopatologia Palpação dos nervos: para analise de espessamento. Teste de sensibilidade: dolorosa, térmica e tátil.
Compartilhar