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Treinamento PLD-FT 2019 compartilhar

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TREINAMENTO
Conhecendo o PLD/FT
O que é lavagem de dinheiro?
A maioria dos atos criminosos tem como objetivo gerar lucros para o indivíduo ou para o grupo que os realizam. A lavagem de dinheiro é o processamento destes lucros, produtos de crime, de modo a disfarçar sua origem ilegal, permitindo ao criminoso desfrutar desses benefícios sem tornar pública a sua fonte.
O processo de lavagem de dinheiro e suas etapas 
Para disfarçar a origem ilícita dos recursos sem comprometer os envolvidos, os criminosos utilizam-se, basicamente, de mecanismos que envolvem três etapas independentes, mas que podem ocorrer de forma simultânea, buscando: a) Primeiro, o distanciamento dos recursos de sua origem, evitando uma associação direta deles com o crime; b) Segundo, o disfarce de suas várias movimentações para dificultar o rastreamento desses recursos; c) Terceiro, a disponibilização do dinheiro novamente para os criminosos, depois de ter sido suficientemente movimentado no ciclo de lavagem e poder ser considerado “limpo”.
Setores mais suscetíveis de serem utilizados na lavagem de dinheiro.
O estudo do tema demonstra a predileção dos criminosos por alguns segmentos econômicos nas transações de lavagem de dinheiro. Tal preferência se dá em função de particularidades destas atividades que, sem o devido cuidado, podem facilitar a colocação, a ocultação e a integração do ativo criminoso ao sistema econômico. 
Assim, dentre os setores favoritos dos infratores, podemos destacar:
Setores mais suscetíveis de serem utilizados na lavagem de dinheiro.
Setores mais suscetíveis de serem utilizados na lavagem de dinheiro
Setores mais suscetíveis de serem utilizados na lavagem de dinheiro
Outros setores vulneráveis
Além dos setores, das atividades e das localidades mencionados nos itens anteriores, o comércio de obras de arte, antiguidades, jóias, pedras e metais preciosos, bens de luxo ou de alto valor, entre outros, também requer atenção constante do Estado, da sociedade e dos próprios setores envolvidos, pois tem se apresentado como suscetível de ser utilizado por criminosos. Como principais atrativos, destacam-se os valores envolvidos e a relativa facilidade de comercialização desses objetos. 
Origem dos recursos envolvidos na lavagem de dinheiro
Alguns exemplos de crimes que movimentam muito dinheiro para os criminosos: 
Tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins;
Contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado à sua produção; 
Extorsão mediante sequestro; 
Corrupção; 
Sonegação fiscal; 
Crime contra o sistema financeiro nacional; 
Crime praticado por organização criminosa. 
Origem dos recursos envolvidos na lavagem de dinheiro.
A evolução histórica do PLD/FT
Alguns autores relatam rumores de sua existência já nos tempos bíblicos, com base na história de Ananias e Safira, que teriam acobertado o valor real da venda de um imóvel, que deveria ser entregue aos apóstolos, retendo parte do valor em benefício próprio. Outros autores atribuem aos mercadores chineses a sua criação, há mais de 3.000 anos, para proteger seus lucros do insaciável apetite tributário dos governantes.
Em um quadro mais atual, encontraremos o surgimento da lavagem de dinheiro associado aos mafiosos italianos e americanos.
Al Capone
A atividade movimentou milhões de dólares, e, para não levantar suspeitas de sua origem ilícita, seus lucros eram misturados aos recursos obtidos por meio de negócios legítimos, que giravam muito dinheiro vivo, como lavanderias e lava-jatos. Assim teria surgido o termo “lavagem de dinheiro”.
A evolução histórica do PLD/FT
A evolução histórica do PLD/FT
Como resposta à crescente preocupação mundial com a lavagem de ativos ilícitos, por ocasião da Reunião de Cúpula do G-7, ocorrida em Paris, em 1989, foi criado o Grupo de Ação Financeira sobre Lavagem de Dinheiro (GAFI, do inglês Financial Action Task Force – FATF), que surgiu com o dever de examinar as técnicas e as tendências da lavagem de dinheiro e estabelecer medidas necessárias ao seu combate e prevenção. Em 1990, foram publicadas as 40 Recomendações do GAFI, que constituíram, com o passar dos anos, a base de um amplo plano de ação e práticas de PLD. Adicionalmente, o documento estabelecia um conjunto de contramedidas para ser aplicado pelos membros do GAFI contra os países e territórios não cooperantes que não se dispusessem a adotar melhorias num prazo de tempo razoável (ROMANTINI, 2003).
A evolução histórica do PLD/FT
A evolução histórica do PLD/FT
Após os atentados de 2001, o GAFI teve seu mandato expandido para poder tratar também da questão do financiamento dos atos e das organizações terroristas, bem como das questões referentes ao financiamento da proliferação de armas de destruição em massa. Assim, foram criadas recomendações específicas para combate ao financiamento do terrorismo. Atualmente, essas recomendações fazem parte das 40 Recomendações do GAFI e são apresentadas na seção “C – Financiamento do Terrorismo e Financiamento da Proliferação” da referida publicação.
Organismos internacionais dedicados ao tema PLD/FT
Após sua criação, em 1989, o GAFI, com sede em Paris, tornou-se o principal organismo a nível internacional na luta contra a lavagem de dinheiro. Desde a sua fundação, o número de membros do GAFI passou de 16 para 36 (2014), encontrando- se, atualmente, em processo de expansão (FATF/GAFI, 2014).
O Grupo de Ação Financeira possui três objetivos principais:
Monitorar o progresso dos países membros na implementação das Recomendações do GAFI;
Analisar as técnicas e contramedidas de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo;
Promover a adoção e a aplicação das Recomendações do GAFI em todo o mundo (FATF/GAFI, 2014).
O sistema brasileiro de PLD/FT
O Brasil vem atuando firmemente na prevenção e no combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Tal atuação foi reafirmada em 1998, por meio da publicação da Lei nº 9.613. Essa lei atribuiu às 
pessoas físicas e jurídicas de diversos setores econômico financeiros responsabilidades especiais na identificação de clientes, na manutenção de registros de operações e na comunicação de operações suspeitas ao COAF, sujeitando-as ainda às penalidades administrativas pelo eventual descumprimento das obrigações. 
O sistema brasileiro de PLD/FT
O sistema brasileiro de PLD/FT
De acordo com a Lei nº 9.613, de 1998, o COAF, criado no âmbito do Ministério da Fazenda, tem por competências: 
Receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas;
Comunicar às autoridades competentes para a instauração dos procedimentos cabíveis nas situações em que o Conselho concluir pela existência, ou fundados indícios, de crimes de “lavagem”, ocultação de bens, direitos e valores, ou de qualquer outro ilícito;
Coordenar e propor mecanismos de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores;
Disciplinar e aplicar penas administrativas.
O sistema brasileiro de PLD/FT
A composição do COAF também foi definida pela Lei nº 9.613, de 1998, e prevê sua estruturação com servidores públicos de reputação ilibada e reconhecida competência, designados em ato do Ministro de Estado da Fazenda, dentre os integrantes do quadro de pessoal efetivo dos órgãos:
O sistema brasileiro de PLD/FT
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
As chamadas pessoas obrigadas estão listadas no Art. 9º da Lei nº 9.613, de 1998, e trata-se de um rol bem extenso. Acreditava-se que apenas os setores financeiros poderiam ser utilizados para a lavagem de dinheiro, a alteração da lei, feita em 2012, apontou que há muitos outros setores, os quais chamamos comumente de não financeiros, que também estão suscetíveis à lavagem de dinheiro. 
A lei trouxe algumas obrigações para esses setores, e deu ao Estado a competência de fiscalizar e punir aqueles que nãoas cumprirem.
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
Basicamente às principais obrigações são:
Cadastro junto ao órgão regulador;
Identificação de clientes;
Manutenção de cadastro de clientes;
Registro de operações;
Monitoramento de operações;
Comunicações ao COAF.
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
É a primeira obrigação a ser cumprida pelos setores obrigados. A lei exige que a pessoa obrigada faça seu cadastro junto ao órgão regulador e que mantenha esse cadastro atualizado. Todas as pessoas obrigadas referidas no Art. 9º da Lei nº 9.613 que possuam órgão regulador devem, 
além de seu cadastro próprio, fazer a habilitação no SISCOAF, já que a habilitação junto ao sistema é necessária para fins de comunicação das operações financeiras previstas no Art. 11 da referida lei.
Cadastro junto ao órgão regulador
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
					Identificação de clientes
					Todos os setores relacionados 					no Art. 9º devem observar o 						princípio “conheça seu cliente”. 					Conhecer seu cliente não se 						resume a fazer um cadastro. A 					premissa é que se a pessoa 						obrigada possuir todas as 						informações sobre seus clientes e as mantiver registradas, ela saberá com quem está lidando, conhecerá sua capacidade financeira e, de alguma forma, minimizará o risco de ser usada para a lavagem de dinheiro.
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
Manutenção de cadastro de clientes
Uma base de dados só é útil se estiver atualizada. Assim, a lei determina que o cadastro de clientes seja atualizado, nos termos de instruções emanadas das autoridades competentes, de modo a permitir sua identificação e seu acompanhamento.
As pessoas obrigadas e o que se espera delas 
				Registro de operações
				Assim como o cadastro dos clientes, a 				pessoa obrigada deve manter 					registros das operações que ela 					efetua. Porém, mais que um simples 				controle do negócio, o registro de 					operações destina-se a cumprir uma 				regra básica de prevenção à lavagem 				de dinheiro: “siga o dinheiro”. Por meio deste princípio, busca-se identificar a origem e o destino dos recursos financeiros de origem criminosa.
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
Monitoramento de operações 
O acompanhamento do histórico dos clientes, por meio de sua identificação e registro de operações, além de uma obrigação, configura-se em oportunidade para monitorar e mitigar riscos.
Ao analisar os dados dos clientes e das operações realizadas por eles, é possível estabelecer se guardam compatibilidade entre si. Assim, quanto mais informação você tiver do seu cliente e de suas operações, maior será 	sua capacidade de monitorar a existência de situações suspeitas e, consequentemente, de comunicá-las ao COAF.
		
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
Diversos parâmetros podem ser utilizados para viabilizar tal monitoramento, tais como: 
	
Ocupação;
Renda;
Situação patrimonial;
Qualificação como pessoa exposta politicamente (PEP);
Frequência das operações;
Pagamentos em espécie;
Identificação da origem dos recursos;
Identificação do beneficiário final;
Identificação de procuradores ou prepostos;
Resistência ao fornecimento de dados para identificação;
Informações de mídia;
Ranqueamento de risco de clientes.
Lembre-se que, além de diminuir o risco do negócio, o monitoramento apoiará a fundamentação da decisão de proceder ou não às comunicações ao COAF, apontamento obrigatório no registro das operações.
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
Comunicações ao COAF
Assista o vídeo
Este é apenas um exemplo para fins didáticos. Para conhecer as normas de PLD/FT, publicadas pelo COAF e outros reguladores, acesse o site da instituição.
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
As comunicações de operações em espécie e suspeitas são feitas no SISCOAF, o Sistema do COAF, o mesmo no qual é feita a habilitação das pessoas obrigadas. O canal de “Comunicação de Não Ocorrência”, por sua vez, é definido pelos órgãos reguladores de cada segmento, sendo que, em alguns casos, o canal é o próprio SISCOAF.
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
As pessoas obrigadas e o que se espera delas 
As políticas e os procedimentos internos de PLD/FT
As políticas e os procedimentos internos são as práticas e ferramentas instituídas pelas pessoas obrigadas com o objetivo de evitar o uso involuntário de suas atividades para fins de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Ou seja, é a forma adotada para conhecer os clientes, os funcionários, os fornecedores e os parceiros comerciais, bem como estabelecer mecanismos de monitoramento e detecção de indícios de operações suspeitas, determinar treinamento de pessoal em PLD, identificar risco em produtos etc.
Talvez muitos já saibam, mas não custa reforçar: “Política é o que da decisão; procedimento é o como”, ou ainda, “políticas são orientações preestabelecidas para a tomada de decisões” e procedimento é “como implementar a política”.
As pessoas obrigadas e o que se espera delas 
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
Em caso de fiscalização pelo COAF, as pessoas obrigadas devem comprovar a existência dessa política, que deve ser aprovada pelo dirigente máximo da empresa.
A política de PLD da XXXXXXX, esta disponível/acessível a todos os funcionários em:
P:\Politicas da Instituicao\PLD
Há algumas obrigações que devem estar contidas nos procedimentos, como a seguir:
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
Procedimentos de identificação de clientes e manutenção das informações cadastrais 
Informações Cadastrais
Também conhecida como princípio “conheça seu cliente”. Todas as empresas deverão possuir registros cadastrais dos seus clientes (pessoas físicas e jurídicas). A lei determina a obrigatoriedade de identificação e manutenção do cadastro de clientes, então é necessário estabelecer procedimentos e criar ferramentas para fins de identificação de clientes. As orientações que definem as informações mínimas contidas no cadastro de cada segmento obrigado são definidas em norma, por seu regulador, mas, de forma geral, contemplam:
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
Esses dados podem ajudá-lo a perceber detalhes da operação que passariam despercebidos sem o cadastro.
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
A identificação do cliente prevê, também, o registro de sua condição como PEP.
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
Procedimentos de identificação de pessoas expostas politicamente
Tanto o GAFI quanto a ONU definem PEP como aquele indivíduo que desempenha ou desempenhou função pública relevante. O COAF, para ajustar essa definição ao direito interno, conceitua PEP na Resolução nº 29, de 07/12/2017. São considerados PEP: governadores, ministros de Estado, senadores, deputados etc.).
O COAF disponibiliza, desde 25 de março de 2014, uma lista de PEP. É um cadastro consolidado pela Controladoria-Geral da União (CGU). No momento, o cadastro contempla somente PEP no âmbito federal, mas o objetivo é disponibilizar, em breve, a relação completa.
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
Procedimentos para registro de operações
É obrigatório que seja estruturado um registro com todos os dados das operações. Assim como a identificação de clientes, a definição do que deve ser contemplado no registro é definida pelo regulador. Algumas informações que devem constar do registro são: Identificação do cliente, valor e data da operação, data do pagamento, meio de pagamento, descrição dos bens/mercadorias, etc., 
Com base nestes dados, é possível observar alguns “sinais de alerta” de lavagem de dinheiro, tais como pagamento de grandes valores em dinheiro vivo, recebimento ou pagamento em nome de terceiros, fracionamentode valores para burlar os controles de PLD etc.
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
Procedimentos para monitoramento de operações
O monitoramento, além de ajudar a mitigar o risco das operações, constitui-se em verdadeira ferramenta para a tomada de decisões, tanto em relação à manutenção da relação negocial quanto às comunicações ao COAF. Assim, o monitoramento deverá favorecer o cruzamento de dados na busca de sinais de alerta, tais como:
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
Incompatibilidade entre ocupação e renda;
Incompatibilidade entre situação patrimonial e operações realizadas;
Frequentes operações realizadas em espécie;
Fracionamento de pagamentos;
Pagamentos realizados por terceiros;
Compra de bens em nome de terceiros;
Tentativa de burla na identificação de envolvidos;
Frequência das operações realizadas com clientes de “alto risco”;
Cliente domiciliado em país não cooperante às normas de PLD/FT;
Relacionamento em notícias de mídias.
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
Procedimentos para comunicações ao COAF
As comunicações fazem parte dos mecanismos de controle instituídos pela Lei nº 9.613, de 1998, para prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Vimos também que tais comunicações são insumos importantes para o COAF, em seu trabalho de UIF, e subsidiam a elaboração de relatórios de inteligência financeira que são encaminhados às autoridades competentes. Estas, por sua vez, utilizam as informações do COAF para aprofundar suas investigações.
Mas fique tranquilo! As comunicações são confidenciais e não acarretam responsabilidade civil ou administrativa, quando realizadas de boa-fé, conforme previsto no Art. 11 da Lei nº 9.613, de 1998. As orientações para registro de comunicações, está disponível no site do COAF, consultando os itens G, H e I das Perguntas Frequentes.
http://fazenda.gov.br/orgaos/coaf
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
Procedimentos para treinamento de colaboradores
A capacitação de empregados é um fator determinante na PLD/FT.
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
É interessante que a empresa, além de treinar toda a equipe, tenha uma pessoa (ou um grupo) responsável pelas atividades de conformidade com as regras de prevenção de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo, treinada para identificar e estabelecer ações para prevenção, tratamento e comunicação de operações financeiras que apresentem risco de lavagem de dinheiro ou financiamento ao terrorismo.
As pessoas obrigadas e o que se espera delas
Procedimentos para criação de produtos e serviços
Outro ponto importante a ser contemplado em uma política de PLD/FT é a forma como serão desenvolvidos os produtos e serviços da empresa. O ideal é que, além dos estudos prévios habituais, também sejam avaliados sob a perspectiva de utilização em ilícitos financeiros, de modo a evitar a oferta de novas ferramentas para os criminosos.
Consequências do não cumprimento da lei
Se existem obrigações previstas em uma lei, já dá para imaginar o que acontece quando uma pessoa não cumpre essas obrigações, não é?
As pessoas obrigadas são fiscalizadas e se, for observado que alguma dessas obrigações não é cumprida, elas serão responsabilizadas administrativamente. Isto significa que poderão responder a Processo Administrativo Punitivo.
O Cumprimento da norma é um fator mitigador de riscos que ajuda a pessoa obrigada a não ser envolvida em eventual processo de lavagem de dinheiro. 
Afinal, ninguém quer responder criminalmente por suspeita de colaboração com lavadores de dinheiro.
Consequências do não cumprimento da lei
Consequências do não cumprimento da lei
Sanções previstas na lei.
De acordo com o Art. 12 da Lei nº 9.613, de 1998, as pessoas referidas no Art. 9º, bem como os administradores das pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as obrigações previstas nos Arts. 10 e 11, serão submetidas, cumulativamente ou não, pelas autoridades competentes, às seguintes sanções:
I – advertência;
II – multa pecuniária variável não superior:
a) ao dobro do valor da operação;
b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação; ou
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).
III – inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de administrador das pessoas jurídicas referidas no art. 9º;
IV – cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, operação ou funcionamento.
Consequências do não cumprimento da lei
O Processo Administrativo Punitivo, pode ter como conclusão uma dessas sanções previstas acima. No caso das pessoas obrigadas supervisionadas pelo COAF, quem toma as decisões nesse processo é o plenário do COAF. Para visualizar todo o processo de fiscalização do COAF e eventual submissão a processo administrativo, veja ao esquema abaixo:
Encerramento
Chegamos ao final do treinamento!
Esperamos ter atingido o objetivo, ao apresentar os aspectos básicos do tema. Mais uma vez, lembramos que o assunto não se esgota aqui. Pelo contrário, cada dia essas práticas ilícitas são aprimoradas e, portanto, precisamos também manter constante atualização do tema, resguardando não apenas nossas atividades de serem utilizadas em práticas de PLD/FT, mas principalmente protegendo toda a sociedade de seus malefícios.
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Assista o vídeo
Encerramento

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