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* * * SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS OU DOUTRINÁRIOS E PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS. * * * CONSIDERAÇÕES INICIAIS SUS “conceito ampliado de saúde” SUS ações de relevância pública – atribuído ao poder público a regulamentação, a fiscalização e o controle das ações e dos serviços de saúde Atenção à saúde como um projeto que iguala saúde com condições de vida (direito à saúde = direito à vida) Elementos condicionantes da saúde: Meio físico Meio socioeconômico e cultural Acesso aos serviços de saúde (promoção, proteção e recuperação da saúde) * * * Saúde se expressa como retrato das condições de vida Sistema de saúde convergente aos programas ambientais, sociais, econômicos, culturais, etc Sistema da Seguridade Social: conjunto integrado de ações de iniciativa do poder público e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à Saúde, à Previdência e à Assistência Social * * * Sistema conjunto de várias instituições (públicas e privadas) que interagem para um fim comum Serviços contratados e conveniados devem seguir os mesmos princípios e normas do serviço público Sistema Único mesma doutrina e mesma organização em todo o país, respeitando as peculiaridades e determinações locais * * * PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS: 1- UNIVERSALIDADE É a garantia de que todos os cidadãos devem ter ACESSO aos serviços de saúde, públicos ou privados, assegurada por uma rede hierarquizada de serviços tecnologicamente apropriados a cada NÍVEL DE ATENÇÃO. Saúde como um direito de cidadania de todas as pessoas Cabe ao Estado assegurar esse direito Independente de sexo, raça, renda, credo , ocupação....... Urbano, rural, contribuinte, não contribuinte... * * * Situação atual - Universalidade a nível de ATENÇÃO PRIMÁRIA - Limitações SEVERAS aos níveis DE ATENÇÃO SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA - Financiamento inadequado - População pobre APS - População de melhor poder aquisitivo: -pela baixa qualidade do setor público - Seguro Saúde – Planos de Saúde * * * 2-EQÜIDADE: Princípio de justiça social O objetivo da equidade é diminuir as desigualdades tratando desigualmente os desiguais Investir onde as carências são maiores atendendo as necessidades reais da população Situação atual - Equidade formal, pois os obstáculos são variados para os distintos extratos sociais - Os mais pobres chegam facilmente ao nível primário - A prevenção nestes extratos tem impacto nos indicadores de morbimortalidade - Os serviços de saúde a nível primário ainda focam nas DIP, sendo que as DCD são as mais PREVALENTES * * * 3- INTEGRALIDADE Temos que vencer a separação entre PREVENÇÃO - CURA Considera a pessoa como um todo Promoção da saúde, prevenção de doenças, tratamento e reabilitação Articulação da saúde com outras políticas públicas Atuação intersetorial entre as diversas áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos * * * Situação atual - Sistema estruturado para atender pessoas com DOENÇA INSTALADA demanda espontânea Dificuldade em estruturar programas integrais (vigilância à saúde) SUPERAR A DICOTOMIA PREVENÇÃO-CURA - Formação curativa hegemônica - Pagamento por produção médica - Medicalização * * * PODEMOS ENTÃO AFIRMAR QUE NA PRÁTICA TEMOS 2 SISTEMAS DE SAÚDE, UM GOVERNAMENTAL, CHAMADO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE , E OUTRO PRIVADO , DENOMINADO, SISTEMA DE SAÚDE SUPLEMENTAR ???? SIM OU NÃO ? * * * PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS: I-Regionalização II-Hierarquização III -Resolutividade IV-Descentralização V-Participação cidadã VI-Complementaridade do setor privado * * * REGIONALIZAÇÃO Circunscrição dos serviços a determinada área geográfica. Planejamento dos serviços a partir de critérios epidemiologicos Integralidade da atenção com o controle e a racionalização dos gastos no sistema Serviços circunscritos a determinada área geográfica * * * HIERARQUIZAÇÃO -Organização dos serviços em níveis crescentes de complexidade Fluxos de encaminhamento (REFERÊNCIA ),e retorno das informações ao nível dos serviços ( CONTRAREFERÊNCIA ) * * * DESCENTRALIZAÇÃO -Redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo Municipalização “quanto mais perto estiver a decisão, maior a chance de acerto” Dotar o município de condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer a função de tomada de decisão Cada esfera de governo é autônoma e soberana em suas decisões e atividades A autoridade sanitária do SUS é exercida pelo Ministro da Saúde, Secretários Estaduais de Saúde e Secretários Municipais de Saúde Gestores do sistema de saúde * * * RESOLUTIVIDADE -As ações em saúde ( promoção, prevenção, cura, reabilitação ) devem ser resolutivas ou seja: Qualificação técnica Capacidade de entender os problemas dentro da ótica epidemiologica e das especificidades locais Resolutividade de 80-85% * * * COMPLEMENTARIDADE DO SETOR PRIVADO................................. * * * CONTROLE SOCIAL -Conselhos e Conferências de Saúde.... FUNÇÃO: Formular estratégias Controlar e Avaliar a execução das Politicas de Saúde * * * O que a regionalização IMPLICA? 1- DISTRITO SANITÁRIO 2-TERRITORIALIZAÇÃO * * * 1-DISTRITO SANITÁRIO É o local – processo que se leva em conta para buscar a mudança no modelo de atenção à saúde. É um processo social de mudança das práticas sanitárias e não apenas a delimitação física de um espaço. O processo da Distritalização tem 3 dimensões: - Política: através dos espaços de transformação - Ideológica: modelos tecno – assistenciais - Técnica: princípios Organizativos – Assistenciais O processo de distritalização da saúde apresenta uma dimensão ideológica de extrema importância. * * * Distrito Sanitário e os Principios da Organização da Assistência a Saúde É a tentativa de colocar em prática um modelo diferente no trato com a saúde. Estes princípios não são “prescrições” acabadas e sim princípios gerais aplicáveis a singularidade de cada território. * * * ESPERA-SE QUE UM DS TENHA: 1 – IMPACTO: Um DS só terá sentido se sua utilidade se expressar em impacto sobre a saúde da população. No Brasil temos um quadro epidemiológico capaz de ser fortemente impactado pelo Sistema de Saúde. 2 – ORIENTAÇÃO DOS PROBLEMAS: forma alternativa de organização dos serviços em contrapartida à demanda espontânea e aos programas de saúde pública. * * * - 3 – INTERSETORIALIDADE: Problemas de saúde são complexos e mal definidos, que vão se refletir em delicados arranjos com outros setores. Ex.: Mortalidade Infantil - Ação Médica - Saneamento Básico - Nutrição - Educação... 4 – PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO LOCAL: - O planejamento é endógeno ao locus do problema. O sujeito do planejamento está deslocado. Normalmente “estandartiza” situações desiguais. - O processo de Distritalização Sanitária exigirá uma mudança no sistema de planejamento. O enfoque do planejamento deverá ser o Território e o Processo Local * * * -2 TERRITORIALIZAÇÃO a - A partir da área de abrangência de cada UBS se pode identificar os principais problemas de saúde: - Perfil de Morbi – Mortalidade - Agravos existentes - Porquê adoecem e morrem os cidadãos b – Montagem de um Sistema de Informações em Saúde e um Sistema de Informações Geográficas * * * - c – A territorialização permite: - Diagnóstico - Avaliação permanente - Adoção de medidas coerentes com a realidade - As prioridades são as de cada território Este planejamento localizado no território – processo local deve ser para possibilitar: - Descrever - Compreender - Explicar - Propor intervenções - Avaliar Impacto num território - processo local * * * -d – Autoridade Sanitária Local e – Co – responsabilidade: é uma zona de estabelecimento de responsabilidade entre Território, Recursos em Saúde e População Adstrita. f – Hierarquização: alicerça-se na verificação empírica que as necessidades de saúde de menor complexidade tem mais freqüência e as de mais complexidade menor freqüência. A Hierarquização contém 2 sub – princípios: - Suficiência tecnológica de cada nível de atenção - Referência e Contra referência * * * -g – Intercomplementaridade h – Integralidade: não pode haver uma separação deste nível entre Promoção – Prevenção. i – Adstrição: os distritos sanitários se organizam em bases territoriais e sua população deve estar adstrita a ela. j – Heterogeneidade l – Realidade * * * DIFERENCIANDO MUNICIPALIZAÇÃO das ações de saúde: é a desconcentração de serviços e a descentralização da gestão, para os municípios, se inicia com a NOB93 e se consolida com a NOB96. DISTRITALIZAÇÃO: é um processo político-organizacional de reordenação do sistema de saúde em nível LOCAL , capaz de facilitar a implantação e o desenvolvimento de modelos assistências alternativos, como base para o SUS * * * Desconcentração é uma simples transferencia de atribuições, realização e recursos para tal. Descentralização implica num deslocamento de poder, da gestão, das atribuições e das DECISOES , para um nível mais periférico do sistema ou da organização. * * * MUNICIPALIZAR A SAÚDE ............................... -....SIGNIFICA O RECONHECIMENTO DA RESPONSABILIDADE POLITICA DO MUNICIPIO COM A SAÚDE DE SEUS CIDADÃOS. A plenitude da municipalização coloca os diferentes recursos em saúde sob gestão municipal, com formulação de políticas locais, planejamento,organização execução e controle das ações e dos serviços. * * * - UM SISTEMA MAIS JUSTO SE CONSTRÓI NO COTIDIANO DE TODOS OS INTERESSADOS NA MUDANÇA DA SAÚDE NO BRASIL. ENTENDER SUA HISTÓRIA E SEU FUNCIONAMENTO É UMA FORMA DE FORTALECER A LUTA POR SUA CONSTRUÇÃO
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