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III-Sistema Único de Saúde

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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
 
PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS OU DOUTRINÁRIOS E PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS.
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
 SUS  “conceito ampliado de saúde”
 SUS  ações de relevância pública – atribuído ao poder público a regulamentação, a fiscalização e o controle das ações e dos serviços de saúde
Atenção à saúde como um projeto que iguala saúde com condições de vida (direito à saúde = direito à vida)
 Elementos condicionantes da saúde:
 Meio físico
 Meio socioeconômico e cultural
 Acesso aos serviços de saúde (promoção, proteção e recuperação da saúde)
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 Saúde se expressa como retrato das condições de vida
 Sistema de saúde
convergente aos programas ambientais, sociais, econômicos, culturais, etc
Sistema da Seguridade Social: conjunto integrado de ações de iniciativa do poder público e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à Saúde, à Previdência e à Assistência Social
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 Sistema  conjunto de várias instituições (públicas e privadas) que interagem para um fim comum
 Serviços contratados e conveniados devem seguir os mesmos princípios e normas do serviço público
 Sistema Único  mesma doutrina e mesma organização em todo o país, respeitando as peculiaridades e determinações locais
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PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS:
 1- UNIVERSALIDADE
 É a garantia de que todos os cidadãos devem ter ACESSO aos serviços de saúde, públicos ou privados, assegurada por uma rede hierarquizada de serviços tecnologicamente apropriados a cada NÍVEL DE ATENÇÃO.
 Saúde como um direito de cidadania de todas as pessoas
 Cabe ao Estado assegurar esse direito
 Independente de sexo, raça, renda, credo , ocupação.......
 Urbano, rural, contribuinte, não contribuinte...
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Situação atual
- Universalidade a nível de ATENÇÃO PRIMÁRIA
- Limitações SEVERAS aos níveis DE ATENÇÃO SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA
- Financiamento inadequado
- População pobre  APS
- População de melhor poder aquisitivo:
			-pela baixa qualidade do setor público 
			- Seguro Saúde – Planos de Saúde
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 2-EQÜIDADE: Princípio de justiça social
 O objetivo da equidade é diminuir as desigualdades tratando desigualmente os desiguais
 Investir onde as carências são maiores atendendo as necessidades reais da população
Situação atual
- Equidade formal, pois os obstáculos são variados para os distintos extratos sociais
- Os mais pobres chegam facilmente ao nível primário
- A prevenção nestes extratos tem impacto nos indicadores de morbimortalidade
- Os serviços de saúde a nível primário ainda focam nas DIP, sendo que as DCD são as mais PREVALENTES
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 3- INTEGRALIDADE
 Temos que vencer a separação entre PREVENÇÃO - CURA
 Considera a pessoa como um todo
 Promoção da saúde, prevenção de doenças, tratamento e reabilitação
 Articulação da saúde com outras políticas públicas
 Atuação intersetorial entre as diversas áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos
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Situação atual
- Sistema estruturado para atender pessoas com DOENÇA INSTALADA  demanda espontânea
Dificuldade em estruturar programas integrais
 (vigilância à saúde)
SUPERAR A DICOTOMIA PREVENÇÃO-CURA
- Formação curativa hegemônica
- Pagamento por produção médica
- Medicalização
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PODEMOS ENTÃO AFIRMAR QUE NA PRÁTICA TEMOS 2 SISTEMAS DE SAÚDE, UM GOVERNAMENTAL, CHAMADO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE , E OUTRO PRIVADO , DENOMINADO, SISTEMA DE SAÚDE SUPLEMENTAR ???? 
SIM OU NÃO ?
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PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS: 
 		I-Regionalização
II-Hierarquização
III -Resolutividade
 IV-Descentralização
 V-Participação cidadã
 VI-Complementaridade do setor privado
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REGIONALIZAÇÃO
Circunscrição dos serviços a determinada área geográfica.
Planejamento dos serviços a partir de critérios epidemiologicos
Integralidade da atenção com o controle e a racionalização dos gastos no sistema
Serviços circunscritos a determinada área geográfica
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HIERARQUIZAÇÃO
-Organização dos serviços em níveis crescentes de complexidade
Fluxos de encaminhamento (REFERÊNCIA ),e retorno das informações ao nível dos serviços ( CONTRAREFERÊNCIA )
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DESCENTRALIZAÇÃO
-Redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo
 Municipalização  “quanto mais perto estiver a decisão, maior a chance de acerto”
 Dotar o município de condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer a função de tomada de decisão
 Cada esfera de governo é autônoma e soberana em suas decisões e atividades
 A autoridade sanitária do SUS é exercida pelo Ministro da Saúde, Secretários Estaduais de Saúde e Secretários Municipais de Saúde
 Gestores do sistema de saúde
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RESOLUTIVIDADE
-As ações em saúde ( promoção, prevenção, cura, reabilitação ) devem ser resolutivas ou seja:
Qualificação técnica
Capacidade de entender os problemas dentro da ótica epidemiologica e das especificidades locais
Resolutividade de 80-85%
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COMPLEMENTARIDADE DO SETOR PRIVADO.................................
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CONTROLE SOCIAL
-Conselhos e Conferências de Saúde....
FUNÇÃO:
Formular estratégias
Controlar e Avaliar a execução das Politicas de Saúde
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O que a regionalização IMPLICA?
1- DISTRITO SANITÁRIO
2-TERRITORIALIZAÇÃO
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1-DISTRITO SANITÁRIO
É o local – processo que se leva em conta para buscar a mudança no modelo de atenção à saúde.
É um processo social de mudança das práticas sanitárias e não apenas a delimitação física de um espaço.
 O processo da Distritalização tem 3 dimensões:
	- Política: através dos espaços de transformação
	- Ideológica: modelos tecno – assistenciais
	- Técnica: princípios Organizativos – Assistenciais
 O processo de distritalização da saúde apresenta uma dimensão ideológica de extrema importância.
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Distrito Sanitário e os Principios da Organização da Assistência a Saúde
É a tentativa de colocar em prática um modelo diferente no trato com a saúde.
Estes princípios não são “prescrições” acabadas e sim princípios gerais aplicáveis a singularidade de cada território.
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ESPERA-SE QUE UM DS TENHA:
1 – IMPACTO: Um DS só terá sentido se sua utilidade se expressar em impacto sobre a saúde da população. No Brasil temos um quadro epidemiológico capaz de ser fortemente impactado pelo Sistema de Saúde.
2 – ORIENTAÇÃO DOS PROBLEMAS: forma alternativa de organização dos serviços em contrapartida à demanda espontânea e aos programas de saúde pública.
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- 3 – INTERSETORIALIDADE: Problemas de saúde são complexos e mal definidos, que vão se refletir em delicados arranjos com outros setores.
Ex.: Mortalidade Infantil
		- Ação Médica
		- Saneamento Básico
		- Nutrição
		- Educação...
4 – PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO LOCAL:
- O planejamento é endógeno ao locus do problema. O sujeito do planejamento está deslocado. Normalmente “estandartiza” situações desiguais.
- O processo de Distritalização Sanitária exigirá uma mudança no sistema de planejamento. O enfoque do planejamento deverá ser o Território e o Processo Local
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-2 TERRITORIALIZAÇÃO
a - A partir da área de abrangência de cada UBS se pode identificar os principais problemas de saúde:
	
	- Perfil de Morbi – Mortalidade
	- Agravos existentes
	- Porquê adoecem e morrem os cidadãos
b – Montagem de um Sistema de Informações em Saúde e um Sistema de Informações Geográficas
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- c – A territorialização permite:
	- Diagnóstico
	- Avaliação permanente
	- Adoção de medidas coerentes com a realidade
	- As prioridades são as de cada território
 Este planejamento localizado no território – processo local deve ser para possibilitar:
	- Descrever
	- Compreender
	- Explicar
	- Propor intervenções
	- Avaliar Impacto num território - processo local
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-d – Autoridade Sanitária Local
e – Co – responsabilidade: é uma zona de estabelecimento de responsabilidade entre Território, Recursos em Saúde e População Adstrita.
f – Hierarquização: alicerça-se na verificação empírica que as necessidades de saúde de menor complexidade tem mais freqüência e as de
mais complexidade menor freqüência.
 A Hierarquização contém 2 sub – princípios:
	- Suficiência tecnológica de cada nível de atenção
	- Referência e Contra referência
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-g – Intercomplementaridade
h – Integralidade: não pode haver uma separação deste nível entre Promoção – Prevenção.
i – Adstrição: os distritos sanitários se organizam em bases territoriais e sua população deve estar adstrita a ela.
j – Heterogeneidade
l – Realidade
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DIFERENCIANDO
MUNICIPALIZAÇÃO das ações de saúde:
é a desconcentração de serviços e a descentralização da gestão, para os municípios, se inicia com a NOB93 e se consolida com a NOB96.
DISTRITALIZAÇÃO:
é um processo político-organizacional de reordenação do sistema de saúde em nível LOCAL , capaz de facilitar a implantação e o desenvolvimento de modelos assistências alternativos, como base para o SUS 
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Desconcentração 
é uma simples transferencia de atribuições, realização e recursos para tal.
Descentralização 
implica num deslocamento de poder, da gestão, das atribuições e das DECISOES , para um nível mais periférico do sistema ou da organização.
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MUNICIPALIZAR A SAÚDE ...............................
-....SIGNIFICA O RECONHECIMENTO DA RESPONSABILIDADE POLITICA DO MUNICIPIO COM A SAÚDE DE SEUS CIDADÃOS.
A plenitude da municipalização coloca os diferentes recursos em saúde sob gestão municipal, com formulação de políticas locais, planejamento,organização execução e controle das ações e dos serviços.
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- UM SISTEMA MAIS JUSTO SE CONSTRÓI NO COTIDIANO DE TODOS OS INTERESSADOS NA MUDANÇA DA SAÚDE NO BRASIL. ENTENDER SUA HISTÓRIA E SEU FUNCIONAMENTO É UMA FORMA DE FORTALECER A LUTA POR SUA CONSTRUÇÃO

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