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L E T Í C A T I M B Ó Fisiologia do Pâncreas 1 É uma glândula composta. – pode ser Endócrino ou Exócrino (82%) Suco Pancreático Os Ácinos pancreáticos secretam as Enzimas digestivas pancreáticas e solução de Bicarbonato de sódio. Essa junção de enzimas + bicarbonado de sódio flui pelo Ducto pancreático, para o Ducto Hepático e cai na Papila de Vater que é envolta pelo Esfíncter de Oddi. O suco pancreático é mais abundante, em resposta à presença de Quimo nas porções superiores do Intestino Delgado. OBS: As características desse suco são determinadas pelos tipos de alimento no Quimo. Inervação do Pâncreas Parassimpático Simpático Diretamente Indiretamente Acetilcolina e Nervo Vago Colinérgico e Muscarínico Estimula os Ácinos a secretar enzimas digestivas ricas em proteínas. Inibição indireta pela Vasoconstrição. Enzimas digestivas pancreáticas O suco pancreático possui enzimas que digerem: Proteínas, Carboidrato e Gordura. O íon bicarbonado contido nesse suco, neutraliza a acidez do Quimo transportado do Estômago para o Duodeno. As enzimas mais importantes nesse suco pancreático são: Tripsina (+ abundante) Hidrolisam proteínas a peptídeos – sem liberar Aminoácidos individuais. Quimiotripsina Carboxipolipeptidase Cliva peptídeo, até aminoácidos individuais – completando a digestão de algumas proteínas até aminoácidos. Digestão de Carboidratos Amilase pancreática Digestão de Gorduras Lípase pancreática Coleste-rol esterase Fos-folipase L E T Í C A T I M B Ó Fisiologia do Pâncreas 2 Quando sintetizada nas células pancreáticas, as enzimas digestivas proteolíticas estão em formas inativas – Tripsinogênio, Quimiotripsinogênio e Procarboxipolipepti-dase. Essas enzimas são ativadas após serem secretadas no Trato intestinal. Tripsinogênio Ativado pela Enzima Enterocinase ou Autocataliticamente (pela própria tripsina já formada). Quimiotripsinogênio Ativado pela Tripsina Procarboxipolipepti- dase Ativado de maneira semelhante OBS: As enzimas proteolíticas não podem se manter ativas até depois que chegarem ao Intestino – pois a Tripsina e as outras podem digerir o próprio Pâncreas. O Inibidor de Tripsina é formado no citoplasma das células glandulares e inativa a Tripsina – nas células secretoras, ácinos e ductos do Pâncreas. OBS: Como é a Tripsina que ativa as outras enzimas, inibindo ela conseguimos inibir as outras. Quando ocorre lesão do Pâncreas ou bloqueio de ducto – grande parte da secreção pancreática acumula-se nas áreas comprometidas. Dessa maneira, o efeito Inibidor de Tripsina é insuficiente – permitindo que as secreções pancreáticas se mantenham ativas e digiram todo o Pâncreas em questão de horas, causando a – Pancreatite aguda. Secreções de íons Bicarbonato Componente importante do suco pancreático que é secretado pelas – Células epiteliais do ducto que se originam nos Ácinos. A concentração dos íons bicarbonatos no suco pancreático pode atingir até – 145 mEq/L – gerando uma alcalinidade no suco, que serve para neutralizar o ácido clorídrico. Mecanismo de secreção de íons bicarbonato 1 – O Dióxido de carbono difunde-se nas células, a partir do sangue. Sob influencia da – Anidrase carbônica esse dióxido se combina com a Água. Essa combinação forma – Ácido Carbônico (H²CO³) Esse ácido dissocia-se em íons bicarbonato e íons hidrogênio – esses íons bicarbonato são associados aos íons sódio e transportados na Membrana luminal da célula para o lúmen do ducto. 2 – Os íons hidrogênio são trocados por íons sódio, na membrana sanguínea da célula, por um processo de – Transporte ativo secundário. Isso vai suprir os íons sódio que são transportados através da borda do lúmen para dentro do lúmen do ducto pancreático para fornecer neutralidade elétrica para os íons bicarbonatos secretados. 3 – O movimento de íons sódio e bicarbonato do sangue para o lúmen do ducto, vai criar um – gradiente de pressão osmótica que causa fluxo de água para dentro do ducto pancreático – formando a solução bicarbonato quase isosmótica L E T Í C A T I M B Ó Fisiologia do Pâncreas 3 Regulação da Secreção Pancreática . 3 estímulos são importante na secreção pancreática: Acetilcolina Liberada pelas terminações do Nervo Vago Parassimpático e por nervos colinérgicos para o – Sistema Nervoso Entérico Colecistocinina Secretada pela mucosa duodenal e jejuno superior – quando o alimento entra no Intestino Delgado. Secretina Secretada pelas mucosas duodenal e jejunal – quando alimentos muito ácidos entram no Intestino Delgado. Acetilcolina + Colecistocinina – estimulam as Células Acinares do Pâncreas a produzir grande quantidade de enzimas digestivas pancreáticas e quantidade relativa de água e eletrólitos. OBS: Sem água a maior parte das enzimas permanece armazenada nos Ácinos e nos Ductos até que uma secreção fluida apareça para lavá-las dentro do Duodeno. Secretina – estimula a secreção de grandes quantidades de solução aquosa de bicarbonato de sódio (até 145mEq/L) pelo epitélio do Ducto pancreático e concentração reduzida de íons cloreto. Quando esses estímulos agem ao mesmo tempo – a secreção total é bem maior do que a soma das secreções causadas por cada um deles, separadamente. Esses estímulos “multiplicam” ou “potencializam” uns aos outros – dessa maneira, a secreção pancreática resulta de efeitos combinados de múltiplos estímulos básicos, e não apenas de um só. Fases da Secreção Pancreática Fase Cefálica e Gástrica Sinais nervosos do cérebro causam a liberação de Acetilcolina no Pâncreas. Pouca secreção flui – pois os ductos pancreáticos possuem pouca água e eletrólitos. Fase Intestinal Após o Quimo deixar o Estômago e entrar no Intestino Delgado – a secreção pancreática fica abundante em resposta a – Secretina. . A presença de alimento no Intestino Delgado superior faz com que o segundo hormônio – a Colecistocinina seja liberado pelas Células I. Essa liberação é estimulada pela presença de – Proteoses e Peptonas (produtos da digestão parcial de proteínas) + Ácidos graxos de cadeia longa no Quimo. A CCK estimula a secreção de mais enzimas digestivas pancreáticas pelas Células Acinares – representa cerca de 70% a 80% da secreção total das enzimas digestivas, após refeição). L E T Í C A T I M B Ó Fisiologia do Pâncreas 4 Referências: Livro Tratado de Fisiologia Médica – Guyton e Hall 13ªed. Aula: Prof Ana Cristina Ribeiro – Uninta, dia 20/04/2021, das 08 às 10hrs. Secretina É um Polipeptídeo com 27 aminoácidos. Está presente em forma inativa, pró-secretina, nas Células S (mucosa do duodeno e jejuno). Quando o Quimo ácido (pH menor que 4,5) entra no Duodeno, causa a ativação e liberação da secretina para o sangue. OBS: Constituinte do Quimo que causa a liberação de secretina – Ácido Clorídrico. Importância da Secretina Começa a ser liberada pela mucosa do intestino delgado, apenas quando o pH do conteúdo duodenal cai abaixo de 4,5 a 5,0 – e sua liberação aumenta quando o pH está 3. Levando a secreção abundante de suco pancreáticos contendo grande quantidade de Bicarbonato de sódio, resultando em: HCL + NaHCO = NaCl + HCO Ácido Carbônico dissocia-se em Dióxido de carbono e água. Dióxido de carbono é transferido para o sangue e expirado pelos pulmões, deixando a solução de Cloreto de sódio no Duodeno. O conteúdo ácido vindo do Estômago para o Duodeno é neutralizado e ocorre o bloqueio da atividade peptídica. Diferenças da CCK e Secretina Intensa secreção de Bicarbonato de sódio, em resposta ao ácido no Duodeno – estimulada pela Secretina. Duplo efeito em resposta à gordura Secreção intensa de enzimas digestivas – estimulada pela CCK.
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