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Julia Paris Malaco – UCT17 SP5 – perda de sangue A leucemia ocorre quando certos tipos de glóbulos brancos perdem a função de defesa e passam a se produzir de maneira descontrolada. Existem várias linhagens celulares que derivam da medula óssea, e baseando-se nos tipos de glóbulos brancos que elas afetam, as leucemias são divididas em dois grandes grupos: mieloide e linfoide. As que afetam células linfóides são chamadas de leucemia linfóide, linfocítica ou linfoblástica. As que afeta células mieloides são chamadas de leucemia mieloide ou mieloblástica. Elas também podem ser divididas em: Agudas: quando há o crescimento rápido de células imaturas - impede a produção das células normais. O número de células leucêmicas cresce de maneira rápida e a doença agrava-se num curto intervalo de tempo Crônicas: caracterizadas pelo aumento das células maduras, mas anormais. É considerada crônica quando há alteração que provoca o crescimento desordenado de células, mas, geralmente, não impede a produção de células normais - ao mesmo tempo em que há uma produção de células com problemas (causando acúmulo na medula óssea) ocorre também a fabricação e maturação das células saudáveis. Lentamente, a leucemia crônica se agrava. À medida que o número de células leucêmicas aumenta, aparecem inchaço nos linfonodos (ínguas) ou infecções. Quando surgem, os sintomas são brandos, agravando-se gradualmente. Os principais sintomas decorrem do acúmulo de células defeituosas na medula óssea, prejudicando ou impedindo a produção das células sanguíneas normais. A diminuição dos glóbulos vermelhos ocasiona anemia, cujos sintomas incluem: fadiga, falta de ar, palpitação, dor de cabeça, entre outros. A redução dos glóbulos brancos provoca baixa da imunidade, deixando o organismo mais sujeito a infecções muitas vezes graves ou recorrentes. A diminuição das plaquetas ocasiona sangramentos, sendo os mais comuns das gengivas e pelo nariz e manchas roxas (equimoses) e/ou pontos roxos (petéquias) na pele. O paciente pode apresentar gânglios linfáticos inchados, mas sem dor, principalmente na região do pescoço e das axilas; febre ou suores noturnos; perda de peso sem motivo aparente; desconforto abdominal (provocado pelo inchaço do baço ou fígado); dores nos ossos e nas articulações. Caso a doença afete o Sistema Nervoso Central (SNC), podem surgir dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação. Sinais e sintomas mais comuns: Palidez, fadiga e febre; Adenomegalia generalizada; Infecções persistentes ou recorrentes; Hematomas, petéquias e sangramentos inexplicados; Hepatoesplenomegalia Algumas alterações nos exames laboratoriais são: hiperleucocitose, neutropenia, anemia, plaquetopenia, aumento de escórias nitrogenadas (uréia e creatinina), aumento de LDH e ácido úrico, distúrbios eletrolíticos relacionados à síndrome de lise tumoral (hipercalemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia), alargamento das provas de coagulação, hipofibrinogenemia, dentre outros. Estadiamento: Os estágios da leucemia são frequentemente caracterizados pela contagem de células sanguíneas e pelo acúmulo de células de leucemia em outros órgãos, como o fígado ou o baço. O estágio da leucemia é um dos fatores mais importantes na avaliação das opções de tratamento. Cada um dos tipos de leucemia tem seu estadiamento realizado usando um sistema exclusivo: Leucemia linfocítica aguda: com base no tipo de linfócito e na maturidade das células; Leucemia mieloide aguda: usando o sistema franco-americano-britânico (FAB), que leva em consideração o número de células sanguíneas saudáveis, o tamanho e o número de células leucêmicas, as alterações nos cromossomos das células leucêmicas e outras anormalidades genéticas; Leucemia linfocítica crônica: usando o sistema RAI, que considera três fatores principais: o número de linfócitos no sangue; o grau de aumento de linfonodos, baço ou fígado e a presença de anemia ou trombocitopenia Leucemia mieloide crônica: Estadiada com base no número de células doentes encontradas nos exames de sangue e medula óssea. https://drmarcelbrunetto.com.br/leucemia-linfoide-aguda/ https://drmarcelbrunetto.com.br/leucemia-mieloide-aguda/ https://drmarcelbrunetto.com.br/leucemia-linfocitica-cronica/ https://drmarcelbrunetto.com.br/leucemia-mieloide-cronica/ Julia Paris Malaco – UCT17 Leucemia mieloide aguda Qualquer idade mas as pessoas com mais de 65 são as que mais recebem diagnóstico, mais comum em homens. É a leucemia mais comum no adulto. LMA têm em comum início clínico abrupto e evolução rápida para óbito caso o paciente não seja tratado. É altamente heterogênea. Células predominantes são os blastos: tumor de progenitores hematopoiéticos causado por mutações oncogênicas adquiridas que impedem a diferenciação, resultando na acumulação de blastos mieloides imaturos na medula. Superprodução de células imaturas (mieloblastos) que quando em grande quantidade na medula óssea bloqueia a formação dos demais componentes do sangue. Afeta as células mieloides e avança rapidamente. Ocorre tanto em adultos como em crianças, mas a incidência aumenta com o aumento da idade. A maioria das LMAs apresenta mutações em genes que codificam fatores de transcrição necessários para a diferenciação mieloide normal. Essas mutações interferem na diferenciação dos precursores das células mieloides, levando ao acúmulo de precursores mieloides (blastos) na medula (esse aumulo gera falência medular). Sintomas: Febre; Infecções recorrentes; Aumento de nódulos linfáticos, baço e fígado; Fadiga; Fraqueza; Palidez; Dor nos ossos; Redução de peso; Hematomas e sangramentos espontâneos - baixa de plaquetas; equimoses e petequias tudo isso relacionado a anemia, neutropenia e trombocitopenia Diagnóstico Hemograma: Os achados típicos são de anemia e plaquetopenia grave pela substituição da medula óssea saudável por células blásticas sem função. A leucocitose é frequente devido a presença de blastos no sangue periférico. Pode ter leucopenia, porém é menos comum Mielograma (padrão ouro): Geralmente há hipercelularidade com mais de 30% de blastos, que substituem amplamente a medula óssea normal. esfregaço de sangue periférico (hematoscopia), função renal, hepática, beta HCG, acido úrico, sorologias. Imunofenotipagem bastonete de auer – patognomonico de LMA sudam-black T8 e T21 Alterações dos exames Anemia normocítica e normocrômica Reticulocitopenia O número total de leucócitos aumentado em mais de 50% dos pacientes o Contagens muito elevadas (> 100.000 leucócitos/μL), vistas em até 20% dos casos, podem causar um fenômeno chamado leucoestase (por comprometimento do fluxo sanguíneo pela hiperviscosidade), que pode comprometer o SNC e o parênquima pulmonar, constituindo-se em uma emergência. Trombocitopenia Neutropenia Mieloblastos A presença de bastonetes de Auer é considerada patognomônica. Aspecto especial da fórmula leucocitária na leucemia aguda, que se caracteriza pela ausência de formas intermediárias entre os mieloblastos e os neutrófilos adultos – isso de chama hiato leucêmico Plaquetopenia Paciente tem mais infecção Prolongamento do TAP, TTPa, TT, hipofibrinogenemia e aumento de D-dímero. Aumento de ácido úrico sérico Tratamento Quimioterapia: Esquema LMA AD 98: Citarabina + Idarubicina. Indução: eliminar blastos periféricos/ reduzir blastos na medula. Consolidação: eliminar blastos remanescentes. Intensificação: manutenção Julia Paris Malaco – UCT17 Citarabina: bloqueia a progressão das células da fase G1 para a fase S. Aparentementeage através da inibição da DNA polimerase. Idarubicina: Inibe diretamente a topoisomerase II, impedindo a síntese de DNA. Interage com as membranas celulares e mitocondriais, perturba a transmissão de sinais intracelulares e forma radicais livres. Finalmente, desencadeia o processo de morte celular por apoptose. A etapa de manutenção só é necessária para os casos de Leucemia promielocítica aguda - subtipo especial de LMA, muito relacionado com hemorragias graves no diagnóstico. Nesses casos, existe uma mutação genética específica que pode ser detectada nos exames da medula óssea e o tratamento com uma combinação de quimioterapia com um comprimido oral (tretinoina) possibilita taxas de cura bastante elevadas. Leucemia mieloide crônica Na maioria dos casos ocorre em adultos na faixa etária dos 50 anos (sendo apenas 4% crianças). Célula predominante são os neutrófilos Ela se distingue dos outros tipos pela presença de uma anormalidade genética nos glóbulos brancos: cromossmo philadelphia (Ph +). Nessa doença ocorre uma translocação em dois cromossomos - 9 e 22, criando o gene BCR-ABL. Afeta células mieloides e se desenvolve vagarosamente, a princípio. Acomete principalmente adultos. Está sempre associada à presença do gene de fusão BCR-ABL. Em cerca de 95% dos casos, o gene BCR -ABL é resultante de uma translocação (9;22). A LMC não é uma doença que cura com terapia medicamentosa, o transplante de medula é a única que pode induzir remissão molecular. A doença é causada pela translocação recíproca t(9;22)(q34;q11.2) que resulta em um cromossomo 22 encurtado, chamado de cromossomo Philadelphia (Ph), que codifica a proteína citoplasmática de fusão BCR- ABL. Existem três fases distintas da leucemia mieloide crônica: a fase crônica, a fase acelerada e a crise blástica. Sintomas: Palidez; Cansaço e mal-estar; Aumento do baço; Perda de peso; Hematomas; fadiga; febre; anorexia; dor abdominal; esplenomegalia; anemia O curso clínico da LMC é comumente dividido em três fases: Fase crônica da duração variável Fase acelerada curta Fase terminal de crise blástica. Fase 1: O início da fase crônica é geralmente lento, com sintomas inespecíficos como fraqueza e perda de peso. A descoberta laboratorial mais característica no momento da apresentação é leucocitose com tipos celulares de granulócitos imaturos no sangue periférico. Desenvolve-se anemia e, por vezes, trombocitopenia. A anemia causa fraqueza, cansaço e dispneia aos esforços. Frequentemente pode ser observada esplenomegalia no momento do diagnóstico; hepatomegalia é menos comum; e linfadenopatia é relativamente incomum. Fase 2: A fase acelerada de LMC é caracterizada pela dilatação do baço e sintomas progressivos. A esplenomegalia muitas vezes provoca uma sensação de plenitude e desconforto abdominal. Um aumento da contagem de basófilos e células mais imaturas (blastos) no sangue ou na medula óssea confirma a transformação para a fase acelerada. Durante essa fase, desenvolvem-se sintomas constitucionais, como febre baixa, suores noturnos, dor óssea e perda de peso devido a rápida proliferação e hipermetabolismo das células leucêmicas. Podem surgir sangramentos e contusões devido à falta de funcionalidade das plaquetas. Geralmente, a fase de aceleração é de curta duração (6 a 12 meses). Fase 3: A fase blástica terminal da LMC representa a evolução para leucemia aguda, e é caracterizada por um aumento na circulação sanguínea do número de precursores mieloides, especialmente blastos. Os sintomas constitucionais se tornam mais visíveis durante este período, e a esplenomegalia pode se acentuar significativamente. Infiltrados isolados de células leucêmicas podem envolver a pele, os linfonodos, os ossos e o sistema nervoso central. Com contagem muito elevada de blastos (> 100.000/ml), podem se manifestar sintomas de leucostase. Diagnostico Uma característica diagnóstica de LMC é a contagem elevada de leucócitos, com valores médios de 150.000/ml no momento do diagnóstico, embora em alguns casos apresente apenas um aumento modesto. A principal característica da doença é a existência do produto gênico BCR-ABL, que pode ser detectado no sangue periférico.A melhor maneira de Julia Paris Malaco – UCT17 detecção é feita por meio da reação em cadeia de polimerase (PCR), que suplantou os resultados da citogenética na identificação do cromossomo Philadelphia. O exame da medula óssea geralmente não é necessário para o estabelecimento do diagnóstico, mas é útil para o prognóstico e a detecção de anomalias cromossômicas adicionais. Sangue periférico: Leucocitose, frequentemente excedendo 100.000 células/mm3: predomínio de bastonetes, metamielócitos, mielócitos, eosinófilos e basófilos. Os blastos geralmente representam menos de 10% das células circulantes. Geralmente, há um aumento no numero de plaquetas, algumas vezes de modo marcante. Alterações nos exames Cromossomo philadelfia (pode estar presente também na LLA) O achado característico é a leucocitose em níveis extremos (em média, 100.000 leucócitos/μL). A basofilia e a eosinofilia Trombocitose e anemia normocrômica normocítica O escore da fosfatase alcalina leucocitária (FAL) nesses pacientes é baixo O percentual de blastos, a trombocitose extrema (> 700.000/μL), a eosinofilia e a basofilia têm impacto desfavorável no prognóstico. A medula óssea se mostra caracteristicamente hipercelular à custa de hiperplasia mieloide com representantes de todas as fases de maturação. Podem ser observados graus variados de fibrose reticulínica e vascularização. O setor eritroide em geral está diminuído, e os megacariócitos se mostram pequenos e hipolobulados (chamados megacariócitos anões). Blastos são observados em alguns casos e podem classificar as fases da doença em crônica, acelerada ou crise blástica (mais de 20% dos blastos na MO esta em crise blastica) A crise blástica pode assumir linhagens de diferenciação linfoide (25%), mieloide (50%) e bifenotípica (25%). T9 e T22 Tratamento Inibidores da tirosina quinase (grande revolução) - tratamento padrão. Terapia alvo - combate apenas células doentes e proporcionar uma vida normal, com poucos efeitos colaterais (resultados promissores). O tratamento da Leucemia Mieloide Crônica (LMC) não é feito com quimioterapia. Essa leucemia decorre do surgimento de um gene específico (gene BCR-ABL) capaz de aumentar a multiplicação celular através de uma proteína tirosina quinase. O tratamento é feito com um medicamento oral da classe dos inibidores de tirosina quinase, que inibe especificamente essa proteína anormal, que é a causa da LMC. É um tratamento considerado “alvo específico”, porque o medicamento inibe a multiplicação das células cancerosas, mas não das células normais do organismo. Alguns casos de resistência ou falha ao tratamento inicial podem necessitar de quimioterapia e transplante de medula óssea. Leucemia linfoide aguda Mais comum na infância (mas pode acometer adultos também) – 2 a 5 anos. É causada por células muito jovens (linfoblastos – precursor do linfoide) que param de funcionar corretamente e começam a se reproduzir de maneira descontrolada na medula óssea. A maior parte de origem de células B, mas também tem origem de células T, NK, etc Afeta células linfoides e agrava-se de maneira rápida. É o tipo mais comum em crianças pequenas, mas também ocorre em adultos. É constituída de linfócitos imaturos (linfoblastos). O principal efeito patogênico observado na leucemia aguda consiste no bloqueio da diferenciação. Uma das mutações mais importantes desse tipo consiste na fusão dos genes BCR-ABLcriada pela translocação 9;22 (o chamado cromossomo Filadélfia), pior prognóstico. Sintomas: Palidez; Cansaço; Sonolência; Hematomas, manchas (petéquias) e sangramentos prolongados; Infecções constantes - baixa imunidade devido as células de defesa não funcionantes; Linfonodos e baço aumentados - filtração de sangue (aumenta filtração para tentar compensar os mielócitos e linfócitos não úteis); Dores de cabeça e vômito; Dores ósseas e nas juntas; linfadenopatia. Diagnostico Anemia normocítica e normocrômica Leucocitose geralmente é discreta. Julia Paris Malaco – UCT17 neutropenia (< 2.000/μL), Trombocitopenia (< 150.000/μL) É comum que, no esfregaço de sangue periférico, sejam encontradas células imaturas (linfoblastos) que caracterizam a doença. O diagnóstico é firmado na presença de mais de 20% de linfoblastos no mielograma. Tratamento Quimioterapia Transfusão de sangue Transplante de medula óssea Terapia alvo (inibidores da tirosina quinase) - caso apresente Ph + Na leucemia Linfoblástica Aguda (LLA), o tratamento é composto de três fases: Indução de remissão, consolidação (tratamento intensivo com quimioterápicos não empregadas anteriormente); e manutenção (o tratamento é mais brando e contínuo por vários meses). Durante todo o tratamento, pode ser necessária a internação do paciente por infecção decorrente da queda dos glóbulos brancos normais e por outras complicações do próprio tratamento. Leucemia linfoide crônica Pode ser bem diferente pois em alguns caso não necessita tratamento. Prevalência em idosos e homens, pre disposiçao genética, translocação maligna nas células B CD5. Pode evoluir para linfoma não hodkin agressivo Ocorre quando alguns tipos de glóbulos brancos (linfócitos) param de realizar sua função de proteção do organismo. A LLC, uma malignidade clonal dos linfócitos B, é a forma mais comum de leucemia em adultos no mundo ocidental. No passado, a LLC era vista como uma doença homogênea de células B imaturas, imunoincompetentes e minimamente autorrenováveis, que se acumulavam devido a falhas de mecanismos apoptóticos. É considerada crônica porque essa alteração provoca o crescimento desordenado de linfócitos B maduros que, geralmente, não impede a produção de células normais - ao mesmo tempo em que há uma produção de células com problemas (causando acúmulo na medula óssea) ocorre também a fabricação e maturação das células saudáveis. Afeta células linfoides e se desenvolve de forma lenta. De acordo com essa ideia, as células tumorais contêm altos níveis de BCL2, uma proteína que inibe a apoptose. Mais de 85% dos tumores apresentam a translocação típica (14;18). É a de maior frequência entre adultos, 30% de todas leucemias. Causa Infecções graves ocorrem em mais da metade dos casos, infecção é principal causa de óbito em pacientes com LLC. A principal imunodeficiência nos pacientes com LLC é a hipogamaglobulinemia, ocorrendo em 100% dos pacientes. A principal imunoglobulina afetada é a IgG. Os locais mais comuns de infecção são os pulmões, seios paranasais, trato urinário e pele. A doença é considerada crônica porque essa mutação provoca o crescimento desordenado de linfócitos maduros e não impede a produção de células normais. O problema é que a doença pode evoluir para uma fase aguda, quando a medula é tomada pelas células doentes e tem seu funcionamento comprometido, piorando o prognóstico. A maioria das pessoas diagnosticadas com esse tipo da doença tem mais de 55 anos. Raramente afeta crianças. Sintomas: Cansaço e falta de ar ao praticar atividade física; Perda de peso sem causa aparente; Aumento de gânglios; Suor noturno; Infecções frequentes; linfadenopatia generalizada e hepatoesplenomegalia; Diagnostico A alteração mais característica é a leucocitose à custa de linfócitos A mediana da contagem de leucócitos é de cerca de 20 a 30 mil/μL no diagnóstico. É possível observar, em alguns casos, a presença de prolinfócitos em quantidades variáveis, que são células linfoides de aspecto mais imaturo e com nucléolos proeminentes. É bastante característica a descrição de restos celulares nas lâminas de sangue periférico, efeito chamado de sombras de gumprecht ou smudge cells. Tal achado não é característico de outras doenças linfoproliferativas e está ligado à redução do conteúdo celular de vimentina. Podem ser observadas outras alterações, como anemia (hemoglobina [Hb] < 10 g/dL) trombocitopenia (plaquetas < 100.000/μL) De forma rotineira, observa-se infiltração medular por linfócitos, perfazendo mais de 30% das células nucleadas. Os padrões de infiltração na biópsia são divididos em nodular, intersticial, misto (nodular e intersticial) e difuso. O padrão mais comum é o misto; o mais raro é o nodular. O difuso é considerado típico de fases mais avançadas Julia Paris Malaco – UCT17 da doença e implica pior prognóstico em relação aos padrões não difusos. Em contraste com a medula, o comprometimento do parênquima no linfonodo é caracteristicamente difuso. Tratamento Quimioterapia Terapia alvo Imunoterapia (medicamentos que ajudam o próprio sistema imunológico do paciente a combater as células com câncer) Transplante de medula óssea alogênico Na leucemia Linfocítica Crônica (LLC) agentes quimioterápicos, imunológicos (anticorpos monoclonais) e agentes orais podem ser utilizados no tratamento. A escolha dependerá de aspectos clínicos do paciente (como idade, presença de outras doenças, capacidade de tolerar quimioterapia) e da doença. Julia Paris Malaco – UCT17 Leucemia mieloide aguda Leucemia mieloide crônica Leucemia linfoide aguda Leucemia linfoide cronica Alteração de todas as células mieloides. Acumulo de blastos na medula Atinge geralmente homens +65 É a leucemia mais comum Predomínio de neutrófilos Na maioria dos casos ocorre em adultos na faixa etária dos 50 anos Alteração somente de leucócitos Mais comum na infância (mas pode acometer adultos também) – 2 a 5 anos. Prevalência em idosos e homens pre disposiçao genética - translocação maligna nas células B CD5 glóbulos brancos (linfócitos) param de realizar sua função Clínica e diagnostico Febre, leucocitose, anemia (fadiga, cansaço, astenia), perda de peso, plaquetopenia (epistaxe, sagramentos), hepatoesplenomegalia, aumento dos blastos, faz CIVD. Presença de bastonetes de auer – patognomonico Sudam-black T8 e T21 Mielograma padrão ouro Clínica e diagnostico Fase crônica (1): assintomático. Pode apresentar perda de peso, sudorese, febre, palidez, esplenomegalia. Tem leucocitose, anemia normo/normo, aumento de LDH e acido úrico Fase acelerada (2): + sintomática, aumento de basófilos (+20%), esplenomegalia, aumento de blastos circulantes, trombocitopenia, mielofibrose Crise blastica (3): passa a se comportar como LMA mas com quadro mais grave. Infiltração medular por blastos Cromossomo Philadelphia + T9 e T22 Mielograma padrão ouro Clínica e diagnostico Aumento de linfoblastos (+20% na MO) Pode acomenter SNC: paralisia de nervos, confusão mental, convulsões, cefaleia, vômitos, hemorragias no SNC Mielograma padrão ouro Clínica e diagnostico leucocitose a custa de linfócitos trombocitopenia linfadenopatia cervical, submandibular e axilar perda de peso, sodorese mielograma não é padrão ouro fazer biopsia de linfonodo Tratamento: Citarabina + Idarubicina. Indução, consolidação e intensificação Tratamento: Inibidores da tirosina quinase (grande revolução) - tratamento padrão. Tratamento: Quimioterapia; Transfusão de sangue; Transplante de medula óssea; Terapia alvo (inibidores da tirosina quinase) - caso apresente Ph + Tratamento: Quimioterapia; Terapia alvo; Imunoterapia (medicamentos que ajudam o próprio sistema imunológico do paciente a combater as células com câncer); Transplante de medula óssea alogênico Julia Paris Malaco – UCT17
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