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Enxerto cutâneo, Transfusão sanguínea e Transplante de órgãos em gatos

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FACULDADE SERRA DOURADA UNIDADE DE LORENA 
 
 
 
Enxerto cutâneo, Transfusão sanguínea e Transplante de órgãos em 
gatos. 
 
 
Ana Lívia Guatura da Silva 
 
 
 
Docente: Iara Nogueira 
Disciplina: Imunologia Veterinária 
 
 
Resumo: Este trabalho apresenta uma pesquisa realizada para ter-se noção de como 
funciona, quais critérios e técnicas utilizados para a realização de procedimentos como: 
enxerto cutâneo, transfusão sanguínea e transplante de órgãos, ambos realizados em 
gatos. 
Palavras-chave: Procedimentos. Técnicas. Gatos. 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Atualmente existem diversos procedimentos que são realizados por médicos 
veterinários no Brasil, enxertia cutânea, transfusão sanguínea e até mesmo transplante 
de órgãos já são realizados, mas muitas pessoas desconhecem esse fato e acham que 
não é possível a realização desses procedimentos em animais. 
A enxertia cutânea em felinos é algo realizado comumente em clínicas 
veterinárias por todo o Brasil. A transfusão sanguínea vem sendo uma forte aliada no 
tratamento de anemia, sendo ela crônica ou aguda. O transplante renal felino é 
realizado no Brasil desde 2003 e possui resultados extremamente positivos, em alguns 
casos chega a prolongar a vida do paciente em uma média de 3 a 4 anos. 
Este presente trabalho tem como objetivo principal esclarecer sobre a indicação 
da realização de cada um dos procedimentos citados anteriormente, as técnicas e 
critérios utilizados na escolha do doador, como é feita a realização dos procedimentos 
e seus possíveis riscos. 
 
 
2 ENXERTO CUTÂNEO 
 
Enxerto cutâneo corresponde a remoção da epiderme e derme de um 
determinado local de forma saudável e sua implantação em outro local. Esses enxertos 
são aplicados sobre o local lesionado limpo e desinfectado. 
 
2.1 Indicação para realização 
O enxerto cutâneo é indicado em casos de queimaduras, lesões cutâneas 
severas e extensas, reconstrução de lesões superficiais extensas, feridas crônicas que 
são aquelas que possuem cicatrização muito lenta e difícil e acabam, afetando a 
qualidade de vida dos felinos. 
 
2.2 Critérios e Técnicas utilizados na escolha do doador 
Neste caso não são realizados muitos testes, pois na maioria das vezes o 
“doador” é o próprio receptor. Existem diversos tipos de enxerto sendo os principais o 
autoenxerto, homoenxerto e heteroenxertos. Nos autoenxertos também denominados 
de enxertos autógenos, ocorrem quando o tecido é retirado do próprio felino, no 
homoenxerto é quando o tecido é retirado de um animal da mesma espécie do receptor, 
heteroenxerto é quando o tecido é retirado de um doador e é colocado no receptor, 
mas ambos possuem espécies diferentes. Os heteroenxertos são utilizados só em 
casos extremos, pois costumam despertar reações imunológicas. Os autoenxertos são 
os que possuem resultados mais eficientes e recuperações mais rápidas e adequadas. 
 
2.3 A realização do procedimento 
 Vale ressaltar que os enxertos não pegam sobre ossos, cartilagens, tendões ou 
nervos desnudados, feridas infectadas, tecidos esmagados ou submetidos a luz solar 
intensa. Para início do procedimento o local em que o enxerto será retirado é 
totalmente higienizado e a pele é retirada com máximo de cuidado para não afetar a 
sua estrutura. 
A enxertia cutânea feita no receptor na maioria das vezes é com intuito de ajudar 
na melhora de lesões, essas lesões devem estar completamente limpas e passadas 
por um processo de assepsia para receber a enxertia cutânea. 
O tutor do animal deve-se manter atento quanto ao período pós-operatório no 
qual o animal precisa receber cuidados como aplicação de bandagens, imobilização do 
local e realização dos curativos. 
 
2.4 Riscos 
 A sobrevivência do enxerto depende principalmente da absorção de líquidos 
teciduais e do processo de revascularização do mesmo. No geral não há muitos riscos. 
Os ricos principais encontram-se nos cuidados pós-operatórios, pois quando esses 
cuidados não são seguidos à risca acaba ocorrendo uma infecção bacteriana e 
consequentemente a necrose parcial do enxerto cutâneo. 
 
 
3 TRANSFUSÃO SANGUÍNEA 
 
A transfusão sanguínea também é considerada uma forma de transplante no 
qual o sangue é transplantado do doador para o receptor. Os gatos possuem três tipos 
sanguíneos: A, B e AB, eles não possuem doador universal e por conta disso em caso 
de transfusão é sempre necessário realizar testes de tipagem sanguínea e de 
compatibilidade. Após o sangue ser coletado do felino doador ele pode ser diretamente 
transfundido no animal receptor ou ele pode ser fracionado e armazenado em 
hemocomponentes. 
 
3.1 Indicação para realização 
A transfusão sanguínea em felinos é indicada em casos de anemia severa. Ela 
ocorre por conta da diminuição da quantidade de glóbulos vermelhos no sangue, a falta 
dessas células pode causar problemas, pois elas são responsáveis pela distribuição e 
transporte de oxigênio no no corpo do paciente. 
A causa dessa doença é dividida em três categorias, sendo elas: hemorragia, 
hemólise e hipoplasia. A anemia hemorrágica é causada por traumas, deficiência nos 
fatores de coagulação, neoplasias abdominais, doenças gastrointestinais e laceração, a 
hemólise pode ser intravascular ou extravascular e a hipoplasia de medula pode ser 
causada devido a desordens mieloproliferativas, toxicidade e disfunções endócrinas o 
que resulta na diminuição da produção de eritrócitos. 
O parâmetro hematológico mais utilizado para indicar a transfusão sanguínea é 
o hematócrito. Quando o hematócrito encontra- se abaixo de 17%, onde na maioria das 
situações o gato apresenta a manifestação de anemia aguda, é indicado uma 
transfusão com urgência. 
 As enfermidades que podem causar anemia variam de mais simples a mais 
complexas, as principais causadoras de anemia em felinos são as seguintes: 
Verminoses, Tumores variados, Micoplasmose, FELV (Leucemia Viral Felina) ou FIV 
(Aids Felina). 
 
3.2 Critérios e Técnicas utilizados na escolha do doador 
São feitos exames para visualizar se há existência de doenças bacterianas ou 
virais onde os doadores devem testar negativo para doenças bacterianas, FIV e FELV, 
caso contrário são excluídos da doação. Além desses exames são realizados os testes 
de tipagem sanguínea e compatibilidade, para facilitar o processo e evitar possíveis 
reações transfusionais. 
Existem muitos testes de tipagem sanguínea e todos se baseiam no princípio de 
hemaglutinação, que é quando anticorpos presentes no soro ligam-se aos antígenos 
que estão nas superfícies das hemácias, lembrando que os felinos possuem três tipos 
sanguíneos. Os felinos possuem tipos sanguíneos semelhantes ao sistema ABO, mas 
sem a existência do fator Rh, os tipos sanguíneos são os seguintes: A, B e AB, onde o 
A é o mais comum, B está presente em algumas raças puras e o AB é o tipo mais raro. 
 O teste de compatibilidade, também chamado de teste de reação cruzada, tem 
como objetivo identificar se o sangue do doador é compatível com o do receptor, 
reduzindo assim os riscos de reações transfusionais. 
Além de passar por todos os exames e testes sitados anteriormente o doador 
necessita ser saudável, grandes, pesar no minimo 5kg, não ser obeso, ter de 1 a 6 
anos de idade, não estar tomando uso de nenhum medicamento, possuir vacinação e 
vermifugação em dia e não possuir ectoparasitas. 
 
3.3 A realização do Procedimento 
Durante a coleta do sangue o animal doador é sedado mesmo se for dócil e 
calmo, pois caso ele faça um movimento repentino pode se perder a veia ou até 
mesmo machucá-lo. O sangue é colhido na maioria das vezes na veia jugular por conta 
o calibre acessibilidade dessa veia. 
Para armazenar o sangue são usadas bolsas específicas contendo 
anticoagulante, e algumas vezes fatores nutricionais para preservar as hemácias. É 
necessário um manejo adequado de todos os instrumentos utilizados nesse processopara evitar uma contaminação bacteriana e caso o sangue não seja utilizado 
imediatamente ele deve ser refrigerado. 
 A administração do sangue transfusional no receptor é feita principalmente pela 
veia cefálica, femoral ou jugular. Existe uma fórmula para calcular o volume de sangue 
total que precisa ser transfundido. Antes do início do procedimento é necessário 
verificar a pressão e frequência cardíaca do paciente, indicado usar bolsas que 
possuem filtros acoplados para filtrar possíveis coágulos. 
 
3.4 Riscos 
A reação transfusional hemolítica aguda ocorre principalmente quando um felino 
que possui sangue tipo B recebe sangue de um felino que possui sangue do tipo A, 
quando isso ocorre o organismo lida como se fosse uma infecção bacteriana. 
O sistema imune é ativado e as células de defesa começam a matar as 
hemácias que foram doadas ao receptor, isso pode ocorrer de uma a duas horas 
depois do início do procedimento. 
Os sinais clínicos que se manifestam na maioria dos casos são os seguintes: 
anemia hemolítica grave, choque anafilático e óbito em casos extremos. 
 
 
4 TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS 
 
O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um 
órgão com o objetivo de preencher falhas ou melhorar um déficit funcional do órgão em 
um indivíduo. O número de transplantes realizados em animais vem crescendo cada 
vez mais nos últimos anos. 
O transplante renal é o mais comumente realizado em animais, principalmente 
em felinos que são mais suscetíveis a terem problemas renais do que outros animais e 
os resultados do procedimento costumam ser positivos. No Brasil o transplante renal 
em cães e gatos é realizado desde 2003 e possui bons resultados em felinos, em cães 
ainda são realizados estudos para aumentar a sua eficiência. 
 
4.1 Indicação para realização 
 Os gatos são mais suscetíveis a terem doenças renais e isso ocorre por conta 
da quantidade de néfrons que os gatos possuem, néfron é uma unidade funcional dos 
rins que faz com que os órgãos consigam filtrar o sangue. 
Em gatos a realização de transplante renal é indicada para animais com 
doenças renais crônicas ou com doenças renais agudas que são irreversíveis, o que é 
raro. Esse tipo de intervenção só é considerado quando o tratamento médico já não 
possui mais solução e não consegue obter condições satisfatórias para o bem-estar 
animal. 
A doença renal aguda ocorre quando há uma redução súbita da função renal e 
com isso ocorrem acúmulos hídricos, electrolíticos e ácido-base. Já a doença renal 
crônica é a mais comum em gatos, ela pode ocorrer com felinos de todas as idades, 
mas principalmente em felinos idosos onde ocorre a perda irreversível e progressiva da 
função da estrutura renal, o que resulta na redução permanente do número de néfrons 
funcionais. 
Antes do processo ser realizado existem diversos procedimentos que devem ser 
seguidos tais como verificar se o paciente tem condições para receber um transplante, 
observar a existência concomitante de outras doenças que podem interferir no 
prognóstico e teste para identificar presença de doenças bacterianas ou virais. 
 
4.2 Critérios e Técnicas utilizados na escolha do doador 
Em alguns casos raros há um grau de parentesco entre o receptor e o doador, o 
que pode facilitar no processo, quando não há esse grau de parentesco é necessário 
encontrar um doador e verificar se ele é compatível com o animal receptor. 
Quando se encontra um possível doador é necessário realizar testes de 
compatibilidade entre os animais. Primeiro é realizado os testes de tipagem sanguínea 
e teste de compatibilidade também chamado de prova cruzada de sangue. O exame 
para identificar o tipo sanguíneo é baseado no princípio de aglutinação e o resultado, 
como já citado anteriormente neste presente trabalho, pode ser um dos três grupos 
sanguíneos principais de sangue felino: A, B e AB, no qual o grupo A é o tipo que 
possui mais prevalência. 
 No caso de transplantes a prova cruzada é o teste mais indicado por conta da 
sua eficiência, já que ele pode dar o resultado sobre a compatibilidade entre doador e 
receptor sem a necessidade de realizar teste de compatibilidade entre os tecidos, pois 
os antígenos presentes nos eritrócitos estarão também presentes no endotélio dos 
vasos sanguíneos do rim que será transplantado. 
Além dos Testes de compatibilidade também é feito diversos exames 
semelhantes aos que são feitos nos receptores, podem ser exames como hemograma 
completo, urografia, avaliação abdominal, teste de FI e FELV etc. Para analisar 
anatomia, vascularização e saúde do rim que será transplantado são realizados 
exames como urografia de eliminação e ecografia abdominal. O rim esquerdo é o 
preferido para transplantar por apresentar maior comprimento na sua veia renal. 
 
4.3 A realização do Procedimento 
O procedimento cirúrgico tem início com o doador, onde é feita a retirada do rim. 
A abordagem cirúrgica no doador é idêntica à que será aplicada no receptor. A 
anestesia varia de acordo com o felino, durante todo o procedimento é feito a 
fluidoterapia no paciente e alguns outros medicamentos são administrados de acordo 
com a necessidade do paciente. 
As técnicas utilizadas são: anastomose vascular e ureteral, que necessitam de 
um microscópio cirúrgico para a realização. Após a remoção do rim (geralmente o 
esquerdo) a artéria e veia renal são laqueadas e seccionadas, o rim é armazenado em 
um recipiente frio com soluções visando sua preservação, onde pode permanecer de 3 
a 7 horas sem impactos negativos. 
O receptor é sedado e recebe alguns outros medicamentos de acordo com a sua 
necessidade. O rim é implantado entre a artéria renal esquerda e artéria mesentérica 
caudal, no local do rim nativo. Os rins nativos do receptor são mantidos, para servirem 
como reserva caso ocorra um atraso no funcionamento do rim transplantado, os rins só 
são removidos em casos de infecções e tumores. Médicos veterinários que realizam 
esse processo devem sempre estar atentos quanto a altura, localização e 
posicionamento do “novo” órgão. 
Nas primeiras semanas após a operação, ambos os animais ficam em 
observação durante 24 horas, sendo administrados medicamentos de acordo com o 
quadro clínico dos animais e são realizados exames para avaliar se há complicações 
pós-operatórias. 
No receptor o processo de recuperação é mais lento e requer observação 
redobrada, são administrados medicamentos imunossupressores para evitar rejeição 
do órgão transplantado, Ambos os animais devem fazer acompanhamento periódico 
com um médico veterinário para avaliar a saúde, o recomendado é que isso ocorra de 
seis em seis meses. 
 
4.4 Riscos 
Esse procedimento tem como maior risco a rejeição do do órgão recebido, isso 
pode ocorrer quando o sistema imunológico do receptor não reconhece E assim inicia-
se a produção de anticorpos. Por isso, o transplante requer uma habilidade intensa de 
manter o controle sobre as respostas imunológicas do organismo do paciente. O 
complexo de histocompatibilidade maior, chamado também de MHC, presente no 
sistema imune adaptativo, é responsável por reconhecer antígenos estranhos em 
tecidos transplantados e gerar uma resposta imune que resulta na rejeição do mesmo. 
A rejeição está ligada ao grau de compatibilidade entre receptor doador, quanto 
menor for o grau há mais riscos de rejeição. A rejeição está sujeita a qualquer tipo de 
transplante, o que varia é a sua intensidade. Para evitar que ela ocorra ou para reduzir 
seu impacto caso ocorra são realizados os testes de compatibilidade onde os 
resultados permitem validar a viabilidade do procedimento, esse teste costuma ser 
eficiente e anula a necessidade de realizar teste de compatibilidade entre os tecidos 
que participarão do procedimento. 
 
 
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO SOBRE A PESQUISA REALIZADA 
 
Durante a pesquisa para construção deste presente trabalho pode-seobservar 
que os procedimentos de transfusão sanguínea e principalmente o transplante de 
órgãos são realizados raramente devido a inúmeros fatores, já o procedimento de 
enxertia cutânea dentre todos os procedimentos citados neste presente trabalho é o 
mais comumente realizado. 
A transfusão sanguínea é realizada em um número maior de clínicas em 
comparação a realização do transplante de órgãos. Um fator que impede a sua 
realização frequente é a indisponibilidade de sangue, pois no Brasil é raro a existência 
de bancos de sangue felino ou de qualquer outro animal, o que acaba atrasando a 
realização do procedimento, pois é difícil achar de modo rápido animais doadores que 
se encaixam em todos os requisitos e passem em todos os testes necessários para 
realização segura e com possibilidades de rejeições, complicações e 
incompatibilidades quase nulas. 
O transplante de órgãos é realizado com pouca frequência, pois precisa ser 
realizado por profissionais capacitados que compreendam técnicas específicas para 
esse tipo de cirurgia, materiais e equipamentos específicos que geralmente não 
compõem a estrutura de uma clínica convencional. São feitas diversas pesquisas para 
ampliar a eficiência de transplantes em animais no Brasil, mas além de lidar com déficit 
estrutural em relação à equipamentos e materiais os médicos veterinários 
pesquisadores dessa área encontram um grande problema: a ética profissional, por 
isso na maioria das vezes sempre buscam usar animais que sofreram de morte 
cerebral para realizar suas pesquisas. 
 
 
6 CONCLUSÃO 
 
A enxertia cutânea de todos os procedimentos citados neste presente trabalho é 
a mais comumente realizada. A sua realização requer técnicas específicas, análise das 
condições do local em que o enxerto será inserido e assepsia do mesmo. É preciso 
tomar se cuidado principalmente no período pós-operatório para evitar a necrose do 
enxerto cutâneo, a necrose pode ocorrer por conta de infecções bacterianas ou 
rejeição do enxerto. A rejeição costuma ocorrer em casos em que os enxertos 
utilizados são homoenxertos ou heteroenxertos, em heteroenxertos a probabilidade de 
ocorrer rejeição é maior, por isso são utilizados somente em casos extremos. 
A medicina transfusional felina vem se desenvolvendo com o passar do tempo e 
é bem comum ser realizado devido às diversas enfermidades que causam anemia, 
para sua eficiência são feitos testes de compatibilidade entre doador e receptor, pois 
assim evita-se o risco de rejeição por parte do organismo do animal receptor. 
O transplante de rim em felinos é realizado desde 2003 e possui resultados 
extremamente satisfatórios, ainda realiza-se pesquisas para ampliar conhecimentos 
nessa área de transplante. A rejeição está sujeita a acontecer em qualquer tipo de 
transplante, o que varia é a sua intensidade e a intensidade da resposta do sistema 
imune adaptativo do receptor. Para evitar a rejeição são feitos diversos testes para 
avaliar se há compatibilidade entre o doador e o receptor, também são feitos exames 
para avaliar as condições do rim que será doado evitando assim possíveis problemas. 
Conclui-se que para realização dos procedimentos citados neste presente 
trabalho é de extrema importância ter-se noção sobre o tipo sanguíneo do animal 
doador e do receptor, e validar a compatibilidade entre ambos, evitando assim reações 
do sistema imune do animal receptor. 
Quando há incompatibilidade o sistema imune do animal é ativado e isso pode 
gerar graves consequências para o quadro clínico do paciente, essa atenção deve-se 
ter principalmente na realização de procedimentos como: transfusão de sanguínea e 
transplante de órgãos, e no que diz respeito a enxertia cutânea é necessário sempre 
utilizar o autoenxerto para minimizar possíveis rejeições. 
 
 
7 REFERÊNCIAS 
 
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