Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CLOSTRIDIOSES Professora: Carolina Maria Vianna de Freitas Disciplina: Doenças Bacterianas e Virais FEAD DEFINIÇÃO • São infecções, intoxicações ou toxinfecções* de caráter agudo, superagudo e hiperagudo, causada por diferentes espécies de bactérias do gênero Clostridium. • São os organismos de maior importância em animais como causa primária de doenças. DEFINIÇÃO • Apresentam distribuição mundial • Acometem todos os mamíferos e aves de interesse veterinário. ETIOLOGIA • Encontrados em todos os ambientes que contém materia orgânica https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjL3eCsluXZAhVEiJAKHdxtDuAQjRwIBg&url=http://sfagro.uol.com.br/laboratorio-analise-solo/&psig=AOvVaw1g6P3dicSzFqj41ooPeWsQ&ust=1520888729410552 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiM9evDmOXZAhWIHpAKHTWQDT8QjRwIBg&url=http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfsmAAJ/microbiologia-rumen&psig=AOvVaw3_ibWzF9cgBfRqi6BBtbIV&ust=1520889341951724 ETIOLOGIA • Produzem enfermidades infecciosas, não contagiosas • São bactérias gram positivas • Anaeróbicas • Móveis (exceto C. perfringens) • Formadoras de esporos • Produzem exotoxinas Patogenia https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjFn9eY6ebZAhUHCpAKHTkHBZcQjRwIBg&url=https://pt.slideshare.net/rodrigocaixeta94/noes-bsicas-do-crescimento-bacteriano&psig=AOvVaw08oIUn5xJvF-dz0pqvlyOE&ust=1520945360893340 ETIOLOGIA ETIOLOGIA ESPOROS: • Forma de resistencia da bacteria • Encontardos no solo, poeira, água e no TGI dos animais e humanos. • São termoestáveis • Não produzem toxinas https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwj7uNXjm-XZAhVLg5AKHbbWC9YQjRwIBg&url=http://spot.pcc.edu/~jvolpe/b/bi234/lab/old/oldSylvania/week8/clostridium.htm&psig=AOvVaw2rz0defERpPW6TXQvJ3wC9&ust=1520890179482216 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjbk6X8m-XZAhWCEZAKHYx0A9gQjRwIBg&url=https://microbewiki.kenyon.edu/index.php/Clostridium_difficile-associated_disease&psig=AOvVaw2rz0defERpPW6TXQvJ3wC9&ust=1520890179482216 ETIOLOGIA • São produtores de importantes EXOTOXINAS: ETIOLOGIA RESISTÊNCIA BACTERIANA: Forma Vegetativa: destruída por desinfetantes e calor Forma Esporulada: • Resistem a longos períodos no esterco, solo e em carcaças • Água do mar em até 6 meses • São inativados no formol a 3% • São destruídos em autoclave a 121ºC • São destruúidos após ebulição por 2 horas https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwj2u8rGpuXZAhVGlZAKHULlAS0QjRwIBg&url=http://pt-br.infomedica.wikia.com/wiki/Resist%C3%AAncia_Bacteriana_a_Antibi%C3%B3ticos&psig=AOvVaw16iR4BdYpfQe7WDF6vHCmL&ust=1520893054116329 FATORES DE PATOGENICIDADE • Embora mais de 200 espécies sejam reconhecidas, menos de 20 espécies são PATOGÊNICAS. • Relaciona-se com a sua TOXIGENICIDADE e INVASIVIDADE • Esporos não produzem toxinas mas representam a forma de resistencia da bactéria • Outros fatores de virulência Adesinas Classificação dos clostrídios de acordo com a característica de patogenicidade Clostridios Neurotrópicos Clostridium tetani Clostridium botulinum Clostrídios Histotóxicos C. chauvoei, C. spticum, C. novyi, C. haemolyticum, C. perfringens A Clostrídios enteropatogênicos e causadores de enterotoxemia C. perfringens A-E C. difficile CLOSTRIDIOSES NEUROTRÓPICAS BOTULISMO C. botulinum TETANO C. tetani HISTOTÓXICAS MIONECROSES CARBUNCULO SINTOMÁTICO C. chauvoei GANGRENA GASOSA HEMOGLOBINURIA BACILAR C. haemolyticum HEPATITE NECRÓTICA ENTEROTRÓPICAS TIFLOCOLITE C. difficile ENTERITE NECRÓTICA E ENTEROTOXEMIA C. perfringens CARBÚNCULO SINTOMÁTICO Professora: Carolina Maria Vianna de Freitas Disciplina: Doenças Bacterianas e Virais FEAD DEFINIÇÃO • Enfermidade aguda, contagiosa e não infecciosa • Causada pelo Clostridium chauvoei • Acomente bezerros de até 2 anos de idade (ocasionalmente 3) • Acomete ovinos de todas as idades • Caracterizada por edema gasoso em grandes grupos musculares CREPITAÇÃO SINONÍMIA • Manqueira • Mal de ano • Black leg ETIOLOGIA • Causada pelo Clostridium chauvoei • Bastonete reto e Gram + • Móvel e ANAERÓBICO • Forma esporos na presença de O2 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiuvpPdt-XZAhWGiJAKHXFDBcAQjRwIBg&url=https://avec-ead.org/moodle/course/info.php?id=2&psig=AOvVaw0uz9YgHhThcBlRdFZgsKH5&ust=1520897726607322 ETIOLOGIA • Principal toxina associada a quadros de mionecrose • Hemolítica, necrosante e letal. • Clivada por proteases presentes na superfície celular Toxina Alfa () • Digere o DNA da célula morte celular Toxina Beta () • Hialuronidase atua no Ácido Hialurônico • Reduz a viscosidade do Tecido Conjuntivo difusão tecidual da bactéria Toxina Gama () • Destrói as junções celulares disseminação da bactéria e toxinas pelos tecidos Toxina Delta () EPIDEMIOLOGIA • É um dos clostrídios mais prevalentes no solo • Acomete animais de 6 meses a 3 anos de idade: Queda de anticorpos colostrais Troca de dentes porta de entrada via oral • Maior prevalência em animais pesados e em melhores condições nutricionais PATOGENIA Penetração do esporo por via oral Corrente Sanguínea •Fígado •Capilares •Músculos LATÊNCIA ANAEROBIOSE Vegetação e multiplicação TOXINAS E ENZIMAS T R A U M A * Músculos ricos em Glicogênio Produção de gazes (Crepitação), Necrose Muscular, Edema e Hemorragia CHOQUE E MORTE https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjw1vC2wuXZAhVKEJAKHdtCAVoQjRwIBg&url=https://pt.wikipedia.org/wiki/Macr%C3%B3fago&psig=AOvVaw3C1THoHZbCQQvqEwgIQ-5i&ust=1520900604852541 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwj1ieXFxeXZAhWFEpAKHdm9A5cQjRwIBg&url=https://treinomestre.com.br/entenda-a-diferenca-entre-hipertrofia-e-hiperplasia/&psig=AOvVaw3On7_t1OI6dQjnNCx70zrE&ust=1520901424408370 CLÍNICA • Evolução de 1 a 3 dias • Início súbito • Anorexia, febre, apatia e Claudicação • Principalmente coxa, região lombar e escapular • Inicialmente local quente, edematoso e dolorido • Creptação muscular à palpação gás • Pode haver linfadenopatia CLÍNICA • Dificuldade respiratória • Fase terminal decúbito esternal, hipotermia • Óbito entre 12 a 60 horas de evolução • Raramente sobrevivem mais do que 5 dias • Rigor mortis precoce posição de cavalete • Hemorragia em cavidades naturais sangue espumoso https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiMqdXi0uXZAhVFH5AKHWTuDSMQjRwIBg&url=http://nelsonferreiralucio.blogspot.com/2011/05/carbunculo-sintomatico-ou-simplesmente.html&psig=AOvVaw3hQKba_0Yf1C-ZRUJ8ZK8i&ust=1520904967698820 DIAGNÓSTICO • Epidemiológico • Clinico • Anatomopatológico • Diagnóstico Laboratorial Direto: Imunifluorescencia, Imunohistoquímica e PCR DIAGNÓSTICO TRATAMENTO • Penicilina 20.000 UI/Kg ou 40.000 UI/Kg • Intramuscular • Repetir após 3 a 5 dias • Tratamento suporte Fluidoterapia • Pode ter sucesso quanto feito nas primeiras 24 horas • MAS É MUITO DIFICIL PROFILAXIA E CONTROLE • Eliminação de carcaça • Vacinação bacterina o 1a. dose – 3 a 4 meses o 2a. dose – 6 a 8 meses o 3a. dose – 12 meses https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiyqqyw2eXZAhUMf5AKHZICDrsQjRwIBg&url=http://www.manguinhos.com.br/promanq.htm&psig=AOvVaw2Xn2dJqvId3vPRS0wj3vb0&ust=1520906764298891 GANGRENAGASOSA Professora: Carolina Maria Vianna de Freitas Disciplina: Doenças Bacterianas e Virais FEAD DEFINIÇÃO A gangrena gasosa é uma infecção “exógena”, produzida por diferentes espécies de bacterias do gênero Clostridium (C. septicum, C. chauvoei, C. novyi, C. sordellii e C. perfringens tipo A). Estes microorganismos entram no corpo através de feridas na pele e membranas mucosas Os agentes podem atuar nas diferentes espécies animais unicamente ou em associação. ETIOLOGIA Clostridium septicum Clostridium chauvoei Clostridium sordelli Clostridium perfringens A Clostridium novyi Clostridium septicum • Produz várias toxinas é a mais potente letal, hemolítica e necrosante. • Produz também as toxinas , e . • Produz também Colagenases Clostridium sordelli • Encontrado no meio ambiente e TGI de animais e Homem • Enfermidade caracteriza-se por edema grave, pouca ou nenhuma hemólise e produção de gás • São mionecróticos e enteropatogênicos Clostridium novyi • Causa gangrena gasosa nos animais e no homem • Classifica-se em tipo A, B, C e D • Toxina é mais potente causa arredondamento celular aumento da permeabilidade vascular EDEMA Clostridium perfringens • Dificilmente esporula nos tecidos • Produz 4 toxinas letais , , e • De acordo com as toxinas clasifica-se em A, B, C, D e E • Toxina (alfa) : promove desorganização da membrana celular. Possui também atividade hemolítica e necrótica. PRINCIPAL FATOR DE VIRULÊNCIA DA GANGRENA GASOSA. • Toxina (beta): principal fator de virulência dos tipos B e C. É a toxina mais potente depois da Botulínica e Tetânica. • Toxina (Épsilon) : provoca aumento da pressão sanguínea e da permeabilidade vascular edema. Atravessa a barreira Hematocefálica. • Toxina (Iota) : forma de poros nas células morte. É dermonecrótica, citotóxica e enterotóxica. • O C. perfringens tipo A produz toxina EPIDEMIOLOGIA Espécies Acometidas EPIDEMIOLOGIA • PORTA DE ENTRADA: Soluções de continuidade na pele contaminada com solo e fezes Ocasionalmente infecção oral https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjRlMCi6-bZAhXEg5AKHaMIBvkQjRwIBg&url=http://www.atribunamt.com.br/2017/04/produtores-devem-vacinar-todo-o-rebanho-bovino-a-partir-de-1o-de-maio/&psig=AOvVaw0fkO5bElp5slAYHdpeOv8I&ust=1520945930244002 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiisYCj4-bZAhVOl5AKHQldAAYQjRwIBg&url=http://ruralpecuaria.com.br/tecnologia-e-manejo/doenca-bovina/ourofino-saude-animal-manejo-de-feridas-em-bovinos.html&psig=AOvVaw0GCQzazni8XifTgKqTCGPw&ust=1520943765609507 EPIDEMIOLOGIA • FATORES PRÉ DISPONENTES: Amplitude e profundidade das feridas Presença de tecido morto, corpo estranho e bactérias AERÓBICAS Vacinação, coleta de sangue, tosquia, corte de cauda Surtos podem ocorrer após vacinação maciça • Apresenta alta letalidade • Subnotificada • Em equinos a doença se relaciona com injeções na região cervical (C. perfringens) PATOGENIA Feridas ou soluções de continuidade na pele Anaerobiose Germinação do esporo do clostridio Produção de Toxina no local da ferida https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjuw5HY5-bZAhVKfpAKHThxC1cQjRwIBg&url=https://globoplay.globo.com/v/2246958/&psig=AOvVaw1yIZ4_np8a45bkT5cPbRb_&ust=1520944962838514 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiNpcf55-bZAhUDlpAKHZWuCGQQjRwIBg&url=http://slideplayer.com.br/slide/7812092/&psig=AOvVaw3WxNHzRKtnsSrM0qXAd_Rg&ust=1520945032043528 PATOGENIA • Alta invasividade e grande produção de gás • 90% dos casos causados pelo C. perfringens A • Toxina principal fator de virulência Desorganização da membrana celular Dermonecrose Hemólise ↑ permeabilidade vascular Agregação plaquetária Trombose PATOGENIA Trombose Redução da tensão de o2 no local Necrose tecidual (gangrena) Mais bactérias entram no estado vegetativo Mais toxina é produzida Penetração dos esporos nas feridas Multiplicação e produção de toxinas e enzimas Fossolipases Hialuronidase Colagenase Demonecrose Fibrolisina etc Necrose loca l e difusão da toxina Edema e hemorragia muscular Produção Intensa de gás Hemorragias vicerais, pleurais, derrames serosos e cavitários CHOQUE E MORTE Trombos Septicemia https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjuw5HY5-bZAhVKfpAKHThxC1cQjRwIBg&url=https://globoplay.globo.com/v/2246958/&psig=AOvVaw1yIZ4_np8a45bkT5cPbRb_&ust=1520944962838514 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjnm7La6unZAhWKhJAKHcAVCPUQjRwIBg&url=https://blogdofredbraga.blogspot.com/2015/05/surto-de-gangrena-gasosa-afeta-gado-no.html&psig=AOvVaw14FW33-56bNirulR5Hse8j&ust=1521048461091118 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Evolução aguda e superaguda (morte em 3 dias) • Sinais sistêmicos: Febre Anorexia Apatia Linfadenopatia Mucosas Hiperêmicas Movimentos ruminais diminuídos Taquicardia Taquipneia ,etc CLINICAMENTE INDISTIGUÍVEL DO CARBÚNCULO SINTOMÁTICO MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Aumento de volume musculatura afetada porta de entrada • Edema • Claudicação • Músculo creptante a palpação • Ausência de sensibilidade e calor • Também morrem em posição de cavalete CLINICAMENTE INDISTIGUÍVEL DO CARBÚNCULO SINTOMÁTICO DIAGNÓSTICO • Dados epidemiológicos • Presença de lesões que possam carterizar a porta de entrada • Dados relativos ao manejo prévio (castração, vacinação, tosquia...) • Histórico de vacinação Evitar realizar NECROPSIA a campo CONTAMINAÇÃO DO AMBIENTE COM ESPOROS DIAGNÓSTICO • Hemograma : leucocitose com neutrofilia e anemia • Punção de liquido no local da ferida em animais vivos • Biopsia e flap de tecidos em animais mortos gram • Imunofluorescencia Direta e PCR https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwi91pby8unZAhXFG5AKHZDxCQsQjRwIBg&url=https://www.biomedicinapadrao.com.br/2011/08/ifd.html&psig=AOvVaw3346yKC3pENzA7y_XxpHw6&ust=1521051045192333 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=0ahUKEwie4NyO8-nZAhXGj5AKHfiMCuMQjRwIBg&url=http://www.nano-macro.com/2015/09/a-magica-do-diagnostico-post-2.html&psig=AOvVaw3346yKC3pENzA7y_XxpHw6&ust=1521051045192333 TRATAMENTO • Penicilina 20.000 UI/Kg ou 40.000 UI/Kg • Intramuscular • Repetir após 3 a 5 dias • Tratamento suporte Fluidoterapia • Pode ter sucesso quanto feito nas primeiras 24 horas • Em equinos existem relatos de tratamento de intensivo de sucesso CONTROLE E PREVENÇÃO • Eliminação de carcaça • Tratamento das feridas limpeza e antissepsia • Vacinação com Vacina Polivalente o 1a. dose – 3 a 4 meses o 2a. dose – 6 a 8 meses o 3a. dose – 12 meses https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjc94jr9OnZAhWBUZAKHSK0BmYQjRwIBg&url=http://www.shoppingdocampo.com.br/fortress-7-vacina-50ml-10-doses-p1324&psig=AOvVaw2SuueFjtNvzwp5cb5hHgig&ust=1521051575717624 HEMOBLOBINÚRIA BACILAR Professora: Carolina Maria Vianna de Freitas Disciplina: Doenças Bacterianas e Virais FEAD DEFINIÇÃO • Toxinfecção aguda a superaguda causada pelo Clostridium haemolyticum , clinicamente caracterizada por anemia, hemoglobinemia e hemoblobinúria. • Fatal para bovinos • Raramente acomete ovinos, suínos e equinos ETIOLOGIA • C. haemolyticum é o maior de todos clostridios • Gram + , móvel • Não produz gás • Causa intensa Hemólise • Produz principalmente a toxina Hemolítica Hepatotóxica Provoca lesão endotelia Inativadapela Tripsina EPIDEMIOLOGIA • Ocorre apenas em regiões onde existe o trematódeo Fasciola hepatica e o Clostridium haemolyticum • Mais comum no verão e outono • Mais comum em regiões alagadas e irrigadas • Estados de SC, PN, SP, MG, RS • Porta de entrada oral : água e alimentos contaminados PATOGENIA Fasciola hepatica https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjEo8j36urZAhWMGJAKHThYDMUQjRwIBg&url=https://www.youtube.com/watch?v=0XgDo0II0a0&psig=AOvVaw2U8LfDlGSwbZ6KxrZ4gEqa&ust=1521083228501884 Penetração do esporo por via oral Corrente sanguínea Fagocitose SMF Latência por anos Lesão Hepática Vegetação, XX e produção de toxinas Hepatotoxidade e Hemólise Intravascular Anemia, hemoblobinemia e hemoglobinúria HIPOXIA E TOXEMIA https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiD9bLO6-rZAhVHjZAKHfI9CYcQjRwIBg&url=https://pt.dreamstime.com/ilustra%C3%A7%C3%A3o-stock-ilustra%C3%A7%C3%A3o-dos-desenhos-animados-de-grande-e-do-intestino-delgado-image66386093&psig=AOvVaw30VgnLWwy1HdP197ASAcBz&ust=1521083461179807 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiBkeP86-rZAhUKIpAKHdDdDSYQjRwIBg&url=http://saudedicas.com/plaquetas-baixas-como-tratar-e-prevenir/&psig=AOvVaw1xSTT_E76b8G5GwrpVBAgd&ust=1521083529089003 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjNsfCw7OrZAhULD5AKHZPOB3kQjRwIBg&url=http://scienceblogs.com.br/meiodecultura/2012/05/bacteria-em-fuga/&psig=AOvVaw1TJ1Z6ke3C_KIkGzyQ_48T&ust=1521083644642728 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjvwana7OrZAhVFvJAKHR-2AIgQjRwIBg&url=https://www.elo7.com.br/almofada-figado-anatomia/dp/9D40CD&psig=AOvVaw1H4Zz11s9xV4ljts2tIOaQ&ust=1521083741153775 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjl09bG7erZAhWKGZAKHdmsBP4QjRwIBg&url=https://br.pinterest.com/pin/109564203415693901/&psig=AOvVaw3fhbdQSG2ImD4Hv2ckiGFH&ust=1521083965625350 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Óbito pode ocorrer em 24 a 36h após início sintomas • Anorexia, apatia, febre e atonia. • Anemia, icterícia, sangue na urina (hemoglobinúria) • Equinos: muito raro!!! Sudorese intensa, colica, icterícia, toxemia e hemoglobinuria DIAGNÓSTICO • HEMOGRAMA : anemia, ↓hematócrito, ↑hemoglobina • BIOQUIMICA: ↑ bilirrubina e enzimas hepaticas (lesão) • URINÁLISE: ↑ pH, +urubilinogênio, +sangue, +PTN • DIFERENCIAL: babesiose, leptospirose, hematúria enzoótica, intoxicação por Cu, intoxicação por plantas tóxicas DIAGNÓSTICO • Impressão de tecidos Gram, Giemsa ou Panótico • Imunoflorescência Direta TRATAMENTO • Extremamente fatal • Soro Antitoxina (não tem no Brasil) + ATB • Penicilina – 40.000 UI/Kg IM • Vermífugo PROXILAXIA E CONTROLE • Vacina polivalente contendo C. haemolyticum • Vermifugação periódica do rebanho • Controle de caramujos Lymnaea columella https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwinnZm_9-rZAhWLGpAKHRolBs0QjRwIBg&url=http://boiapasto.com.br/noticias/segunda-vermifugacao-em-bovinos-deve-ser-feita-em-agosto/8741/2&psig=AOvVaw1xYBglv_kDVTvrTmSbO_yJ&ust=1521086649049648 ENTEROTOXEMIA Professora: Carolina Maria Vianna de Freitas Disciplina: Doenças Bacterianas e Virais FEAD DEFINIÇÃO Toxi-infecções em que os agentes Clostridium perfringens tipos A, B, C, D, e E, e ocasionalmente Clostridium sordellii e Clostridium septicum, multiplicam-se no trato intestinal dos animais produzindo toxinas, que são responsáveis pelo quadro patológico ETIOLOGIA Clostridium perfringens • Gram+ , anaeróbicos e imóveis • Esporos ovais, dificilmente esporulam nos tecidos • Fermenta glicose gás • Produz 4 toxinas letais : , , e • Classificam-se como A, B, C, D e E • Toxinas produzidas isoladamente ou em associação Tipo Alfa Beta Épsilon Iota A + B + + + C + + D + + E + + Classificação do C. perfringens de acordo com as toxinas produzidas TOXINA ALFA ()* • Hidrolisa Fosfolipídeos desorganização da membrana • Forma poros na membrana Lise Celular • Hemolítica, necrótica e pró-inflamatória TOXINA BETA ( e 2) • Provocam necrose hemorrágica da parede intestinal • Forma poros na membrana celular • É o principal fator de virulência de C. perfringens tipo C e D TOXINA ÉPSILON () • Mais potente depois da Botulínica e da Tetânica • Protoxina ativada por enzimas intestinais (Tripsina) • Atua na membrana celular edema, vacuolização e lise Necrose TOXINA IOTA () • Determina a formação de poros saida Na e K lise celular • É ativada por proteases do intestino • Dermonecrótica, citotóxica e enterotóxica EPIDEMIOLOGIA • Ocorrência da enfermidade depende dos seguintes fatores: suscetibilidade, manejo e alimentação. • Predominâncias nas espécies (maior para menor): EPIDEMIOLOGIA ENTEROTOXEMIAS DE RECÉM NASCIDOS: • Causas: o Aquisição de flora toxigênica o Modificação fisiológica do intestino no início da amamentação o Excesso de leite o Mudanças bruscas na alimentação (desmame) o Disenteria EPIDEMIOLOGIA ENTEROTOXEMIAS DE RECÉM NASCIDOS: • Principalmente causada pelo C. perfringens Tipo C C. perfringens A e Escherichia coli •1ºs patógeno a colonizar o TGI •Pertencem à flora normal •Inibem a colonização por outros patógenos C. perfringens Tipo C •Não faz parte da flora normal •Adquirido após o nascimento •Fatores pré-disponentes XX e produção de toxinas ( e ). •Toxina é sensível a Tripsina •↓ níveis de Tripsina no intestino dos neonatos ENTEROTOXEMIA EPIDEMIOLOGIA ENTEROTOXEMIAS ENZOÓTICAS • Dietas pobres em celulose e ricas em PTN e glicose • Superalimentação • Mudanças bruscas na dieta FATORES PRÉ DISPONENTES TRANSTORNOS DIGESTIVOS ACUMULO DE PTNs E CARBOIDRATOS NÃO DIGERIDOS NO INTESTINO ANAEROBIOSE VEGETAÇÃO , MULTIPLICAÇÃO E PRODUÇÃO DE TOXINAS PATOGENIA Sindrome do Jejuno Hemorrágico • Vacas de alta produção () • Sinais: distensão abdominal, ausência de fezes ou sangue nas fezes Enterite Neonatal • Toxina e 2 • Diarréia com baixa mortalidade • Acomete mais Neonatos Enterite Hemorrágica • Principalmente a Toxina • Causa uma diarréia secretória Doenças causadas por C. perfringens TIPO A PATOGENIA Disenteria dos Cordeiros • Toxinas e • Animais lactentes ↓ Tripsina • Fonte de Infecção : mãe e ambiente • Fatores Pré disponentes : ↓consumo de colostro, ↑ ingestão de leite e condições precárias de higiene • Sinais Clínicos: diarréia com sangue e abdômen dilatado. • Animais que sobrevivem podem desenvolver encefalomalácia Doenças causadas por C. perfringens TIPO B PATOGENIA Enterite Hemorrágica • Toxinas e • Pode acometer todas as espécies, mas é particularmente importante nos suínos • Apresenta alta taxa de mortalidade • Acomete animais lactentes: baixa produção de tripsina • Sinal Clinico: diarréia hemorrágica e prostração Doenças causadas por C. perfringens TIPO C PATOGENIA Doença do Rim Polposo • Principalmente ovinos, seguido de caprino e bovino • 3 a 10 semanas de idade • Causada pela toxina • Causada por mudanças bruscas na alimentação: passagem de dietas pobres para ricas em Carboidratos e PTN SUPERALIMENTAÇÂO • Toxina ↑ permeabilidade da mucosa intestinal absorção disseminação lesão do endotélio (rim, fígado, pulmão, coração e cérebro) edema Doenças causadas por C. perfringens TIPO D PATOGENIA Doenças causadas por C. perfringens TIPO D Multiplicação excessiva do C. perfringens Produção de Toxina Aumento da Permeabilidade intestinalDISSEMINAÇÃO Congestão, hemorragia e necrose ↑ da permeabilidade endotelial Edema, necrose, hemorragia e congestão https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjX2em4x-rZAhWCnOAKHcD2Bj4QjRwIBg&url=https://pt.dreamstime.com/ilustra%C3%A7%C3%A3o-stock-ilustra%C3%A7%C3%A3o-dos-desenhos-animados-de-grande-e-do-intestino-delgado-image66386093&psig=AOvVaw3vovt-mCxdc0341DEAD4X1&ust=1521073736128810 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiGkd22yurZAhXBhOAKHb5mAJcQjRwIBg&url=https://br.depositphotos.com/126601698/stock-photo-human-brain-cartoon.html&psig=AOvVaw3ywlLK81TlnBhS5xwEgzP9&ust=1521074554204051 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjJvYf1wurZAhUKT98KHfryBXgQjRwIBg&url=https://pt.slideshare.net/mariliagomes7921/sanidade-e-enfermidade-de-caprinos-e-ovinos-caprinos-e-ovinos&psig=AOvVaw21fb2u7YkE6xaLC5gtOPQ4&ust=1521072535643495 DIAGNÓSTICO • Simples detecção do clostridio no TGI não é suficiente para diagnosticar a Enterotoxemia • Necessário a detecção de Toxinas para (ELISA) • PCR – identificação dos genes codificadores das diferentes toxinas • Diagnóstico Diferencial : Botulismo, Raiva, Poliencefalomalácia , outras intoxicações DIAGNÓSTICO AMOSTRA ACONDICIONAMENTO TESTE OBSERVAÇÃO Cérebro Formol Histopatologia Avaliar edema ou encefalomalácia (Tipo D) Cólon Formol Histopatologia Esfregaço de mucosa intestinal Secos Coloração de Gram Avaliar a presença de grande número de clostrídios Conteúdo do ID Refrigerado ou congelado Detecção de Toxina •Toxina - compatível Tipo A •Toxina e - Tipo B •Toxina - Tipo C •Toxina - Tipo E e D Esfregaço ID ou conteúdo intestinal Refrigerado Cultivo Anaeróbico seguido de PCR TRATAMENTO • Tratamento do rebanho Antibióticos na água ou ração: Tetraciclina – 100g/t de ração Bacitracina – 250 g/t de ração 5 a 7 dias • Tratamento Individualizado: Tetraciclina – 10 a 20mg/Kg a cada 12 horas Por 5 a 7 dias • Tratamento suporte PROFILAXIA E CONTROLE • Mudança gradual na alimentação • Fornecer dieta com mais fibra e menos grão • Vacinação com vacina Polivalente • Vacinar gestantes 1 mês antes do parto • Garantir o fornecimento do colostro https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjc94jr9OnZAhWBUZAKHSK0BmYQjRwIBg&url=http://www.shoppingdocampo.com.br/fortress-7-vacina-50ml-10-doses-p1324&psig=AOvVaw2SuueFjtNvzwp5cb5hHgig&ust=1521051575717624 TIFLOCOLITE Professora: Carolina Maria Vianna de Freitas Disciplina: Doenças Bacterianas e Virais FEAD DEFINIÇÃO É a inflamação do ceco e do cólon causada pelas toxinas do Clostridium difficile que associada ao uso de antibióticos no homem e nos animais, irá causar quadros graves de diarréia. https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjG_9n_9evZAhXMiJAKHSlpARAQjRwIBg&url=https://www.kevinmd.com/blog/2018/01/learn-clostridium-difficile-infect-medcomic.html&psig=AOvVaw2mFaoKNaHKmgngk7L_D1DD&ust=1521120561491025 ETIOPATOGENIA • Clostridium difficile produs duas toxinas importantes: o Toxina A potente enterotoxina o Toxina B Citotóxica mas precisa de lesões prévias na mucosa o Agem em sinergismo https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiSzNLb9uvZAhVLgJAKHbHPC4oQjRwIBg&url=http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0120-99572013000100007&psig=AOvVaw2mFaoKNaHKmgngk7L_D1DD&ust=1521120561491025 ETIOPATOGENIA TOXINA A RECEPTORES NAS BORDAS DAS CÉLULAS EPITELIAIS ENDOCITOSE Ativação da TA no lisossoma escape para o citoplasma Destruição dos filamentos de Actina e do contato célula-célula Arredondamento celular : •exposição do receptor da T B •↑ Permeabilidade •Morte Celular •Inflamação TOXINA B https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiCh_OA-evZAhVHTJAKHR2GAVYQjRwIBg&url=http://www.pnas.org/content/107/30/13467&psig=AOvVaw1e9hYOvZp2zX86BQJn-lCk&ust=1521121416863065 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiB8Nam-uvZAhUFHpAKHTmWAp0QjRwIBg&url=https://microbewiki.kenyon.edu/index.php/Clostridium_difficile-associated_disease&psig=AOvVaw1e9hYOvZp2zX86BQJn-lCk&ust=1521121416863065 ETIOPATOGENIA BEZERROS • Degeneração das vilosidades do Jejuno-Íleo • Erosão superficial da mucosa do cólon • Diarréias em bezerros de 1 a 2 semanas de idade SUÍNOS • Animais de 1 a 7 dias de idade • Diarréia súbita – amarela e aquosa • Sinais sistêmicos: depressão, anorexia, caquexia POTROS • Acomete potros de até 5 meses de idade • Nessa espeécie a doença provavelmente relaciona-se com o uso de ANTIBIÓTICOS DIAGNÓSTICO • Sinais Clinicos + Histórico + Achados Laboratoriais • Isolamento em meio de cultura Incubação em anaerobiose Coloração • PCR para identificação do agente e das toxinas TRATAMENTO • POTROS Terapia intensiva Soroterapia Restrição alimentar ATB, anti-ácido, protetores de mucosa, analgésicos, AINES Letalidade de 50% mesmo nos animais tratados PROFILAXIA E CONTROLE • Higiene do ubere da égua antes da amamentação • Estábulos devem ser construídos com materiais não porosos • Limpeza de cochos água e alimentação, antes da introdução dos potros • Não existem vacinas
Compartilhar