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Trombose Arterial e Venosa

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Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
Trombose 
ATEROGÊNESE À TROMBOSE ARTERIAL 
• Aterosclerose: doença vascular crônica que ocorre 
principalmente nas artérias grandes e médias, e que 
pode resultar na oclusão desses vasos, levando ao 
infarto do miocárdio, isquemia vascular cerebral ou 
periférica; 
o Fase inicial: lesão funcional do endotélio 
→ aumento da permeabilidade e efluxo de 
macromoléculas plasmáticas para a íntima 
e recrutamento de monócitos; 
o Lipoproteínas de Baixa Densidade (LDL) 
são depositadas na íntima, oxidadas 
(oxLDL) e endocitadas por macrófagos, 
dando origem às chamadas células 
espumosas; 
o Há proliferação das células de músculo liso 
e secreção de matriz de colágeno, formando 
uma lesão elevada que é a placa 
aterosclerótica madura; 
o A necrose das células espumosas libera 
material lipídico para a íntima, formando o 
núcleo da placa, que será coberta por uma 
capa fibrosa; 
• Expressão clínica da aterosclerose: determinada 
quando a ruptura dessas placas leva à trombose e à 
obstrução do fluxo sanguíneo arterial 
(aterotrombose); 
• Trombos arteriais: se caracterizam por redes 
compactas de plaquetas e fibrina; 
• Trombos venosos: caracterizados por redes mais 
extensas e menos compactas de fibrina, hemácias e 
leucócitos; 
O PAPEL DE PROTEÍNAS ENVOLVIDAS NA 
HEMOSTASIA NA FISIOPATOLOGIA DAS 
TROMBOSES ARTERIAIS 
• Não há evidências clínicas da participação do 
sistema hemostático na aterogênese (o uso de 
agentes antiplaquetários e anticoagulantes não estão 
associados a redução na progressão da 
aterosclerose), mas dados experimentais 
demonstram que as plaquetas e as proteínas da 
coagulação são importantes determinantes na 
progressão da aterosclerose e na aterotrombose; 
• Plaquetas: exercem efeitos pró-aterogênicos e 
aterotrombóticos → atuam como interface entre a 
hemostasia, inflamação e a resposta imune inata na 
aterosclerose; 
• Lesões ateroscleróticas constituem um 
microambiente em que ocorre produção ativa de 
fatores da coagulação → aumento da geração de 
trombina em placas instáveis; 
TROMBOSE ARTERIAL 
• Causa: lesão do endotélio vascular; 
o Sobre essa lesão as plaquetas se depositam, 
formando um coágulo branco inicial; 
o O coágulo inicial pode crescer devido à 
deposição de eritrócitos; 
o Deposição de plaquetas: libera o fator de 
crescimento denominado PDGF (platelet-
derived growth factor), que está contido nos 
grânulos alfa - fator mitogênico (propicia a 
proliferação de células musculares lisas na 
camada intima dos vasos); 
o Há a passagem de lipoproteínas na 
circulação para o local onde se multiplicam 
as células musculares lisas – formação da 
placa ateromatosa; 
FATORES PREDISPONENTES DA TROMBOSE 
VENOSA 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
• Fluxo sanguíneo lento (estase venosa); 
• Ativação local dos fatores da coagulação; 
• Lesão do endotélio; 
FATORES DE RISCO 
• Pílula anticoncepcional - contraceptivos contendo 
drospirenona aumentam de 4 a 6 vezes as chances 
de desenvolver tromboembolismo venoso; 
• Histórico familiar; 
• Obesidade; 
• Gravidez e parto; 
• Lesões ou cirurgias nas pernas ou nos pés; 
• Machucados; 
• Uso de medicamentos que interferem na 
coagulação; 
• Período de descanso muito prolongado, seja deitado 
ou sentado; 
• Idade (> 60 anos); 
TROMBOSE VENOSA 
• Natureza multicausal; resulta da interação de 
fatores de risco genéticos e adquiridos; 
• Fatores adquiridos: cirurgia, trauma, 
imobilização, gestação e terapia hormonal; 
FISIOPATOLOGIA 
• A trombose decorre da interação de alterações da 
parede do vaso, do fluxo e dos componentes do 
sangue; 
o Trombose arterial: alterações da parede 
do vaso (aterosclerose); 
o Trombose venosa: estase e as alterações 
dos componentes sanguíneos - favorecem 
um estado procoagulante 
TROMBO VENOSO 
• Formado em condições de fluxo lento e de baixa 
tensão de cisalhamento; 
• Constituído por fibrina, células vermelhas e poucas 
plaquetas; 
• Pode ocorrer em veias superficiais (trombose 
venosa superficial), ou em veias do sistema 
profundo (trombose venosa profunda); 
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA E EMBOLIA 
PULMONAR – TROMBOEMBOLISMO 
VENOSO 
• A Trombose Venosa Profunda (TVP) pode ocorrer 
em qualquer segmento do sistema venoso profundo 
- TVP de membros inferiores é mais frequente; 
o Pode acometer veias de membros 
superiores, veias esplâncnicas e seios 
venosos cerebrais; 
o Em membro inferior, pode ser distal ou 
proximal (veias poplítea, femoral ou 
ilíaca); 
• A EP é uma complicação da TVP e ocorre quando 
o trombo ou um fragmento deste desprende-se e 
migra até ramos da artéria pulmonar; 
• A trombose venosa profunda é a coagulação do 
sangue em uma veia profunda de um membro ou 
pelve; 
Etiologia: 
• Câncer: fator de risco, especialmente em 
pacientes idosos e naqueles com trombose 
recorrente; 
o Predominância em tumores de células 
endoteliais secretoras de mucina - 
cânceres intestinais ou pancreáticos; 
• Estase e alterações dos componentes sanguíneos - 
favorecem um estado procoagulante; 
• Formado em condições de fluxo lento e de baixa 
tensão de cisalhamento; 
Fisiopatologia: 
• Na maioria das vezes, resulta de: 
o Retorno venoso prejudicado (em pacientes 
imobilizados); 
o Lesão ou disfunção endotelial; 
• A trombose venosa profunda começa nas cúspides 
das valvas venosas; 
• Trombos: consistem em trombina, fibrina e 
hemácias, com relativamente poucas plaquetas 
(trombo vermelho); 
Quadro clínico: 
• Em pacientes de alto risco internados, os trombos 
de veias profundas ocorrem, em sua maioria, nas 
veias de pequeno calibre da panturrilha, são 
assintomáticos e podem não ser detectados; 
• Sinais e sintomas: dor vaga, sensibilidade ao 
longo da distribuição das veias, edema e eritema; 
• Veias superficiais colaterais dilatadas podem se 
tornar visíveis ou palpáveis; 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
• Sinal de Homan: desconforto na panturrilha com 
flexão dorsal do tornozelo - com o joelho 
estendido, na vigência de trombose venosa 
profunda da parte distal do membro inferior; 
• Sensibilidade do membro inferior, edema de toda 
o membro inferior, diferença > 3 cm entre as 
circunferências das panturrilhas, edema 
depressível e veias superficiais colaterais podem 
ser mais preditivos, uma vez que há probabilidade 
de trombose venosa profunda com a combinação 
de ≥ 3 desses fatores e na ausência de outro 
diagnóstico provável; 
• Pode haver febre de baixa intensidade e a trombose 
venosa profunda pode ser uma das causas de febre 
de origem desconhecida, especialmente nos 
pacientes no período pós-operatório; 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia Humana -
Uma Abordagem Integrada. 7ª ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2017. 
Tratado de hematologia. São Paulo: Editora Atheneu, 
2013. 
SOUZA, M. H. L.; ELIAS, D. O. Manual de Instrução 
Programada Interativa. Princípios de Hematologia e 
Hemoterapia. Rio de Janeiro, RJ: Centro de Estudos 
Alfa Rio, 2005. 
HOFFBRAND, A. V. Fundamentos em Hematologia. 
7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. 
Hall, John E. Tratado de fisiologia médica.13ª ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2017.

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