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Cascata de Coagulação

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Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
Cascata de Coagulação
COAGULAÇÃO SANGUÍNEA 
• O coágulo começa a se desenvolver, entre 15 e 20 
segundos, se o trauma à parede vascular for grave, 
e entre 1 e 2 minutos, se o trauma for pequeno; 
• Iniciação: substâncias ativadoras produzidas por 
parede vascular traumatizada, plaquetas e proteínas 
sanguíneas que se aderem à parede vascular 
traumatizada; 
MECANISMO GERAL 
• Na corrente sanguínea normalmente predominam 
os anticoagulantes, de modo que o sangue não 
coagula enquanto está circulando pelos vasos 
sanguíneos; 
• Quando o vaso é rompido: procoagulantes da área 
da lesão tecidual são ativados e predominam sobre 
os anticoagulantes → desenvolvimento de coágulo; 
• A coagulação ocorre em três etapas: 
1) Em resposta à ruptura do vaso ou a 
problemas relacionados ao próprio sangue, 
ocorre no sangue complexa cascata de 
reações químicas, com participação de mais 
de uma dúzia de fatores de coagulação 
sanguínea → formação do complexo de 
substâncias ativadas, chamado ativador da 
protrombina; 
2) O ativador da protrombina catalisa a 
conversão da protrombina em trombina; 
3) A trombina atua como uma enzima, 
convertendo o fibrinogênio em fibras de 
fibrina, formando emaranhado de 
plaquetas, células sanguíneas e plasma para 
formar o coágulo; 
CONVERSÃO DE PROTROMBINA EM 
TROMBINA 
• O ativador da protrombina é formado como 
resultado da ruptura de vaso sanguíneo ou da 
liberação de substâncias especiais no sangue; 
• O ativador da protrombina, em presença de 
quantidade suficiente de cálcio iônico (Ca ++), 
causa a conversão da 
protrombina em trombina; 
o Plaquetas têm também 
papel importante na 
conversão da protrombina 
em trombina → grande 
parte da protrombina se 
fixa nos receptores de 
protrombina nas plaquetas 
já ligadas ao tecido lesado; 
• A trombina provoca a 
polimerização das 
moléculas de fibrinogênio 
em fibras de fibrina → 
fator limitador da 
coagulação sanguínea é a 
formação do ativador da 
protrombina e não as 
reações subsequentes além 
desse ponto, pois essas 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
etapas terminais normalmente ocorrem, com muita 
rapidez, para formar o coágulo; 
 
CONVERSÃO DO FIBRINOGÊNIO EM 
FIBRINA 
• Trombina: atua sobre o fibrinogênio, removendo 
quatro peptídeos de baixo peso molecular de cada 
molécula de fibrinogênio, formando molécula de 
monômero de fibrina, com capacidade automática 
de se polimerizar com outros monômeros de fibrina 
para formar fibras de fibrina; 
• Estágios iniciais: os monômeros de fibrina são 
mantidos unidos por fraca ligação de hidrogênio 
não covalente, e as fibras recém-formadas não têm 
ligações cruzadas entre si; o coágulo resultante é 
fraco e pode se romper com facilidade; 
o Fator estabilizador de fibrina: a trombina 
ativa o fator estabilizador da fibrina → atua 
como enzima para criar ligações covalentes 
entre número crescente de monômeros de 
fibrina e ligações cruzadas entre as fibras 
adjacentes de fibrina; 
COÁGULO SANGUÍNEO 
• Coágulo: composto por malha de fibras de fibrinas 
que cursam em todas as direções e que retêm células 
sanguíneas, plaquetas e plasma; 
• As fibras de fibrina se aderem às superfícies lesadas 
dos vasos sanguíneos → o coágulo sanguíneo fica 
aderido a qualquer abertura vascular, impedindo a 
continuação da perda de sangue; 
FEEDBACK POSITIVO DE FORMAÇÃO DO 
COÁGULO 
• Assim que o coágulo sanguíneo começa a se formar, 
ele se estende para o sangue ao seu redor → o 
coágulo desencadeia ciclo vicioso (feedback 
positivo) para promover mais coagulação; 
o Quando a quantidade crítica de trombina é 
formada, o feedback positivo se 
desenvolve, causando coagulação 
sanguínea ainda maior e maior formação de 
trombina; consequentemente, o coágulo 
sanguíneo continua a crescer até que o 
vazamento de sangue seja interrompido; 
INICIAÇÃO DA COAGULAÇÃO 
• Mecanismos de iniciação: são desencadeados por: 
o Trauma da parede vascular e dos tecidos 
adjacentes; 
o Trauma ao sangue; 
o Contato do sangue com as células 
endoteliais lesionadas ou com colágeno e 
outros elementos teciduais por fora do vaso 
sanguíneo; 
▪ Cada um desses casos leva à 
formação do ativador da 
protrombina → conversão da 
protrombina em trombina e todas 
as etapas subsequentes; 
• O ativador da protrombina é formado por duas vias: 
o Via extrínseca: começa com o trauma da 
parede vascular e dos tecidos vizinhos; 
o Via intrínseca: começa no sangue; 
VIA EXTRÍNSECA 
• Começa com o trauma da parede vascular ou com o 
trauma dos tecidos extravasculares que entram em 
contato com o sangue; 
• Etapas: 
1) Liberação do fator tecidual: o tecido 
traumatizado libera complexo de diversos 
fatores, chamado - fator tecidual ou 
tromboplastina tecidual; 
2) Ativação do Fator X - papel do Fator VII 
e do fator tecidual: o complexo 
lipoproteico do fator tecidual se combina 
com o Fator VII da coagulação sanguínea e, 
em presença de íons cálcio, atua 
enzimaticamente sobre o Fator X para 
formar o Fator X ativado (Xa); 
3) Efeito do Fator X ativado (Xa) para 
formar o ativador da protrombina - o 
papel do Fator V: o Fator X ativado se 
combina com os fosfolipídeos teciduais que 
fazem parte dos fatores teciduais, ou com 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
fosfolipídeos adicionais, liberados pelas 
plaquetas, além de com o Fator V, para 
formar o complexo chamado ativador da 
protrombina; 
▪ Em presença de Ca ++, a 
protrombina divide-se para formar 
a trombina; 
▪ De início, o Fator V no complexo 
ativador da protrombina está 
inativo, mas assim que o processo 
de coagulação se inicia e a 
trombina começa a se formar a 
ação proteolítica da trombina ativa 
o Fator V; 
▪ O Fator X ativado é a verdadeira 
protease causadora da clivagem da 
protrombina para a formação da 
trombina: o Fator V ativado acelera 
enormemente essa atividade de 
protease, e os fosfolipídeos das 
plaquetas atuam como veículo que 
acelera ainda mais o processo; 
 
VIA INTRÍNSECA 
• Começa com o trauma ao próprio sangue ou a 
exposição do sangue ao colágeno da parede 
vascular traumatizada; 
• O trauma sanguíneo causa: 
1) Ativação do Fator XII; 
2) Liberação dos fosfolipídeos das plaquetas; 
• O trauma ao sangue ou a exposição do sangue ao 
colágeno da parede vascular altera dois importantes 
fatores da coagulação do sangue: o Fator XII e as 
plaquetas; 
o Quando o Fator XII é afetado, ele assume nova 
configuração molecular que o converte na 
enzima proteolítica chamada “Fator XII 
ativado”; 
o O trauma sanguíneo lesa as plaquetas, devido à 
sua aderência ao colágeno ou à superfície 
molhável (ou por outros tipos de lesão), 
acarretando a liberação de fosfolipídeos 
plaquetários que contêm a lipoproteína 
chamada fator plaquetário 3 que também tem 
participação nas reações de coagulação 
subsequentes; 
• Ativação do Fator XI: o Fator XII ativado atua 
enzimaticamente sobre o Fator XI ativando-o 
também; 
• Ativação do Fator IX pelo Fator XI ativado: O 
Fator XI ativado atua enzimaticamente sobre o 
Fator IX para provocar sua ativação; 
• Ativação do Fator X - o papel do Fator VIII: o 
Fator IX, atuando em conjunto com o Fator VIII 
ativado e com os fosfolipídeos plaquetários e com o 
Fator III das plaquetas traumatizadas, ativa o Fator 
X; 
• Ação do Fator X ativado na formação do 
ativador da protrombina - o papel do Fator V: 
na via intrínseca, é a mesma etapa final da via 
extrínseca; o Fator X ativado se combina com o 
Fator V e com as plaquetas ou com fosfolipídeos 
teciduais para formar o complexo ativador da 
protrombina; 
o O ativador da protrombina desencadeia a 
clivagem da protrombina para formar 
trombina; 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
SILVERTHORN, DeeUnglaub. Fisiologia Humana -
Uma Abordagem Integrada. 7ª ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2017. 
Tratado de hematologia. São Paulo: Editora Atheneu, 
2013. 
SOUZA, M. H. L.; ELIAS, D. O. Manual de Instrução 
Programada Interativa. Princípios de Hematologia e 
Hemoterapia. Rio de Janeiro, RJ: Centro de Estudos 
Alfa Rio, 2005. 
HOFFBRAND, A. V. Fundamentos em Hematologia. 
7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. 
Hall, John E. Tratado de fisiologia médica.13ª ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2017.

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