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É UMA SÉRIE COMPLEXA DE FENÔMENOS BIOLÓGICOS QUE OCORREM IMEDIATAMENTE APÓS A LESÃO DE UM VASO SANGUÍNEO, EVITANDO A HEMORRAGIA. MECANISMOS ATIVADORES DA HEMOSTASIA: Constrição vascular Formação de tampão plaquetário Formação de coágulo sanguíneo Eventual crescimento fibroso no coágulo para o fechamento permanente do orifício do vaso. CONSTRIÇÃO VASCULAR: Imediatamente após a ruptura do vaso sanguíneo, a parede vascular faz com que a musculatura lisa dessa parede se contraia. Isso faz com que o fluxo do sangue seja menor. A contração resulta em: espasmo miogênico local, fatores autacoides – são substâncias químicas - locais dos tecidos traumatizados e das plaquetas e em reflexos nervosos. Os reflexos nervosos são desencadeados por impulsos nervosos dolorosos ou impulsos sensoriais. A maioria da vasoconstrição é feita pela contração miogênica. Em lesões menores, as plaquetas são responsáveis por grande parte da vasoconstrição pela liberação da substância tromboxano A2. Quanto maior for a gravidade do trauma do vaso, maior será o grau do espasmo vascular. CARACTERÍSTICAS DAS PLAQUETAS: São denominadas trombócitos Formadas na medula óssea, a partir de magacariócitos, que são células hematopoéticas extremamente grandes da medula, se fragmentam nas diminutas plaquetas na medula óssea ou se espremem pelos capilares. Concentração normal: 150.000 à 300.000 por microlitro. Não possuem núcleo e não podem se reproduzir Citoplasma da plaqueta: - Moléculas de actina, miosina, trombostenina: proteínas contrateis. - Resíduos do retículo endoplasmático e do complexo de Golgi: sintetizam enzimas e armazenam grande quantidade de íons cálcio. - Mitocôndrias e sistemas enzimáticos que formam ATP e ADP: trifosfato de adenosina e difosfato de adenosina. - Sistema de síntese de prostaglandina e hormônios locais: reações vasculares e teciduais locais. - Fator de crescimento: Células do endotélio vascular, células da musculatura lisa vascular e fibroblastos se multipliquem e cresçam, produzindo crescimento celular para reparar as paredes vasculares lesada. Na membrana celular das plaquetas existe uma camada de glicoproteínas que impede a aderência ao endotélio normal e, quando há lesão, facilita a aderência em qualquer colágeno exposto. Também possui grande quantidade de fosfolípideos, que ativam múltiplos estágios da coagulação do sangue. É removida pelos macrófagos, sendo esses principalmente no baço. O mecanismo de formação dos tampões plaquetário é extremamente importante para o fechamento de rupturas diminutas nos vasos sanguíneos que ocorrem regularmente durante o dia. MECANISMO DO TAMPÃO PLAQUETÁRIO: Quando as plaquetas entram em contato com a superfície vascular lesada, começam se dilatar, assumem formas irregulares, inúmeros pseudópodos que se projetam de suas superfícies. Suas proteínas se contraem intensamente, liberando grânulos com vários fatores ativos, o qual ficam pegajosos e se aderem ao colágeno dos tecidos à proteína -chamada de fator de Von Willebrand.- que vasa do plasma para o tecido traumatizado. As plaquetas secretam grande quantidade de ADP e suas enzimas formam o tromboxano A2. O ADP e o Tromboxano atuam nas plaquetas vizinhas ativando-as forma o tampão plaquetário esse “bolo” de plaquetas. Durante o processo subsequente de coagulação do sangue, são formados filamentos de fibrina. Esses filamentosse prendem de forma muito firma às plaquetas, construindo o tampão compacto. Hemostasia COAGULAÇÃO SANGUÍNEA NO VASO ROMPIDO: Substâncias ativadoras produzidas por parede vascular traumatizada, plaquetas e proteínas sanguíneas que se aderem à parede vascular traumatizada iniciam o processo de coagulação. ORGANIZAÇÃO FIBROSA DO COÁGULO Após se formar pode ser invadido por fibroblastos e formar o tecido conjuntivo por todo o coágulo ou se dissolver. PROAGULANTES: PROMOVE A COAGULAÇÃO ANTICOAGULANTES: INIBEM A COAGULAÇÃO. ETAPAS ESSENCIAIS: 1. Em resposta à ruptura do vaso ou a problemas relacionados ao próprio sangue, ocorre uma complexa cascata de reações químicas. O resultado efetivo é a formação do complexo de substancias ativadas, chamado de ativador de protrombina. 2. O ativador da protrombina catalisa a conversão da protrombina em trombina. 3. A trombina atua como uma enzima, convertendo o fibrinogênio em fibras de fibrina, formando um emaranhado de plaquetas, células sanguíneas e plasma para formar o coágulo. CONVERSÃO DE PROTOMBINA EM TROMBINA: 1. O ativador da protrombina é formado como resultado da ruptura de vaso sanguíneo ou da liberação de substâncias especiais no sangue. 2. O ativador da protrombina, em presença da quantidade suficiente de cálcio iônico, causa a conversão as protombina em trombina. 3. A trombina provoca a polimeração das moléculas de fibrinogênio em fibras de fibrina. Assim, o fator limitador da coagulação sanguínea é usualmente a formação do ativador da protrombina e não as reações subsequentes além desse ponto. As plaquetas têm papel fundamental na conversão da protombina em trombina, pois grande parte da trombina se fixa nos receptores de protombina, nas plaquetas já ligadas ao tecido lesado. PROTROMBINA E TROMBINA: A protombina é proteica plasmática – alfa 2- globulina. A protombina é instável que pode se dividir em compostos menores, sendo essa a trombina. A protombina é formada no fígado e é utilizada de forma continua em todo o corpo para a coagulação sanguínea. A vitamina K é requerida pelo fígado para a ativação normal da protombina e para a formação de outros fatores de coagulação. CONVERSÃO DO FIBRINOGÊNIO EM FIBRINA – FORMAÇÃO DO COÁGULO: Ocorre no plasma O fibrinogênio é formado no fígado O fibrinogênio vaza em quantidades suficientes para os líquidos teciduais permitindo a coagulação desses líquidos, da mesma forma com o plasma e o sangue total podem coagular. A ação da Trombina sobre o Fibrinogênio para formar a Fibrina: - A trombina é enzima proteica com fracas capacidades proteolíticas. - Atua sobre o fibrinogênio, removendo quatro peptídeos de baixo peso molecular de cada molécula de fibrinogênio, formando uma molécula de monômero de fibrina, com capacidade automática de se polimerizar om outros monômeros de fibrina para formar fibras de fibrina. - Muitas moléculas de monômero de fibras se polimerizam em longas fibras de fibrina que constituem o retículo do coágulo sanguíneo. O fator estabilizador de fibrina, presente no plasma nas globulinas, é liberado pelas plaquetas retidas no coágulo, fortalecendo o retículo da fibrina. A mesma trombina que causa a formação de fibrina também ativa o fator estabilizador da fibrina, que quando ativada atua como enzimas para criar ligações covalentes entre os monômeros crescentes de fibrina, bem como ligações cruzadas adjacentes de fibrina, aumentando a força tridimensional da malha de fibrina. Coágulo sanguíneo: é composto por malha de fibras de fibrina que cursam em todas as direções e que retêm células sanguíneas, plaquetas e plasma. Coagulação sanguínea O fator X é a verdadeira protease causadora da clivagem (desenvolvimento) da protrombina para a formação da trombina. O Fator Va acelera essa atividade da protease, e os fosfolipídios das plaquetas atuam como veículo que acelera ainda mais o processo. O efeito de feedback positivo da trombina – atuando sobre o Fator V – acelera todo o processo depois do desencadeamento. O As fibras de fibrina também aderem ás superfícies lesadas do vaso. Retração do coágulo e expressão do soro: após a formação do coágulo, começa ase contrair e usualmente expele grande parte do liquido do coágulo. O liquido eliminado é denominado soro porque todo o fibrinogênio e a maioria dos outros fatores de coagulação foi removida. As plaquetas são necessárias para a retração do coágulo. Feedback positivo da formação do coágulo: o coágulo sanguíneo começa a se forma, se estende para o sangue ao seu redor e desencadeia um ciclo vicioso para promover mais coagulação feedback positivo. A ação proteolítica de trombina permite que ela atue sobre vários outros fatores da coagulação além do fibrinogênio. INICIAÇÃO DA COAGULAÇÃO- FORMAÇÃO DO ATIVADOR DA PROTOMBINA: A coagulação é desencadeada por: - Trauma da parede vascular e dos tecidos adjacentes - Trauma ao sangue - Contato do sangue com as células endoteliais lesionadas ou com colágeno e outros elementos teciduais fora do vaso sanguíneo. Após esses casos ocorre a formação do ativador da protombina – formado pela via extrínseca (começa ocorre o trauma na parede vascular e nos tecidos) e intrínseca (começa no sangue) – simultaneamente. Ocorre a conversão da protombina em trombina e todas as etapas subsequentes da coagulação. Fatores da coagulação sanguínea: são formas inativas de enzimas proteolíticas, que quando convertidas em ativas, suas ações enzimáticas causam sucessivas etapas em cascata do processo de coagulação. VIA EXTRÍNSECA – INÍCIO DA COAGULAÇÃO: Inicia com o trauma da parede vascular ou com o trauma dos tecidos extravasculares que entram em contato com o sangue. ETAPAS: 1. LIBERAÇÃO DO FATOR TECIDUAL: O tecido traumatizado libera complexos de diversos fatores, denominado fator tecidual ou tromboplastina tecidual. Esse fator é composto por fosfolipídios das membranas do tecido mais complexo lipoproteico que atua como enzima proteolítica 2. ATIVAÇAO DO FATOR X: papel do Fator VII e do Fator tecidual – O complexo lipoproteico do fator tecidual se combina com o Fator VII da coagulação sanguínea com a presença de íons de cálcio, atua enzimaticamente sobre o Fator X para formar o Fator X ativado (Xa). 3. EFEITO DO FATOR X ATIVADO (Xa): formar o ativador da protrombina – O Fator X ativado se combina com os fosfolipídios teciduais que fazem parte dos fatores teciduais + Fator V = complexo ativador da protrombina. Em alguns segundos, a protrombina combinada com íons cálcio divide-se para formar a trombina e o processo de coagulação continua. No início, o Fator V no complexo ativador da protrombina está inativo, mas quando o processo da coagulação inicia e a trombina começa a se formar a ação proteolítica da trombina ativa o Fator V. Essa ativação é um acelerador adicional da ativação da protrombina. Fatores de coagulação são representados por números romanos (VIII) e se acompanham “a” é porque está ativo (VIIIa) VIA INTRÍNSECA – INICIO DA COAGULAÇÃO: Inicia com o trauma do próprio sangue ou a exposição do sangue ao colágeno da parede vascular traumatizada. Também atua para a formação do ativador da protrombina. ETAPAS: 1. O TRAUMA SANGUÍNEO CAUSA A ATIVAÇÃO DO FATOR XII E A LIBERAÇÃO DOS FOSFOLIPIDEOS DAS PLAQUETAS: O trauma ao sangue ou exposição do sangue ao colágeno da parede vascular altera o Fator XII e as plaquetas. - Quando o Fator XII é afetado ao entrar em contato com o colágeno ou com a superfície molhável (Ex: vidro), ele assume uma nova configuração molecular que o converte em enzima proteolítica chamada de Fator XII ativado. - Ao lesar as plaquetas (com extrema aderência ao colágeno e a superfície molhável) ocorre a liberação de fosfolipídios plaquetário que contêm a lipoproteína chamada de Fator plaquetário 3. 2. ATIVAÇÃO DO FATOR XI: o Fato XII ativado atua enzimaticamente sobre o Fator XI ativando-o também. Essa reação necessita do cininogênio de alto peso molecular – A APM – e é acelerada ela pré- calicreína. 3. ATIVAÇÃO DO FATOR IX PELO FATOR XIa: O Fator XIa atua enzimaticamente sobre o Fator IX para provocar sua ativação. 4. ATIVAÇÃO DO FATOR X – O PAPEL DO FATOR XIII: O Fator IX + Fator VIIIa + fosfolipídios plaquetário + Fator III das plaquetas traumatizadas = ativação do Fator X 5. AÇÃO DO FATOR X ATIVADO NA FORMAÇÃO DA PROTROMBINA – FATOR V: O Fator X ativado se combina com o Fator V e com as plaquetas ou com os fosfolipídios teciduais para formar o complexo ativador da protrombina. PAPEL DOS ÍONS CÁLCIO Promovem ou aceleram todas as reações da coagulação sanguínea Referências: SILVERTHORN, Dee Unglaud GUYTON, A. C. Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
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