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Farmacologia dos Anticoagulantes

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Anna Clara Venturim Teixeira
 Medicina XIX 
❖ Anticoagulantes, antiplaquetários 
e trombolíticos 
➢ INTRODUÇÃO 
o Sangramentos ou trombose em excesso podem indicar 
alteração da hemostasia. 
o HEMOSTASIA: Parada espontânea do sangramento 
proveniente de um vaso sanguíneo lesado. 
o O comprometimento da hemostasia (dificuldade em fazer 
com que o sangue parar de escorrer) gera SANGRAMENTO 
ESPONTÂNEO. 
o A estimulação excessiva da hemostasia gera TROMBOS. 
o Quando há uma lesão no vaso, tem um sangramento. 
1. A primeira coisa que vai acontecer é as plaquetas 
começarem a se aderir ao colágeno exposto do 
endotélio lesado (aderência plaquetária). Depois 
uma plaqueta irá se aderir à outra (agregação 
plaquetária). 
2. Há a formação do fator tecidual que vai iniciar a 
ativação da cascata de coagulação. Forma a rede 
de fibrina (fica entre as plaquetas). 
3. Forma o coágulo de fibrina – nesse momento tem 
hemostasia (parou de sangrar o vaso). 
4. Depois de ter o restabelecimento de todo o 
endotélio lesado, não é necessário interromper a 
passagem do sangue. Ocorre a retração do coágulo 
 as plaquetas tem miofilamentos, tem 
capacidade de fazer uma contração. E ao contrair, 
elas contraem todo o coágulo. Logo, esse coágulo 
não ficará mais aderido na parede do endotélio. 
Por ter essa retração, o coágulo começa a 
percorrer todo o vaso e conta com o sistema 
fibrinolítico para fazer a degradação do coágulo 
para ter o restabelecimento do fluxo sanguíneo 
normal. 
 
o Alguns pacientes são propensos a ter hipercoagulabilidade 
 formar coágulos de forma patológica (infarto, embolia 
pulmonar). Uma das causas disso acontecer são os 
distúrbios hereditários: deficiência de anticoagulantes 
naturais como antitrombina III, proteína C e S para evitar a 
formação de trombos. 
o Para tratar pode fazer: 
✓ PREVENÇÃO PRIMÁRIA: tentativa de evitar a 
formação dos coágulos (heparina ou varfarina); 
✓ PREVENÇÃO SECUNDÁRIA: o paciente já teve um 
acidente cardiovascular e procura-se evitar um 
novo evento. 
o A deficiência de fatores de coagulação plasmáticos pode 
provocar sangramentos → atividade de fator é inferior a 5- 
10% do normal. 
o HEMOFILIA A (tipo CLÁSSICA): deficiência de fator VIII. 
o HEMOFILIA B: deficiência de fator IX. 
 
o Hemostasia Normal: tem fatores pró-coagulantes (fatores 
da cascata de coagulação e plaquetas) que levam ao 
processo de coagulação. Para que o processo de coagulação 
não seja excessivo, há os inibidores da coagulação 
(Antitrombina III, proteína C e S). Em geral, há um equilíbrio 
entre os fatores coagulantes e anticoagulantes. 
Da mesma fora, existe aqueles fatores que são fibrinolíticos 
(plasminogênio e ativador tecidual de plasminogênio) que 
levam ao processo de fibrinólise  degradação da rede de 
fibrina após a formação do coágulo. Há os inibidores (PAI-1 
e 2-antiplasmina). Em geral, há um equilíbrio entre os 
fatores fibrinolíticos e os inibidores. 
o Hemostasia alterada: quando tem um desequilíbrio desse 
processo, por exemplo: com aumento da quantidade de 
plaquetas ou aumento da quantidade dos fatores de 
coagulação ou uma redução dos fatores que inibem leva um 
excesso de coagulação (hipercoagulação) levando a 
formação de trombos. 
Hipofibrinólise: menor quebra das redes de fibrina. O 
trombo formado não está sendo degradado pode ser por 
estar tendo uma redução do plasminogênio ou excesso dos 
inibidores. 
 
➢ IMPORTÂNCIA DO ENDOTÉLIO VASCULAR 
o A principal função da parede vascular íntegra é impedir a 
coagulação sanguínea. 
 
 Anna Clara Venturim Teixeira
 Medicina XIX 
o Diversas substâncias são liberadas pelo endotélio para esta 
finalidade. 
o Ex: α1-antiprotease, 2-macroglobulina e antitrombina III. 
 
o Proteína solúvel: fibrinogênio. 
o Proteína insolúvel: fibrina. 
 
➢ SISTEMA FIBRINOLÍTICO 
o Impede a propagação do coágulo além do local da lesão 
vascular e está envolvido na dissolução do coágulo. 
o O ativador do plasminogênio tecidual será liberado quando 
há uma obstrução do fluxo e ele ativa o plasminogênio 
(proteína inativa). Transforma-se na proteína ativa – 
plasmina. A plasmina faz a digestão proteolítica da fibrina – 
degradação da rede de fibrina/ consegue dissolver o 
coágulo. 
 
➢ DESORDENS DA COAGULAÇÃO 
 
 
➢ DROGAS ANTICOAGULANTES 
o Heparina e heparinas de baixo peso molecular. 
o Farmacocinética: 
• Heparina – IV em infusão contínua, IV em infusão 
intermitente a cada 4-6 h ou via subcutânea a cada 
8-12h. Precisa medir o tempo de tromboplastina 
parcial ativado ficando o valor entre 2 a 3. 
• Heparina de baixo peso molecular – via 
subcutânea 1 ou 2 vezes ao dia. 
• Fondaparinux – via subcutânea 1 vez ao dia. Não 
pode ser administrado em pacientes com 
insuficiência renal por trazer uma sobrecarga da 
função renal. 
o Efeitos indesejáveis: 
• Principal risco: Hemorragia ou Trombocitopenia 
(monitorização – maior na heparina de alto peso 
molecular). 
o Protamina - antagonista específico de heparina. Ligação 
imediata - formação de um complexo inativo (deixa de ter a 
ligação da antitrombina III). 1mg para cada 100 unidades de 
Heparina IV. Liga-se somente em moléculas grandes de 
heparina. 
o Outros usos da heparina: 
• Tratamento inicial da trombose venosa e embolia 
pulmonar; 
• Tratamento inicial de pacientes com angina 
instável ou infarto agudo do miocárdio; 
• Prevenção de trombose de veia profunda pós-
operatória; 
• Anticoagulação durante a gravidez. 
 
➢ ANTICOAGULANTES INJETÁVEIS 
o HEPARINA: 
• Administração via parenteral; 
• Ativa proteína anticoagulante fisiologicamente 
presente no organismo (Antitrombina III); 
• Efeito imediato (logo na primeira aplicação consegue 
ver o efeito anticoagulante); 
• Algumas vezes é necessário o acompanhamento por 
meio de testes laboratoriais (TPPK – Tempo de 
Tromboplastina Parcial Ativado). 
o 3 tipos: Heparina de alto peso molecular, Heparina de baixo 
peso molecular e Fondaparinux (baixíssimo peso 
molecular). 
o Mecanismo de ação: ativa a antitrombina III (substância 
anticoagulante) e degrada os fatores da coagulação. Acelera 
a reação de degradação de fatores da coagulação, realizada 
pela antitrombina III na superfície das células endoteliais. 
A. Heparina de alto peso molecular/ Heparina não 
fracionada/ Heparina: envolve a antitrombina III e 
alguns fatores da coagulação (fator X ativado). 
Consegue unir a antitrombina III com o fator X. E essa 
antitrombina III degrada o fator X e a molécula da 
heparina sofre com a ação da antitrombina e se liga em 
outra antitrombina III para fazer a adesão da 
antitrombina III com outro fator de coagulação. Em 
geral, a antitrombina III consegue degradar o fator X 
ativado e a trombina. Efeito anticoagulante muito 
potente e às vezes excessivo por isso a necessidade de 
acompanhar o paciente. 
B. Heparina de baixo peso molecular: faz a ligação da 
antitrombina III com o fator X ativado pelo fato da 
molécula ser menor com eficiência (100% dos casos). 
Cerca de 50% da trombina tem ação da heparina de 
baixo peso molecular. 
 
 Anna Clara Venturim Teixeira
 Medicina XIX 
C. Fondaparinux: só consegue ativar a antitrombina III 
para que ela degrade o fator X ativado. Não ativa a 
trombina. 
 
➢ HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR E 
FONDAPARINUX 
o Não são alvos da ligação do fator plaquetário 4 (não limita 
sua efetividade nas proximidades do trombo); 
o Não interferem na agregação plaquetária; 
o Necessidade de administração menos frequente; 
o Não é necessário acompanhamento pormeio de testes 
laboratoriais, devido o efeito previsível entre o efeito 
anticoagulante e a dose. 
 
➢ USO DA HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR 
o Dose é ajustada de acordo com o peso do paciente (x 
unidades / Kg). 
 
➢ ANTICOAGULANTES ORAIS 
o Ex: Varfarina, Dicumarol. 
o Mecanismo de ação: reduz a formação de alguns fatores da 
coagulação. Antagonistas da vitamina K (impedir a ação da 
vitamina K e reduz a formação dos fatores de coagulação de 
forma ativa). 
o Biodisponibilidade de 100%. Mais de 99% dos 
anticoagulantes orais ficam ligados a proteínas plasmáticas. 
o Efeitos adversos: sangramento. 
o Efeitos adversos raros: distúrbio TGI, aumento de 
transaminases, leucopenia. 
o Não usar na gravidez (efeito teratogênico), mas pode ser 
utilizada durante amamentação. 
o Interferem na γ-carboxilação dos resíduos do glutamato dos 
fatores (II, VII, IX e X). A varfarina impede a ação da 
vitamina K redutase, consequentemente, não consegue 
ativar a vitamina e os fatores da coagulação. Os fatores II, 
VII, IX e X não ficam na sua forma ativa e impede a cascata 
de coagulação de acontecer. 
o GRUPOS ESPECIAIS que precisam ser avaliados se podem 
fazer o uso da varfarina: 
✓ Portadores de disfunção hepática → produção 
deficiente de fatores de coagulação. Tem efeito 
exagerado da varafina, formação de hemorragias; 
✓ Idosos → ↑ disponibilidade da droga pela redução da 
concentração de albumina sérica. A forma livre fica 
maior que 1%; 
✓ Gestação→ atravessar a placenta. 
o INTERAÇÕES ALIMENTARES: Alimentos de origem vegetal 
contém grande quantidade de vitamina K acaba reduzindo a 
ação da varfarina (ex: couve, espinafre, brócolis, abacate, 
etc.). Óleos de soja, canola, azeite também contém 
vitamina K. 
o INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS: Barbitúricos e rifampicina 
– indutores enzimáticos; Antibióticos que alteram a flora 
intestinal (↓vitamina K); Não exercem efeito significativo – 
etanol, benzodiazepínicos, paracetamol, opióides 
Interações. 
o Vitamina K – antagonista competitivo. 
o Utilizações clínicas: 
 Para impedir a progressão ou recidiva de trombose 
venosa profunda aguda ou da embolia pulmonar; 
 Prevenção de tromboembolia venosa em pacientes 
submetidos à cirurgia ortopédica ou ginecológica; 
 Isquemia coronariana recorrente em pacientes com 
infarto agudo do miocárdio; 
 Embolização sistêmica em pacientes com próteses de 
valvas cardíacas. 
o O acompanhamento desses pacientes utiliza o “Tempo de 
Protrombina” (TP). Os testes dos pacientes são comparados 
com os de indivíduos normais e monta-se uma razão de 
tempos: 
 
Não pode ser 1. Para o INR ser adequado deve ficar entre 2 
e 3. 
o RIVAROXABANA: Inibidor direto do fator Xa. Meia-vida de 
7-11h. Indicado para profilaxia de trombos após cirurgia de 
joelho e quadril. 
o ETEXILATO DE DABIGATRANA: Pró-fármaco (dabigatrana). 
Inibidor do fator IIa. Meia-vida de 12 às 14h. Prevenção de 
tromboembolia venosa após cirurgia de joelho e quadril. 
Não tem demonstrado serem inferiores à varfarina no 
tratamento da tromboembolia venosa. 
o VANTAGENS: Boa eficácia, resposta previsível, ampla janela 
terapêutica, baixa incidência de efeitos adversos, sem 
necessidade de monitoramento da anticoagulação, baixas 
interações alimentares ou medicamentosas. 
 
➢ ANTIPLAQUETÁRIOS 
o Propriedades: 
1) Inibir a adesividade e agregação; 
2) Inibir reação de liberação ou secreção de 
plaquetas (inibe a liberação de tromboxano A2); 
3) Redução dos agregados plaquetários circulantes; 
4) Inibir formação de trombo induzido 
predominantemente pelas plaquetas. 
o ASPIRINA (ácido acetil salicílico – AAS): é um tipo de AINES 
(Antiflamatório não esteroidal). 
o Mecanismo de ação: Inibe COX-1 e COX-2 (efeito mais 
seletivo, com grande eficácia e com dose menor) → Ligação 
 
 Anna Clara Venturim Teixeira
 Medicina XIX 
irreversível. Impede a agregação plaquetária por não 
formar o tomboxano. Traz menos efeitos colaterais. 
o Usos clínicos: prevenção primária e secundária de DCV e 
doença cerebrovascular, trombose, cardiopatia, próteses 
artificiais, angina, outros. 
o Efeitos adversos: sangramento gastrointestinal e reações 
alérgicas (indutor de hipersensibilidade). 
o Contraindicações absolutas: hipersensibilidade e 
hemorragia digestiva alta. 
o Contraindicações relativas: gastrite ou úlcera duodenal 
prévia. 
o Precauções no uso: 
• AAS: está associado ao risco de hemorragia pós-
operatória. 
• Em cirurgias eletivas recomenda-se que o AAS seja 
suspenso 7-10 dias antes da realização do 
procedimento por fazer um efeito irreversível da 
COX. Precisa fazer uma avaliação pré-operatória 
(exames e questionários). Contagem de plaquetas 
(valores normais 150.000 a 400.000/mm3). 
o Ticlopidina e Clopidogrel: Antagonista do receptor da ADP 
(ligação irreversível – inibe o receptor de ADP presente na 
membrana da plaqueta. E ao bloquear esse receptor irá 
inibir a expressão do complexo GP2B3A que funcionaria 
como receptor de fibrinogênio, logo não vai ter ligação com 
o fibrinogênio). 
o A ticlopidna é um fármaco menos potente que o 
clopidrogel, mas tem efeitos colaterais mais intensos. 
o Usado em substituto ao AAS e associado a este em 
pacientes com colocação de stent. 
o Ticlopidina (250 mg 2x/dia) e Clopidogrel (75 mg 1x/dia) - 
Início de ação lento mas duradouro. 
o TICLOPIDNA E CLOPIDOGREL: Inibe a agregação plaquetária 
induzida pelo ADP e Inibe uma via diferente daquela inibida 
pela aspirina. 
 
➢ TICLOPIDNA E CLOPIDOGREL 
o Efeitos Adversos Ticlopidina: 
• Náuseas, vômitos e diarreia; 
• Neutropenia grave (2,4%); 
• Agranulocitose fatal com trombocitopenia – 
contagem hematológica frequente no início da 
terapia. 
o Efeitos Adversos Clopidogrel: Raros casos de 
trombocitopenia e leucopenia. 
o Usos terapêuticos: impede a ocorrência de eventos 
vasculares cerebrais na prevenção secundária do AVE, após 
angioplastia e colocação de stent coronariano, IM, angina 
instável. 
 
➢ PASUGREL 
o Mais novo membro; 
o Inibe irreversivelmente os receptores de ADP; 
o Início de ação mais rápido e produz inibição maior e mais 
previsível da agregação plaquetária induzida pelo ADP; 
o Menor incidência de morte cardiovascular, IM e AVE do que 
com clopidogrel; 
o Taxas altas de sangramento fatal. 
 
➢ ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES DE GPIIB/IIIA 
o ABCIXIMAB. 
o Ac monoclonal humanizado. 
o Uso em pacientes submetidos à angioplastia percutânea 
para trombose coronariana. 
o Diminui o risco de reestenose. 
o Administração por via parenteral (IV). 
o Pode causar sangramento. 
o Degradar o complexo GPIIb/IIIa. 
 
➢ TROMBOLÍTICOS 
o Ativador tecidual do plasminogênio (t-PA) – ativador 
endógeno do plasminogênio ligado à fibrina (limita a 
fribrinólise aos trombos). 
o Alteplase, Reteplase e Tenecteplase. 
o Estreptoquinase – proteína sintetizada por estreptococos 
betahemolíticos Mecanismo de ação: ativam a plasmina 
que degrada o coágulo formado na coronária ou outros 
vasos. Administrados por via parenteral Efeitos adversos: 
sangramento, hipotensão, acidente vascular encefálico 
hemorrágico (0,3%). 
o Usos clínicos: êmbolos pulmonares múltiplos, trombose 
venosa profunda central, infarto agudo do miocárdio - AVE 
isquêmico agudo dentro de 3h após o início (tPA). 
 
➢ AGENTE ANTI FIBRINOLÍTICO 
o ÁCIDO TRANEXÂNICO e ÁCIDO AMINOCAPRÓICO: 
o Bloqueia interação da plasmina com a fibrina; 
o Utilização: reduzir sangramento após cirurgia de próstata 
ou após extração dentária em hemofílicos. 
o Ácido tranexâmico para sangramento menstrual intenso. 
o Administração VO ou IV. 
o a 
o a 
o Ativador tecidual de plasminogênio dentro dos 
trombolíticos: não ativa plasminogênio no plasma. 
 
❖ Drogas utilizadas na 
Hiperlipidemia 
➢ INTRODUÇÃO 
o Diferentes tipos de Lipídeos:▪ Ácidos graxos - Cadeias saturadas, mono ou poli-
insaturadas. 
 
 Anna Clara Venturim Teixeira
 Medicina XIX 
▪ Triglicerídeos - Forma de armazenamento. 
▪ Fosfolipídios - Constituintes estruturais de 
membrana. 
o Colesterol: 
▪ Precursor de hormônios esteroides, ácidos biliares, 
vitamina D, constituinte de membrana. 
 
➢ HIPERLIPIDEMIA 
o Os lipídios são transportados no sangue ligados a proteínas 
→ chamada de lipoproteínas. 
o Região central: hidrofóbica. Composta por triglicerídeo e 
ésteres de colesterol. 
o Núcleo circundado por uma única camada de colesterol não 
esterificado e por fosfolípide. 
o Ligado ao fosfolipídio tem a apoproteína. Ela consegue se 
ligar aos receptores para conseguir captar as lipoproteínas 
do sangue para dentro da célula. 
o Há dois tipos de apoproteínas: 
1. Apoproteína A: tem uma molécula do HDL 
2. Apoproteína B (100): presente no LDL . 
o As lipoproteínas que contém apolipoproteínas (apo) B são 
os veículos para o colesterol entrar na parede arterial. São: 
✓ VLDL – densidade muito baixa; 
✓ LDL – densidade baixa; 
✓ IDL – densidade intermediária; 
✓ Lp (a) – lipopotreína (a) – partícula do LDL 
modificado que é heterogênica e protrombótico. 
o HDL: densidade alta. 
• Parece antagonizar a aterogênese: Mobiliza o 
colesterol das células extra-hepáticas e o transporta 
até o fígado para processamento. 
• Apresenta ação antioxidante e podem proteger da 
oxidação os lipídeos LDL (contém a enzima 
paraoxonase). 
 
➢ ATEROSCLEROSE 
o Causa primária de coronariopatia. 
o O tratamento visa reduzir os níveis de colesterol plasmático 
para que ele não se deposite dentre dos vasos e acabe 
obstruindo-o. 
 
➢ FATORES DE RISCO PARA DOENÇA ARTERIAL 
CORONARIANA (DAC) 
 
 
 
➢ TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO 
o Esse tratamento tem sempre que estar presente para 
pacientes que tem qualquer alteração de colesterol, LDL, 
HDL e triglicerídeo. Não adianta tomar um medicamento e 
não realizar isso. 
o Terapia Nutricional – melhora da alimentação: 
✓ Trazer uma redução do peso corporal; 
✓ Diminuição da gordura total da dieta, colesterol, 
ácidos graxos saturados e ácidos graxos trans. 
o Exercício Físico; 
o Abandono do Tabagismo. 
 
➢ TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
o ESTATINAS (Lovastatina, Sinvastatina, Pravastatina, 
Atorvastatina, Rosuvastatina, Fluvastatina, Pitavastatina). 
o Mecanismo de ação: inibidores competitivos da enzima 
HMG-CoA redutase. Consequentemente, acaba impedindo 
a formação do colesterol no fígado. 
• Se o colesterol não for formado no fígado, há uma 
estimulação para formar mais receptores de LDL e 
lança-los na superfície dos hepatócitos. 
• Quanto mais receptores de LDL forem formados, maior 
será a captação do LDL da circulação para dentro da 
célula – para ser captado e processado para dentro do 
hepatócito. 
• Com isso, reduz a progressão da aterosclerose e 
diminui o risco de doenças coronarianas. Reduz os 
níveis de LDL. 
• Além disso, à medida que o colesterol não consegue 
ser fabricado no fígado, o VLDL também não consegue 
ser fabricado. Reduzindo os níveis de triglicerídeos. 
o Efeitos: redução dos níveis de colesterol LDL e 
triglicerídeos (atorvastatina, sinvastatina e rosuvastatina). 
Efeito de aumento do HDL (não é muito específico). 
o Muito boa para reduzir o colesterol e o LDL. 
o Efeitos adversos: Dor muscular e disfunção hepática (1-2%), 
miosite – inflamação do músculo (1%) e rabdomiólise. 
 
 Anna Clara Venturim Teixeira
 Medicina XIX 
o Interações Farmacológicas: Itraconazol, ciclosporina e 
eritromicina (inibem cit P450 3A4 - ↑ níveis de estatinas) e 
barbitúricos (estimulam cit P450 3A4 - ↓ níveis de 
estatinas). 
o Função endotelial: Estatinas aumentam a produção de NO 
(vasodilatador). 
o Estabilidade da placa: Estatinas inibem a secreção de 
metaloproteinases de matriz in vitro por macrófagos. 
o Inflamação: Estatinas apresentam efeito anti-inflamatório e 
reduz proteína C reativa. 
o Oxidação das lipoproteínas: Estatinas reduzem a 
suscetibilidade das lipoproteínas à oxidação. Impede que se 
transforme em células espumosas. 
o Coagulação: Estatinas reduzem a agregação plaquetária e 
diminuem depósitos de trombos plaquetários, além de 
apresentarem efeitos variáveis nos níveis de fibrinogênio. 
o Biodisponibilidade: 5 a 30% (baixa por sofrer muito 
metabolismo de primeira passagem). Sinvastatina e 
Lovastatina são pró-fármacos. 
o Meia-vida: 1-4h (curta), exceto atorvastatina e 
rosuvastatina (20h) e sinvastatina (12h). 
o Eliminação: Maior parte pelas fezes. 
o Gravidez: Não utilizar Estatinas. 
o Administração: Estatinas devem ser administradas à noite 
(exceto atorvastatina e rosuvastatina). 
▪ Melhor momento de administrar os fármacos de 
meia-vida mais curta é à noite por reduzir o ciclo 
matinal de síntese de colesterol (que normalmente 
acontecem entre 00h e 2h da manhã). 
o Estatinas em crianças: Atorvastatina, sinvastatina e 
lovastatina a partir de 11 anos e pravastatina a partir de 8 
anos 
 
o RESINAS (Colestiramina e Colestipol) 
o São macromoléculas administradas por via oral. Tem 
capacidade de ligação com os ácidos e sais biliares devido 
às resinas terem uma carga positiva atraindo os ácidos 
biliares (que tem carga negativa) sendo eliminados junto 
com ela nas fezes. 
• Com isso, evita o ciclo dos ácidos biliares. 
Normalmente tem o fígado fabricando a partir do 
colesterol os sais biliares. Lançam no intestino 
delgado, faz a emulsificação da bile e depois é 
recaptado para dentro do fígado. 
• Quando utiliza a resina, o ácido biliar fica agarrado 
dentro do intestino delgado e será eliminado. O que 
vai forçar o fígado a pegar mais molécula de 
colesterol na circulação (aumenta os receptores de 
LDL) formando mais sais biliares. Sendo eliminados 
nas fezes. 
o São fármacos de segunda linha por ser seguros. Porém, é 
preferido utilizar a estatina pelo fato de quando os ácidos 
biliares forem eliminados, acaba que com o uso da resina 
aumenta a atividade e a quantidade de HMG-CoA redutase, 
consequentemente, aumenta a quantidade de colesterol no 
fígado. 
o A estimulação dos ácidos biliares acaba aumentando a 
síntese de triglicerídeos. 
o Efeitos: diminuição dos níveis de colesterol LDL. Pode 
aumentar triglicerídeo. 
o Efeitos adversos: Constipação (seguras). 
o Interações Farmacológicas: Podem se ligar a fármacos como 
digoxina, fenobarbital, diuréticos tiazídicos, varfarina e 
estatinas e vitaminas lipossolúveis impedindo sua absorção 
(tomar 1 h antes ou 3 h depois da resina). 
o Apresentação e Posologia: pó que deve ser misturado com 
água para formar pasta ou comprimidos ou cápsulas. 
Normalmente toma antes do desjejum (junto com 
alimento) e antes do jantar. 
 
o ÁCIDO NICOTÍNICO (Niacina) 
o Vitamina hidrossolúvel – vitamina B3. 
o É o mais potente para aumentar o HDL. 
o Mecanismo de ação: o receptor de Niacina que fica no 
tecido adiposo e quando a Niacina ativa esse receptor 
diminui a atividade da lipase sensível ao hormônio. Essa 
enzima faria a degradação do triglicerídeo dentro do tecido 
adiposo para lançar os ácidos graxos na circulação. 
• Por essa enzima estar reduzida, diminui a quantidade 
de ácidos graxos livres. Se não tem ácidos graxos 
livres não consegue formar os triglicerídeos no fígado 
e o VLDL (que é precursor do LDL). 
• O aumento do HDL é por diminuir a depuração da 
apoproteína AI. 
o Efeitos: Inibe a lipólise dos triglicerídeos pela lipase sensível 
ao hormônio reduzindo transporte de ácidos graxos para o 
fígado e a síntese hepática de triglicerídeos promovendo 
diminuição da produção de VLDL que é um precursor da 
síntese de LDL. Reduz o catabolismodo HDL. Reduz os 
 
 Anna Clara Venturim Teixeira
 Medicina XIX 
níveis de fibrinogênio e aumenta do ativador do 
plasminogênio tecidual (reduzir a formação de trombos). 
o ↓ Triglicerídeos, VLDL e LDL e ↑HDL. Não é de maneira 
efetiva em fazer com que cada um deles ficarem na 
normalidade. É a melhor para aumentar o HDL. 
o Posologia: Devem ser administradas 2 a 3 vezes ao dia. 
o Efeitos adversos: Rubor cutâneo (induz prostaglandina-
vasodilatação) e dispepsia (tomar no fim da refeição), 
disfunção hepática, hiperglicemia e hiperuricemia. 
o Interações Farmacológicas: potencializa a hipotensão 
ortostática causada por anti-hipertensivos, diminui a 
efetividade de hipoglicemiantes. 
o Não utilizar durante a gravidez. 
o Pode ocorrer miopatia em pacientes em uso concomitante 
com estatinas. 
 
o FIBRATOS (Genfibrozila, Fenofibrato e Clofibrato). 
o Alvo farmacológico o receptor  ativado por proliferador de 
peroxissoma. Quando tiver ativação do fibrato, induz 
alterações na tradução e transcrição aumentando a síntese 
de Lipoproteínas Lipases. 
• Essa lipoproteína consegue pegar o triglicerídeo e 
degradá-lo para se transformar em ácido graxo. O 
ácido graxo será captado para dentro da célula 
adiposa. 
• O VLDL também será captado e liberando 
apoproteínas AI e AII gerando LDL. 
o Efeitos: redução de Triglicerídeos e VLDL , ↑ HDL. 
o Muito bom para reduzir triglicerídeos e aumentar HDL. Não 
funciona em LDL. 
o Efeitos adversos: Desconforto gastrointestinal, disfunção 
erétil e miosite. 
o Interações Farmacológicas: potencializa a ação de 
anticoagulante tipo varfarina (determinar nível plasmático 
de protrombina). Risco na associação com estatinas 
(miosite e rabdomiólise). 
o Administração: Tomar junto com as refeições. 
o Ação antitrombótica e anti-inflamatória: inibe expressão de 
interleucinas e COX2, além do fibrinogênio. 
o Ativa plasminogênio no plasma. 
 
❖ Farmacologia da Asma e 
DPOC 
➢ ASMA 
o Doença inflamatória na qual há obstrução recorrente e 
reversível das vias aéreas em resposta a estímulos 
irritantes que são fracos demais para afetar os 
nãoasmáticos. Esse indivíduo tem uma hiper-reatividade 
brônquica e por isso acaba respondendo de maneira 
exagerada a um estímulo irritante que para outras pessoas 
não faria nenhuma alteração. 
o Clinicamente caracterizada por: 
✓ Episódios recorrentes de tosse; 
✓ Dispneia (principalmente na expiração); 
✓ Sensação de constrição no tórax; 
✓ Sibilos. 
o Os sintomas só aparecem após exposição à alérgenos ou 
certos poluentes, em consequência de exercícios físicos ou 
após infecção viral das vias respiratórias (Asma leve). 
o Ataques frequentes de dispneia e sibilos à noite (Asma 
grave). 
o Aumento da sensibilidade da traqueia e brônquios a 
diversos estímulos e estreitamento das vias aéreas. 
o Características que estarão alteradas no indivíduo: 
✓ Excesso de contração do músculo liso das vias 
aéreas. 
✓ Espessamento da mucosa (pode acontecer por 
edema, infiltração celular e tampões de muco). 
o Por essas alterações, há dois tipos de tratamento: 
1. Agentes de alívio em curto prazo (tratar 
imediatamente o momento da crise asmática); 
2. Agentes de controle em longo prazo (para evitar 
novas crises aconteçam). 
o Asma é mediada por IgE ligados a mastócitos na mucosa 
das vias aéreas. E com isso tem liberação de mediadores: 
▪ Reação inicial (broncoconstrição): liberação de 
Histamina, Triptase, Leucotrienos e Prostaglandinas 
que atuam na musculatura lisa fazendo contração 
desse músculo e aumentam a permeabilidade do 
capilar. 
▪ Reação tardia (broncoconstrição persistente, 
infiltração celular e hipersecreção de muco): 
Interleucinas 4, 5, 9 e 13 que ativam eosinófilos e 
estimulam a produção de IgE pelos linfócitos B. 
o Mecanismo de espessamento da mucosa na asma: 
O macrófago ativado libera o fator ativador de plaquetas 
que atua no eosinófilo. Esse eosinófilo libera mais fator 
ativador de plaquetas e libera a proteína básica principal 
que vai ao epitélio das vias aéreas e danifica. Respondendo 
com edema, vasodilatação, contração do musculo liso. 
Essa vasodilatação vai contribuir para o espessamento da 
mucosa. 
o A Hiper-reatividade Brônquica (aumento da sensibilidade 
que vai acontecer nos brônquios) é quantificada ao medir-
se a queda no volume expiratório forçado em um segundo 
 
 Anna Clara Venturim Teixeira
 Medicina XIX 
provocada pela inalação de concentrações crescentes de 
histamina ou metacolina (aerossol). 
• O indivíduo normal, no primeiro segundo, consegue 
eliminar a maior parte do volume expiratório. 
• No indivíduo que tem asma, devido à obstrução da 
passagem de ar, tem uma dificuldade em expirar esse 
ar rapidamente, então, o volume expiratório forçado 
irá cair bastante. 
o FISIOPATOLOGIA: 
A. Indivíduo saudável. 
B. Indivíduo asmático: espessamento da mucosa devido 
ao edema e deposição de colágeno (fibrose) levando 
a um espessamento da membrana basal. Aumento no 
número e tamanho das células musculares lisas. 
C. Indivíduo com crise de asma: broncoconstrição – 
contração dos músculos lisos. 
o TRATAMENTO: 
 
 
➢ DPOC 
o Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica se caracteriza por 
limitação do fluxo aéreo que não é totalmente reversível. 
A obstrução do fluxo aéreo é geralmente progressiva e 
está associada a uma resposta inflamatória anormal dos 
pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos. 
o Clinicamente caracterizada por: 
✓ Episódios recorrentes de tosse produtiva; 
✓ Dispneia; 
✓ Sibilos. 
o Fatores de risco para DPOC: Tabagismo, poeira ocupacional, 
irritantes químicos, fumaça de lenha, infecções 
respiratórias graves na infância. Pode ocorrer hipertensão 
pulmonar e insuficiência respiratória. 
o Ocorre fibrose das pequenas vias aéreas resultando em 
obstrução de alvéolos e inflamação crônica caracterizando-
se por aumento do número de macrófagos, neutrófilos e 
linfócitos T. 
o TRATAMENTO: 
 
➢ TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
o Os medicamentos podem ser administrados por: 
 Via Oral; 
 Por injeção (IV ou IM); 
 Por inalação: Beta-adrenérgicos (maior eficácia e 
rapidez de ação), Corticosteroides (melhor relação 
eficácia/efeitos adversos). 
o Tipos de Dispositivos: 
✓ Nebulizadores: 
▪ Nebulizadores de gás: movido por um fluxo de 
gás comprimido (ar ou oxigênio). 
▪ Nebulizadores ultrassônicos: usa um cristal 
isoelétrico de ligação rápida. 
▪ Pode ser inspirado durante a respiração cíclica. 
▪ Pode liberar doses muito mais elevadas de 
fármaco do que o inalador dosimetrado 
pressurizado. 
▪ Úteis para bebês e crianças. 
✓ Inaladores Pressurizados com doses medidas 
(nebulímetros pressurizados, sprays ou bombinhas): 
▪ Nebulímetros Pressurizados: Mais utilizado, 
droga armazenada em seu reservatório em 
alta pressão, técnica exige coordenação. Esse 
tipo de dispositivo faz com que uma grande 
concentração entre nos pulmões e o restante 
fica retido na boca e ao ser engolido chega ao 
trato gastrintestinal será absorvido no 
intestino e chegará ao fígado tendo o 
metabolismo de primeira passagem. O que 
sobrar desse metabolismo vai para a 
circulação sistêmica promovendo efeitos 
colaterais. 
▪ Espassadores: Elimina a necessidade de 
coordenar o disparo com a inalação do 
aerossol, remoção seletiva de partículas não 
respiráveis, reduzem a velocidade dos sprays e 
a deposição na orofaringe, diminui o gosto 
amargo de algumas preparações. 
✓ Inaladores de pó seco (aerolizer, turbohaler, acuhaler 
ou diskus e pulvival): 
▪ Atuam pela respiração sem a necessidade de 
sincronismo inalação-disparo, na presença de 
umidade pode ocorrer aglomeração do pó,Anna Clara Venturim Teixeira
 Medicina XIX 
eficácia reduzida se o paciente expira no 
dispositivo antes de inspirar. 
 
➢ BRONCODILATADORES 
o Agonistas β2 – adrenérgicos (primeira escolha, + eficazes e 
traz menos efeitos colaterais); 
o Metilxantinas; 
o Agentes anticolinérgicos. 
 
➢ AGENTES SIMPATOMIMÉTICOS 
o Quando tiver agonistas β2 – adrenérgicos ele irá ativar os 
receptores e, consequentemente, ativa a adenilato ciclase 
que quebra o ATP para virar AMP cíclico. O AMP cíclico 
ativa a proteína quinase A. Então, com o aumento da 
proteína quinase A ela irá trazer alguns efeitos: 
 Os canais de K+ regulados por cálcio. Isso vai 
aumentar a ativação desse canal. Ele se abre e o K+ 
começa a sair e deixa o músculo liso hiperpolarizado. 
Mais difícil de desencadear um processo de 
contração. 
 Redução da atividade da via da fosfolipase C com 
liberação do trifosfato de inositol que levaria ao 
aumento da mobilização do cálcio intracelular. 
 Fosforilação de alguns transportadores, por exemplo, 
o Sódio e Cálcio. Esse transportador carrega sódio 
para dentro da célula e cálcio para fora. Está tirando 
cálcio, se não tem cálcio no músculo liso não há 
contração. 
 Fosforilação das bombas de cálcio. Gasta energia 
diretamente da quebra da molécula de ATP retirando 
cálcio. 
 Redução da quinase da cadeia leve da miosina não 
fosforila a cabeça da miosina e não tem interação 
com a actina. Não há contração. 
o Apesar de não haver evidências de inervação simpática 
direta no músculo liso das vias aéreas, existem muitas 
evidências da presença de receptores adrenérgicos. 
o Previne a liberação de mediadores a partir de mastócitos. 
o Previne o vazamento microvascular (edema da mucosa 
brônquica) após exposição à histamina e leucotrieno D4. 
o Aumenta a secreção de muco e transporte no epitélio das 
vias respiratórias (↑ depuração mucociliar). 
o Reduz a liberação de acetilcolina (ação em β2 pré-
sinápticos, atua como alto receptor). 
o Tratamento crônico com Agonistas β-Adrenérgicos: Alguns 
estudos demonstraram apenas uma pequena alteração na 
resposta broncodilatadora (redução no número dos 
receptores 2 adrenérgicos), enquanto outros estudos 
constataram uma perda na capacidade de inibir a resposta 
subsequente com exercício ou estimulação antigênica. 
o Agonistas β2 –Seletivos: curta duração. 
• Mais amplamente utilizados para a asma. 
• Potentes broncodilatadores. 
• Máximo de efeito após 30 min e persiste por 3-4 
horas. 
• Albuterol ou Salbutamol (maior eficácia como 
agente de alívio na asma) – IN, NE, VO; Fenoterol – 
IN, NE; Levalbuterol – NE; Terbutalina – IN, NE, SC; 
Metaproterenol – IN, NE; Pirbuterol – IN; Bitolterol 
– NE. 
• Formoterol: indicado para profilaxia das crises 
asmáticas. 
• Efeitos Adversos: tremor da musculatura 
esquelética, taquicardia e hipopotassemia 
(absorção sistêmica do fármaco). 
o Salmeterol e Formoterol: longa duração. 
• Ação prolongada (12 horas ou mais) → Alta 
lipossolubilidade (consegue fazer depósito). 
• Uso profilático (não utilizado na crise asmática). 
Início de ação lento (demora fazer efeito). 
• Interage com corticosteroide inalado melhorando 
controle da asma. 
• Não é recomendado como única forma de terapia. 
 
➢ METILXANTINAS 
o Inibidor da Fosfodiesterase (enzima que faz a degradação 
do AMP cíclico) não seletivo e antagonista da adenosina. 
Aumenta os níveis de AMP cíclico, aumenta a proteína 
quinase A. Tem os mesmos efeitos dos agentes 
simpatomiméticos. Porém, tem baixa eficácia e muito mais 
efeitos colaterais do que os 2 adrenérgicos. 
o TEOFILINA: 
• Metabolizada pela CYP1A2. 
• Aumento da depuração em crianças (1 a 16 anos) e 
fumantes além do uso de fenitoína, fenobarbital e 
rifampicina  isso leva a indução da CYP1A2 (precisa 
de doses mais altas). 
• Diminuição da depuração com eritromicina, 
ciprofloxacino, alopurinol, cimetidina, fluvoxamina, 
zafirlucaste, doença hepática → inibição da CYP1A2 
IN: inalador dosimetrado; NE: nebulizador; VO: via oral. 
 
 Anna Clara Venturim Teixeira
 Medicina XIX 
(tem chances de ter intoxicação por isso utiliza em 
doses mais baixas). 
• Efeitos Adversos: Cefaleias, desconforto abdominal, 
náuseas e vômitos (inibição da fosfodiesterase 4), 
aumento da secreção de ácido gástrico (inibição da 
fosfodiesterase) e diurese (inibição de receptores de 
adenosina A1), distúrbios comportamentais e 
dificuldades de aprendizado em crianças, arritmias 
cardíacas (inibição da fosfodiesterase 3 e 
antagonismo de receptores de adenosina A1 – altas 
doses) e convulsões (antagonismo de receptores de 
adenosina A1 – altas doses). 
• Capacidade de aumentar a contração do músculo 
esquelético, revertendo a fadiga do diafragma. 
 
➢ ANTAGONISTA COLINÉRGICO ANTIMUSCARÍNICO 
o Outro tipo de broncodilatador. Exemplo: Ipratrópio. 
o Bloqueiam os receptores da Acetilcolina do tipo 
muscarínico na superfície dos brônquios e, 
consequentemente, vai impedir que essa 
broncoconstrição e o aumento das secreções aconteçam. 
o M3-Gq-PLC-IP3-Cálcio: os receptores muscarínicos do tipo 3 
é metabotrópico aclopado a proteína Gq. Traz um aumento 
da atividade da fosfolipase C formando o trifosfato de 
inositol aumentando a quantidade de cálcio. Por isso, leva 
uma broncoconstrição. Para tratar basta bloquear os 
receptores muscarínicos. 
o Efeitos Adversos: ao suspender os anticolinérgicos pode 
ocorrer um pequeno aumento rebote na responsividade 
das vias aéreas (bom ir suspendendo aos poucos), 
preocupação que possa produzir muco mais viscoso, pode 
trazer um sabor amargo desagradável (brometo de 
ipratrópio inalado), glaucoma, secura de boca e retenção 
urinária (idosos). 
 
➢ CORTICOSTEROIDES 
o Substância lipossolúvel. 
o Não relaxam diretamente os músculos lisos das vias 
aéreas, mas: 
✓ Reduzem a reatividade brônquica; 
✓ Aumentam o calibre das vias aéreas; 
✓ Diminuem a frequência da exacerbação da asma; 
✓ Potencializam os efeitos dos agonistas dos receptores 
beta; 
✓ Inibem a inflamação linfocítica e eosinofílica das vias 
aéreas asmáticas. 
o Os corticosteroides orais e parenterais são reservados para 
pacientes urgentes (tem muito efeitos adversos). A terapia 
de controle é mantida com corticosteroides na forma de 
aerossol (via inalatória). 
o Fluticasona, Budesonida, Mometasona = menor 
probabilidade de ter efeitos colaterais, menor 
biodisponibilidade por via oral, sofrem maior metabolismo 
de primeira passagem para ter menos fração livre chegando 
ao sangue e trazendo uma redução nos efeitos colaterais. 
o Os corticosteroides inalados não são curativos. As 
manifestações da asma reaparecem dentro de poucas 
semanas após a interrupção da terapia. 
o Efeitos Adversos dos Corticosteroides: 
• Inalatórios: rouquidão, candidíase orofaríngea, risco 
de osteoporose e catarata com uso prolongado; 
diminui a velocidade de crescimento em crianças 
(doses altas – menos efeitos sistêmico com 
fluticasona e mometasona). 
• Usuários crônicos: retenção hídrica, osteoporose, 
hiperglicemia, imunossupressão. 
 
➢ ANTILEUCOTRIENOS 
o Os leucotrienos induzem a broncoconstrição, aumento de 
secreção mucosa, exsudação plasmática e recrutamento de 
eosinófilos. 
o Tentar evitar os efeitos do leucotrienos. Reduzir a 
broncoconstrição induzida por exercício, alérgeno, ar frio. 
o Não são medicamentos de primeira escolha. Usados 
quando não consegue controlar o paciente utilizando 
corticoide por via inalatória. 
o Inibem a enzima 5-lipo-oxigenase (enzima que faz o ácido 
araquidônico se transformar em leucotrieno) ou usar um 
antagonista do receptor de leucotrieno (principal 
Montelucaste). 
o Efeitos anti-inflamatóriosfracos → considerados como Anti-
broncoconstritores (mais fracos que β-agonistas) 
o Vantagem: eficácia por VO, administrado 1x/dia (melhora 
adesão) e pode tratar a rinite concomitantemente. 
o Efeitos Adversos: 
✓ Casos raros de disfunção hepática (monitorar 
enzimas hepáticas). 
✓ Síndrome de Churg-Strauss (vasculite que pode afetar 
o coração, nervos periféricos e rins associada ao 
aumento de eosinófilos na asma).

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