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Parede Torácica Parede torácica A parede torácica consiste em elementos esqueléticos e músculos: ● Posteriormente é composta por 12 vértebras torácicas e seus discos intervertebrais interdispostos. ● Lateralmente, a parede é formada por costelas (12 de cada lado) e três camadas de músculos planos, que cobrem os espaços intercostais entre as costelas adjacentes, movimentam as costelas e dão suporte para os espaços intercostais. ● Anteriormente, é composta pelo esterno, formado pelo manúbrio do esterno, pelo corpo do esterno e pelo processo xifoide. O manúbrio do esterno, angulado posteriormente no corpo do esterno ao nível da articulação (sínfise) manubrioesternal, forma o ângulo do esterno, um importante ponto de referência na superfície utilizado pelos clínicos na realização de exames físicos do tórax. A extremidade anterior (distal) de cada costela é composta pela cartilagem costal, que contribui para a mobilidade e elasticidade da parede torácica. Todas as costelas articulam-se com as vértebras torácicas posteriormente. A maioria das costelas (de II a IX) estabelece três articulações com a coluna vertebral. A cabeça de cada costela articula-se com o corpo vertebral de sua própria vértebra e com o corpo vertebral da vértebra de cima. Como essas costelas curvam-se posteriormente, cada uma também articula-se com o processo transverso de sua própria vértebra. Anteriormente, as cartilagens costais das costela I a VII articulam-se com o esterno. As cartilagens costais das costelas VIII a X articulam-se com as margens das cartilagens costais acima delas. As costelas XI e XII são chamadas de costelas flutuantes, porque não se articulam com outras costelas, cartilagens ou com o esterno. Suas cartilagens costais são pequenas, apenas cobrindo suas extremidades. A estrutura esquelética da parede torácica fornece extensos pontos de fixação para os músculos do pescoço, do abdome, do dorso e dos membros superiores. Muitos desses músculos fixam- se a costelas e funcionam como músculos respiratórios acessórios; alguns deles também estabilizam a posição da primeira costela e da última. Anatomia de Superfície Aplicação clínica... Como contar costelas? Saber como contar as costelas é importante, pois diferentes costelas fornecem pontos de referência palpáveis para a posição de estruturas profundas. Para determinar a localização de costelas específicas, palpar a incisura jugular na porção superior do manúbrio do esterno. Movimentar inferiormente pelo esterno até sentir uma crista. Essa crista é o ângulo do esterno, que identifica a articulação entre o manúbrio do esterno e o corpo do esterno. A cartilagem costal da costela II articula-se com o esterno nesse local. Identificar a costela II. Em seguida, continue contando as costelas, descendo em direção lateral. Onde auscultar os sons cardíacos? Para auscultar os sons valvares, posicione o estetoscópio na direção do fluxo sanguíneo que passa pelas valvas. Aberturas torácicas Função: dar passagem para estruturas que vão e voltam da/para cabeça e membros inferiores. Possui duas aberturas: ● Abertura torácica superior ○ Delimitada pela 1ª vértebra torácica, primeiro par de costelas e margem superior do manúbrio do esterno. ○ Estruturas que atravessam: esôfago e traqueia, artéria carótida comum direita e esquerda, veia jugular interna direita e esquerda, veias e artérias subclávias direita e esquerda e os ápices do pulmão. ○ Nervos e capilares linfáticos ● Abertura torácica inferior Esta abertura é grande e expansível. Tem como limites: ○ Ossos, cartilagens e ligamentos formam suas margens ○ O corpo vertebral de TXII posteriormente ○ A costela XII e a extremidade distal da costela XI posterolateralmente ○ As extremidades cartilagíneas distais das costelas VII até X, que se unem para formam a margem costal anterolateralmente ○ O processo xifoide anteriormente ○ Preenchida e fechada pelo músculo diafragma. O qual possui três aberturas, sendo elas: ■ Veia cava inferior (forame da veia cava inferior) - está inserida na parte tendínea do diafragma ■ Esôfago - estão inseridos na porção muscular, e atravessa tal estrutura por meio do hiato esofágico ■ Aorta - hiato aórtico, delimitando aorta torácica e abdominal (até o diafragma aorta torácica, passou, abdominal) Cavidades torácicas Mediastino O mediastino é um grande compartimento na linha mediana que se estende do esterno, anteriormente, às vértebras torácicas, posteriormente, e da abertura superior à abertura torácica inferior. Um plano horizontal que passa pelo ângulo do esterno e pelo disco intervertebral entre as vértebras TIV e TV separa o mediastino em parte superior e inferior. A parte inferior é ainda dividida em: anterior, médio e posterior. O pericárdio e o coração constituem o mediastino médio. Cavidades pleurais As duas cavidades pleurais estão situadas de cada lado do mediastino. Cada cavidade pleural é completamente revestida por uma membrana mesotelial chamada pleura. Durante o desenvolvimento, os pulmões crescem para fora do mediastino, ficando cercados pelas cavidades pleurais. Como resultado, a superfície externa de cada órgão é coberta por pleura. Cada pulmão permanece fixado ao mediastino por uma raiz formada por vias aéreas, vasos pulmonares, tecidos linfáticos e nervos. A pleura que reveste as paredes da cavidade é a pleura parietal, enquanto a pleura refletida a partir do mediastino até as raízes dos pulmões e a superfície pulmonar é a pleura visceral. Normalmente, existe apenas um espaço potencial entre a pleura visceral, que cobre o pulmão, e a pleura parietal, que reveste a parede interna da cavidade do tórax. O pulmão não preenche completamente o espaço potencial da cavidade pleural, resultando em recessos, que não contêm pulmão e que são importantes para acomodar alterações do volume pulmonar durante a respiração. O recesso costodiafragmático da pleura, maior e mais importante do ponto de vista clínico, situa-se inferiormente entre a parede torácica e o diafragma. Diafragma O diafragma é um músculo tendíneo que veda a abertura torácica inferior. Geralmente, as fibras musculares do diafragma se originam radialmente a partir da margem da abertura torácica inferior e convergem para um grande tendão central. Devido ao ângulo oblíquo da abertura torácica inferior, a fixação posterior do diafragma é inferior a fixação anterior. O diafragma não é plano; forma uma espécie de balão superiormente, nos lados direito e esquerdo, constituindo cúpulas. A cúpula da direita é mais alta do que a da esquerda, estendendo-se a costela V. À medida que o diafragma se contrai, a altura das cúpulas diminui, e o volume do tórax aumenta. O esôfago e a veia cava inferior penetram o diafragma; a aorta passa posteriormente ao diafragma. Esqueleto da parede torácica Os elementos esqueléticos da parede torácica consistem em vértebras torácicas, discos intervertebrais, costelas e esterno. Vértebras torácicas Existem 12 vértebras torácicas, cada uma caracterizada por articulações com as costelas. Vértebra típica Apresenta: Corpo vertebral em forma de coração, com dimensões aproximadamente iguais nas direções transversal e anteroposterior Processo espinhoso longo Forame vertebral geralmente circular Laminas do arco vertebral são largas e sobrepõem-se às vértebras abaixo. Processos articulares superiores planos, com superfícies voltadas para posteriormente Processos transversos com forma de bastão e se protejam posterolateralmente Articulação com as costelas Uma vértebra torácica típica possui três pontos em cada lado, para articulação com as costelas. Duas hemifaces – estão localizadas nas partes superior e inferior do corpo vertebrapara a articulação com o locais correspondentes na cabeça das costelas adjacentes. A face costal superior articula-se com parte da cabeça de sua própria costela, e a face costal inferior articula-se com parte da cabeça da costela abaixo. Uma face oval (a face costal do processo transverso) – na extremidade do processo transverso, se articula com o tubérculo de sua própria costela. Nem todas as vértebras se articulam com as costelas da mesma maneira. As faces costais superiores no corpo vertebral de TI são completas e articulam-se com uma única face articular na cabeça de sua própria costela – em outras palavras, a cabeça da costela I não se articula com a vértebra CVII. De modo semelhante, a vértebra TX (e frequentemente a vértebra TXII) articula-se somente com suas próprias costelas; por essa razão não possui faces costais inferiores no corpo vertebral. As vértebras TXI e TXII articulam-se apenas com as cabeças de suas próprias costelas – elas não apresentam faces costais do processo transverso e têm somente uma face costal completa de cada lado de seus corpos vertebrais. Costelas Existem 12 pares de costelas, cada um dos quais termina anteriormente em uma cartilagem costal. Embora todas as costelas se articulem com a coluna vertebral, somente as cartilagens costais das sete costelas superiores, conhecidas como costelas verdadeiras, se articulam diretamente com o esterno. Os cinco pares de costelas restantes são as costelas falsas. As cartilagens costais das costelas VIII a X articulam-se anteriormente com as cartilagens costais das costelas acima. As costelas XI e XII não têm conexão anterior com outras costelas nem como o esterno e são frequentemente chamadas de costelas flutuantes. Uma costela típica é formada por um corpo curvo com extremidades anterior e posterior. A extremidade anterior é contínua com a cartilagem costal. A extremidade posterior articula-se com a coluna vertebral e é caracterizada por uma cabeça, um colo e um tubérculo. A cabeça da costela é um tanto expandida e apresenta tipicamente duas superfícies articulares separadas pela crista da cabeça da costela. A superfície superior, menor, articula-se com a face costal inferior no corpo vertebral da vértebra acima, enquanto a face articular inferior, maior, articula-se com a face costal superior de sua própria vértebra. O colo da costela é uma região óssea plana e curta que separa a cabeça da costela do tubérculo da costela. O tubérculo da costela projeta-se posteriormente, a partir da junção do colo da costela com o corpo, e consiste em três regiões, uma parte articular e uma parte não articular: A parte articular é medial e possui uma face articular oval para a articulação com a face articular correspondente no processo transverso da vértebra associada. A parte não articular elevada é áspera para a afixação de ligamentos. O corpo da costela é geralmente fino e plano, com superfícies interna e externa. A margem superior é lisa e arredondada, enquanto a margem inferior é reta. O corpo da costela curva-se para a frente, lateralmente ao tubérculo da costela, em um ponto chamado ângulo da costela. Também possui uma rotação delicada em torno de seu eixo longitudinal, de modo que a superfície externa da parte anterior da costela se volta um pouco superiormente em relação à parte posterior. A margem inferior da superfície interna é marcada pelo sulco costal. Características específicas das costela superiores e inferiores As costelas superiores e inferiores possuem características distintas. Costela I É achatada no plano horizontal e apresenta superfície superior e inferior largas. A partir de sua articulação com a vértebra TI, inclina-se inferiormente até sua fixação no manúbrio do esterno. A cabeça da costela articula-se somente com o corpo vertebral da vértebra TI e, portanto, possui apenas uma superfície articular. Como outras costelas, o tubérculo da costela possui uma face articular para a articulação com o processo transverso. A superfície superior da costela é caracterizada por um tubérculo distinto, o tubérculo do músculo escaleno anterior, que separa dois sulcos lisos que atravessam a costela aproximadamente a meio caminho ao longo do corpo da costela. O sulco anterior é causado pela veia subclávia (sulco da veia subclávia) e o sulco posterior é causado pela artéria subclávia (sulco da artéria subclávia). Anterior e posteriormente a esses sulcos, o corpo da costela torna-se áspero devido à fixação de músculos e ligamentos. Costela II É plana, mas possui o dobro de comprimento. Ela se articula com a coluna vertebral da maneira típica para a maioria das costelas. Costela X A cabeça apresenta uma única face para a articulação. Costela XI e XII Articulam-se somente com os corpos de suas próprias vértebras e não possuem tubérculos ou colos. Ambas as costela são curtas, têm uma curvatura pequena e são pontiagudas anteriormente. Esterno Consiste em três elementos principais: o manúbrio do esterno, largo e posicionado superiormente, o corpo do esterno, estreito e orientado longitudinalmente, e o processo xifoide, pequeno e posicionado inferiormente. A superfície do manúbrio apresenta uma incisura distinta e palpável, a incisura jugular na linha mediana, além disso apresenta uma fossa oval para a articulação com a clavícula. Imediatamente inferior a essa fossa o manúbrio apresenta em cada lateral uma pequena face para a fixação da primeira cartilagem costal. Nas margens laterais do corpo do esterno tem-se as faces articulares para as cartilagens costais. O processo xifoide é a menor parte do esterno. Começa com uma cartilagem, que torna-se ossificada no adulto. Articulações da parede torácica Articulações costovertebrais Uma costela típica articula-se com: Os corpos vertebrais adjacentes, formando a articulação da cabeça da costela Processo transversos de sua vértebra relacionada, formando a articulação costotransversária. Articulação da cabeça da costela As duas faces articulares na cabeça da costela articulam-se com a face costal superior do corpo vertebral de sua própria vertebra e com a face costal inferior do corpo vertebral da vértebra acima. Essa articulação é dividida em dois compartimentos (cavidades) sinoviais por um ligamento intra-articular que fixa a crista da cabeça da costela ao disco intervertebral adjacente e separa as duas superfícies articulares na cabeça da costela. Os dois compartimentos sinoviais e o ligamento interposto são cercados por uma única capsula articular, fixada às margens externas das superfícies articulares combinadas da cabeça e da coluna vertebral. Articulação costotransversária São articulações sinoviais em que ocorre discretos deslizamentos, localizadas entre o tubérculo da costela e o processo transverso da vértebra relacionada. A articulação é estabilizada por dois ligamentos: Ligamento costotransversário – fixa a costela ao processo transverso Ligamento costotransversário lateral – fixa a extremidade do processo transverso a parte não articular áspera do tubérculo da costela. Ligamento costotransversário superior – fixa a superfície superior do colo da costela ao processo transverso da vértebra acima. Articulação esternocostais São as articulações entre as sete cartilagens costais superiores e o esterno. Articulação entre a costela I e o manúbrio – conexão fibrocartilagínea Articulação das costelas II a VII – sinoviais com capsulas e ligamentos Articulações intercondrais Ocorrem entre as cartilagens costais das costelas adjacentes, principalmente entre as cartilagens costais das costelas VII a X, mas também pode envolver as cartilagens costais das costelas V e VI. Fornecem ancoragem indireta para o esterno e contribuem para a formação da margem costal inferior lisa. São geralmente sinoviais, com cápsulas e ligamentosfortes. Articulações manubrioesternal e xifoesternal As articulações entre o manúbrio do esterno e o corpo do esterno e entre o corpo do esterno e o processo xifoide são, geralmente sínfises. Apenas movimentos angulares discretos ocorrem entre o manúbrio e o corpo do esterno ocorrem durante a respiração. Tal articulação ossifica-se com a idade. A articulação manubrioesternal pode ser palpada facilmente e ajuda muito na clínica pois a elevação (ângulo do esterno) feita marca a articulação com a segunda costela o que serve de referência para contar costelas. Além disso, o ângulo do esterno localiza-se em um plano horizontal, que assa através do disco intervertebral entre as vértebras TIV e TV. Esse plano separa o mediastino superior do mediastino inferior e marca a margem superior do pericárdio. O plano também passa através da porção final da parte ascendente da aorta e do início do arco da aorta, do final do arco da aorta e do início da parte torácica da aorta, da bifurcação da traqueia e imediatamente superior ao tranco pulmonar. Espaços intercostais Os espaços intercostais localizam-se entre as costelas adjacentes e são preenchidos pelos músculos intercostais. Os nervos intercostais e as principais artérias e veias associadas encontram-se no sulco da costela, ao longo da margem inferior da costela superior, e passam no plano entre as duas camadas dos músculos mais internos. Profundamente aos espaços intercostais e às costelas e separando essas estruturas da pleura subjacente, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, chamada de fáscia endotorácica, que contém quantidades variáveis de gordura. Superficialmente aos espaços intercostais, há a fáscia profunda e a pele. Os músculos associados aos membros superiores e ao dorso recobrem os espaços. Movimentos da caixa torácica Músculos torácicos Os músculos da parede torácica incluem aqueles que preenchem e sustentam os espaços intercostais, aqueles que passam entre o esterno e as costelas e aqueles que atravessam as costelas entre as fixações das costelas. Músculo Fixação superior Fixação inferior Inervação Função Intercostal externo Margem inferior da costela acima Margem superior da costela abaixo Nervos intercostais T1 –T11 Mais ativo durante a inspiração; suporta o espaço intercostal; move as costelas superiormente Intercostal interno Margem lateral do sulco costal da costela acima Margem superior da costela abaixo, profundamente à fixação do intercostal externo relacionado Nervos intercostais T1 –T11 Mais ativo durante a expiração; suporta o espaço intercostal; move as costelas inferiormente Intercostal íntimo Margem medial do sulco costal da costela acima Aspecto interno da margem superior da costela abaixo Nervos intercostais T1 –T11 Age com os músculos intercostais internos Subcostais Superfície interna (próximo ao ângulo) das costelas inferiores Superfície interna da segunda ou terceira costela abaixo Nervos intercostais relacionados Pode abaixar as costelas Transversos do tórax Margens inferiores e superfícies internas das cartilagens costais da segunda à sexta costelas Aspecto inferior da superfície profunda do corpo do esterno, processo xifoide e cartilagens costais das costelas IV-VII Nervos intercostais relacionados Abaixa as cartilagens costais Os músculos da parede torácica, juntamente com os músculos entre as vértebras e as costelas posteriormente (ou seja, os músculos levantadores das costelas, o Serrátil posterior superior e o Serrátil posterior inferior), alteram a posição das costelas e, desta maneira, mudam o volume torácico durante a respiração. Eles também reforçam a parede torácica. Músculos intercostais Os músculos intercostais são três músculos planos, encontrados em cada espaço intercostal, que passam entre as costelas adjacentes. Os músculos individuais nesse grupo são denominados conforme suas posições: Músculos intercostais externos – são os mais superficiais Os músculos estendem-se ao redor da parede torácica, desde a região dos tubérculos das costelas até as cartilagens costais, nas quais cada camada continua como uma aponeurose fina de tecido conjuntivo, chamada membrana intercostal externa. Estes músculos são os mais ativos durante a inspiração. Músculos intercostais internos – ficam entre os externos e os íntimos Essa camada continua medialmente em direção à coluna vertebral, em cada espaço intercostal, como a membrana intercostal interna. Estes são mais ativos durante a expiração. Músculos intercostais íntimos – são os mais profundos São menos distintos e possuem a mesma orientação das fibras dos músculos intercostais internos. Músculos subcostais Estão no mesmo plano que os intercostais íntimos, cobrem as costelas e são mais numerosos nas regiões inferiores da parede torácica posterior. Suas fibras são paralelas ao trajeto dos músculos internos e estendem-se do ângulo das costelas até posições mais mediais das costelas abaixo. Músculos transversos do tórax São encontrados na face profunda da parede torácica anterior e no mesmo plano que os músculos intercostais íntimos. Originam-se na parte posterior do processo xifoide, na parte inferior do corpo do esterno e nas cartilagens costais adjacentes às costelas verdadeiras inferiores. Estes músculos situam-se profundamente aos vasos torácicos internos e prendem esses vasos à parede torácica. Músculos da região peitoral Cada região peitoral contém os músculos peitoral maior, peitoral menor e subclávio. Todos se originam da parede torácica anterior e se inserem nos ossos do membro superior. Os músculos da região peitoral formam a parede anterior da axila, uma região entre o membro superior e o pescoço, através da qual passam todas as grandes estruturas. Nervos, vasos e linfáticos que passam entre a região peitoral e a axila atravessam a fáscia clavipeitoral entre o músculo subclávio e o músculo peitoral menor ou passam sob as margens inferiores dos músculos peitorais maior e menor. Músculo Origem Inserção Inervação Função Peitoral maior Metade medial da clavícula e superfície anterior do esterno, primeiras sete cartilagens costais, aponeurose do oblíquo externo. Borda lateral do sulco intertubercular do úmero. Nervos peitorais medial e lateral Adução, rotação medial e flexão do úmero na articulação do ombro. Subclávio Costela 1ª na junção entre a costela e a cartilagem costal. Sulco na superfície inferior do terço médio da clavícula. Nervo para o subclávio Puxa a clavícula medialmente para estabilizar a articulação esternoclavicular; abaixa os ombros. Peitoral menor Superfícies anteriores da terceira, quarta e quinta costelas, fáscias profundas cobrindo os espaços intercostais relacionados. Processo coracoide da escápula. Nervos peitorais mediais Abaixa o ombro; portai a clavícula. Músculo peitoral maior É o maior e mais superficial dos músculos da região peitoral. Está diretamente subjacente à mama e é separado dela somente pela fáscia profunda e pelo tecido conjuntivo frouxo do espaço retromamário. Músculos subclávio É menor e passa lateralmente a partir das partes anterior e medial da costela I para a superfície inferior da clavícula. Puxa a ponta do ombro inferiormente. Músculo peitoral menor Passa das superfícies anteriores das costelas III a V para o processo coracoide da escápula. Puxa a ponta do ombro inferiormente. Vascularização do tórax Os vasos que irrigam a parede torácica consistem principalmente em artérias intercostais posteriores e anteriores, que passam em torno da parede torácica, entre as costelas adjacentes nos espaços intercostais. Essas artérias originam-se da aorta e das artérias torácicas internas, que por sua vez,originam das artérias subclávias na raiz do pescoço. Juntas, as artérias intercostais formam um padrão em cesta de irrigação vascular em torno da parede torácica. Artérias intercostais posteriores As artérias intercostais posteriores originam-se a partir de vasos associados à parede torácica posterior. As duas primeiras artérias intercostais posteriores de cada lado são derivadas da artéria intercostal suprema, que desce para o tórax como um ramo do tronco costocervical no pescoço. O tronco costocervical é um ramo posterior da artéria subclávia. Os nove pares restantes de artérias intercostais posteriores originam-se da face posterior da parte torácica da aorta. Como a aorta fica no lado esquerdo da coluna vertebral, aqueles vasos intercostais posteriores que passam do lado direito da parede torácica atravessam a linha mediana anteriormente aos corpos vertebrais e, portanto, são mais longos que os vasos correspondentes à esquerda. Além de possuir numerosos ramos que irrigam vários componentes da parede torácica, as artérias intercostais posteriores também têm ramos que acompanham os ramos cutâneos laterais dos nervos intercostais até regiões superficiais. 7 Artérias intercostais anteriores As artérias intercostais anteriores originam-se, direta ou indiretamente, de ramos laterais das artérias torácicas internas. Cada artéria torácica interna origina-se de um ramo maior da artéria subclávia no pescoço, passa anteriormente à cúpula cervical da pleura e desce verticalmente pela abertura torácica superior, ao longo do aspecto profundo da parede torácica anterior. De cada lado, a artéria torácica interna fica posterior as cartilagens costais das seis costelas superiores e lateral, a 1cm, do esterno. Aproximadamente no nível do sexto espaço intercostal se divide em dois ramos terminais: Artéria epigástrica superior Artéria musculofrênica As artérias intercostais anteriores, que irrigam os seis espaços intercostais superiores, originam-se dos ramos da artéria torácica interna, enquanto as que irrigam os espaços intercostais inferiores se originam da artéria musculofrênica. Em cada espaço intercostal, a artéria intercostal anterior possui, geralmente dois ramos: Um passa abaixo da margem da costela superior Outro passa acima da margem da costela inferior e posterior Drenagem venosa do tórax A drenagem venosa da parede torácica geralmente é paralela ao padrão de irrigação arterial. Centralmente, as veias intercostais drenam basicamente para o sistema ázigo de veias ou para as veias torácicas internas, que se liga, às veias braquiocefálicas no pescoço. Muitas vezes, as veias intercostais posteriores superiores no lado esquerdo unem-se e formam a veia intercostal superior esquerda que desemboca na veia braquiocefálica esquerda. De maneira semelhante, as veias intercostais posteriores superiores no lado direito, podem se unir e formar a veia intercostal superior direita, que desemboca na veia ázigo. Drenagem linfática do tórax Os vasos linfáticos da parede torácica drenam principalmente os linfonodos associados às artérias torácicas internas (linfonodos paraesternais), à cabeça e ao colo das costelas (linfonodos intercostais) e ao diafragma (linfonodos frênicos). Os linfonodos frênicos são posteriores ao processo xifoide e estão nos locais onde os nervos frênicos penetram o diafragma. Eles também ocorrem nas regiões nas quais o diafragma está fixado à coluna vertebral. Os linfonodos paraesternais drenam para os troncos broncomediastinais. Os linfonodos paraesternais, na parte superior do tórax, também drenam para os troncos broncomediastinais, enquanto os linfonodos intercostais, na parte torácica inferior, drenam para o ducto torácico. Linfonodos associados ao diafragma interconectam-se com linfonodos paraeternais, paravertebrais, justaesofágicos, braquiocefálicos (anteriores às veias braquiocefálicas no mediastino superior) e aórticos laterais/lombares (no abdome). As regiões superficiais da parede torácica drenam principalmente para os linfonodos axilares na axila ou para os linfonodos paraesternais. Inervação do tórax Nervos intercostais A inervação da parede torácica é realizada principalmente pelos nervos intercostais que são ramos anteriores dos nervos espinais de T1 a T11 e situam-se nos espaços intercostais entre as costelas adjacentes. O ramo anterior do nervo espinal T12 (o nervo subcostal) é inferior à costela XII. Um intercostal típico passa lateralmente e, torno da parede torácica, dentro do espaço intercostal. O maior dos ramos é o cutâneo lateral, que penetra a parede lateral do tórax e divide-se nos ramos anterior e posterior que inervam a pele sobrejacente. Os nervos intercostais terminam como ramos cutâneos anteriores, que emergem paraesternalmente, entre as cartilagens costais adjacentes, ou lateralmente à linha mediana, na parede anterior do abdome, para inervar a pele. Além desses ramos, principais, pequenos ramos colaterais que podem ser encontrados no espaço intercostal, seguindo ao longo da margem superior da costela inferior. No tórax, os nervos intercostais conduzem: Inervação motora somática para os músculos da parede torácica Inervação sensitiva somática da pele e da pleura parietal Fibras simpáticas pós ganglionares para a periferia A inervação sensitiva da pele sobre a parede torácica é também realizada por ramos cutâneos (nervos supraclaviculares) provenientes do plexo cervical no pescoço. Além da inervação da parede torácica os nervos intercostais inervam outras regiões; Ramo anterior do nervo T1 contribui para o plexo braquial Ramo cutâneo lateral do segundo nervo intercostal (nervo intercostobraquial) contribui para a inervação cutânea da face medial do braço Os nervos intercostais inferiores inervam os músculos, pele e o peritônio da parede do abdome.
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