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Amanda Freitas—MED 5°P APG 06 1 As síndromes meníngeas são doenças infecciosas que acometem as meninges, camadas de tecido conjuntivo que recobrem o encéfalo e a medula espinal. As meninges são revestimentos membranáceos do encéfalo imediatamente internas ao crânio. Dentre suas funções tem-se: • Protegem o encéfalo; • Compõem a estrutura de sustentação das artérias, veias e seios venosos; • Encerram uma cavidade preenchida por líquido, o espaço subaracnóide, que é fundamental para a função normal do encéfalo. As meninges são formadas por três camadas de tecido conjuntivo membranáceo: 1. Dura-máter: camada fibrosa externa espessa e resistente; 2. Aracnóide-máter: camada fina intermediária; 3. Pia-máter: delicada camada interna vascularizada; As camadas intermediaria e interna (aracnoide-máter e pia-máter) são membranas contínuas que juntas formam a leptomeninge. A aracnóide-máter é separada da pia- máter pelo espaço subaracnóideo que contém o LCS. Dura-máter É uma membrana bilaminar, densa e espessa também denominada paquimeninge. Está aderida à lâmina da calvária. A camada periosteal externa da dura- máter adere à face interna do crânio. Essa camada externa não é contínua com a dura- máter da medula espinal, que tem apenas uma camada meníngea da dura-máter. Exceto nos locais em que há seios durais e invaginações, a camada interna da meninge está intimamente fundida à camada periosteal, sendo impossível a separação. A camada meníngea interna da dura- máter é uma camada de sustentação que se reflete a partir da camada periosteal externa para formar invaginações durais: • Foice do cérebro; • Tentório o cerebelo; • Foice do cerebelo; • Diafragma da sela; Os seios venosos da dura-máter são espaços revestidos por endotélio entre as lâminas periosteal e meníngea da dura. Grandes veias da superfície do encéfalo drenam para esses seios e a maior parte do sangue do encéfalo drena finalmente através deles para as veias jugulares internas. • Seio sagital superior; • Seio sagital inferior; • Seio reto; • Seio transverso; • Seios petrosos superior e inferior; • Seio occipital; • Seio sigmóideo; • Seio cavernoso; As granulações aracnóideas são prolongamentos em tufo da aracnoide que se salientam através da lâmina meníngea da dura- máter para os seios venosos durais e possibilitam a transferência de LCS. As artérias (artérias meníngeas) da dura-máter fornecem mais sangue para a calvária do que para a dura- Síndromes Meníngeas As duas camadas da dura-máter são uma camada periosteal externa, formada pelo periósteo que cobre a face interna da calvária, e uma camada meníngea interna, uma membrana fibrosa forte e contínua. Amanda Freitas—MED 5°P APG 06 2 máter. As veias acompanham as artérias com frequência em pares. A dura-máter dos assoalhos das fossas anterior e média do crânio e do teto da fossa posterior do crânio é inervada por ramos meníngeos que se originam direta ou indiretamente do nervo trigêmeo. A dura-máter que forma o teto da fossa posterior do crânio é suprida pelo nervo tentorial. Já a parte do assoalho da fossa posterior é inervada pelas fibras sensitivas dos gânglios espinais C2 e C3. A aracnóide-máter contem trabeculas→ formadas por fibroblastos, fibras de colágeno e algumas fibras elásticas. A aracnoide é avascular. A pia-máter é uma fina membrana muito vascularizada e confere uma aparência brilhante à superfície do encéfalo. O dano ao tecido nervoso pode ser uma consequência da lesão direta dos neurônios ou células gliais pelo agente infeccioso ou toxinas microbianas, ou pode ser uma consequência da resposta imune inata ou adaptativa do hospedeiro. Os agentes infecciosos podem alcançar o sistema nervoso através de várias rotas de entrada: • Disseminação hematogênica→ através do suprimento sanguíneo arterial. Pode haver disseminação venosa retrógrada através das anastomoses entre as veias da face e os seios venosos do crânio. • Implantação direta→ entrada dos microrganismos por introdução traumática de material estranho. Pode ser iatrogênica. • Extensão local→ fontes como os seios aéreos nasais, dentes infectados, osteomielite craniana ou espinhal e malformações congênitas. • Nervos periféricos→ vírus como o da raiva e do herpes zoster. Patogenicidade Os microrganismos patogênicos apresentam várias características que conferem proteção e habilidade para invadir e colonizar os tecidos corporais. Quase todos os patógenos apresentam algum mecanismo de aderência aos tecidos do hospedeiro. O principal componente são as adesinas: moléculas de superfície que fiam os patógenos na superfície dos tecidos. Amanda Freitas—MED 5°P APG 06 3 Algumas bactérias possuem a capacidade de formar cápsulas ao redor de sua parede celular, dificultando a ligação da célula fagocítica. O organismo possui um mecanismo de defesa contra aderência de microrganismos nas mucosas, produzindo o anticorpo IgA. Porém, algumas bactérias, como a N. miningitidis, produzem enzimas chamadas de proteases IgA, que podem destruir esse anticorpo. Quando o microrganismo invade o sistema nervoso, ele pode liberar toxicas que causam febre e destruindo o sistema nervoso central, causando espasmos. Exotoxinas→ proteínas produzidas no interior de algumas bactérias que são liberadas para o meio externo, gerando toxicidade celular. As exotoxinas que afetam o SNC são as neurotoxinas. Endotoxinas→ correspondem à porção lipídica do lipopolissacarídeo da parede de bactérias gram- negativas, como a N. meningitidis. Essas endotoxinas estimulam os macrófagos a liberarem citocinas inflamatórias em concentrações bastante elevadas. Essas toxinas produzem sintomas, como febre, calafrios, fraqueza e choque. A presença de bactérias gram-negativas, como o Haemophilus influenzae do tipo b, no líquido cerebroespinal causa a liberação de IL-1 e TNF. Essas citocinas provocam enfraquecimento da barreira hematencefálica que protege o SNC de infecções. A barreira enfraquecida permite a entrada de mais fagócitos, mas também permite a entrada de mais patógenos que penetram na região através da corrente sanguínea. Parâmetros LCS • Composição celular: normal até 5 leucócitos e 5 eritrócitos • Proteínas: normal até 60mg ⁄ dL • Glicose: 2 ⁄ 3 do valor da glicemia Amanda Freitas—MED 5°P APG 06 4 Defesas do hospedeiro • Fagocitose: quimiotaxia, aderência e ingestão. • Inflamação; • Febre; • Substancias antimicrobianas: óxido nítrico, proteínas do sistema complemento e interferons; • Anticorpos; É uma infecção purulenta aguda no interior do espaço subaracnóideo. Associa-se à reação inflamatória do SNC, que pode resultar em diminuição da consciência, crises epilépticas, hipertensão intracraniana e AVE. Os microrganismos mais frequentemente responsáveis pela meningite bacteriana adquirida na comunidade são o Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis, Estreptococos do grupo B e Listeria monocytogenes. O Staphylococcus aureus e os estafilicocos coagulase negativos são causas importantesda Amanda Freitas—MED 5°P APG 06 5 meningite que sucede procedimentos neurocirúrgicos. Fisiopatologia As bactérias que mais comumente causam meningite, S. pneumoniae e N. meningitidis, colonizam primeiro a nasofaringe por aderência às células epiteliais nasofaríngeas. Em seguida, são transportadas por meio das células epiteliais, em vacúolos formados pela membrana, para o espaço intravascular ou invadem esse espaço, separando as junções estreitas apicais das células epiteliais colunares. Na corrente sanguínea, as bactérias são capazes de evitar a fagocitoses por neutrófilos e a atividade bacteriana mediada pelo complemento devido à presença de uma capsula polissacarídica. As bactérias presentes no sangue atingem em seguida o plexo corioide intraventricular, onde infectam diretamente as células epiteliais do plexo e ganham acesso ao LCS. Algumas bactérias, como o S. pneumoniae, aderem às células endoteliais dos capilares cerebrais e, em seguida, migra através dessas células ou entre elas para atingir o LCS. As bactérias são capazes de multiplicar-se rapidamente dentro do LCS em virtude da ausência de defesas imunes eficazes por parte do hospedeiro. A fagocitose das bactérias é ainda prejudicada pela natureza líquida do LCS, menos favorável à fagocitose que um substrato tecidual sólido. Um evento fundamental na patogenia da meningite bacteriana é a reação inflamatória induzida pelas bactérias invasoras. Muitas das manifestações neurológicas e das complicações resultam da resposta imune ao patógeno invasor, e não da lesão tecidual direta. A lise das bactérias, com a consequente liberação de componentes da parede celular no espaço subaracnóideo é a etapa inicial de indução da resposta inflamatórias e formação de um exsudato purulento no espaço subaracnóideo. Os componentes da parede celular bacteriana, como as moléculas de lipopolissacarídio (LPS) das bactérias gram- negativas e o ácido teicoico, além das peptidoglicanas do S. pneumoniae, induzem à inflamação meníngea por estimulação da produção de citocinas inflamatórias (TNF-alfa e IL- 1) e quimiocinas pela micróglica, astrócitos, monócitos, células endoteliais e leucócitos do LCS. A IL-1 e o TNF-alfa induzem à migração quimiotática dos leucócitos. A bacteremia e as citocinas induzem a produção de aminoácidos excitatórios, espécies reativas de oxigênio e radicais livres. O TNF-alfa e a IL-1 aumentam a permeabilidade da barreira hematencefálica, resultando na indução de edema vasogênico e extravasamento de proteínas séricas para dentro do espaço subaracnóideo. O exsudato, composto de material proteináceo e leucócitos, obstrui o fluxo de LCS através do sistema ventricular e diminui a capacidade reabsortiva das granulações aracnóideas dos seios durais. Gerando hidrocefalia e edema intersticial. As citocinas inflamatórias regulam a expressão de selectinas nas células endoteliais dos capilares cerebrais, promovendo a aderência de leucócitos e sua migração para o LCS. Essa aderência aumenta a permeabilidade vascular, o que leva ao extravasamento de proteínas plasmáticas para o LCS, intensificando o exsudado inflamatório. A desgranulação dos neutrófilos libera metabólitos tóxicos→ edema citotóxico. Nos estágios iniciais da meningite, há aumento do fluxo sanguíneo cerebral, depois há redução e perda da autoregulação. Ocorre estreitamento das grandes artérias da base do encéfalo devido à extensão do exsudato purulento. Ocorre vasculite devido ao espessamento da camada íntima dos vasos, podendo ocorrer isquemia e trombose. Quando a meningite é fulminante, as células inflamatórias infiltram as paredes das veias leptomeníngeas e podem se espalhar na substancia do cérebro (cerebrite focal) ou a inflamação pode se estender para os ventrículos, produzindo ventriculite. Amanda Freitas—MED 5°P APG 06 6 A combinação de edema intersticial, vasogênico e citotóxico dá origem à HIC e ao coma. Manifestações Clínicas Pode apresentar-se como doença aguda fulminante que evolui rapidamente em algumas horas, ou com infecção subaguda que piora de forma progressiva ao longo de vários dias. A tríade clássica da meningite consiste em febre, cefaleia e rigidez de nuca, porém essa tríade pode não estar sempre presente. A queda do nível de consciência ocorre em mais de 75% dos pacientes e varia da letargia ao coma. Náuseas, vômitos e fotofobia também são queixas comuns. Podem ocorrer crises epilépticas. As crises focais costumam advir de isquemia arterial ou infarto focal, trombose venosa cortical com hemorragia ou edema focal. A HIC é uma complicação esperada da meningite bacteriana e a principal causa de embotamento e coma. O paciente apresentará a sintomatologia típica da hipertensão Amanda Freitas—MED 5°P APG 06 7 intracraniana, tendo como complicação mais desastrosa a herniação cerebral. Sinais de irritação meníngea: sinal de Brudzinski, sinal de Kernig e sinal de desconforto lombar. Prognóstico O risco de morte por meningite bacteriana aumenta com: 1. Nível reduzido de consciência à internação; 2. Inicio de crises epilépticas nas primeiras 24 horas de internação; 3. Sinais de HIC; 4. Idade baixa ou mais de 50 anos; 5. Presença de comorbidade; 6. Demora no início do tratamento; Manifestações clínicas Os pacientes adultos imunocompetentes com meningite viral aguda apresentam cefaleia, febre e sinais de irritação meníngea associados a um perfil inflamatório do LCS. A cefaleia normalmente é de localização frontal ou retroorbitária, associada à fotofobia e dor aos movimentos oculares. Rigidez de nuca pode estar presente, mas pode ser leve. Os sinais constitucionais são: mal- estar, mialgia, anorexia, náuseas, vômitos, dor abdominal e ⁄ ou diarreia. Etiologia Os agentes mais frequentes são: enterovírus, HSV do tipo 2, HIV e arbovírus. Os enterovírus constituem a causa mais comum de meningite viral, respondendo por mais de 85% dos casos. As infecções por arbovírus ocorrem predominantemente no verão e no início do outono. A meningite pelo HSV-2 constitui, depois dos enterovírus, a segunda causa importante de meningite viral. Acomete cerca de 25 a 35% das mulheres e cerca de 10 a 15% dos homens por ocasião do episódio inicial de herpes genital. Suspeita-se de meningite pelo HIV em todo paciente que se apresente com meningite viral e que tenha fatores de risco conhecidos ou suspeitos para infecção pelo HIV. Meningite tuberculosa Pode se desenvolver como infecção primária ou recorrente em pacientes imunossuprimidos. O bacilo tuberculoso se dissemina hematogenicamente a partir do pulmão e outros órgãos, forma tubérculos no parênquima cerebral e, mais tarde, há o espalhamento para o espaço subaracnóideo ou para o ventrículo. A meningite tuberculosa não tratada é fatal. A doença tem um curso subagudo, com febre baixa, cefaleia, náusea e vômitos intermitentes seguidos por piora dessa sintomatologia, rigidez nucal, alterações do estado mental e neuropatia craniana. O quadro de agravamento inclui meningismo, convulsões, déficits neurológicos focais e HIC. Infecções por espiroqueta A infecção pode produzir meningite crônica (neurossífilis meningovascular), envolvendo normalmente a base do cérebro. Podehaver envolvimento parenquimatoso pelosespiroquetas (neurossífilis parética), levando à perda neuronal e proliferação acentuada de células da micróglia em forma de bastão. Amanda Freitas—MED 5°P APG 06 8 Abscesso cerebral É uma infecção supurativa focal no interior do parênquima cerebral, circundada por uma cápsula vascularizada. Emprega-se o termo cerebrite para descrever um abscesso cerebral na encapsulado. Os distúrbios predisponentes incluem otite média e mastoidite, sinusite paranasal, infecções piogênicas do tórax ou de outras regiões corporais, traumatismo crânio penetrante, procedimentos neurocirúrgicos e infecções dentárias. Nos indivíduos imunocompetentes, os patógenos mais comuns são: Streptococcus, Enterobacteriaceae e estafilicocos. Nos imunodeprimidos são: Nocardia spp., Toxoplasma gondii, Aspergillus spp., Candida spp. E C. neoformans. Pode haver infecção por Taenia solium (neurocisticercose). Os abscessos que advêm da propagação direta de infecção dos seios frontais, etmoidais ou esfenoidais, e os que se originam de infecções dentárias geralmente se localizam nos lobos frontais. Os abscessos hematogênicos correspondem a 25% dos abscessos cerebrais e tem predileção pelo território da artéria cerebral média, e localizam-se na junção das substancias cinzenta e branca. Para que ocorra a invasão bacteriana do parênquima cerebral, deve haver áreas de isquemia, necrose e hipoxemia do tecido cerebral preexistentes ou concomitantes. Uma vez que as bactérias tenham estabelecido a infecção, o abscesso cerebral evolui por uma série de estágios: 1. Estágio de cerebrite incipiente→ 1 a 3 dias; infiltração perivascular de cls inflamatórias que circundam uma área central de necrose de coagulação. Edema acentuado circunda a lesão. 2. Estágio de cerebrite tardia→ 4 a 9 dias; a formação de pus leva a aumento do centro necrótico, circundado por uma borda de infiltrado inflamatório formado por macrófagos e fibroblastos. 3. Estágio de formação precoce da cápsula→ 10 a 13 dias; formação e uma capsula. 4. Estágio de formação da cápsula tardia→ 14 dia; centro necrótico bem-formado, circundado por densa capsula de colágeno. Dentre as manifestações clínicas estão: lesão expansiva intracraniana, cefaleia, déficit neurológico e febre; sensação de dor surda, constante, ora hemicraniana, ora generalizada. Atividade epiléptica focal e generalizada, déficits neurológicos focais (hemiparesia, afasia ou defeitos nos campos visuais). Um abscesso no lobo temporal pode apresentar-se com perturbação da linguagem (disfasia). Sinais de HIC (papiledema, náuseas, vômitos, sonolência ou confusão). Encefalite viral É uma infecção parenquimatosa que quase sempre está associada com inflamação meníngea, sendo também chamada de meningoencefalite. Vírus da Herpes A encefalite por HSV-1 pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais comum nas crianças e adultos jovens. Se manifesta com alterações de humor, memória e comportamento, refletindo o envolvimento dos lobos frontal e temporal. A encefalite pelo herpes começa nas regiões inferior e medial dos lobos temporais e giros orbitais dos lobos frontais e, nos casos mais graves, os envolve. Amanda Freitas—MED 5°P APG 06 9 A infecção é necrosante e, muitas vezes, hemorrágica nas regiões mais gravemente afetadas. O HSV-2 também infecta o sistema nervoso, geralmente na forma de meningite nos adultos. A encefalite grave disseminada ocorre em muitos neonatos de parto normal em mulheres com infecções genitais primárias ativas por HSV. Encefalite Fúngica As infecções fúngicas produzem normalmente granulomas ou abscessos parenquimatosos, muitas vezes associados a meningite. As infecções fúngicas mais comuns são causadas por: • Candida albicans→ múltiplos microabscessos • Mucormicose→ infecção da cavidade ou seios nasais • Aspergillus fumigatus→ invasão da parede do vaso sanguíneo • Cryptococcus neoformans→ causa tanto meningite quanto meningoencefalite. Leveduras encapsuladas. Em geral, a transmissão é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe, havendo necessidade de contato íntimo ou contato direto com secreções respiratórias do paciente. A transmissão fecal-oral é de grande importância em infecções por enterovírus. A via direta ocorre em neonatos expostos a parto normal de mães com herpes tipo 2. Empiema subdural É o acúmulo de pus entre as membranas dura-máter e aracnóide. A sinusite é a causa predisponente mais comum e envolve os seios frontais isoladamente ou em associação com os etmoidais e maxilares. Pode surgir também como uma complicação de traumatismo craniano ou cirurgia. O processo infeccioso decorre da propagação retrógrada da infecção por tromboflebite séptica das veias da mucosa que drenam os seios paranasais, ou propagação dieta das bactérias no espaço subdural por complicação cirúrgica. Sua apresentação clinica se da por: febre e cefaleia progressiva. Déficit neurológico focal, crises epilépticas, rigidez da nuca e sinais de HIC. Abscesso epidural craniano Infecção supurativa que ocorre no espaço potencial entre a tábua interna do crânio e a dura-máter. Surgem por complicação de craniotomia, fratura craniana ou propagação de infecção nos seios frontais, orelha média, processo mastoide ou órbita. Amanda Freitas—MED 5°P APG 06 10 • Quimioprofilaxia→ rifampicina; • Imunização; Neurologia clínica de Harrison 3°ed 2015 Robbins patologia básica 9°ed 2013 Microbiologia Tortora 12°ed 2017 Anatomia orientada para a clínica Moore 8°ed 2019
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