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Apostila Medicina Legal - Parte I

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ESCOLA TÉCNICA SÃO VICENTE DE PAULA 
 CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
 
 
 
 
 
 PROFESSORA: YARA AZEVÊDO
 
ESCOLA TÉCNICA SÃO VICENTE DE PAULA 
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
 
PROFESSORA: YARA AZEVÊDO 
 
ESCOLA TÉCNICA SÃO VICENTE DE PAULA 
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM 
 
 
2 
 
 MEDICINA LEGAL - INTRODUÇÃO 
 
I - BREVE HISTÓRICO MUNDIAL DA MEDICINA LEGAL 
A história da Medicina Legal no mundo está dividida em cinco períodos: 
 
 l. Período Antigo: 
 Sendo a Medicina considerada explicativa e artística, nesta época procurava-se 
atribuir origens extraterrenas às doenças existentes, era tida como profissão subalterna. 
A religião era a própria lei aplicada aos homens sacerdotes. 
 Como os cadáveres eram considerados sagrados, a necropsia era proibida. No Egito 
embalsamava-se os cadáveres. 
 
 ll. Período Romano: 
 Neste período tivemos alguns relatos mais avançados sobre a prática legista, Antístio 
(médico) ao examinar as muitas feridas encontradas no cadáver de Júlio Cesar, revelou 
que apenas uma delas fora mortal. 
 Outros relatos como o do Médico Tito Lívio, que examinou o cadáver de Tarquínio, 
assassinado e de Germânico, suspeito de envenenamento. Comprovam que nesta época 
já havia exame de cadáver, porém realizado apenas externamente. 
 Após a reforma de Roma, emanciparam-se a Medicina e o Direito. A lei Aquilia, 
desta época, trata da letalidade dos ferimentos. 
 
 lll. Período Médico ou da Idade Média: 
 Períodos em que houve a contribuição mais direta do médico ao Direito, marcado pelas 
Capitulares de Carlos Magno, que estabelecem que os julgamentos devam apoiar-se no 
parecer dos médicos. 
 Sobreveio, na Idade Média, uma onda de vandalismo – após Carlos Magno – que 
acabou com a Medicina Legal, as provas inquisitórias penalizavam as pessoas 
dependendo do dano causado e estavam sob o Juízo de Deus. 
 
 lV. Período Canônico (1200 a 1600): 
 O quarto período é influenciado beneficamente pelo Cristianismo, que, pela 
codificação das Decretais dos Pontífices dos Concílios, dá normas ao Direito Moderno 
dos povos civilizados. 
 A sexologia é tratada exaustivamente nas Decretais e a perícia é obrigatória; 
principalmente em caso de anulação de casamento por impotência. Em 1677 esse tipo 
de perícia fora proibida pelo Parlamento Francês. 
 Este período também é marcado pela Constituição do império Germânico que 
impõem obrigatoriedade á perícia médica antes da decisão dos Juízes nos casos de 
ferimentos, assassinatos, gravidez, aborto, parto clandestino. É o primeiro documento 
organizado de Medicina Judiciária. A Alemanha recebe o titulo de ser o “Berço da 
Medicina Legal”. O primeiro cadáver necropsiado fora o do Papa Leão X, em 1521. 
 Em 1575 surge o primeiro livro de Medicina Legal, de Ambroise Paré e a França 
aclama o autor como pai da Medicina Forense. 
 
 
3 
 
· V- Período Moderno ou Científico: 
 Período iniciado em 1602 com a publicação do livro “De Relatoribus Libri Quator in 
Quibus” de Fortunato Fidelis, em Palermo, na Itália. 
 Porém, foi no século XlX que a Medicina Legal se firmou no conceito que a Justiça 
lhe emprestou a partir do momento em que o suspeito pode, enfim, ser confirmado pelo 
exame necroscópico. E de lá para cá, inúmeros são os cientistas médicos, estudos, e 
avanços conquistados. 
 
______________________________________________________________________ 
 
1º EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
 
Questão Única: Sabendo-se que a história da Medicina Legal no Mundo está dividida 
em cinco períodos, cite as características de cada período abaixo: 
a)Período Antigo 
b)Período Romano 
c)Período Médico ou da Idade Média 
 
d)Período Canônico 
e)Período Moderno ou Científico 
 
______________________________________________________________________ 
 
 
II- BREVE HISTÓRICO DA MEDICINA LEGAL NO BRASIL 
 
O Brasil iniciou seus estudos no campo da Medicina Legal tardiamente em relação à 
Europa. Apesar da influência portuguesa no meio intelectual e cultural, Portugal não 
influenciou o país no campo da Medicina Legal, uma vez que, em tal país, àquela época, 
os estudos médico-legais não eram satisfatoriamente desenvolvidos. 
 
No fim da era colonial aparecem os primeiros documentos médico-legais no país, frutos 
de estudos influenciados pela França e, um tanto mais sutilmente, pela Itália e pela 
Alemanha. A primeira publicação de documento médico-legal brasileiro, da fase 
nacionalista da consolidação de tal ciência no país,data de 1814. Neste documento, 
Gonçalves Gomide, médico e senador do Império, contesta parecer exarado por dois 
outros médicos. Agostinho José de Souza Lima assume o ensino prático da disciplina na 
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e, sem ter conhecimento na área jurídica, 
interpreta a legislação brasileira à luz dos conhecimentos médico-legais da época, sendo 
por isso considerado pioneiro em Medicina Legal em nossa pátria. 
Neste período histórico, os juízes não eram obrigados a consultar médicos antes de 
proferir sentenças. Esta obrigação surgiu com o advento do Código Penal do Império, 
datado de 16 de dezembro de 1830. No ano de 1832, o ramo do Processo Penal é 
estruturado no país, trazendo à lume normas acerca dos exames de corpo delito, 
instituindo oficialmente a perícia médica criminal.Muitas destas determinações 
primordiais ainda se encontram em vigor no texto moderno da norma procedimental 
4 
 
penal. Neste mesmo ano, tornam-se faculdades oficiais de Medicina as da Bahia e do 
Rio de Janeiro, fazendo parte da grade curricular do curso, em ambas as instituições de 
ensino superior, a disciplina de Medicina Legal. Estudos nessa área afloraram por conta 
da exigência da defesa de tese para a obtenção do título de doutor em Medicina. 
 
A primeira publicação versando sobre exame tanatológico no Brasil data de21 de 
setembro de 1835 e relata a necropsia realizada no Regente João Bráulio Moniz (que 
havia morrido 22 horas antes da realização do exame),executada pelo cirurgião da 
família imperial, Hércules Otávio Muzzi. 
 
Em 1854, o mais antigo catedrático de Medicina Legal da Faculdade Médica do Rio de 
Janeiro, o conselheiro José Martins da Cruz Jobim, foi imbuído, pelo Ministro da 
Justiça, da missão de coordenar comissão para uniformizar a prática dos exames 
médico-legais, organizando uma tabela prognóstica das lesões corporais. 
 
No ano de 1856, através do Decreto nº 1.746, de 16 de abril do referido ano, “quando se 
criou, junto à Secretaria de Polícia da Corte, a Assessoria Médico-Legal, à qual cabia a 
realização dos exames de corpo de delito e quaisquer exames necessários para a 
averiguação dos crimes e dos fatos como tais suspeitados”. A assessoria era composta 
por quatro médicos, dos quais dois eram membros efetivos e incumbidos de proceder 
aos exames periciais e os dois outros eram professores de Medicina Legal e ocupavam o 
cargo de consultores, se responsabilizando, eminentemente, pelos exames toxicológicos. 
Neste mesmo ano, para atender a demanda dos exames a se realizar, “foi criado o 
primeiro necrotério do Rio de Janeiro no depósito de mortos de Gamboa, usado até 
então para guardar cadáveres de escravos, indigentes e presidiários”. 
 
Em 1877, Agostinho José de Souza Lima, em conjunto com seu assistente, Borges da 
Costa, é nomeado consultor da polícia e, em 1879, é autorizado a ministrar um curso 
prático de tanatologia forense no necrotério oficial. 
 
A partir de 1891, a disciplina de Medicina Legal passa a configurar como obrigatória 
nos cursos de Direito do país. A inclusão foi proposta por Rui Barbosa perante a 
Câmara dos Deputados e, felizmente, conseguiu a aprovação. 
Para os estudantes de Direito, este é um marco na História do curso jurídico, tendo em 
vista que é de fundamental importância queo bacharel possua, ao menos, noções acerca 
da Ciência médico-legal. Se o papel da Medicina Legal como alicerce jurisdicional já se 
havia estabelecido, imprescindível se faz o estudo da disciplina em questão. 
 
A fase de desenvolvimento e consolidação dita nacionalista da Medicina Legal, teve 
como protagonista Raymundo Nina Rodrigues, considerado o maior professor de 
Medicina Legal do século XIX. O catedrático defendia a feitura de concursos públicos a 
fim de nomear peritos oficiais, “a fim de que se tornasse a justiça mais bem servida e 
imune aos erros de avaliação e interpretação comuns à atividade pericial de seu tempo”. 
As obras de Nina Rodrigues tiveram repercussão e reconhecimento internacionais. 
insigne estudioso e mestre faleceu em Paris, aos 17 de julho de 1906. 
 
Em 1900 é criado serviço de identificação antropométrica (identificação a partir das 
qualidades físicas particulares de um indivíduo) e a assessoria médica da polícia é 
transmutada em Gabinete Médico-Legal. Em antagonia a este avanço, nos cursos de 
Medicina Legal do país avaliações práticas da disciplina em análise deixam de ser 
5 
 
obrigatórias. Dois anos depois, Afrânio Peixoto propõe uma reforma no Gabinete 
Médico-Legal, inspirado em suas observações na Alemanha, afirmando que o conjunto 
das “monstruosidades alcunhadas de termos de autópsias [sic], autos de corpo de delito 
confusos, desordenados, incoerentes, dando um triste atestado de incompetência 
profissional e prejudicando os interesses da justiça” é característica inerente à prática 
médico-legal do período. Influenciado por esta afirmação, o governo federal edita o 
Decreto nº 4.864, de 15 de junho de 1903, que discorre detalhadamente sobre as normas 
de procedimento das perícias médicas. Tal legislação foi considerada tão avançada para 
a época que Locard e Lombroso apregoavam que França e Itália deveriam se espelhar 
na norma brasileira. No entanto, as determinações prescritas no Decreto permaneciam 
em desuso e médicos não especializados eram convocados em juízo para apresentar 
laudos. Ante os protestos da Academia Nacional de Medicina e do Instituto dos 
Advogados do Brasil, o Decreto nº 6.440, de 30 de março de 1907 transforma o aludido 
Gabinete em Serviço Médico-Legal, sendo nomeado Afrânio Peixoto como seu 
primeiro diretor. 
 
Em 1915 a Lei Maximiliano confere legitimidade para serem procedidas aulas práticas 
nas Faculdades de Medicina e reconhece a validade jurídica dos laudos então 
elaborados. Ainda no tocante à validade jurídica dos laudos periciais, em 1924 o 
Serviço Médico-Legal se transforma no Instituto Médico-Legal, e se subordina 
diretamente ao Ministério da Justiça. O referido Instituto, ao fim do governo de 
Washington Luís, volta a se subordinar ao chefe de polícia do Distrito Federal. 
 
A vigência do Código de Processo Penal de 1941, em vigor até os dias atuais, determina 
que as perícias sejam procedidas apenas por peritos oficiais. 
 
Em 20 de outubro de 1967 foi fundada a Associação Brasileira de Medicina Legal, 
sendo hoje a Medicina Legal reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, pela 
Associação Médica Brasileira e pela Comissão Nacional de Residência Médica do 
Ministério da Educação como especialidade médica. 
 
______________________________________________________________________ 
2º EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
 
Sobre a História da Medicina Legal no Brasil, responda as seguintes questões: 
a) Quando apareceram os primeiros documentos médico-legais no país? 
b) Quando aconteceu a primeira publicação de documento médico-legal brasileiro? 
c) Quando se deu a primeira publicação versando sobre exame tanatológico no Brasil? 
Sobre o que relatava? 
d)Quem foi, e em que ano recebeu a missão de coordenar uma comissão para 
uniformizar a prática dos exames médico-legais, organizando uma tabela prognóstica 
das lesões corporais? 
 
e)Em que ano foi fundada a Associação Brasileira de Medicina Legal? 
_________________________________________________________ 
6 
 
MEDICINA LEGAL - PARTE I 
 
 APRESENTAÇÃO 
A Medicina Legal é uma ciência extremamente diferente de todas as demais porque, 
enquanto a maioria das ciências apresenta a especialização, a Medicina Legal funciona 
somando, englobando conhecimentos. Ex.: se for fazer um laudo sobre estupro vai se 
valer dos conhecimentos de Ginecologia; se for sobre a capacidade mental vai se valer 
dos conhecimentos de Psiquiatria. A Medicina Legal é uma síntese das ciências que se 
somam analiticamente, formando-a. 
 
 1.CONCEITOS GERAIS 
1.1. MEDICINA GERAL 
 Estuda fundamentalmente os parâmetros de atuação profissional do médico. Diceologia 
e deontologia fundamentam direitos e deveres profissionais. A deontologia define 
todos os parâmetros dos deveres profissionais e a diceologia define os direitos 
profissionais. Os crimes que mais crescem em porcentagem são os chamados erros 
médicos. Os direitos e deveres do médico constam no Código de Ética Médica. 
 
1.2.MEDICINA LEGAL 
 É o conjunto de conhecimentos médicos, jurídicos, psíquicos e biológicos que servem 
para informar a elaboração e execução de normas que dela necessitam; utiliza conceitos 
não apenas para aplicação de leis, mas também para sua elaboração. A Medicina Legal 
se relaciona com uma série de ciências, tais como:: sociologia, filosofia, psicologia, 
farmacologia, botânica, zoologia, dentre e outras. 
A importância desse estudo é a repercussão da Medicina Legal na vida das pessoas, ou 
seja, tudo o que se fala em Medicina Legal tem importância decisiva para todos. 
Outro aspecto da importância da Medicina Legal é que, enquanto a Medicina Comum 
(ou Medicina Geral) se limita à vida da pessoa, a Medicina Legal não se restringe à 
pessoa humana enquanto viva, mas começa na fecundação e não termina nunca; 
enquanto houver vestígios, pode-se encontrar dados relativos à vida e à morte do 
indivíduo.O campo de atuação da Medicina Legal é muito amplo, pois transcende a vida 
do indivíduo. 
A Medicina Legal estuda o homem sob a visão da antropologia, traumatologia, 
asfixiologia, tanatologia, toxicologia, infortunística, psicologia, psiquiatria, sexologia, 
criminologia e vitimologia. 
7 
 
a). Antropologia forense: Visa identificar restos e fragmentos; é o estudo do ser 
humano a partir da sua forma. Exs.: pela forma do crânio pode-se saber o sexo e a raça 
do indivíduo; pelo osso fêmur pode-se saber a idade aproximada do indivíduo. 
b). Traumatologia forense: Estuda os traumas. Trauma é tudo aquilo que, afetando o 
corpo humano, causa dano. Pode ser provocado por agentes mecânicos (atropelamento), 
físicos (calor, frio,eletricidade), químicos (tóxicos, venenos, ácidos), mistos (bactérias), 
psíquicos(chantagem, ameaças que afetam a saúde física). 
c). Asfixiologia: Estuda todas as hipóteses em que o indivíduo, submetido à uma ação 
exterior, tem prejudicada a oxigenação dos tecidos. 
d). Sexologia forense: Estuda os casos de assédio ( atentado ao pudor e sedução), 
infanticídio, estupro, aborto, gravidez e algumas hipóteses de anulação do casamento. 
e). Tanatologia: É o estudo da morte; estuda as circunstâncias em que a mesma 
aconteceu, ou seja, se houve morte, quando aconteceu e o que lhe deu causa. 
 f). Toxicologia: estuda os casos de envenenamento, por tóxicos , venenos e outras 
substâncias. 
g). Infortunística: Favorece as noções de medicina do trabalho, das doenças 
profissionais e dos acidentes de trabalho. 
h). Psicologia forense: Focaliza-se no valor da confissão, do testemunho, da negativa, 
para extrair a verdade. 
i). Psiquiatria forense: Focaliza-se na patologia médico-forense, no entendimento da 
teoria da imputabilidade. 
j). Criminologia: É o estudo do crime, do criminoso, da sociedade, da vítima e de todas 
as condições capazes de explicar como e por que ocorreu o crime. 
k). Vitimologia: É o estudo da vítima; Busca saber como, por que e quando foi 
cometido o crime contra determinada vítima.Ninguém é totalmente isento de 
participação no crime que foi cometido contra ele. 
___________________________________________________________________ 
3º EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
Sobre os conceitos gerais, responda as seguintes questões: 
1.Por qual razão a medicina legal é tida como uma ciência bastante 
diferente das demais? Explique e dê exemplos. 
 
2. O que é a medicina geral? 
3. O que significam a diceologia e a deontologia? 
4. O que é medicina legal? 
5. Com quais ciências a medicina legal se relaciona? 
8 
 
6. Por que podemos afirmar que o campo de atuação da Medicina Legal é muito amplo, 
e que transcende a vida do indivíduo? 
7.Sob quais visões a medicina legal estuda o homem? 
8.Comente sobre a colaboração das seguintes áreas de estudo para a medicina legal: 
a)Antropologia forense: 
b)Traumatologia forense: 
c)Asfixiologia: 
d)Tanatologia: 
e)Toxicologia : 
f)Infortunística: 
g)Psicologia forense: 
h)Psiquiatria forense: 
i)Sexologia forense: 
j)Criminologia: 
k)Vitimologia: 
___________________________________________________________________ 
 
 2. PERÍCIAS E PERITOS 
 
2.1. PERÍCIA 
 É o conjunto de procedimentos executados para esclarecer fato de interesse legal, 
visando a elaboração de um documento para demanda jurídica. Quem faz a perícia são 
os peritos. 
2.2. PERITOS 
São pessoas qualificadas para fazer as perícias. Podem ser oficiais (peritos criminais e 
médicos legistas) e não oficiais (peritos nomeados pela autoridade judiciária, que têm a 
liberdade de aceitar ou não a nomeação.).Em alguns países, a atividade pericial está 
ligada ao Poder Judiciário. 
O objetivo da perícia é atender às necessidades da comunidade. Realizado o processo de 
perícia, surgem os documentos médico-legais. 
 
 3. DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS 
 São instrumentos escritos( ou simples exposições verbais) mediante os quais o médico 
fornece esclarecimentos à justiça. São exemplos de documentos médico-legais: 
Atestado; Relatório; Laudo; Auto Consulta; Parecer. 
3.1.Atestado Médico-Legal: É o mais simples dos documentos médico-legais. É no 
atestado que o médico afirma ou nega, sem maiores considerações, um fato de natureza 
médica. É uma narração simples e por escrito de um fato médico e suas consequências. 
9 
 
3.2.Relatório Médico-Legal : é uma descrição minuciosa de um fato médico e suas 
consequências, composto das seguintes partes :preâmbulo, histórico, descrição, 
discussão, conclusão e resposta aos quesitos. 
3.3.Laudo Médico-Legal : É o documento que se elabora após a primeira perícia, 
descrevendo-a detalhadamente.É um documento escrito, feito pelo perito. O laudo deve 
conter: Identificação, Histórico, Exame externo, Exame interno, Discussão, Conclusão,e 
ainda, Respostas aos Quesitos (oficiais ou formulados pela autoridade requisitante). 
3.4.Auto Médico-Legal : O auto médico-legal é semelhante ao laudo, porém, elaborado 
no decorrer da perícia, comumente ditado pelo perito(ou médico legista) ao escrivão. 
Está limitado à exumação de cadáveres. 
• O auto médico-legal tem a mesma estrutura do laudo médico. A diferença entre 
o laudo e o auto consiste na época em que é feito. O Laudo é feito após a perícia 
e o Auto tem início durante a perícia e fica pronto ao término da mesma. 
3.5.Consulta Médico-Legal : É um pedido de esclarecimento que a autoridade faz ao 
perito sobre um fato que paire alguma dúvida. 
3.6.Parecer Médico-Legal: É uma resposta escrita dada pelo perito após uma consulta, 
ou seja, se houver uma situação de dúvida ou de desencontro de perícias, a autoridade 
faz uma consulta e em resposta escrita a esta consulta, surge o parecer. 
 
Observações importantes: 
1ª) A exumação é a primeira perícia com características peculiares. O perito depende 
muito de outra pessoa para a realização do seu trabalho. Requisitada a primeira 
exumação de cadáver, marca-se dia e hora, e convoca-se: Delegado de Polícia, 
escrivão, pessoas interessadas, advogados, médico legista, auxiliar de autópsia, 
atendente de necrotério, etc. 
2ª) Os esclarecimentos orais prestados pelo perito, a qualquer tempo, sempre que 
solicitado pela autoridade, constitui-se também em um documento legal. 
3ª) A declaração de óbito, comprova o óbito, os fatos relacionados a ele e subsidia 
dados para a saúde pública; também constitui-se em um documento legal. 
4ª) O IML-(Instituto de Medicina Legal), é um órgão público vinculado à Secretaria de 
Estado da Segurança Pública através da Superintendência de Polícia Técnica Científica. 
Também conhecido como DML ( Departamento Médico Legal), conta em sua estrutura 
operacional com gerências (Gemol) e núcleos (Numol). O IML é um instituto brasileiro 
responsável pelas necropsias e laudos cadavéricos, além de exames de lesões corporais; 
de constatação de embriaguez ou intoxicação por substância de qualquer natureza; de 
constatação de violência sexual; de constatação de doença sexualmente transmissível; 
de constatação de idade; de sanidade mental. Além desses exames, ainda realiza todas 
10 
 
as demais perícias que interessem à Justiça, e que demandem a opinião de especialistas 
em Medicina Legal. 
_______________________________________________________________ 
4º EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
Sobre perícia e peritos, responda as seguintes questões: 
1.O que significam as perícias? 
 
2.Quem são os peritos? Explique. 
 
3.Qual o objetivo da perícia? 
 
4. Como surgem os documentos médico-legais? 
 
5.O que são os documentos médico-legais? Exemplifique. 
 
6.Comente sobre os seguintes documentos médico-legais: 
a)atestado médico-legal 
b)relatório médico-legal 
c)laudo médico-legal 
c)auto médico-legal 
e)consulta médico-legal 
f)parecer médico-legal 
 
7.Qual a diferença entre o laudo e o auto médico-legais? 
 
8.Comente como se dá a exumação de cadáveres. 
 
9.Que valor jurídico tem os esclarecimentos orais prestados por um perito? 
 
10.O que vem a ser a declaração de óbito? 
 
11.Fale sobre o IML. 
_________________________________________________________________

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