Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fisioterapia em Pediatria Trabalhamos parte motora e respiratória Neonato: • Segunda fase da vida (a primeira é intraútero) • Nascimento ao 1º mês (na verdade 28 dias) • RN não é ser reflexo, mas tem alguns reflexos. Tem movimento ativo voluntário Condições ao Nascimento: Sadio X Não sadio Não sadio = Estável (não tem perigo de vida) X Instável (esse tem perigo e exige maior atenção) = Determinar a tomada de decisão clínicas Indicadores importante ao Nascimento: • IG - Idade gestacional • APGAR • CAPURRO • PESO Classificação da IG: • RNPT (recém-nascido pré termo - prematuro): Menos de 38 semanas • RNAT (recém-nascido a termo): Entre 38 a 42 semanas = a média é 40 • RNPoT (recém-nascido pós termo): Mais de 42 semanas • Pode ter bebe saudáveis ou não saudáveis nas 3 situações IC ≠ IM ≠ ICc Exemplo: − RN de Jussara, menina, RNPT, IG: 28 semanas − Pegamos 40-28 (ver quantas semanas faltou na vida intrauterina) =12, ou seja, faltou 12 semanas para ficar intrauterina. Precisamos colocar em meses = 12/4= 3 meses, ou seja, esse RN faltou 3 meses intrauterina. Precisamos tirar esse valor da idade do bebê. − Se veio para clínica com 6 meses, fazemos a avaliação (pode fazer IPO, AIMS IC= 6M IM= ? ICc= IC - quanto faltou = 6-3= 3m Todo profissional de saúde que trabalha com bebê deve fazer idade corrigida 40 semanas é o padrão, a média; Tira da ig, se transforma em meses = isso é o que faltou no útero, isso tiramos da IC Todo bebê prematuro até 2 anos de IC precisa se fazer ICc, é uma chance para recuperar (desenvolver) o tempo que faltou de vida intrauterina Portanto, IC=6M, ICc=3m A IM avaliamos através da ICc e habilidades motoras, como por exemplo, controle de cabeça. Com isso temos uma estimativa rápida, mas é necessário demais escalas (ipo, alberta) APGAR: Da nota para esses 5 critérios no 1° e 5º min de nascimento e se soma todas • Realizado no 1° e 5° minuto; • Detectar sinais de Alarme; • Impedir instalação de lesões; • Pode identificar má formações. • Pontuação: 0 – 3: anóxia grave; 4 – 7: anóxia moderada/leve; 8 – 10: boas condições de vitalidade. Anoxia é falta de O2, A tendência é a nota aumentar ou manter, se cair ele pode estar morrendo CAPURRO: Determina a possível IG pelas características físicas Classificação do peso ao nascimento: Sempre comparar o peso com a IG. É o mais importante dos classificadores • PIG (pequeno para idade gestacional): Percentil < 10 = muito provável de ter fisio • AIG (adequado para idade gestacional): Percentil entre 10 e 90 = esses raramente procuram a fisio • GIG (grande para idade gestacional): Percentil > 90 = maior chance de procurar fisio Curva de gauss mais pontuda, pois a população é mais miscigenada O terceiro trimestre é para o ganho de peso do bebê Classificação - PIG: • Baixo peso (BP): - 1,5kg • Muito baixo peso (MBP): -1,0kg • Extremo baixo peso (EBP): -750g = Chances de comorbidades A mortalidade e a morbidade neonatais dependem mais da relação peso/IG do que do peso isoladamente Maior Temeridade: • Alguns problemas ao nascimento • Complicações no SNC • Grande problema de Saúde Pública (muito caro e complexo) - por isso crio- se a rede cegonha. RN Pré Termo: Fisioterapia: Foco é respiratória (higiene brônquica, reexpansão), somente os acima com 1,5kg podem ser intervidos motoramente (mobilização, posicio- namento, órteses). Vários eventos podem deixar sequelas, especialmente EHI (Encefalopatia hipoxico isquemica). 7 Problemas da Prematuridade: Anóxia Perinatal - Falta de O2: • Comprometimento nas trocas gasosas, durante ou logo após um trabalho de parto. • Interferência no fluxo sanguíneo umbilical. • Falta de O2 tem tendência a lesão sistema piramidal (tônus espástico) • É um dos fatores perinatais mais comuns que podem causar lesão neurológica – espasticidade (hemi, di (mais mmii) e tetra (mais mmss)). • Encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI). A hipóxia e a isquemia geralmente ocorrem juntas ou em série. Necrose Neuronal Seletiva: • É o bandido inteligente, seleciona ótimos neurônios para lesar • Necrose aleatória e disseminada de neurônios • EHI • Córtex cerebral, tálamo, hipotálamo e cerebelo - os principais lesados Isquemia Encefálica: • É a diminuição de fluxo sanguíneo ao encéfalo e é relacionada a hipotensão sistêmica e ao rendimento cardíaco diminuído. • Pode levar: − EHI − Bradicardia e hipotensão neonatal, que podem levar a uma isquemia sistêmica. Hemorragia Intraventricular: • O endotélio é tão frágil que começa a entrar sangue dentro dos ventrículos laterais - vulnerável vascularização do encéfalo • HIV • Complicações: Hidrocefalia (da pre- maturidade, dentro dela tem sangue) • Detectada pela US de transfontanela • Comprime estruturas, aumenta PIC = pode causar lesão Leucomalácia Periventricular: • Amolecimento da substância branca em volta do III ventrículo • Isquemia • Infarto da substancia branca ao redor dos ventrículos laterais e lesa o III ventrículo • Detectada pela RM após alta confirma DC de PC - diplegia • Todos pcte diparéticos da clínica até hoje eram essa lesão, ou seja, devemos dar ênfase aos trabalhos de MMII Hipoglicemia: • 1 mês o recomendado é de 2-2h para evitar hipoglicemia • 2 meses de 3-3h • Bebe muito pequeno é menor ainda a frequência • Entrando em hipoglicemia = Ácido lático no sangue = Passa a barreira hematoencefálica = Lesão encefálica Icterícia Neonatal: • Imaturidade fígado = Excesso de bilirrubina no sangue • Vida normal: Sem complicações • Em alguns casos é necessário transfusão para tirar essa bilirrubina • Passa a barreira hematoencefálica, gera as complicações neurológicas, nos núcleos da base: Atetose ou Coréia (são tipos de tônus) • Banho de luz serve para metabolizar uma substancia nociva da pele (a bilirrubina) • Na clínica todas as crianças que tiveram ictiricia neonatal mal resolvida tiveram coreia ou atetose Menor o peso e menor Ig = pior prognóstico Portanto: Todo bebê prematuro é hipotônico, isso porque ainda não deu tempo de ocorrer maturidade neurológica e nem posicionamento mais prolongado intra uterino. E, quanto maiores e mais complicadas as complicações = mais hipotônico será. O bebê neonato pode ter diversas complicações em conjunto Dessa forma, quanto maior hipotonia pior o desenvolvimento. Isso são condições comuns e esperadas em bebes prematuros A estimulação precoce auxilia muito no desenvolvimento. Casos incomuns: RNPT com complicações - hipertonia precocemente instalada (acabou de nascer e já espástico), sendo de extrema gravidade Fisioterapia: RN a Termo: Só é necessário fisio devido à alguma doença. Em geral, nasce e vai embora com a família Lembrando: RN sem complicações = tendem a hipertonia flexora fisiológica RN - Pós Termo Mecônio: Primeiras fezes - parece graxa Em geral, bebê não faz coco intrauterino, mas quando está em sofrimento fetal acaba fazendo e aspira = Síndrome de aspiração do Mecônio (SAM). Mais comum em bebês pós termo. Vai faltar O2, pois o coco é extremamente denso e pode gerar lesão cerebral Componentes do perfil postural de alto risco do bebê hipotônico: Quais sinais o bebê dá durante a terapia para indicar que é mais grave • Pescoço hiperestendido • Ombros elevados com escapulas aduzidas • Diminuição nos movimentos dos braços na linha média (mão para a boca) • Tronco excessivamente estendido - reflexo de lenda (Caso confirmado sinal de ltl) • Pelve imóvel (inclinação anterior)• Movimento antigravitacional pouco frequente das pernas • Sustentação do peso sobre os dedos dos pés (em pé com apoio) - apoia só os dedos, extensão do pé. Cenários da Fisio: Hospitalar: Técnicas básicas sensoriomotor (bebê precisa ter mais de 1,5kg) = manuseio, mudanças de posição, posicionamento terapêutico Prono é o ideal: Propicia o controle de cabeça, paciente fica simétrico, contenção (estabilidade fisiológico), melhor oxigenação, mas sempre sobre vigilância. Materiais: • Faixas; • Rolos; • Toalhas; • Cobertores; • Brinquedos; • Redes. Estimulando o padrão flexor, pois é o normal e devemos sempre estimular o normal. Bebês com menos de 2 anos não devem ser estimulados a dormir em prono = morte súbita Método canguru: Modalidade de atenção ao recém-nascido prematuro e de baixo peso, o método ou cuidado canguru prioriza o contato prolongado (pele-a-pele) entre mãe e filho, proporcionando o desenvolvimento do vínculo afetivo, o aleitamento materno, o ganho de peso mais acelerado e a alta hospitalar precoce e segura. Podemos fazer mobilização ativa, mas sempre pensando na flexão. Esf: Visita do agente de saúde (1ª visita) Orientações da equipe do NASF Não atendemos ninguém isoladamente, mas sim orientamos Ex: Nasceu um bebê prematuro no HR, ele mora no Humberto Salvador. A assistência social do bairro é comunicada, indicando a gravidade do caso. O agente realiza a primeira visita que comunica o fisioterapeuta. Com isso o NASF visita a casa e coleta dos problemas locais. Centros Especializados: O CER é um ponto de atenção ambulatórios especializado em reabilitação que realiza diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia assistiva, constituindo-se em referência para a rede de atenção à saúde da pessoa com deficiência no território Na região de PP não tem esses grandes centros, pois as universidades fazem esse serviço pelo governo Existem os órgãos também: • AME • APAES • IES (instituições de ensino superior) • Estimulação essencial • Estimulação psicomotora precoce • Intervenção precoce • Intervenção essencial Proporcionar vivência que faça com que a criança evolua. Tantos os profissionais da educação quanto os da saúde são responsáveis por isso. Programa de acompanhamento e intervenção clínico-terapêutica multi- profissional com bebês de alto risco e com crianças pequenas acometidas por patologias orgânicas buscando o melhor desenvolvimento possível por meio da minimização de sequelas: • Desenvolvimento neuropsicomotor; • Linguagem; • Socialização; Consiste em um “conjunto dinâmico de atividades e de recursos humanos e ambientais incentivadores que são destinados a proporcionar à criança, nos primeiros anos de vida, experiências significativas para alcançar pleno desenvolvimento no seu processo evolutivo”. • Estruturação do vínculo mãe e bebê e na compreensão e no acolhimento familiar dessas crianças. Visa possibilitar ao indivíduo desenvolver- se em todo potencial Quanto mais imediata for a intervenção, (< 3 anos), maiores as chances de prevenir e ou minimizar a instalação de padrões posturais e movimentos anormais. Trabalha-se estimulação: − Estimulação auditiva − Visual − Tátil − Função manual − Função motora global Estimulação contrastante (p&b) é ótimo para estimular visão Estímulo auditivo: Fornece vários tipos de sons diferentes. Ausência de sons pode gerar sequelas neurológicas. Podemos aproveitar essa estimular para agrupar com o movimento Pode ocorrer de forma isolada afim de trabalhar gradativamente as habilidades auditivas de: atenção, localização, lateralização, discriminação, compre- ensão auditiva. Desenvolvimento auditivo: O sistema auditivo está formado ao nascimento e, em função da estimulação sonora, ocorrerá maturação das vias auditivas, em nível de tronco encefálico Ao nascer, a audição do bebê é reflexa, mas, a partir do momento em que a criança está exposta a estímulos auditivos variados, iniciam-se as experiências auditivas e as respostas comportamentais aos sons. Estimulação visual: A estimulação visual é necessária ocorrer desde os primeiros dias de vida. É importante salientar que a orientação aos pais/cuidadores auxilia no tratamento realizado com a criança com deficiência visual, pois ao entenderem quais recursos e como utilizá-los serão “coterapeutas”, auxiliando no tratamento mais efetivo O desenvolvimento da visão tem início na vida intrauterina e continua após o nascimento, sendo permeado por fatores de maturação neurológica e ambientais Qualquer evento nocivo às estruturas oculares ou neurológicas da visão, durante o seu período de desenvolvimento, pode acarretar prejuízos em sua função. Reflexo Rtpca Acuidade visual da criança: Na criança de 5 anos ou mais, espera-se que a acuidade visual seja igual ou próxima à normal para o adulto. Dessa idade em diante, a acuidade visual pode ser medida através do reconhecimento de símbolos ou figuras. Tátil: Muito usado, mais barato Atividades de estimulação sensorial tátil com objetos de diferentes cores, texturas, ruídos são de fácil execução e aquisição pela família e são de suma importância para auxiliar no desenvolvimento. Atividades que promovam a interação e reforçam os laços afetivos, assim, como promovem a estimulação tátil e proprioceptiva devem ser incluídas. Estimulação da Função Motora: A estimulação das funções motoras irá ocorrer por meio da abordagem proprioceptiva visando proporcionar a sensação de onde se localizam partes do seu próprio corpo, no espaço, com maior diversidade de experiências sensitivas /sensoriais e promoção de praxias do sistema sensório motor oral e do próprio toque. Função manual: A estimulação da função manual acontece associada à quase totalidade de experiências sensório-motoras vivenciadas pelo bebê no cotidiano. Algumas atividades podem ser implementadas, no momento das terapias e/ou em domicílio, com o objetivo de potencializar a aquisição de habilidades por este segmento e que certamente repercutirão na vida funcional futura desta criança. A participação da criança na exploração do objeto é facilitada com a adequação da postura dos membros inferiores e tronco durante a ação. Quanto às aquisições motoras, as crianças cegas geralmente adquirem habilidades motoras estáticas na mesma época que as crianças videntes. Shantala: Outra técnica que pode ser utilizada pela fisioterapia na estimulação precoce Um sistema cuja sequência estimula automaticamente vários pontos, de tal forma que se consegue influenciar beneficamente todos os órgãos do corpo de uma criança, harmonizando-os ou ativando-os. A Shantala, enquanto toque terapêutico, proporciona a estimulação cutânea e pode colaborar com o desenvolvimento psicomotor da criança. Avaliação e Tratamento INTRODUÇÃO A LESÃO MEDULAR Importante reflexão − Inervação dos músculos, órgãos e pele que se localizam: • Acima da lesão • No local da lesão • Abaixo da lesão Lesão Medular em Crianças: Congênita: Devido aos defeitos do fechamento do tubo neural (DFTN). Traumática: Acidentes automobilísticos, quedas... Lesão Medular Congênita: Tubo neural: Dá origem a elementos do sistema nervoso central O defeito pode ter tamanho variável, desde uma pequena fenda até uma abertura completa da coluna vertebral, a chamada Raquisquise, sendo aberta ou oculta. Espinha BífidaAberta Espinha Bífida Oculta Tipos de DFTN: Meningocele: Protrusão cística, podendo conter meninges anormais e líquido cefalorraquidiano. Mielomeningocele: Envolvem elementos da medula espinhal e/ou nervos. Encefalocele: Cérebro e as meninges herniam-se através de um defeito na calota craniana. Anencefalia:Ausência completa ou parcial do cérebro e do crânio. Incidência de DFTN: De uma maneira geral, se situa em torno de 1:1.000 nascimentos vivos; O risco de recorrência em futuras gravidezes de um casal que teve um filho com DFTN é cerca de 25 a 50 vezes maior que o risco da situando entre 4 e 5%. A doença é frequente na raça branca, sendo mais rara em indivíduos das raças negra e oriental; e em mulheres com dieta pobre em ácido fólico – vitamina B9. O http://3.bp.blogspot.com/_cgb-gjlJGMM/Sjb3DRjZGBI/AAAAAAAAABc/ldfSLnK1Xdw/s1600-h/espinha+bifida+oculta.jpg exato mecanismo como este está envolvido na embriogênese do tubo neural é ainda desconhecido. Causas do DFTN: A causa é desconhecida: A maioria dos casos a etiologia da doença é atribuída à interação entre vários genes e fatores ambientais. Outros fatores de risco para o desenvolvimento do DFTN são: • Diabetes mellitus materno • Uso de ácido valpróico para tratamento de epilepsia durante a gestação; • Obesidade materna; • Deficiência de zinco. A DFTN pode estar relacionada também com diversas síndromes genéticas, como na síndrome de Meckel-Gruber, na síndrome de Waardenburg e nas Trissomias dos cromossomos 13 e 18. Diagnóstico do DFTN Pré-natal da gestante Amniocentese: Recolhe e analisa o líquido amniótico. Ultrasom: Pode revelar alguns dos casos. Mielomeningocele MMC - Mais comum DFTN Tratamento clínico precoce Mais comum é a cirurgia precoce 48 horas após o nascimento, já que se acredita que isso possa reduzir ao mínimo o risco de infecções e novas complicações; − Diminuir a exposição da medula espinhal e raízes ao meio ambiente e a perda liquórica; − Possibilita a reparação nervosa e melhora funcional. − Há também a cirurgia a céu aberto - intraútero Tratamento depende das complicações: • Neurológicas: Malformação de Arnold Chiari tipo II e da hidrocefalia; • Vesicais: Bexiga neurogênica e infecções urinárias de repetição; • Intestinais: Varia de episódios de constipação a perdas fecais frequentes; • Sensibilidade cutânea: Cuidado com a pele; • Ortopédicas: Paralisia de membros inferiores; pé torto congênito; luxação congênita de quadril; escoliose; contraturas musculares generalizadas; dificuldade de locomoção. Fisioterapia depende: • Família • Sequelas • Idade • Atendimento multiprofissional Fisioterapia - Hospitalar Geralmente após a cirurgia: • Motor – especialmente de MMII − Mobilização articular; − Alongamento; − Posicionamento; • Respiratório − Reexpansão pulmonar; − Higiene brônquica; • Orientação aos familiares quanto (uso de órteses e procura pelo atendimento multiprofissional – UBS pode orientar) Fisioterapia – UBS: • Encaminhar e ajudar a localizar a equipe: − Fisioterapia; − Fonoaudiologia; − Psicologia; − Serviço social; − Orientações a Família ao retorno as consultas médicas pós operatória. Fisioterapia - Ambulatorial • Avaliação: − Anamnese e Exame físico − Não há um instrumento específico − Cautela: Asia, Pedi, EDM, IPO − DCF: C, L, D, I − Nível neurológico (Local da lesão) ≠ motor (miótomo) ≠ sensitivo (Dermátomo) Nível Neurológico: Nível Sensitivo e Motor “O nível sensitivo é definido como o segmento mais distal da medula que tem função sensitiva normal em ambos os lados do corpo.” “O nível motor é o último nível em que a força é pelo menos grau 3 e o nível acima tem força muscular normal (grau 5).” Avaliação do Nível Motor Lesão Medular Traumática: Nos EUA, uma dentre três crianças é, anualmente, vítima de trauma. Em consequência, o trauma é responsável por aproximadamente 10% e 15% das internações pediátricas em hospitais e unidades de tratamento intensivo. Para cada criança que morre outras 40 crianças requerem hospitalização e 1000 necessitam de avaliação e tratamento de emergência Cerca de 80% dos traumas são contusos, representados principalmente por acidentes automobilísticos, bicicletas e quedas. Comprometimentos, limitações funcio- nais, incapacidades e o tratamento fisioterapêutico da criança com lesão medular traumática, será muito parecido com o da lesão medular congênita. Revisão Sistemática e Meta-Análise em seis bancos de dados para se discutir a eficácia do treinamento locomotor em crianças após lesão medular. Após as análises conclui-se que as crianças podem se beneficiar com treinamento locomotor para desenvolver ou restaurar a deambulação. E como benefícios adicionais, são incluídos o melhor controle e controle do intestino/bexiga, resistência cardio- vascular e uma qualidade de vida global. Pé torto congênito Avaliação e tratamento no PTC: Pé torto congênito (PTC) é o termo usado para descrever a deformidade complexa que inclui alterações de todos os tecidos músculo-esqueléticos distais ao joelho, ou sejam, dos músculos, tendões, ligamentos, ossos, vasos e nervos. Podem ser: Pé equinovaro, pé talo-valgo, pé talo-vertical e pé metatarso-varo. Também podem receber outras denominações: o postural, que se resolve habitualmente com manipulações; o neurológico, associado à mielomeningocele; e o sindrômico, presente nas crianças com outras anomalias congênitas; os dois últimos, geralmente rígidos e muito resistentes ao tratamento. Pé equinovaro, mais comum, sendo sinônimo de PTC - Pé talo-valgo ou calcâneo valgo Pé talo-vertical - Pé metatarso-varo Epidemiologia A incidência apresenta ampla variação conforme a raça, sendo de 0,93 a 1,5 para cada 1.000 nascidos vivos da cor branca e de até 6,8 para cada 1.000 nascidos vivos polinésios. O sexo masculino é duas vezes mais afetado. O envolvimento é bilateral na metade dos casos e, quando unilateral, é mais frequente à direita. Não esclarecida, primeira hipóptese seria a compressão intra-útero do PTC idiopático Kawashima e Uhthoff demonstraram que, provavelmente, existe uma parada no desenvolvimento, que impediria o curso normal de correção espontânea da deformidade. Ippolito e Ponseti acreditam na existência de alterações histológicas e estruturais como defeitos primários. A deformidade seja secundária a anormalidades neurogênicas, em que a diminuição da inervação na região póstero-medial do pé seria responsável pelo encurtamento e fibrose da musculatura, sendo comparável a uma forma limitada de artrogripose. Fatores genéticos apresentam reconhecida influência. Tratamento clínico: Tornar o PTC um pé plantígrado, funcional e indolor; Utilizar técnicas de manipulação com gesso seriado - pela capacidade de produzir deformação plástica e alongamento das estruturas contraturadas, de forma progressiva, mediante as propriedades viscoelásticas inerentes ao tecido conjuntivo; Destaca-se o Método de Ponseti Método de Ponseti: Inicia na segunda semana de vida e termina antes dos três meses, com a manipulação do pé por alguns segundos e sua imobilização com gesso inguinopodálico; O engessamento é realizado com abdução máxima de 70 graus, seguido pela perna, fletida em 90º, e a malha gessada chegando até a virilha. Duração de 6 a 8 semanas, sendo de extrema importância a troca do gesso semanalmente para o novo posicionamento do pé, aumentando a sua abdução. Em quase todos os pacientes se faz necessáriaa secção completa do tendão do calcâneo, seguido do último gesso, que mantém o pé em abdução de 70 graus e em dorsiflexão, com intuito de manter o alongamento máximo do tendão, em média, três semanas. Ao final dessa etapa, o pé estará corrigido. Porém a etapa final consiste na colocação da órtese de Denis-Browne, 23 horas por dia, nos primeiros três meses. Depois, reduz-se para 14 horas, ocupando o período da noite, até o paciente completar quatro anos de idade. Avaliação Fisioterapêutica: • Exame físico: − Inspeção: Coloração, Cicatriz, Tumefação, Trofismo, Posicionamento das articulações (padrão) − Palpação: Temperatura, Tônus, Presença de dor, Espessamento do tendão do calcâneo; − Amplitude de movimento; − Força muscular (avaliação de prova muscular graduada); − Habilidades motoras presentes, incluindo marcha (se já estiver andando e apresentar anormalidade devido as contraturas do PTC); − Caso retornem a partir dos quatro anos, realizar avaliação postural Tratamento Fisioterapêutico: Ideal recebê-la após finalização- do Ponseti; • Crianças de 3 meses a 3 anos: − Manipulação suaves das articulações; − Alongamentos passivos; − Atividades que promovam a aquisição e aperfeiçoamento de exercícios ativos e de habilidades motoras que consequentemente, aumentem a força muscular, pois difícil realizar exercício resistido por si só; − Atenção a posição em pé e deambulação, importante, mas deve ser realizada com adequado alinhamento articular – agravamento; • Acima dos 4 anos: − Continuação das atividades acima, além de focar em exercícios posturais; − Uso de kinesio tape. − Orientações - alongamentos em casa e uso de dispositivos ortéticos ou gessados. É uma condição do musculo, da qual distrofia é um tipo de miopatia – onde devemos pensar em trofismo e volume de massa Existem mais de 40 tipos de distrofias, sendo crônicas e evolutivas – umas das poucas doenças (que tratamos) que aumenta com o tempo, sendo muito incapacitante Se tem diminuição do volume e trofismo, tem diminuição da força muscular e função motora (verbos de ação motora que pcte executa), ou seja, pcte só piora com o passar da vida = destrói os músculos Distrofia muscular de Duchenne (DMD) A distrofia que mais atinge a criança é a distrofia muscular de Duchenne. Uma doença de característica genética, recessiva, da qual atinge o cromossomo Y, ou seja, praticamente exclusiva dos homens, porem a mãe tende a ser portadora (70% dos casos ela recebeu dos pais e 30% a mutação ocorre a partir daquela criança, no momento da fecundação). De cada 3500 nascido, 1 é acometido – é uma doença rara, mas não é rara na pratica terapêutica. Meninas é 1 a cada 500 milhões, raríssimo Classicamente as doenças degenerativas progressiva geralmente são atendidas na neuro, na unoeste, Duchenne é atendido na pediatria Na Duchenne, um X da mãe vem com o gene da distrofia (50% de chance de ter a doença e 50% de não ter). Um pedaço deste cromossomo X vem está mutado (esse pedaço chama XP21) Ou seja, toda pessoa que tiver mutação do XP21 vai ter distrofia – essa pessoa não produz distrofina (uma proteína presente na MP das fibras musculares, atuando na permeabilidade da célula). Se não tem distrofina não tem manutenção da integridade da fibra muscular, com isso a fibra entra em necrose o que gera atrofia muscular Sua evolução é com o passar dos anos: 3-5 anos a criança começa a cair. A criança vai ter pseudo-hipertrofia, o organismo como função de defesa produz tecido conectivo (conjuntivo) e gordura no musculo, especialmente no tríceps sural e deltoide – bem hipertrofiado mesmo, como se tivesse malhando. Devemos olhar e palpar (é extremamente duro, isso não é normal, criança não pode ter isso) Não é uma doença neuromuscular, é no músculo No exame de sangue vai ter aumento de CK (creatinina fosfoquinase), indica degeneração muscular Para determinar qual o tipo de distrofia é se faz o teste de DNA e RNA. Atualmente não tem nenhum medicamento especifico para duchenne. Se pesquisa uma terapia genica, que foi paralisada pela pandemia. Às vezes o médico passa corticoide para amenizar processo inflamatório. Vai ter muito encurtamento muscular, onde há cirurgia para alongar os tendões. O fisio inicialmente avalia, devendo tomar cuidado pois ao avaliar, se percebe que o pcte está sempre pior, o que mexe muito com o emocional dele e da família. Avaliação: • Inspeção: Trofismo (ver se tem pseudo- hipertrofia ou se até perdeu ela com o passar da vida) • Palpação: Aumento da tensão (mas não por espasticidade, sim pela composição do musculo) • ADM ativa (na ped é sempre ativa primeiro – com os grandes músculos); • Teste de força muscular (dos grandes mm também) Evolução ascendente, primeiro MMII depois MMSS. • Avaliar funções motoras: Fica em supino, rola, fica em pé, senta, etc. Avaliar se é capaz de fazer (transferência e manutenção de postura) Com base nisso é possível montar o DCF Ainda é preciso avaliação respiratória Uma vez fechado o diagnóstico de duchenne, devemos trabalhar fisio “motora” e fisio respiratória Esse pcte tem direito por lei de ter aparelhos ventilatórios (CPAP e BIPAP) em casa e os gastos energéticos são descontados da conta e também ter um gerador em casa. Nos livros mais antigos a expectativa de vida é 8-12 anos. Artigos mais novo mostram duchenne com 30 anos, pois foi melhorado o tratamento (com fisio motora, respiratória, corticoide) MFM – medida da função motora grossa − É uma escala para avaliar miopáticas − Com base nas funções motoras, é gerada uma porcentagem − Quanto maior, melhor será a função motora Servindo de previsão, como: 70% da MFM indica que dentro de 1 anos irá perder a marcha, logo devemos criar estratégias para prolongar Na fisioterapia deve haver exercícios resistido de acordo com a RM individual, tomar cuidado com a fadiga para não gerar microlesões, pois já está em processo degenerativo. Também é necessário tem alongamento devido aos encurtamentos Muito interessante trabalhar a hidroterapia, visto que através da diminuição da gravidade é possível execução do movimento Quando mais anda, maior será a expectativa de vida Além da força e alongamento, é necessário exercícios aeróbicos, respeitando os limites (dispneia, palidez, sudorese, vermelhidão, batimento da asa do nariz – muito além do que deve) A postura ereta típica • Hiperlordótica com abdome protuso; • Aumento da base de sustentação; • Marcha é do tipo anserina; • Escalam o próprio corpo - "sinal de gowers" ou levantar miopático. Objetivo Geral • Aumentar sobrevida; • Melhorar qualidade de vida; • Manter funcionalidade; • Prescrição e órteses. Fisioterapia motora respiratória aquática Evitar contraturas musculares e deformidades Manter a função respiratória Favorecer habilidades funcionais Manter a força muscular/evitar encurtamentos Pcte neuro: Primeiramente avaliamos o tônus, através da palpação, comparando com o outro membro. A gente busca avaliar a tensão musculo (se tá aumentado ou não, havendo o tônus flutuante – ora aumentado ora diminuído). Em seguida, ainda avaliando o tônus se avalia a ADM passiva, verificando se há resistência. Primeiramente de forma lenta e depois de forma rápida, para avaliar se aumenta resistência ou até se ocorre um bloqueio. Após isso, o segundo elemento mais importante é a função motora (o principal instrumento é GMFM). Avaliamos a principais 10 habilidadesmotoras rudimentares Em 15 minutos conseguimos avaliar tônus e função motora com isso conseguimos fazer o diagnóstico. Tônus: Aumentado: • Elástico (espasticidade): Local de lesão é o sistema nervoso piramidal (começa nas áreas motoras do córtex, saem em direção à capsula interna, descendo para diencéfalo, mesencéfalo, ponte, bulbo, onde decussam para o lado oposto e descem pela medula – conhecida como vias corticofugaz). Esse sistema é o maior que existe, por isso 80% dos pctes neuro vão ter espasticidade. Os reflexos são aumentados, pois primeiro vem os reflexos e depois o tônus, primeiro tem a hiperreflexia e depois a hipertonia. Logo após a lesão o pcte é hipotônico, demora cerca de 30 dias para a espasticidade se instalar, por isso é muito importante o posicionamento no leito. A criança espástica demora até 6 meses para adquirir, antes disso é hipotônica. Quanto mais rápido aparece pior o prognostico A ADM é diminuída, com grande fraqueza muscular e atrofia muscular (trofismo diminuído – “hipotrofia’’, mas esse termo não é tão certo) O sinal característico é o sinal de canivete. Com musculatura acometida: antigravitária (flexora de MMSS e extensora MMII). Mais comum em AVC no adulto e PC na criança • Plástico (rigidez): Local de lesão: Mesencefalo (substancia negra) Reflexos: Geralmente normais Força, ADM, trofismo – todos diminuídos Sinais característicos: Roda denteada e cano de chumbo Musculatura acometida: Agonista e antagonista Esse tipo de tônus é muito raro em pediatria. Flutuante: Também chamado de discinético (distúrbio de movimento – movimentos involuntários) Demora até 2 anos para instalar O pcte fica o tempo todo em movimento, mesmo em repouso, sendo 3 tipos: • Atetose: Movimento mais serpenteante e distal • Coreia: Movimentos mais proximais e brutos/abrupto • Distonia: Pior distúrbio de tônus que pode existir, pcte é super hipertônico, segundos depois super espástico, é o pcte mais difícil de atender Local de lesão: Sistema nervoso extrapiramidal, nos núcleos da base Reflexos: São flutuantes também, geralmente nem avaliamos ADM: Geralmente não tem alteração pois mexem muito, mas é difícil fazer isometria. Trofismo: Diminuído, são extremamente magros Sinais característicos: Movimento involuntários Musculatura acometida: Depende do tipo, se é mais proximal ou distal, pode acometer toda musculatura do corpo Diminuído: Na grande maioria das lesões neurológicas a hipotonia é transitória, ou seja, pode mudar pra um dos outros tipos. Ocorre somente no processo de instalação da lesão. As síndromes (como a Down) não são lesões cerebrais, por isso são sempre são hipotônicos Há um subgrupo de hipotonia: Ataxia (movimento incoordenado, esse tipo de pcte quando parado não apresenta a incoordenação, aparece durante o movimento). Demora até 4 anos para acontecer, até lá a criança é hipotônica. Local de lesão da ataxia: Cerebelo Reflexos: Hiporreflexia ADM: A passiva é aumentada, a ativa pode ser diminuída por força Força muscular: Diminuída Trofismo: Diminuído Sinal característico: Incoordenação Musculatura acometida: Geralmente musculatura postural Tônus misto: A mistura de qualquer tipo acima. Ex: Espástico com atetose, espásticos com ataxia, espástico com distonia Se for misto é nos dois locais, falta de O2 é uma das causas Todos podemos fazer exercício resistido, Alongamento pode ser correto para neuro adulto, as diretrizes da infância dizem que não é tão interessante alongamento em algumas crianças, é mais interessante exercícios em grandes amplitudes, alongamento pode causar microlesões. No padrão devemos visar o ganho de força da musculatura oposta, para diminuir a tensão da musculatura espástica. Topografia: O local do corpo que apresenta o acometimento devido á lesão neurológica • O corpo todo – os dois hemisférios acometidos: MMSS piores: Tetraparesia MMII piores: Diparesia • Meio corpo: Hemiparesia – um hemisfério cerebral que apresentou alterações Só o pcte espástico ou misto pode chamar tetraparesia, diparesia e hemiparesia O termo mais correto é paresia ao invés de plegia, pois há algum movimento Discinetico e ataxicos é muito bacana utilizar isometria durante exercício ativo. Reflexos acompanham o tônus
Compartilhar