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Trabalho faculdade Mayara 02

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1
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
PERÍODO 2021-1 
MAYARA DE CARLOS MÜLLER
ESTUDO DIRIGIDO: ANATOMIA DOS OGÃOS VEGETATIVOS E REPRODUTIVOS
SDE 4096
MANAUS
2021
ANATOMIA DOS OGÃOS VEGETATIVOS E REPRODUTIVOS
1. ANATOMIA E CARACERÍSTICAS DIAGNÓSTICAS DAS RAÍZES PRIMÁRIAS DE MONOCOTILEDÔNEAS E DE EUDICOTILEDÔNEAS
1.1 Raízes Primárias de Eudicotiledôneas
Nas plantas com sementes, a raiz formada a partir da radícula é chamada de raiz principal ou raiz primária. As estruturas formadas por meristemas apicais são chamadas de estruturas primárias. O corpo da planta primária consiste apenas em tecidos primários. Em plantas dicotiledôneas surgem meristemas secundários (CASTRO et al, 2007).
Eles produzem tecidos secundários. Uma raiz dicotiledônea mostra uma estrutura primária na zona dos pelos da raiz. O crescimento secundário ocorre na zona acima dos cabelos da raiz. A organização interna de uma raiz dicotiledônea é simples. Em corte transversal, mostra três regiões: epiderme, córtex e estela (BUCHANAN et al, 2017).
 Figura 1 – Estrutura Primária da Raiz
 
 Fonte: AlfredoCossa2
1.2 Epiderme 
	A epiderme é a camada mais externa. Consiste em uma única camada de células. As células são compactamente dispostas, paredes finas, forma de barril e vivas. A maioria das células epidérmicas apresenta extensões longas e tubulares. Eles são chamados de pelos da raiz. Os pêlos da raiz ajudam na absorção de água e íons minerais do solo. Devido à presença de pêlos radiculares, a epiderme também é chamada de camada pilífera, epiblema ou rizoderma. Os pêlos das raízes têm vida curta. Espaços intercelulares ausentes. Cutícula e estômatos ausentes. A epiderme tem função protetora. Ele protege os tecidos internos (CASTRO et al, 2007).
1.3 Córtex
	O córtex é a região do meio. É relativamente maior do que a estela. Pode ser divisível em três zonas. Eles são exoderme, córtex geral e endoderme.
1.3.1 Exoderme
	A exoderme é a zona externa do córtex. Está presente logo abaixo da epiderme Consiste em células menores compactadas. As paredes dessas células são ligeiramente cutinizadas. As células são organizadas em uma ou mais camadas. A exoderme evita o vazamento de água da raiz. A exoderme desempenha um papel proeminente nas raízes onde a epiderme tem vida curta (CASTRO et al, 2007).
1.3.2 Córtex Geral
	O córtex geral é a zona média do córtex. Ele está presente abaixo da exoderme. É constituído por várias camadas de células parenquimatosas. As células são redondas ou ovais, de paredes finas, vivas e dispostas livremente. Espaços intercelulares estão presentes. As células são incolores e preenchidas com plastídios incolores (leucoplastos). As células armazenam material alimentar. Eles ajudam no transporte lateral de água e íons minerais da epiderme para a estela (BUCHANAN et al, 2017).
1.3.3 Endoderme
	A endoderme é a camada mais interna do córtex. Consiste em células em forma de barril compactamente dispostas. As paredes radial e tangencial das células endodérmicas são espessadas com suberina. Esses espessamentos são chamados de espessamentos de Casparian, todas as células endodérmicas podem não mostrar as faixas de Casparian. 
Algumas células de paredes finas estão presentes na endoderme. Essas células são chamadas de células de passagem. As células de passagem estão presentes em oposição ao protoxilema. Geralmente os grãos de amido estão presentes nas células endodérmicas. Consequentemente, a endoderme é chamada de bainha de amido. A endoderme impede o vazamento de água da estela para o córtex. As células de passagem ajudam no transporte de água e íons minerais do córtex para o xilema (BUCHANAN et al, 2017).
1.4 Estelas
	Estela é a região central, é relativamente menor que o córtex. Ele pode ser dividido em quatro zonas. Eles são periciclo, tecidos vasculares, tecido conjuntivo e medula.
1.4.1 Periciclo
	O periciclo é a zona mais externa da estela. Ele está presente abaixo da endoderme. Consiste em uma única camada de células parenquimatosas de paredes finas. As células são compactadas e os espaços intercelulares estão ausentes. As células do periciclo retêm o poder de divisão. As raízes laterais originam-se do periciclo. O meristema secundário surge de algumas células do periciclo (BUCHANAN et al, 2017).
1.4.2 Tecidos vasculares
Os tecidos vasculares xilema e floema estão presentes em manchas separadas em igual número. Eles estão dispostos alternadamente em raios diferentes. Portanto, os tecidos vasculares são descritos como radiais e separados. No xilema, os vasos do protoxilema ocorrem em direção à periferia e os vasos de metaxilema ocorrem em direção ao centro da estela. Tal arranjo é chamado de exarca. A raiz dicotiledônea mostra um número limitado de feixes de xilema (geralmente entre um e quatro). A raiz com um feixe de xilema é descrita como monarca (por exemplo, Trapa natans). A raiz com dois feixes de xilema é descrita como diarca (por exemplo, Nicotiana). A raiz com três feixes de xilema é descrita como triarca (por exemplo, Helianthus e Pisum). A raiz com quatro feixes de xilema é descrita como tetrarca (por exemplo, Gossypium). O Xylem consiste em vasos (BUCHANAN et al, 2017).
O floema consiste em tubos de peneira, células companheiras e parênquima do floema. Poucas fibras de floema podem estar presentes. Cambium está ausente. Portanto, os feixes vasculares são descritos como fechados. Xylem ajuda na condução de água e íons minerais. O floema ajuda na condução de materiais alimentares. Na raiz, o número de feixes vasculares é determinado pelo número de feixes de xilema (ALBERTS et al, 2011).
1.4.3 Tecido conjuntivo
	Entre os feixes do xilema e os feixes do floema, os tecidos parenquimatosos estão presentes. Este tecido é denominado tecido conjuntivo. As células são poligonais em contorno. Suas paredes são finas e espaços intercelulares estão presentes entre elas.
1.4.4 Medula
	Medula é a zona central da estela. Na raiz dicotiledônea, geralmente os vasos do metaxilema de todos os feixes do xilema se encontram no centro da raiz. A medula está ausente se os vasos do metaxilema não se encontram, uma pequena medula está presente. É parenquimatoso. Espaços intercelulares estão presentes (ALBERTS et al, 2011)
2. Raízes Primárias de Monocotiledôneas
	
	A planta monocotiledônea consiste apenas em tecidos primários. O crescimento secundário não ocorre. Consequentemente, os tecidos secundários estão ausentes. A organização interna da raiz monocotiledônea é simples. Em seção transversal, mostra três regiões. Eles são epiderme, córtex e estela (ALBERTS et al, 2011)
2.1 Epiderme 
	A epidemia é a região mais externa. Consiste em uma única camada de células. As células são em forma de barril, compactamente dispostas com paredes finas e vivas. Espaços intercelulares ausentes. Cutícula e estômatos ausentes. A maioria das células epidérmicas apresenta extensões longas e tubulares. Essas extensões são chamadas de pêlos da raiz. Os pêlos da raiz ajudam na absorção de água e íons minerais do solo. 
Devido à presença de pêlos radiculares, a epiderme também é chamada de epiblema da camada pilífera ou rizoderme. Os pêlos das raízes têm vida curta. A epiderme atua como uma camada protetora (ALBERTS et al, 2011)
As raízes das epífitas pertencentes a orchidaceae e araceae possuem tecido esponjoso em suas regiões externas. Esse tecido é chamado de tecido velame. Consiste em algumas camadas de células mortas organizadas de forma compacta. As células absorvem umidade da atmosfera (ALBERTS et al, 2011)
 Figura 02 – Estrutura da Raiz
 
 Fonte: AlfredoCossa2 2019
2.2 Córtex
	O córtex é a região do meio. É relativamente maior do que a estela. Ele pode ser dividido em três zonas. Eles são exoderme, córtex geral e endoderme.
2.2.1 Exoderme
	A exoderme é a zona externa do córtex. Ele está presente logo abaixo da epiderme. Consiste em células menores organizadas de forma compacta. As células são organizadasem uma ou mais camadas. As paredes dessas células são ligeiramente cutinizadas. A exoderme evita o vazamento de água da raiz. Ele protege os tecidos internos onde a epiderme tem vida curta (ALBERTS et al, 2011)
2.2.2 Córtex Geral
	O córtex geral é a zona média do córtex. Ele está presente abaixo da exoderme. É constituído por várias camadas de células parenquimatosas. As células são redondas ou ovais, de paredes finas, vivas e dispostas de maneira solta. Espaços intercelulares estão presentes. As células armazenam materiais alimentares. Eles ajudam no transporte lateral de água e íons minerais da epiderme para a estela (JUDD et al, 2009).
2.2.3 Endoderme
	A endoderme é a camada mais interna do córtex. Ele está presente abaixo da exoderme. É constituído por várias camadas de células parenquimatosas. As células são redondas ou ovais, de paredes finas, vivas e pouco dispostas. Espaços intercelulares estão presentes. As células armazenam materiais alimentares. Eles ajudam no transporte lateral de água e íons minerais da epiderme para a estela (JUDD et al, 2009).
Consiste em células compactamente dispostas em forma de barril. As paredes radial e tangencial das células endodérmicas são espessadas com suberina. Esses espessamentos são chamados de espessamento Caspariano. Todas as células endodérmicas podem não apresentar tiras de Casparian. Essas células têm paredes finas e são chamadas de células de passagem. As células de passagem estão presentes em oposição ao protoxilema. Eles ajudam no transporte de água e íons minerais do córtex para o xilema. A endoderme impede o vazamento de água da estela para o córtex (JUDD et al, 2009).
2.3 Estelas
	Stele é a região central. É relativamente menor que o córtex. Ele pode ser dividido em quatro zonas. Eles são periciclo, tecidos vasculares, tecido conjuntivo e medula.
2.3.1 Periciclo
	Periciclo é a zona mais externa da estela. Ele está presente abaixo da endoderme. Consiste em uma única camada de células parenquimatosas de paredes finas. As células são organizadas de forma compacta, sem espaços intercelulares. As células retêm o poder de divisão. As raízes laterais surgem do periciclo. Em raízes mais velhas, as células do periciclo se transformam em células esclerenquimatosas (JUDD et al, 2009).
2.3.2 Tecidos vasculares
	Os tecidos vasculares xilema e floema estão presentes em manchas separadas em igual número. Eles estão dispostos alternadamente em raios diferentes. Portanto, os tecidos vasculares são descritos como separados e radiais. 
No xilema, os vasos do protoxilema ocorrem em direção à periferia e os vasos de metaxilema em direção ao centro. Tal arranjo é chamado de exarca. A raiz de monocotiledônea mostra muitos vasos do xilema. Ajuda na condução de água e íons minerais. O floema consiste em tubos de peneira, células companheiras e parênquima do floema. Ajuda na condução de materiais alimentares (JUDD et al, 2009).
2.3.3 Tecido conjuntivo
	Entre feixes de xilema e feixes de floema, tecido parenquimatoso está presente. Este tecido é denominado tecido conjuntivo. As células são poligonais em contorno. Seus vasos são finos. Espaços intercelulares estão presentes (JUDD et al, 2009).
2.3.4 Medula
	Medula é a zona central da estela. É bastante grande e parenquimatoso. As células são isodiamétricas ou de contorno irregular. Eles têm paredes finas e estão dispostos de maneira solta. Eles armazenam materiais alimentares. Em algumas raízes, as células são lignificadas e tornam-se células de paredes espessas (SALISBURY et al, 2012).
3. ANATOMIA E CARACTERÍSTICAS DIAGNÓSTICAS DA RAIZ SECUNDÁRIA EUDICOTILEDÔNEAS
O crescimento secundário ocorre em todas as plantas lenhosas dicotiledôneas. A circunferência da raiz aumenta pela atividade do câmbio estrelar e extrastelar. Este crescimento começa a ocorrer ligeiramente atrás do ápice da raiz.
3.1 Origem e atividade do Cambium Vascular
	Em raízes dicotiledôneas, o arranjo dos feixes vasculares é radial e o xilema é exarca. Cambium está ausente, mas se desenvolve no momento do crescimento secundário. Em primeiro lugar, as células do parênquima no interior do floema (em direção à medula) tornam-se meristemáticas, portanto, em uma raiz de tetarca, quatro faixas separadas de câmbio são formadas (SALISBURY et al, 2012).
Posteriormente, essas faixas tornam-se contínuas lateralmente como resultado de divisões tangenciais das células do periciclo opostas a cada protoxilema. Assim, um anel de câmbio contínuo ondulado é produzido.
Este anel está presente abaixo do floema, mas acima do protoxilema. Este meristema é, portanto, um meristema absolutamente secundário.
Primeiro, as faixas de câmbio abaixo do floema cortam o xilema secundário em direção ao lado interno (SALISBURY et al, 2012).
As células cortadas em direção à face externa amadurecem em floema secundário. Por esta atividade dessas faixas de câmbio, o câmbio se torna circular e corta o xilema secundário internamente em todos os lugares e o floema secundário em todos os lugares externamente.
Assim, após o crescimento secundário estelar, um cilindro central sólido de madeira é formado, o qual é circundado por fibra.
3.2 Origem e atividade da cortiça Cambium
	O câmbio da cortiça surge como resultado da divisão tangencial das células externas do periciclo.
A atividade do câmbio da cortiça é semelhante à do caule da dicotiledónea, pelo que produz células da cortiça na parte exterior e parênquima na parte interior (SALISBURY et al, 2012).
O protoplasto das células da cortiça secreta uma substância gordurosa chamada suberina, que se deposita nas paredes.
Devido à posterior deposição de suberina, essas células morrem. Como o câmbio da cortiça na raiz da dicotiledônea se origina das células do periciclo, todos os tecidos que ficam fora da cortiça (endoderme, córtex, epiblema) são completamente eliminados.
O crescimento secundário leva a raízes mais grossas e faz com que tecidos primários como epiderme, hipoderme, córtex e endoderme sejam perdidos. As raízes secundárias desenvolvem uma camada cortical suberizada que impede a entrada de água, embora possa entrar pelas lenticelas quando presentes (SALISBURY et al, 2012).
As maiores raízes principais e laterais de plantas dicotiledóneas e gimnosperma mostram um crescimento secundário típico. O crescimento secundário começa quando o meristema do procâmbio, entre o xilema e o floema, torna-se o meristema do câmbio vascular, dependendo do número de feixes de floema, inicialmente é formado um número variável de segmentos do câmbio vascular (SALISBURY et al, 2012).
 Figura 03 – Crescimento Secundário da Raiz
Fonte: AlfredoCossa2 2020
Ao mesmo tempo, as porções do periciclo próximas aos pólos dos raios do xilema se dividem periclinalmente e as células que se localizam no interior tornam-se também meristema do câmbio vascular. Posteriormente, o câmbio vascular originado entre o xilema e o floema e aquele originado do periciclo são conectados para formar uma estrutura contínua: o câmbio vascular radicular, que é um cilindro estendendo-se ao longo do eixo principal da raiz (SALISBURY et al, 2012).
Logo após a formação do câmbio vascular contínuo, ele produz floema secundário em direção à parte externa e o xilema secundário em direção à parte interna. As novas camadas de xilema secundário empurram o câmbio vascular em direção à superfície da raiz. Desta forma, o perímetro do câmbio vascular aumenta em comprimento e o xilema se acumula progressivamente, de modo que a raiz aumenta em espessura (SALISBURY et al, 2012).
Desta forma, a raiz secundária se organiza de forma semelhante ao caule secundário. Com efeito, existe uma continuidade dos feixes vasculares, bem como do câmbio vascular, entre a raiz e o caule. Ao contrário do crescimento primário, não há zona de transição entre o caule secundário e a raiz secundária (STRYER et al, 2014).
A maior proporção de xilema e anéis de crescimento menos delimitados nas raízes permitem distinguir a raiz do caule. Em ambos, raiz e caule, o câmbio vascular é composto por dois tiposde células: células iniciais fusiformes e células iniciais radiais. As células iniciais fusiformes se diferenciam em células orientadas axialmente (verticais), enquanto as células iniciais radiais fornecem células orientadas horizontalmente (STRYER et al, 2014).
4. ANATOMIA E CARACTERÍSTICAS DIAGNÓSTICAS DO CAULE PRIMÁRIO DE MONOCOTILEDÔNEAS E DE EUDICOTILEDÔNEAS
4.1 CAULE PRIMÁRIO DE EUDICOTILEDÔNEAS
O tecido meristemático apical se divide e produz o corpo da planta primária. O corpo da planta primária consiste apenas em tecidos primários. Em regiões mais antigas do corpo da planta ocorre o crescimento secundário. Os tecidos secundários são formados. Estruturas secundárias podem ser observadas em partes mais antigas do caule. A estrutura primária pode ser observada nas partes mais jovens do caule, logo abaixo do ápice do caule (STRYER et al, 2014).
4.1.1 Epiderme
A epiderme é a camada mais externa. Consiste em uma única camada de células. As células são em forma de barril, paredes finas, vivas e organizadas de forma compacta. Espaços intercelulares ausentes. As células contêm plastídios incolores. As paredes externa e transversal dessas células são cutinizadas. A cutina é uma substância cerosa e forma uma camada chamada cutícula (STRYER et al, 2014).
A cutícula é fina nos mesófitos e espessa nos xerófitos. Está ausente nas plantas aquáticas. Cutícula reduz a transpiração. A epiderme mostra estômatos e pêlos epidérmicos. Os estômatos são pequenas aberturas através das quais ocorre a troca de gases e o vapor de água escapa. Os cabelos ou tricomas epidérmicos podem ser unicelulares ou multicelulares. Eles são protetores e controlam a transpiração. A epiderme protege as partes internas do corpo da planta (STRYER et al, 2014).
 Figura 04 - Caule Primário de Eudicotiledôneas
 
 Fonte: edisciplinas.usp.br 2020
4.1.2 Córtex
Córtex é a região do meio. É comparativamente menor do que a estela. Ele pode ser dividido em três zonas. Eles são hipoderme, córtex geral e endoderme.
4.1.3 Hipoderme
A hipoderme é a zona externa do córtex. Está presente como uma faixa contínua abaixo da epiderme. Tem 2 a 6 camadas e é colenquimatoso. As células são isodiamétricas, vivas e contêm cloroplastos. Os cantos são engrossados ​​com celulose e pectina. Espaços intercelulares ausentes. A hipoderme dá suporte mecânico, flexibilidade e elasticidade aos caules jovens. Os colênquima contendo cloroplastos realizam a fotossíntese e sintetizam materiais alimentares (STRYER et al, 2014).
4.1.4 Córtex geral
	O córtex geral é a zona média do córtex. Consiste em algumas camadas de células parenquimatosas. Eles são isodiamétricos, vivos, de paredes finas e dispostas de maneira frouxa. As células externas podem conter cloroplasto. As células internas possuem plastídios incolores. Dutos de mucilagem, glândulas de óleo ou laticíferos podem estar presentes no córtex geral. O córtex geral ajuda na síntese e armazenamento de materiais alimentares (STRYER et al, 2014).
4.1.5 Endoderme
	A endoderme é a camada mais interna do córtex. Consiste em células compactamente dispostas em forma de barril. Espaços intercelulares ausentes. As paredes radial e tangencial dessas células apresentam espessamentos menores. Esses espessamentos não são distintos como nas raízes. As células contêm grãos de amido abundantes. Portanto, isso é chamado de camada de amido (STRYER et al, 2014).
4.2 Estelas
	 Stele é a região central. É comparativamente maior do que o córtex. Ele pode ser dividido em quatro zonas. Eles são periciclo, feixes vasculares, medula e raios medulares.
4.2.1 Periciclo
	Periciclo é a zona externa da estela. Está presente entre a endoderme e os feixes vasculares. São muitas camadas. Em Helianthus, manchas esclerenquimatosas estão presentes acima dos feixes vasculares. É constituinte do floema. Portanto, o termo hard bast é aplicado a este patch. As manchas esclerenquimatosas são intercaladas por tecido parenquimatoso. Em Aristolochia e Cucurbita, este periciclo consiste em uma faixa contínua de esclerênquima. Isso dá suporte mecânico e rigidez (TAIZ et al, 2013).
4.2.2 Feixes vasculares
	Os feixes vasculares são limitados em número (15 a 20) e dispostos na forma de um anel. Cada feixe vascular é em forma de cunha, conjunto, colateral, endarca e aberto. Os tecidos vasculares xilema e floema estão presentes lado a lado no mesmo rádio. Portanto, o feixe vascular é descrito como conjunto e colateral (TAIZ et al, 2013).
O floema está presente para fora e o xilema está presente para dentro. Uma faixa de câmbio está presente entre o xilema e o floema. Portanto, o feixe vascular é descrito como aberto. No xilema, os elementos de protoxilema estão situados em direção à periferia e os elementos de metaxilema em direção ao centro. Portanto, o xilema é descrito como endarca (TAIZ et al, 2013).
O floema consiste em tubos de peneira, células companheiras e parênquima do floema. O floema ajuda no transporte de materiais alimentares. Cambium consiste em 2 ou 3 camadas de células fusiformes que aparecem retangulares em seção transversal. Cambium é responsável pelo crescimento secundário. O xilema consiste em vasos, traqueídeos, fibras do xilema e parênquima do xilema. Xylem ajuda no transporte de água e íons minerais (TAIZ et al, 2013).
4.2.3 Medula
	Medula é a zona central da estela. É grande e bem desenvolvido. Consiste em células parenquimatosas ovais ou redondas, vivas, de paredes finas e frouxamente dispostas. Espaços intercelulares estão presentes. Em Cucurbita, a medula se desorganiza e forma uma cavidade chamada cavidade medular. Medula armazena os materiais alimentares (TAIZ et al, 2013).
4.2.4 Raios medulares
	Os raios medulares são as células parenquimatosas presentes nas regiões interfasciculares ou entre feixes vasculares. Eles são formados a partir de meristemas primários, por isso são chamados de raios medulares primários. Eles conectam a medula com o córtex. Essas células são ligeiramente alongadas, vivas de paredes finas e dispostas de maneira solta. Eles ajudam na condução radial de água, íons minerais e materiais alimentares (TAIZ et al, 2013).
4.2. CAULE PRIMÁRIO DE MONOCOTILEDÔNEAS
	Em monocotiledôneas, o crescimento secundário não ocorre. Consequentemente, o corpo da planta consiste apenas em tecidos primários. Uma seção transversal de uma haste monocotiledônea mostra quatro regiões. Eles são epiderme, hipoderme, tecido básico e feixes vasculares.
4.2.1 Epiderme
A epiderme é a região mais externa e consiste em uma única camada de pequenas células compactamente dispostas em forma de barril. Espaços intercelulares ausentes. As paredes externas das células epidérmicas são espessadas com cutina. A cutina forma uma camada separada chamada cutícula. Cutícula verifica a transpiração. A epiderme mostra estômatos aqui e ali. Os estômatos são destinados à troca gasosa e fuga de vapor d'água. Excrescências epidérmicas estão ausentes. A epiderme protege as partes internas do corpo da planta (TAIZ et al, 2013).
 Figura 05 - Caule Primário de Monocotiledôneas
 
 Fonte: slideplayer/2019
4.2.2 Hipoderme
A hipoderme é a região do meio. Ele está presente logo abaixo da epiderme. Consiste em 3 a 4 camadas de células esclerenquimatosas. A banda esclerenquimatosa geralmente é contínua, mas pode ser interrompida aqui e ali pelo parênquima. A hipoderme esclerenquimatosa fornece suporte mecânico (TAIZ et al, 2013).
4.2.3 Tecido Fundido
O tecido básico é a região central. Ele está presente abaixo da hipoderme. É constituído por células parenquimatosas. As células são ovais, de paredes finas, vivas e pouco dispostas. Espaços intercelulares estão presentes. As células situadas na periferia são menores em tamanho. As células situadas em direção ao centro são maiores em tamanho. As células armazenam materiais alimentares. Os feixes vasculares estão dispersos irregularmente no tecido básico. Consequentemente, o tecido básico não pode ser demarcado em córtex e estela. Endoderme,periciclo e medula não são reconhecidos (SOUZA et al, 2012).
4.2.4 Feixes vasculares
Os feixes vasculares são numerosos. Eles estão irregularmente espalhados no tecido do solo. O feixe vascular situado na periferia é menor em tamanho. Os feixes situados em direção ao centro são maiores em tamanho. Cada feixe vascular é oval e circundado por uma bainha de feixe esclerenquimatoso. Consequentemente, o feixe vascular é denominado feixe fibrovascular. A bainha do feixe tem 3 ou 4 camadas nos lados externo e interno e 2 camadas nas laterais (SOUZA et al, 2012).
Tabela 01 - Diferenças entre Haste de Dicotiledônea e Haste de Monocotiledônea
	CAULE PRIMÁRIO DE EUDICOTILEDÔNEAS
	CAULE PRIMÁRIO DE MONOCOTILEDÔNEAS
	Na seção transversal, o caule da dicotiledônea é diferenciado em epiderme, córtex e estela.
	O caule do monocotiledônea é diferenciado em epiderme, hipoderme e tecido básico.
	Pêlos epidérmicos estão presentes.
	Os pêlos epidérmicos estão ausentes.
	O córtex é bem desenvolvido e diferenciado em hipoderme, córtex geral e endoderme.
	O córtex é pouco desenvolvido e representado pela hipoderme.
	Hipoderme é colenquimatosa
	A hipoderme é esclerenquimatosa.
	O córtex geral é parenquimatoso.
	O córtex geral está ausente.
	Endoderme está presente. Ele contém grãos de amido.
	A endoderme está ausente.
	A estela é maior que o córtex e bem desenvolvida.
	A estela é grande e de tipo avançado.
	A estela é diferenciada em periciclo, medula vascular e raios medulares.
	A estela consiste em tecidos básicos e feixes vasculares.
	O periciclo é total ou parcialmente selerenquimatoso.
	Pericycle está ausente.
	Os feixes vasculares são limitados em número e dispostos na forma de um anel.
	Os feixes vasculares são numerosos e estão espalhados no tecido básico.
	A bainha do pacote está ausente.
	A bainha do feixe esclerenquimatoso está presente ao redor de cada feixe vascular
	O feixe vascular é em forma de cunha, conjunto, colateral, aberto e endarca.
	O feixe vascular é oval, conjunto, colateral, fechado e endarca.
	O xilema consiste em muitos vasos e não é organizado na forma da letra Y.
	O xilema consiste em poucos vasos (3 ou 4) e é organizado na forma da letra Y.
	O protoxilema não se desintegra.
	Ele se desintegra e forma lacuna de protoxilema.
	O floema é comparativamente grande e também consiste em parênquima do floema.
	O floema é pequeno. O parênquima do floema está ausente.
	Todos os feixes vasculares são uniformes em tamanho.
	Os feixes vasculares periféricos são pequenos e aqueles situados em direção ao centro são grandes.
	A medula e os raios medulares são distintos.	
	A medula e os raios medulares estão ausentes.
Fonte: science-education 2020
A bainha do feixe fornece suporte mecânico. Os feixes vasculares são conjuntos, colaterais, endarcos e fechados. O feixe vascular consiste em floema voltado para fora e xilema voltado para dentro, lado a lado no mesmo raio. 
Portanto, o pacote é descrito como conjunto e colateral. Cambium está ausente. Consequentemente, o pacote é descrito como fechado. No xilema, os elementos do protoxilema estão presentes no centro e os elementos do metaxilema na periferia. Portanto, o xilema é descrito como endarca (SOUZA et al, 2012).
O xilema consiste em vasos, traqueídeos, parênquima do xilema e fibras do xilema. Os vasos de xilema são organizados na forma da letra V. Os dois vasos do metaxilema estão presentes nos dois braços. Os vasos do protoxilema estão presentes na base. Os vasos do metaxilema têm cavidades mais largas e apresentam espessamentos pontiagudos. Os vasos do protoxilema possuem cavidades estreitas e apresentam espessamento anular e espiral. Devido ao rápido alongamento da haste, o vaso interno do protoxilema e as células parenquimatosas ao redor do vaso se desintegram e formam uma cavidade lisígena (SOUZA et al, 2012).
Essa cavidade é chamada de lacuna de protoxilema. Ele armazena água. Xylem ajuda no transporte de água e íons minerais. O floema é pequeno e consiste em tubos de peneira e células companheiras. O parênquima do floema está ausente (SOUZA et al, 2012).
5. ANATOMIA E CARACTERÍSTICAS DO CAULE SECUNDÁRIO DE EUDICO- TILEDÔNEAS
 Figura 06 - Caule Secundário de Eudicotiledôneas
 
 Fonte: slideplayer/2019
Em muitas plantas com sementes, o crescimento secundário começa no primeiro ano no caule e continua por muitos mais anos. Essas plantas são classificadas como lenhosas . Eles desenvolvem tecidos secundários como periderme e madeira, e até estruturas terciárias como casca (SOUZA et al, 2012).
O floema ajuda no transporte de materiais alimentares. Nas gramíneas, as células parenquimatosas presentes no centro do caule se desintegram e forma uma cavidade oca chamada cavidade medular. Em feixes vasculares de haste monocotiledônea estão irregularmente espalhados no tecido básico. Estela não pode ser reconhecida. Esse tipo de estela é denominado atactostele (LEHNINGER et al, 2014).
Figura 07 – Anatomia Monocotiledônea e Eudicotiledônea 
Fonte: slideplayer/2019
O primeiro passo na produção de floema e xilema secundários (outros nomes são metafloema e metaxilema) é formar o câmbio vascular, que envolve a divisão celular dentro dos feixes vasculares e do parênquima que está entre os feixes. O câmbio vascular se divide em duas direções. As células que são formadas do lado de fora tornam-se o floema secundário , e as que são formadas do lado de dentro são o xilema secundário. Após vários anos, a medula central desaparece sob a pressão da madeira em crescimento, e apenas traços do xilema primário (protoximema) podem ser vistos sob o xilema secundário espesso. Ao todo, esses tecidos (medula + xilema primário + xilema secundário) são de madeira (LEHNINGER et al, 2014).
O floema secundário se forma fora do câmbio vascular e traços do floema primário (protofloema) são visíveis acima dele. É rico em fibras e, ao contrário da madeira, não forma anéis anuais.
A maioria das células do câmbio são fusiformes iniciais que formam elementos de vasos axiais, enquanto algumas células do câmbio são raios iniciais do câmbio células que formam raios e eles formam raios: combinações de células de parênquima e traqueídeos transporte de água, minerais e açúcares (porque é escuro dentro da haste e apenas a respiração é possível) horizontalmente . Os raios são mais visíveis na seção tangencial da haste (quando o plano da seção é tangente à superfície da haste); duas outras seções possíveis ( radial e transversal ) mostram melhor os componentes axiais da haste. No floema secundário, os raios às vezes são dilatado (em forma de cunha) (LEHNINGER et al, 2014).
O câmbio geralmente não funciona uniformemente durante todo o ano. Em climas temperados, um anel se forma para cada estação de crescimento e permite determinar a idade contando os anéis de crescimento. Isso ocorre porque no final da estação o câmbio torna os elementos da traqueia muito menores (“mais escuros”). Árvores que crescem em climas sem estações bem definidas não fazem anéis anuais. Para saber a idade de uma árvore, os pesquisadores observam o número e a espessura dos anéis anuais que se formam. Isso é chamado de dendrocronologia (LEHNINGER et al, 2014).
Algumas árvores (como carvalhos, Quercus ) têm grandes elementos de vasos que são encontrados principalmente na madeira formada no início da estação (madeira inicial); esse padrão é conhecido como anel poroso . Grandes elementos de vasos de outras árvores (como ulmeiros, Ulmus ) ocorrem de maneira mais uniforme na floresta inicial e tardia. Este padrão é conhecido como madeira porosa difusa : com grandes elementos de vasos na madeira inicial e tardia (LEHNINGER et al, 2014).
A madeira de coníferas sem vasos tem uma estrutura mais simples, com relativamente poucos tipos de células. Existem raios simples e frequentemente dutos de resina ; a resina é secretada por células especializadas (LEHNINGER et al, 2014).
No tronco da árvore, a madeira mais clara próxima à periferia é chamada de alburno e possuixilema em funcionamento, por onde a maior parte da água e dos minerais são transportados. Madeira mais escura perto do centro é chamada de cerne e é um xilema de cor escura não funcional. Os elementos traqueares são células mortas e, para bloqueá-las, as plantas utilizam "rolhas" de elementos de vasos tyloses , que também ajudam a controlar o funcionamento invernal dos vasos. Um tylose se forma quando uma parede celular do parênquima cresce através de uma fossa ou abertura no elemento traqueal; eles se parecem com bolhas (LEHNINGER et al, 2014).
A maioria dos liliides (por exemplo, palmas) não tem meristemas laterais e madeira verdadeira. Algum espessamento ocorre em uma palmeira, mas isso acontece na base da árvore, como resultado do crescimento de raízes adventícias. As palmas também podem apresentar crescimento secundário difuso, que é a divisão e o aumento de algumas células do parênquima. Esses processos não compensam o crescimento geral da planta, e as palmas frequentemente são mais grossas na parte superior do que na parte inferior. Poucos outros liliídeos (como a árvore do sangue de dragão, Dracaena ) têm crescimento secundário anômalo que emprega câmbio, mas este câmbio não forma o anel estável (LEHNINGER et al, 2014).
O espesso constante da haste requer o crescimento constante de “novas roupas”, tecido cutâneo secundário, periderme. Periderme é uma parte da casca. A casca é tudo fora do câmbio vascular . É uma estrutura única que às vezes é chamada de "tecido terciário" porque consiste em tecidos primários e secundários juntos:
· tronco = madeira + câmbio vascular (`` câmbio '') + casca 
· madeira = xilema secundário + xilema primário + [medula] [ 1 ] 
· casca = bast (primário + floema secundário) + periderme + [córtex] + [epiderme] 
· periderme = [feloderme] + câmbio da cortiça (felogênio) + cortiça (felema) 
A cada ano, uma nova camada de felogênio (câmbio da cortiça) surge das células do parênquima do floema secundário, o que torna a casca multicamada e desigual. Na superfície de um caule jovem, podem-se ver lenticelas , aberturas em camada felémica que fornecem oxigênio às partes internas do caule; junto com os raios, as lenticelas funcionam como poços de ventilação. Para produzir lenticelas, algumas células do felogênio se dividem e crescem muito mais rápido, o que finalmente abre a periderme (LEHNINGER et al, 2014).
Além das lenticelas, mais velhos ou inverno hastes têm folha cicatrizes com folha traços em sua superfície. Os primeiros são os locais onde o pecíolo da folha foi anexado e os segundos são os locais onde os feixes vasculares entraram na folha.
A estrutura secundária da raiz lembra a estrutura secundária do caule e, com o tempo, esses dois órgãos tornam-se anatomicamente semelhantes (LEHNINGER et al, 2014).
6. ANATOMIA DAS FOLHAS 
A folha evoluiu como a parte principal da planta para reunir energia luminosa do sol e conduzir a fotossíntese para transformar essa energia luminosa em energia bioquímica. Portanto, sua estrutura é adaptada a essa função (NABORS, 2012).
As folhas são formadas por uma planta para a fabricação de alimentos. A fotossíntese - uma reação química complicada na qual o dióxido de carbono do ar e a água do solo, na presença de luz, produzem açúcar - é realizada nos cloroplastos encontrados dentro das células da folha.
Como a energia é derivada da luz pela clorofila, ou a folha deve ser fina o suficiente para que a luz penetre todas as camadas celulares ou, no caso de plantas com folhas suculentas, os cloroplastos devem estar mais concentrados perto da superfície das folhas (NABORS, 2012).
Figura 08 – Anatomia das Folhas
Fonte: brasilescola 2020
6.1 Orientação para a luz
Não importa quantas folhas uma planta tenha, cada uma é organizada em relação à luz. Embora algumas plantas adaptadas ao calor e à seca possam orientar suas folhas para minimizar a exposição ao sol, a maioria arranja suas folhas para maximizar a exposição ao sol. Alguns estão expostos aos raios solares diretos; outros podem enfrentar apenas uma parte do céu (NABORS, 2012).
Uma planta pode ser forçada a vários padrões de crescimento para permitir que as folhas sejam expostas à luz. Algumas espécies germinam suas sementes bem acima do solo, nas rachaduras da casca dos troncos e galhos das árvores. As plantas que sobem serpenteiam em torno das plantas maiores até ganharem um lugar ao sol. Portanto, o formato da folha pode ser determinado por onde uma espécie de planta está mais bem adaptada para crescer (RAVEN et al, 2007).
As folhas das plantas que crescem principalmente na sombra, chamadas de plantas de sombra, têm uma área de superfície maior, tendem a ser mais finas e têm uma concentração maior de clorofila. As folhas das plantas que crescem principalmente ao sol, chamadas plantas solares, têm uma área de superfície menor, tendem a ser mais grossas e têm uma concentração menor de clorofila (RAVEN et al, 2007).
Mesmo as folhas da mesma planta podem variar em estrutura dependendo se passam a maior parte do tempo ao sol ou à sombra, apresentando características semelhantes às observadas em plantas de sol e sombra. Os taxonomistas usam o padrão e a disposição das folhas para ajudar a identificar e classificar as plantas (RAVEN et al, 2007).
6.2 Margens da folha
Assim como as folhas variam em tamanho e forma, também variam suas bordas ou margens.
Muitas plantas, como azevinho e cardos, têm margens espinhosas; espinhos são as consequências das terminações nervosas da folha. A fronteira espinhosa atua como uma defesa contra animais pastando . Algumas margens têm dentes afiados como navalhas que cortam qualquer coisa que passe por eles. As margens de muitas folhas tropicais terminam em pontas finamente pontiagudas, chamadas pontas de gotejamento (RAVEN et al, 2007).
Quando a água da chuva se acumula na superfície da folha, a ponta ajuda a drenar a água da folha para que a água acumulada não pese na folha a ponto de quebrar. Muitas folhas, no entanto, não têm margens distintas; quando a margem é uniforme, é chamada de margem “inteira” (RAVEN et al, 2007).
6.3 Partes da Folha
Normalmente, uma folha madura tem três partes: o pecíolo, uma porção semelhante a um caule que cresce a partir de um nó no caule e suporta a folha; a lâmina; e, na base do pecíolo, uma bainha, que fixa o pecíolo ao caule. Se a lâmina não tiver pecíolo, ela é presa diretamente à haste e é considerada séssil. Os pecíolos podem se mover até certo ponto, de modo que as folhas podem ser dispostas para receber luz suficiente (FAGAN et al, 2015).
 O tecido vascular que compõe as nervuras das folhas é composto pelo xilema, que faz a água subir das raízes, e pelo floema, responsável pelo transporte dos produtos da fotossíntese. O xilema e o floema se estendem do ramo ou caule até a folha por um traço de folha (FAGAN et al, 2015).
Esta fita é contínua através do pecíolo até as nervuras da folha que cruzam a folha inteira. As veias são o ponto de contato entre a raiz e os cloroplastos, garantindo que a água possa ser fornecida continuamente durante o processo fotossintético. As nervuras também podem atuar como suporte estrutural dentro das folhas (FAGAN et al, 2015).
Se uma lâmina tem uma nervura central, parece que o pecíolo se estende até a ponta da folha. Frequentemente, as veias secundárias se ramificam dessa veia central, formando um padrão reticulado; outras vezes, muitas veias do mesmo tamanho se ramificam da base da lâmina em um padrão em forma de leque (FAGAN et al, 2015).
A superfície superior de uma folha é coberta por uma folha contínua e transparente de células chamada cutícula. A cutícula pode desempenhar três funções: ajudar a prevenir a perda excessiva de água, proteger contra danos físicos ou organismos prejudiciais e ajudar a refletir a luz solar intensa (FAGAN et al, 2015).
As células da cutícula geralmente têm paredes finas, exceto, talvez, na margem, onde as células mais espessas reforçam a folha e ajudam a prevenir o rasgo da folha pelas correntes de vento.
A camada de células imediatamente abaixodas camadas da cutícula é a epiderme. As células entre a epiderme superior e inferior formam tecidos mesofílicos (do grego mesos, “meio”, e filo, “folha”). O mesofilo nas folhas de dicotiledônea forma duas camadas observáveis; a camada superior é o mesofilo em paliçada, composto por células colunares e compactadas; eles também são ricos em cloroplastos (KERBAUY, 2013).
Abaixo dessa camada está o mesofilo esponjoso, assim chamado por causa dos numerosos espaços de ar que cercam as células ovais pequenas. Os espaços aéreos são importantes na circulação do dióxido de carbono e do oxigênio que entra e sai dos estômatos, pequenas aberturas, geralmente confinadas na parte inferior da folha, onde as trocas gasosas são reguladas (KERBAUY, 2013).
6.4 Órgãos de Transpiração
Os estômatos são delimitados e controlados por duas células em forma de rim chamadas células-guarda. A água evapora das células da folha e vai para o ar por meio desses locais de ventilação por um processo conhecido como transpiração. Normalmente, durante as horas de luz, os estômatos estão abertos (e perdendo água). À noite, as células fecham e a água é retida (KERBAUY, 2013).
Para abrir, o potássio (K +) é bombeado para as células-guarda, e a água segue por osmose, o que causa um aumento na pressão interna, chamada de pressão de turgor. À medida que a pressão aumenta, a água empurra e estica as paredes da célula-guarda, arqueando as células para fora. O preenchimento e alongamento das células-guarda abre o estoma (KERBAUY, 2013).
Os estômatos fecham quando ocorre estresse hídrico (falta de água na planta), que pode resultar de quantidade suficiente de água no solo ou taxas de transpiração excessivas. O mecanismo fisiológico mais provável para o fechamento estomático envolve o hormônio ácido abscísico (ABA). Os efeitos do estresse hídrico parecem desencadear diretamente a liberação de ABA (KERBAUY, 2013).
O mecanismo exato não é claro, mas de alguma forma o ABA faz com que os íons K + saiam das células de guarda e, novamente, a água o segue passivamente. Quando as células-guarda perdem sua água, tornam-se flácidas e fechadas, vedando a abertura estomática, reduzindo muito a transpiração (GONÇALVES et al, 2011).
A transpiração da água na superfície da folha pode ser afetada por vários fatores. O vento que sopra pela superfície carrega as moléculas de água, deixando espaço para que mais moléculas de água ocupem seu lugar; um aumento na temperatura faz a mesma coisa. A perda de água pode ser retardada por condições opostas. Em condições de chuva ou neblina, quando o ar já está saturado de água, a perda de água pelas folhas é menor (GONÇALVES et al, 2011).
A perda de água também ocorre lentamente em condições frias, como as prevalecentes à noite. Uma árvore de vidoeiro de tamanho médio normalmente perde 17.260 litros de água pela transpiração em uma única estação de cultivo. Um acre de gramado pode perder 102.200 litros de água em uma única semana (GONÇALVES et al, 2011).
A água transpirada no ar pode afetar os padrões de precipitação: É provável que 50 por cento das chuvas na floresta tropical brasileira se originem da água transpirada. As plantas que crescem em condições áridas desenvolveram folhas especializadas para diminuir a quantidade de água perdida pela transpiração. Muitas dessas plantas têm folhas pequenas e grossas, de modo que a área de superfície é reduzida (GONÇALVES et al, 2011).
Os estômatos podem ser alojados em fossas profundas, longe da força evaporativa do vento. Durante os períodos especialmente secos, algumas plantas até perdem as folhas para reduzir a perda de água. Outros realizam uma forma alternativa de fotossíntese que permite que os estômatos permaneçam fechados durante todo ou parte do dia (GONÇALVES et al, 2011).
6.5 Anatomia de Kranz
Em certas plantas conhecidas como plantas C4, as folhas se adaptaram a uma forma particular de fixação de carbono; isso resultou em um arranjo em forma de anel de células fotossintéticas ao redor das veias das folhas, chamado anatomia de Kranz (SALISBURY et al, 2012).
Este termo (Kranz em alemão significa “grinalda”) refere-se ao fato de que nas plantas C4 as células que circundam a água e o sistema condutor de carboidratos (conhecido como sistema vascular) estão muito compactadas e são chamadas de células da bainha do feixe. Ao redor da bainha do feixe há uma camada densamente compactada de células mesofílicas (SALISBURY et al, 2012).
As células mesofílicas densamente compactadas estão em contato com os espaços de ar da folha e, por causa de sua compactação, impedem que as células da bainha do feixe entrem em contato com o ar. Esta anatomia Kranz desempenha um papel importante na fotossíntese C 4 (SALISBURY et al, 2012).
Em plantas C4, a fixação inicial de dióxido de carbono da atmosfera ocorre nas células mesofílicas densamente compactadas. Depois que o dióxido de carbono é fixado em um ácido orgânico de quatro carbonos, o malato é transferido através de minúsculos tubos dessas células para as células especializadas da bainha do feixe (ALBERTS et al, 2011)
Dentro das células da bainha do feixe, o malato é quimicamente decomposto em uma molécula orgânica menor e o dióxido de carbono é liberado. Esse dióxido de carbono então entra no cloroplasto da célula da bainha do feixe e é fixado uma segunda vez com a enzima Rubisco e continua, como nas plantas não C 4 , pela via C 3 (ALBERTS et al, 2011)
 
7. ANATOMIA DA FLOR
Sépalas apresentavam epiderme unisseriada, que apresentava estômatos e células tabulares apenas na superfície adaxial. Na superfície abaxial, as células são mais largas e ocorrem como tricomas pontiagudos uni ou bicelulares não glandulares, que se acumulam na margem. O mesofilo era parenquimático, apresentava espaços intercelulares conspícuos e, na face adaxial, as células variavam de forma mais ou menos esférica a alongada (ALBERTS et al, 2011)
Figura 08 – Anatomia das Folhas
Fonte: Brasilescola 2020
As células apresentavam cloroplastos, que eram mais abundantes nas camadas de células subepidérmicas. Amplas cavidades secretoras estavam imersas no mesofilo parenquimático. A vascularização foi feita por pequenos fios vasculares colaterais, situados próximos à superfície adaxial da epiderme (ALBERTS et al, 2011)
As pétalas apresentavam epiderme, estômatos e tricomas únicos, análogos às sépalas, que ocorriam em ambas as superfícies. Suas células eram mais cilíndricas na superfície adaxial. A hipoderme, cujas células continham antocianinas e amplas cavidades secretoras, ocorria no mesofilo parenquimático homogêneo e esponjoso. A vascularização foi feita por uma fita colateral central larga e por várias fitas menores (ALBERTS et al, 2011)
As anteras eram tetrasporangiadas e quando imaturo, constituído por uma epiderme unisseriada, um endotécio, duas camadas médias e tapete secretor com células binucleadas. Na maturidade, a epiderme tornou-se papilosa com cutícula estriada e o endotécio apresentava uma ou mais camadas com espessamentos parietais como bordas; nesta fase, as camadas intermediárias e o tapete foram esmagados e desintegrados. 
Células parenquimáticas cristalíferas ocorreram no estômio. As células de endotécio não se restringiram apenas à parede do saco polínico, mas ocorreram em quase todas as anteras. Não havia cavidades secretoras nas anteras. Os grãos de pólen foram organizados em tétrades do tipo tetraedro. 
Os filamentos apresentavam epiderme única e glabra. Abaixo da epiderme, o tecido parenquimático do filamento apresentava a primeira camada com células ricas em antocianina. Havia um único feixe vascular central.
A parede do ovário era quase completamente constituída por tecido nectarífero ou secretor. Protuberâncias recobertas pela epiderme com cutícula estriada e tricoma não glandular ocorreram na região superior do ovário. Amplas cavidades secretoras ocorreram no mesofilo parenquimático ovariano. Essas cavidades não ocorreram na região basal, onde puderam ser observados feixes vasculares colaterais imersos no parênquima.Nessa região, pétalas e filamentos estavam adnados à parede do ovário. A epiderme ventral era unisseriada e as células eram ligeiramente cilíndricas ou tabuladas. Divisões periclinais podem ser observadas na epiderme durante a pré-antese (JUDD et al, 2009).
O estilete era sólido e apresentava epiderme única e glabra. Tanto a epiderme quanto as camadas subepidérmicas mostraram antocianina. O tecido transmissor central era constituído por células de paredes finas com núcleos conspícuos e vacúolos imperceptíveis. A vascularização foi feita por oito feixes vasculares, dois para cada folha carpelo. O estigma discreto apresentava epiderme secretora constituída por tricomas curtos, geralmente unicelulares com bordas arredondadas (JUDD et al, 2009).
Os óvulos eram anátropos e bitegumentados. Ambos os tegumentos apresentavam cutícula. O tegumento interno apresentava duas ou três camadas de células e as externas três ou mais camadas. Os óvulos também eram crassinucelados, apresentando várias camadas de células entre a epiderme nucelar e o megásporo (JUDD et al, 2009).
As divisões periclinais eram evidentes na epiderme nucelar. Os óvulos tinham um obturador de origem placentária e funicular constituído por longos tricomas uni ou bicelulares. Os nectários ocorreram como uma estrutura em forma de disco na parede na base do ovário e no ápice como uma série de protuberâncias pilosas. As células epidérmicas eram prismáticas ou tabuladas em forma. O tecido secretor era parenquimático e apresentava amplas cavidades secretoras. O sistema vascular era constituído apenas por floema.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FAGAN, E.B.; ONO, E.O.; RODRIGUES, J.D.; CHALFUN JUNIOR, A.; DOURADO NETO. D. Fisiologia vegetal: reguladores vegetais. Andrei, 300p, 2015
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JUDD, W.S.; CAMPBELL, C.S.; KELLOG, E.A.; STEVENS, P.F.; DONOGHUE, M.J. Sistemática Vegetal – um enfoque filogenético. 3ª. ed. Artmed, Porto Alegre, 2009.
KERBAUY, G.B. Fisiologia Vegetal. (2ª ed).Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2012.
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NABORS, M.W. Introdução à Botânica. Roca, São Paulo, 2012.
RAVEN, P.H.; EVERT, R.F. & EICHHORN, S.E. Biologia Vegetal. (7ªed). Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2007.
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STRYER, L.; BERG, J.M.; TYMOCZKO, J.L. Bioquímica. 7ª Edição. Guanabara Koogan,
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