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Preconceito, Estereótipos e Discriminação

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Aula 06: Preconceito, estereótipos e discriminação
Introdução
Nesta aula, estudaremos os conceitos estereótipo, preconceito e discriminação, procurando destacar as diferenças entre estes fenômenos e a forma como os mesmos se relacionam entre si.
Abordaremos assim o fenômeno do preconceito desde uma perspectiva histórica e cultural, tentando destacar como ele também pode aparecer de forma sutil e disfarçada.
Finalmente, estudaremos as diversas formas de discriminação que se manifestam por meio de sistemas de opressão social amplamente conhecidos, como, por exemplo, o racismo, o machismo, a homofobia entre outros. Tais práticas, em geral associadas ao assedio moral, podem convergir em qualquer forma de violência.
Preconceito
Características do Preconceito
Muitas vezes não se reconhece o preconceito com facilidade e, muitas das vezes, este tema é desviado nos mais diversos ambientes sociais. Ele aparece em manifestações sutis ou tão cotidianas que passa desapercebido e com pouca frequência paramos para refletir a respeito. 
Desta forma, o preconceito é expressado continuamente não apenas pelas atitudes e práticas cotidianas das diversas comunidades, mas principalmente por meio da estrutura social que efetivamente exclui as populações sócio-historicamente discriminadas, estratificando de maneira desigual as classes, os grupos, as pessoas.
A verdade é que o preconceito, como Aronson (2002) e seus colaboradores destacam, deve ser considerado onipresente. Estes mesmos autores afirmam que além de ser um fenômeno generalizado, o preconceito deve ser considerado também como perigoso. Ele pode levar ao ódio extremo e até o genocídio. 
Em casos menos radicais, o preconceito traz como consequência quase inevitável a redução da autoestima dos indivíduos alvo. As pessoas que pertencem a grupos sujeitos ao preconceito são vítimas, desde muito cedo, de ataques mais ou menos francos a sua autoestima.
Segundo Aronson (2002) o preconceito pode ser entendido como uma atitude.  
“Especificamente, preconceito é definido como uma atitude negativa ou hostil contra pessoas de um grupo identificável, baseada exclusivamente na sua condição de membro do grupo. Por exemplo, quando dizemos que uma pessoa tem preconceito contra os negros queremos dizer que ela está preparada para comportar-se fria ou hostilmente na relação aos negros e que ela acha que todos os negros são mais ou menos a mesma coisa. Assim, as características que esse individuo atribui aos negros são negativas e fanaticamente aplicadas ao grupo como um todo – os traços ou o comportamento do indivíduo alvo do preconceito não são percebidos ou são desconsiderados” (Aronson, 2002, p. 294).
Desta forma, o preconceito é, em sua essência, uma atitude. Em outras palavras, uma pessoa preconceituosa pode desgostar de pessoas de certo grupo e comportar-se de maneira ofensiva para com elas devido à crença de que tal grupo possui características negativas.  
No caso do preconceito, estamos enfatizando o aspecto afetivo dos três componentes vistos, na aula anterior, sobre atitudes (componente afetivo, cognitivo e comportamental). 
Na verdade, o preconceito pode ser positivo ou negativo. Uma pessoa pode ser a favor ou contra um determinado grupo. No entanto, na Psicologia Social o termo é usado especificamente nas atitudes negativas. Sendo assim, o preconceito nos leva necessariamente à realização de comportamentos discriminatórios.  
Diferença entre Preconceito, Estereótipos e Discriminação
No linguajar comum, esses três termos se equivalem, mas em termos acadêmicos não.  Há um encadeamento lógico que precisa ficar claro. Cognitivamente, os seres humanos processam aproximadamente da seguinte maneira:
Estereótipo
Juntamos pessoas em grupos para poder interagir com elas. Isto nos permite tomar decisões certas em diversos momentos como, por exemplo, o que fazer com as pessoas novas que aparecem na nossa frente.  De tal forma, sabemos que nosso comportamento frente a pessoas mais velhas ou vestidas com terno e gravata é diferente do que com pessoas mais novas ou vestidas de short e chinelo.
Preconceito
A partir desse agrupamento fazemos julgamentos sobre esses grupos. Inclusive, nós mesmos nos identificamos como sendo parte desses agrupamentos.
Discriminação
Nos comportamos segundo esse julgamento quando estamos frente alguém que forma parte do grupo em questão.
Estereótipos
Podemos entender estereótipo como as crenças e os atributos compartilhados sobre um grupo.
Nós, seres humanos, temos uma tendência de generalizar a partir de similaridades percebidas e dificilmente nos focamos no que é diferente, já que ao nos basearmos no que é comum conseguimos tomar decisões mais rapidamente para poder atuar sem demora.
Com a adolescência o jovem assimila outros estereótipos. Até então o processo de aquisição e formação dos estereótipos era feito principalmente por inculcamento dos pais, professores e outras figuras significativas do processo de socialização. Já na adolescência, outros agentes de socialização com quem o jovem interage reconstroem outra realidade da vida comunitária.
Assim, é pela experiência vivida no processo de socialização que os estereótipos são aprendidos, acomodados e assimilados e depois integrados em um determinado contexto cultural e sócio-histórico.
Considerando que o estereótipo é uma crença compartilhada, e a crença é uma cognição relacionada a um objeto, podemos considerar o estereótipo como sendo o componente cognitivo do preconceito. Podemos considerar também o estereótipo como um componente pré-atitudinal. 
De tal forma, o estereótipo permite conviver e interagir na sociedade já que ele facilita a organização de informações sobre pessoas e instituições de nosso ambiente social com os quais precisamos interagir. Mas, como estas cognições refletem, na verdade, generalizações bastante superficiais, os estereótipos não podem ser utilizados pelas pessoas de uma forma rígida, pois isto impossibilitaria enxergar as diferenças individuais e as particularidades de cada caso.
Aronson e colaboradores (2002) concordam com Allport ao afirmar:
“... o mundo é simplesmente complicado demais para que tenhamos uma atitude altamente diferenciada a respeito de cada coisa. Em vez disso, maximizamos nosso tempo e energia cognitivos desenvolvendo atitudes elegantes, exatas, em relação a alguns tópicos, enquanto confiamos em crenças simples e esquemáticas em relação a outros. (...) Dada a nossa limitada capacidade de processamento de informações, é razoável que os seres humanos se comportem como “avaros cognitivos” – que tomem atalhos e adotem certas regras empíricas na tentativa de compreender outras pessoas”. (Aronson, et al, 2002, p. 295).
Os estereótipos e a formação da autoimagem
Discriminação
	
Formas de discriminação
Infelizmente, as manifestações de discriminações se apresentam em todas as dimensões das relações de exploração, especialmente no mundo laboral. 
Uma maneira bastante comum de realizar um diagnóstico da discriminação em uma organização é realizar o senso de seus colaboradores. Esse simples levantamento dirá quantas mulheres exercem cargos de chefia, que cargos os deficientes físicos estão ocupando, se pardos e negros estão em outro tipo de função que não seja só operacional, entre outras observações. Muitas vezes, estes dados demonstram a discriminação velada que existe nas organizações.
Causas do preconceito e da discriminação
A principal explicação para a causa do preconceito e da discriminação advém de um legado histórico e de circunstâncias sociais às quais estamos atrelados. Entretanto, a nossa história não pode ser considerada como a única e exclusiva causa das manifestações sociais do preconceito e dos atos discriminatórios que observamos nos jornais. 
A partir de uma análise histórica sobre a discriminação racial no Brasil alguns autores acreditavam na herança escravocrata de nosso país enquanto outros afirmam que a principal causa destas manifestações racistas é o sistema capitalista que auxiliou na manutençãode uma estrutura social discriminatória. Neste caso, a discriminação está relacionada com os ganhos materiais e simbólicos do grupo discriminador.
Na sociedade brasileira atual, onde contamos com leis que punem o preconceito, esperaríamos a erradicação da discriminação racial ou de gênero. Entretanto, a resposta é negativa a tal suposição, pelo menos para questões de raça e gênero. Diversos autores apontam para uma mudança na expressão desse preconceito assim como de seu conteúdo.
Como tentativa de explicar o preconceito e a discriminação surge o estudo da personalidade autoritária, onde o ponto principal consiste em delegar ao sujeito a responsabilidade de comportamentos racistas como o antissemitismo.  
Autores como Adorno (1950), entre outros, consideravam que o preconceito era um distúrbio da estrutura de personalidade autoritária. Estes autores sustentavam que a hostilidade contra os judeus muitas vezes coexistia com a hostilidade contra outras minorias. Mas estas pesquisas não encontraram suficiente suporte científico.
De qualquer forma, parece correto afirmar que o preconceito contém fortes raízes emocionais. Mas especificamente, a frustração gera hostilidade que é redirecionada e descarregada em bodes expiatórios. Esse fenômeno é conhecido como “agressividade transferida”, onde os alvos para essa agressividade étnica representam, muitas vezes, grupos concorrentes percebidos como responsáveis pela frustração pessoal.
Por outro lado, o preconceito se compõe também de elementos cognitivos. Myers (2000) afirma:
“Compreender a estereotipagem e o preconceito também ajuda a lembrar como a nossa mente funciona. Como as maneiras pelas quais pensamos sobre o mundo – e o simplificamos – influenciam nossos estereótipos? E como os estereótipos afetam os nossos julgamentos? (...) as convicções estereotipadas e as atitudes preconceituosas existem não apenas por causa do condicionamento social e porque permitem às pessoas transferir hostilidades, mas também como subprodutos de processos de pensamentos normais”. (Myers, 2000, p. 197)
Em outras palavras, a maioria dos estereótipos não é, na verdade, tanto produto da maldade das pessoas e sim da forma com elas simplificam os seus mundos complexos. Os estereótipos equivalem a ilusões perceptivas que são subprodutos da nossa capacidade de interpretar o mundo que nos rodeia.
Assim, os estereótipos agrupam as pessoas em categorias que, por um lado, exageram a uniformidade dentro dos membros de um grupo e, por outro lado, aumentam as diferenças entre grupos. Somado a isto, a nossa percepção de pessoas distintivas e de ocorrências vividas nos levam muitas vezes à distorção de nossos julgamentos. Entendemos que pessoas distintivas são aquelas que se tornam salientes em um grupo por apresentar características totalmente únicas e diferentes do resto das demais.
Exemplos:
Concluindo…
Certamente, os estereótipos existem em quase todos nós e são facilmente ativados podendo levar a manifestações cruéis aos membros de certos grupos. Os estereótipos afloram quase que automaticamente em certas condições, e este processo de ativação é muito difícil de ser controlado pelo indivíduo, especialmente quando não tem consciência dele. 
Mas, para podermos reduzir o preconceito, os estereótipos e a discriminação, segundo especialistas, a melhor maneira é a do contato. Mais explicitamente, precisamos colocar as pessoas de grupos diferentes colaborando as umas com as outras para poderem alcançar objetivos em comum. Esta seria uma atividade para ser praticada especialmente em escolas e com crianças.
1. É definido como uma atitude negativa ou hostil contra pessoas de um grupo identificável, baseada exclusivamente na sua condição de membro do grupo:
Parte superior do formulário
1) Atitudes emocionais 
2) Estereótipo 
3) Preconceito 
4) Agressão 
5) Discriminação 
2. A sequência esperada entre os fenômenos estudados (estereótipo, preconceito e discriminação) seria:
Parte superior do formulário
1) Primeiro temos o preconceito, depois o estereótipo e finalmente a discriminação. 
2) Primeiro temos o estereótipo, depois o preconceito e finalmente a discriminação. 
3) Primeiro temos a discriminação, depois o preconceito e finalmente a estereótipo. 
4) Primeiro temos o estereótipo, depois a discriminação e finalmente o preconceito. 
5) Primeiro temos o preconceito, depois a discriminação e finalmente o preconceito. 
3. A tentativa de explicar o preconceito e a discriminação, onde o ponto principal consiste em delegar ao sujeito a responsabilidade de comportamentos racistas como o antissemitismo é conhecida como:
Parte superior do formulário
1) Personalidade autoritária 
2) Processo de socialização 
3) Legado histórico 
4) Atitudes culturais 
5) Atitudes desfavoráveis 
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