Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prisão Preventiva • Espécie de prisão cautelar • Decretada pelo juiz, mediante representação da autoridade policial ou requerimento do ofendido do MP, do querelante ou do assistente • Qualquer fase da persecução penal (investigação policial ou ação penal). OBS! Jamais de oficio. CARACTERÍSTICAS • Excepcionalidade: deve ser decretada quando as demais cautelares se mostrarem ineficazes a atender as hipóteses do art.282, I e II do CPP. OBS! NÃO é possível a decretação da prisão preventiva com finalidade de antecipação do cumprimento da pena. • Prazo: OBS! NÃO possui prazo de duração da prisão preventiva. Art. 316, decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 dias, mediante decisão fundamentada de oficio, sob pena de tornar a prisão ilegal. OBS! A inobservância do prazo nonagesimal não implica automática revogação da prisão preventiva, devendo o juiz competente ser instalado a reavaliar a legalidade e a atualidade de seus fundamentos. • Impossibilidade da decretação de oficio: o juiz não pode decretar a prisão preventiva de oficio durante o curso da persecução penal (investigação policial e ação penal). PRESSUPOSTOS Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indicio suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado. • Garantia da ordem pública • Garantia da ordem econômica • Conveniência da instrução criminal • Aplicação da lei penal OBS! Para o STJ, atos infracionais pretéritos podem ser utilizados para a decretação da prisão preventiva com fundamento na garantia da ordem pública. A pratica de atos infracionais anteriores serve para justificar a decretação ou manutenção da prisão preventiva como garantia da ordem pública, considerando que indicam que a personalidade do agente é voltada a criminalidade, havendo fundado receio de reiteração. Não é qualquer ato infracional, em qualquer circunstância, que pode ser utilizado para caracterizar a periculosidade e justificar a prisão antes da sentença. É necessário que o magistrado analise: a) Gravidade especifica do ato infracional cometido b) Tempo decorrido entre o ato infracional e o crime GABRIELLY EMILLY c) Comprovação efetiva da ocorrência do ato infracional. PRINCIPIO DA ATUALIDADE Art. 312, §2° A decisão a prisão preventiva deve ser fundamentada em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada. Incluída pela lei n° 13.964, de 2019 HIPÓTESES Art. 313. Será admitida a decretação da prisão preventiva: CRIME DOLOSO I- Crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 anos. OBS! É possível aplicar concurso de crimes para alcançar a hipótese do art. 313, I, do CPP Nos casos de concurso de crimes dolosos, deve ser observado o resultado da pena (cumulação ou exasperação) para aferir o requisito da pena máxima superior a 4 anos. REINCIDENTE EM CRIME DOLOSO II- Se o condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64. Qualquer pena, VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA MULHER, CRIANÇA, ADOLESCENTE, IDOSO, ENFERMO OU PESSOA COM DEFICÊNCIA III- Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência. OBS! A pratica de contravenção penal, no âmbito de violência doméstica, não é motivo idôneo para justificar a prisão preventiva. DÚVIDAS SOBRE A IDENTIDADE CIVIL OU NÃO FORNECIMENTO DE ELEMENTOS SIUFICIENTES PARA ESCLARECIMENTO Art. 313, §1° Também será admitida a prisão quando houver duvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando está não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. OBS! Única hipótese em que se admite a prisão preventiva para crimes culposos. HIPOTESES QUE NÃO É AUTORIZADA A PRISÃO PREVENTIVA OBS! NÃO é admissível a prisão preventiva para contravenções penais. • Excludente de ilicitude • Excludente de culpabilidade REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA Art. 316. O juiz poderá, de oficio ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, se no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. PODERÁ SUBSTITUIR PREVENTIVA POR DOMICILIAR Quando o agente for: I- Maior de 80 anos II- Extremamente debilitado por motivo de doença grave III- Imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 anos de idade com deficiência IV- Gestante a partir do 7 mês de gravidez ou sendo está de alto risco V- Gestante VI- Mulher com filho de até 12 anos de idade incompletos VII- Homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho ate 12 anos de idade incompletos. NÃO CABE A PRISÃO PREVENTIVA >>> Não se admite prisão preventiva nos crimes dolosos punidos com pena de detenção. >>> Não se admite prisão preventiva nos casos de excludentes de ilicitudes e excludentes de culpabilidade. >>> Não se admite prisão preventiva nos crimes culposos. >>> Não se admite prisão preventiva para a prática de contravenção penal. >>> Não se admite prisão preventiva nos crimes com pena privativa de liberdade máxima inferior a 04 anos. Prisão preventiva: na fase de inquérito ou no curso da ação penal. Prisão temporária: SOMENTE na fase de investigação.
Compartilhar