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PRISÃO PREVENTIVA

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PRISÃO PREVENTIVA.
Penso que seria a medida mais drástica do processo penal brasileiro, colocar alguém na cadeia, alguém que ainda é presumidamente inocente. 
 A prisão preventiva é uma medida cautelar pessoal, que coloca no cárcere uma pessoa na fase das investigações ou processo, por determinação judicial para assegurar determinadas finalidades, a ordem pública, ou seja a integridade na sociedade, a garantia da ordem econômica, a futura aplicação da lei penal, conveniência da instrução criminal, em síntese é uma conceito que se pode dar da prisão preventiva.
Pressupostos de todo e qualquer prisão preventiva, chamado “fumus comissi delicti”, para que seja decretada uma prisão preventiva, precisa haver a prova da materialidade delitiva da existência do crime e de indícios suficientes de autoria descritas no art. 312 do CPP.
Fundamentos da prisão preventiva: garantia da ordem pública(evitar cometimentos de novos crimes), garantia da ordem econômica ( aplica aos crimes econômicos financeiros), conveniência da instrução criminal ( quando você decreta a prisão preventiva por exemplo, para aquele individuo que está ameaçando as testemunhas ou destruindo provas), para assegurar a futura aplicação da lei penal ( como por exemplo um indiciado ou réu, está comprando passagens aéreas, esta vendendo bens para fugir do país, para Guilherme de Sousa Nucci “significa assegurar a finalidade útil do processo penal, que é proporcionar ao Estado o exercício do seu direito de punir, aplicando a sanção devida a quem é considerado autor da infração penal”); É fundamental que além de todos esses requisitos, o juiz comprove o perigo gerado pelo estado de liberdade do acusado. Note que esse novo requisito é procedido de um “e” e não de um “ou”Estes são os fundamentos de toda e qualquer prisão preventiva.
Requisitos ou condições de admissibilidade da prisão preventiva: a regra é que o crime tenha uma pena superior a 4 anos, pena inferior ou igual a 4 anos, não se decreta a prisão preventiva, essa é a regra. Porém, há exceções, se o crime envolver um autor que seja reincidente em crime doloso, mesmo que ele tenha cometido um crime, cuja a pena seja inferior ou igual a 4 anos, pode ser decretada a sua prisão preventiva. Se tivesse sido decretada uma medida protetiva, a favor de uma mulher, vítima de violência doméstica ou familiar ou então um idoso, adolescente, uma criança, um enfermo, um deficiente físico, mesmo que o crime tenha uma pena inferior a 4 anos, pode ser decreta uma prisão preventiva. Outra exceção é quando houver duvida da identidade da pessoa, mesmo que crime tenha uma pena inferior a 4 anos, pode também ser decreta a prisão preventiva. 
Imponte se fixar sobre a decretação da prisão preventiva, A regra geral trazida pela Lei n. 13.964/19 (Pacote anticrime) é a de que o Juiz não pode decretar prisão preventiva de ofício, seja durante o curso da investigação, seja durante o curso da ação penal, exigindo prévio requerimento do MP ou representação da autoridade policial, como preconiza o artigo 311 do CPP, quando dispõe que “em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial”.
Vedação da prisão preventiva: três hipóteses, 1ª se houver provas de que o autor, indiciado agiu sobre a proteção, por exemplo da legitima defesa ou qualquer causa de excludente de ilicitude, prevista no art. 23 do CP, não tem sentido decretar a prisão preventiva dessa pessoa. 2ª uma regra especifica do código eleitoral, é vedada a prisão preventiva 5 dias antes da eleição e 48 horas após o enceramento de votação, art. 236 do Código Eleitoral e 3ª é vedada a prisão preventiva como forma de antecipação da condenação.
A prisão preventiva não tem prazo, e pode ser mantida enquanto houver motivo para a sua manutenção.
Aa lei 13.964 de 2019 introduziu o parágrafo único no art. 316 nos seguintes termos: “Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.”, ou seja, para que a prisão preventiva não se torna ilegal, cabe ao Juiz justificar a cada 90 dias as razões que levam a manter a custódia cautelar, sob pena de gerar constrangimento ilegal.
Por fim, aprender prisão preventiva é só na jurisprudência, porque cada dia os tribunais vão alterando o seu entendimento, exemplo a respeito de garantia de ordem pública, por mais que a doutrina trabalhe com exemplos, trabalhe com o conceito, a jurisprudência vai alterando.

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