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PRISÃO TEMPORÁRIA E PRISÃO PREVENTIVA Professores Carlos Alfama e Paulo Igor D IR EITO P R O C ESSU A L P EN A L SUMÁRIO 1. Conceito ............................................................................................... 3 2. Requisitos para Decretação da Prisão Temporária ....................................... 3 2.1 Fumus Comissi Delicti ........................................................................... 4 2.2 Periculum Libertatis .............................................................................. 5 3. Momento para Decretação da Prisão Temporária ........................................ 6 4. Requerimento de Prisão Temporária ......................................................... 6 5. Prazo da Prisão Temporária ..................................................................... 6 6. Fim da Prisão Temporária ........................................................................ 6 7. Regra de Tratamento dos Presos Temporários ............................................ 7 1. Conceito ............................................................................................... 8 2. Natureza Jurídica ................................................................................... 8 3. Momento da Prisão Preventiva ................................................................. 8 4. Legitimidade para Requerer .................................................................... 8 5. Prazo de Duração da Prisão Preventiva...................................................... 9 6. Hipóteses Autorizadoras da Prisão Preventiva ............................................ 11 7. Pressupostos da Prisão Preventiva ............................................................ 13 7.2 Periculum Libertatis ............................................................................. 14 8.1 Requisitos .......................................................................................... 18 9. Circunstância Impeditiva ........................................................................ 20 10. Fundamentação da Prisão Preventiva ...................................................... 20 11. Apresentação Espontânea .................................................................... 21 12. Prisão Domiciliar (Arts. 317 e 318 do CPP) .............................................. 21 12.1 Hipóteses .......................................................................................... 22 12.2 Prisão Domiciliar no CPP X LEP ............................................................. 23 Estudo Dirigido .......................................................................................... 24 Questões de Concursos Anteriores ............................................................... 28 Gabarito ................................................................................................... 42 DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 3 1. CONCEITO A prisão temporária é uma modalidade de prisão cautelar, prevista na Lei n° 7.960/1989, cuja finalidade é assegurar uma eficaz investigação policial, quando se tratar de apuração de infração penal de natureza grave. Somente a autoridade judicial (juiz) pode expedir decreto de prisão temporária de alguém. A autoridade policial (delegado) jamais pode decretar a prisão temporária. 2. REQUISITOS PARA DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA Sendo a prisão temporária uma prisão cautelar, são dois os requisitos para sua decretação: • o fumus comissi delicti (fumaça do cometimento do delito); e • o periculum libertatis (perigo na manutenção da liberdade). PRISÃO TEMPORÁRIA ATENÇÃO PRISÃO TEMPORÁRIA E PRISÃO PREVENTIVA Direito Processual Penal Professores Carlos Alfama e Paulo Igor http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 4 2.1 Fumus Comissi Delicti Para que seja decretada a prisão temporária de alguém, é necessário que haja a chamada “fumaça do cometimento do delito” (fumus comissi delicti), de algum dos crimes previstos no art. 1º, III, da Lei nº 7.960/1989 ou de algum crime hediondo ou equiparado (previstos na Lei nº 8.072/1990). Diz-se, portanto, que há a fumaça do cometimento do delito, quando existirem FUNDADAS RAZÕES DE AUTORIA OU PARTICIPAÇÃO do indiciado em algum dos seguintes crimes: • todos os crimes hediondos e equiparados (Lei n° 8.072/1990, art. 2º, §4º); • homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); • sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); • roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); • extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); • envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); • quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal (atualmente, é o crime de associação criminosa que admite a prisão temporária); • crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986). • atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); CRIME REVOGADO! • rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único). CRIME REVOGADO! http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 5 Não há previsão de prisão temporária para nenhum crime culposo, nem para contravenções penais. Para a decretação da prisão temporária, não se exige a prova do crime, mas apenas indícios dele e do envolvimento do agente. Trata-se de uma prisão decretada durante as investigações, sendo certo que a maioria das informações sobre o fato será produzida após a prisão do suspeito. 2.2 Periculum Libertatis Para se decretar a prisão temporária, deve estar presente o “perigo na liberdade do acusado” (periculum libertatis), que é verificado quando se encontra presente uma das duas hipóteses previstas no art. 1°, I e II, da Lei n° 7.960/1989: • I/quando a prisão for imprescindível para as investigações do inquérito policial; OU • II/quando o indicado não tiver residência fixa OU não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade. ATENÇÃO OBSERVAÇÃO http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 6 3. MOMENTO PARA DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA A prisão temporária somente pode ser decretada durante a fase de investigação, isto é, durante o inquérito policial. Não é possível decretação de prisão temporária no curso da ação penal. 4. REQUERIMENTO DE PRISÃO TEMPORÁRIA Não há decretação de prisão temporária de ofício pelo juiz, devendo haver requerimento do Ministério Público ou representação da autoridade policial. Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público (art. 2°, §1°, Lei n° 7.960/1989). 5. PRAZO DA PRISÃO TEMPORÁRIA Em regra, o prazo da prisão temporária será de cinco dias, podendo ser prorrogado por outros cinco, em casos de extrema e comprovada necessidade. Quando se tratar de crimes hediondos o prazo é de 30 dias, prorrogáveis por mais 30 (art. 2°, §4°, Lei n° 8.072/1990). ATENÇÃO! A prisão temporária não pode, em hipótese alguma, ser prorrogada de ofício pelo juiz. 6. FIM DA PRISÃO TEMPORÁRIA § 7° Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso deverá ser posto imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada sua prisão preventiva. ATENÇÃO http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 7 Terminado o prazo estipuladopelo Juiz, o indiciado deve ser imediatamente libertado pela autoridade policial, independentemente de expedição de alvará de soltura pelo Juiz, salvo se tiver sido decretada a prisão preventiva. A autoridade policial que deixar de soltar o preso temporário quando finalizado o prazo responderá pelo crime de abuso de autoridade (art. 12, IV, Lei 13.869/19). 7. REGRA DE TRATAMENTO DOS PRESOS TEMPORÁRIOS Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa (art. 2º, §4º, Lei nº 7.960/1989). Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais detentos (art. 3°, Lei n° 7.960/1989). ATENÇÃO Como já vimos, o juiz não pode decretar a prisão temporária de ofício. No entanto, CUIDADO! É perfeitamente possível que o juiz decrete a prisão temporária caso o MP ou o Delegado de Polícia tenham requerido a prisão preventiva. A questão já foi cobrada pelo CESPE! http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 8 1. CONCEITO A prisão preventiva é uma medida cautelar de constrição da liberdade de alguém que esteja sendo investigado em inquérito policial ou processado em ação penal. 2. NATUREZA JURÍDICA Trata-se de uma prisão cautelar (ou processual). 3. MOMENTO DA PRISÃO PREVENTIVA CPP. Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. Diferente da prisão temporária, que só pode ser decretada no curso da investigação, a prisão preventiva pode ser decretada em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal. Parte da doutrina ensina que, na fase investigatória, apenas se admite a prisão preventiva para os crimes em que não se admite a prisão temporária. O entendimento foi adotado pelo CESPE, na prova de Delegado da Polícia Civil da Bahia. 4. LEGITIMIDADE PARA REQUERER Podem requerer a prisão preventiva: • o Ministério Público; • a autoridade policial (por meio da representação); ATENÇÃO PRISÃO PREVENTIVA http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 9 Não há previsão legal da necessidade de prévia oitiva do MP quando a autoridade policial representa pela prisão preventiva. • a vítima do crime de ação penal privada (querelante); • a vítima do crime de ação penal pública (nesse caso, por intermédio do assistente de acusação). Diferente da prisão temporária, que jamais pode ser decretada de ofício pelo juiz, a prisão preventiva pode ser decretada de ofício pelo juiz, desde que no curso da ação penal. 5. PRAZO DE DURAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA Diferente da prisão temporária (em que a lei estipula um prazo determinado), no caso da prisão preventiva, não há previsão legal de prazo determinado de duração. Em regra, a prisão preventiva perdura até que cessem os motivos que determinaram sua decretação: Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. OBSERVAÇÃO ATENÇÃO ATENÇÃO http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 10 Todavia, não se pode estender o período de constrição da liberdade por períodos desarrazoados. Assim, mesmo persistindo o motivo que determinou a decretação da prisão preventiva, se restar caracterizada procrastinação do órgão acusatório ou morosidade do mecanismo judiciário, a medida cautelar restritiva da liberdade deve ser relaxada sob o fundamento de prazo desarrazoado. Ressalta-se que a mora da defesa não caracteriza prazo desarrazoado para fins de relaxamento da prisão preventiva. Nesse sentido, o STJ: “Não constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo na instrução, provocado pela defesa (Súmula n° 64, do STJ)”. Em todo caso, a prisão preventiva jamais poderá se estender após o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, pois nesse momento inicia- se a prisão penal (execução provisória da pena). TÉRMINO DA PRISÃO PREVENTIVA Regra Deve cessar quando cessarem os motivos que determinaram a prisão preventiva. Casos de relaxamento por excesso de prazo na formação da culpa Procrastinação do órgão acusatório ou por morosidade do Judiciário. Limite máximo Trânsito em julgado da sentença penal condenatória. http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 11 Na nova Lei de Organizações Criminosas, a prisão preventiva tem um prazo máximo. De acordo com o art. 22 da Lei nº 12.850/2013, em caso de réu preso, a instrução criminal não poderá exceder a 120 dias (prorrogáveis por igual período, por decisão fundamentada, devidamente motivada pela complexidade da causa ou por fato procrastinatório atribuído ao réu). 6. HIPÓTESES AUTORIZADORAS DA PRISÃO PREVENTIVA Para a decretação da prisão preventiva, deve estar presente alguma das seguintes hipóteses: I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. Vejamos agora, em detalhes, cada uma delas: ATENÇÃO http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 12 a) Crimes1 dolosos2 com pena máxima3 em abstrato superior4 a 04 (quatro) anos. (1) Não cabe para contravenções penais. (2) Não cabe para crimes culposos. (3) Não se analisa a pena mínima. (4) Não se admite quando a pena máxima for igual a 04 (quatro) anos. • As qualificadoras, privilégios, majorantes e minorantes devem ser levados em consideração para análise do cabimento da prisão preventiva. • As regras do concurso de crimes também devem ser analisadas para se analisar a admissibilidade da prisão preventiva. Exemplo: furto simples (pena máxima de 4 anos) não se admite a preventiva; mas, se for praticado em concurso de crimes, a ela será admitida. b) Reincidência1 em crime2 doloso3 (1) Reincidência é quando há condenação anterior com sentença transitada em julgado dentro do prazo de 5 anos após o cumprimento ou extinção da pena. (2) Não cabe para contravenções penais. (3) Não cabe para crimes culposos. • Nessa hipótese, não importa a pena cominada ao delito. c) Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra vítimas consideradas vulneráveis para garantir a execução das medidas protetivas de urgência. http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 13 • Não cabe para contravenções penais. • Não cabe para crimes culposos, pois nessa hipótese não se verificaa violência. • Violência doméstica e familiar (conceito estabelecido na Lei Maria da Penha/ arts. 5º e 7º). • São vítimas vulneráveis: mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência. • Nessa hipótese não importa a pena cominada ao delito. d) Dúvida sobre a identidade de pessoa presa OU quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la (qualquer que seja a infração penal). A dúvida sobre a identidade do preso é hipótese excepcional em que se permite a decretação de prisão preventiva em crimes culposos e em contravenções penais. 7. PRESSUPOSTOS DA PRISÃO PREVENTIVA Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. De acordo com o art. 312, caput, do CPP, os pressupostos para a decretação da prisão preventiva são: ATENÇÃO http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 14 7.1 Fumus Comissi Delicti • Prova da existência do crime (materialidade do delito): é a certeza de que ocorreu o delito, não bastando meros indícios. • Indício suficiente de autoria: em relação à autoria, basta que haja fundada suspeita de que o indiciado ou réu é autor da infração penal para que se determine a prisão preventiva (se estiver presente algum dos casos a seguir). 7.2 Periculum Libertatis CIC/GOP/GALP/GOE (mnemônico); A prisão preventiva é medida sempre excepcional (medida de ultima ratio), somente admitida quando não forem suficientes outras medidas cautelares menos gravosas. Nesse sentido: CPP, art. 282, § 6o A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art. 319). a) Conveniência da Instrução Criminal (CIC); Há necessidade de decretação da prisão preventiva sob o fundamento da conveniência da instrução criminal quando o acusado age visando perturbar o regular andamento do processo. Exemplo: É o caso do agente que ameaça ou tenta subornar testemunhas. ATENÇÃO http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 15 b) Garantia da Ordem Pública (GOP); Há necessidade de decretação da prisão preventiva sob o fundamento da garantia da ordem pública quando tal medida é indispensável para manter a ordem e a incolumidade pública na sociedade. Prevalece o entendimento doutrinário no sentido de que haverá necessidade da prisão preventiva pela garantia da ordem pública quando houver probabilidade de que o investigado/acusado volte a praticar delitos, ou seja, caso seja demonstrada sua PERICULOSIDADE. A periculosidade do investigado/acusado não pode ser presumida. Para o juiz decretar a prisão preventiva com base na garantia da ordem pública devem existir elementos objetivos nos autos que demonstrem a periculosidade do agente. Assim, o clamor social não poderia justificar a prisão preventiva (STF, HC 80.719/SP). Ainda em relação à garantia da ordem pública, Nucci ensina que o argumento de que o agente estará mais seguro sob a custódia do Estado do que nas ruas não autoriza a decretação da prisão preventiva, pois cabe ao indiciado ou réu buscar a melhor maneira de proteger-se. Além disso, a gravidade em abstrato do delito não autoriza a decretação da prisão preventiva. Assim, o simples fato de um crime ser hediondo não justifica a decretação da prisão preventiva, pois apesar de restar comprovada a elevada gravidade da infração, não se presume a elevada periculosidade do agente. ATENÇÃO http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 16 A ANTERIOR PRÁTICA DE ATOS INFRACIONAIS PODE FUNDAMENTAR A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA SOB FUNDAMENTO NA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA? Sim! A anterior prática de atos infracionais (condutas criminosas praticadas por menor), apesar de não poder ser considerada para fins de reincidência ou maus antecedentes, pode servir para justificar a manutenção da prisão preventiva como garantia da ordem pública (STJ, 3ª Seção, RHC nº 63855/MG). c) Garantia da Aplicação da Lei Penal (GALP); Há necessidade de decretação da prisão preventiva sob o fundamento da garantia de aplicação da lei penal quando tal medida cautelar é necessária para assegurar que a decisão final do processo seja útil, ou seja, que o agente cumpra a pena caso seja condenado. A doutrina cita como exemplo o caso do agente que tenta fugir do país. Nesse exemplo, a inação do Estado pode tornar inútil o provimento jurisdicional definitivo. AUSÊNCIA MOMENTÂNEA: A evasão do distrito da culpa para evitar a prisão em flagrante ou para questionar a legalidade e/ou validade da decisão de custódia cautelar, também chamada de ausência momentânea, não basta, por si só, para justificar a prisão preventiva sob fundamento da garantia de aplicação da lei penal (STF, 2ª Turma, HC 89.501/GO). http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 17 Apesar de a ausência momentânea por si só não justificar a prisão preventiva, a fuga do distrito da culpa, quando demonstrada a pretensão de se furtar à aplicação da lei penal, autoriza sim a decretação da custódia cautelar, sob pena de o deslinde do crime em questão ficar à mercê de seu suposto autor (HC 130.507/MT, STF). Nesse sentido, o STJ também decidiu: A fuga do distrito da culpa, comprovadamente demonstrada e que perdura por mais de 6 (seis) anos, é fundamentação suficiente a embasar a manutenção da custódia preventiva para garantir a aplicação da lei penal. (STJ, RHC 47394 PR./18.06.2014) ESTRANGEIROS NÃO RESIDENTES NO BRASIL: Se houver acordo de assistência judiciária com o país não há impedimento para que o investigado/acusado retorne ao país de origem (STF, 1ª Turma, HC 91.690/SP). Não havendo, o retorno ao país de origem deve ser impedido para se garantir a aplicação da lei penal. d) Garantia da Ordem Econômica (GOE); Há necessidade de decretação da prisão preventiva sob o fundamento da garantia da ordem econômica quando a liberdade do agente gerar relevante risco de abalo na situação econômico-financeira de determinada instituição ou de órgão do Estado. CUIDADO! JURISPRUDÊNCIA http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 18 8. DESCUMPRIMENTO DE MEDIDAS CAUTELARES Com o advento da Lei nº 12.403/2011, criou-se expressamente a possibilidade de serem determinadas outras medidas cautelares que não a constrição da liberdade do investigado/acusado (art. 319 do CPP). A prisão preventiva passou, com isso, a ser considerada como a última opção (ultima ratio), pois somente é aplicável quando as medidas cautelares alternativas não forem suficientes no caso concreto. Nesse sentido, o próprio CPP: CPP. Art. 282. § 6o A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art. 319). Todavia, para assegurar o respeito às medidas cautelares impostas, o CPP passou a prever mais uma possibilidade de decretação da prisão preventiva: em caso de descumprimento injustificado da qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares. Trata-se da prisão preventiva subsidiária! Art. 312. Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282,§ 4o). 8.1 Requisitos 1) Antes da decretação da prisão nesse caso, em nome da excepcionalidade da constrição da liberdade, o juiz deve verificar se é possível substituir a medida por outra ou impor mais uma em cumulação. Somente se não for possível, decretar-se-á a preventiva: CPP. Art. 282. §4°. No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único). http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 19 2) Princípio da homogeneidade: as medidas cautelares não podem ser mais graves do que a possível decisão final do processo. Atendendo a esse princípio, nenhuma medida cautelar, nem mesmo a prisão preventiva, poderá ser aplicada à infração penal a que a lei não comina pena privativa de liberdade. Nesse sentido, o próprio CPP: CPP. Art. 283. § 1º As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a que não for isolada, cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa de liberdade. Exemplo: não cabe prisão preventiva para a conduta de PORTE DE DROGA PARA CONSUMO PESSOAL (art. 28 da Lei de Drogas), pois é um crime para o qual a lei não prevê pena privativa de liberdade. A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA SUBSIDIÁRIA DEPENDE DA PRESENÇA DE UMA DAS HIPÓTESES DO ART. 313 DO CPP? Prevalece o entendimento de que, para decretação da prisão preventiva em razão do descumprimento de medidas cautelares, não é necessária a existência de uma das hipóteses autorizadoras do art. 313 do CPP (Eugênio Pacelli de Oliveira e Renato Brasileiro, por exemplo). A jurisprudência do STJ é nesse sentido: “A prisão preventiva decretada em razão do descumprimento de medida cautelar anteriormente imposta ao paciente não está submetida às circunstâncias e hipóteses previstas no art. 313 do CPP, de acordo com a sistemática das novas cautelares pessoais”. STJ, HC 281.472/MG/18/06/2014. http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 20 O descumprimento de medidas cautelares diversas da prisão não caracteriza o crime de desobediência (Informativo nº 544 do STJ). 9. CIRCUNSTÂNCIA IMPEDITIVA Em hipótese alguma, será decretada a prisão preventiva do investigado que agiu acobertado por uma das excludentes de ilicitude previstas na parte geral do Código Penal: • legítima defesa; • estado de necessidade; • estrito cumprimento do dever legal; • exercício regular de Direito. 10. FUNDAMENTAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada. Jamais se admite a prisão preventiva automática. A fundamentação da decisão sobre o pedido da prisão preventiva é imprescindível, ainda que denegue o pleito. A doutrina preleciona que essa fundamentação pode ser concisa, mas não pode se limitar à mera repetição dos termos legais. ATENÇÃO http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 21 Havendo coautores ou partícipes do mesmo delito, a prisão preventiva eventualmente decretada deve ser fundamentada individualmente. 11. APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA A doutrina é pacífica no sentido de que, diferente do que ocorre com a prisão em flagrante, a apresentação espontânea do agente não impede a decretação da prisão preventiva. Assim, se os requisitos estudados estiverem presentes, mesmo diante da apresentação espontânea, pode-se decretar a prisão preventiva. 12. PRISÃO DOMICILIAR (ARTS. 317 E 318 DO CPP) A prisão domiciliar consiste no recolhimento do investigado/acusado em sua residência, só podendo ausentar-se com autorização judicial (art. 317 do CPP). Trata-se de prisão cautelar que substitui a prisão preventiva em determinadas situações. Não há previsão legal de substituição da prisão temporária por prisão domiciliar, até mesmo pelo seu curto prazo de duração. ATENÇÃO OBSERVAÇÃO http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 22 12.1 Hipóteses O juiz pode substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: I) maior de 80 (oitenta) anos; II) extremamente debilitado por motivo de doença grave; III) imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; IV) gestante. V) mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; VI) homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que: I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente. Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A poderá ser efetuada sem prejuízo da aplicação concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319 deste Código. http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 23 12.2 Prisão Domiciliar no CPP X LEP PRISÃO DOMICILIAR NO CPP PRISÃO DOMICILIAR NA LEP Natureza cautelar Natureza penal (cumprimento de pena) Arts. 317 e 318 do CPP Art. 117 da LEP HIPÓTESES: Maior de 80 anos. Extremamente debilitado por motivo de doença grave; Imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; Gestante; Mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; Homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; HIPÓTESES: no regime aberto, quando o condenado for: Maior de 70 anos; Acometido de doença grave; Condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; Condenada gestante. http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 24 1. Qual a natureza jurídica da prisão temporária? É prisão administrativa, cautelar ou prisão penal? 2. Qual a finalidade da prisão temporária? 3. A autoridade policial, em alguma situação, pode decretar a prisão temporária de alguém? 4. Quais são as hipóteses que autorizam a decretação da prisão temporária? 5. Quais são os crimes que admitem a prisão temporária? 6. Todos os crimes hediondos admitem a decretação da prisão temporária? 7. Quais são os crimes considerados hediondos? 8. Todos os crimes equiparados a hediondos admitem a temporária? 9. Quais são os crimes equiparados a hediondos? 10. É possível a prisão temporária de algum crime culposo? 11. É possível a prisão temporária de alguma contravenção penal? 12. É possível a decretação da prisão temporária no curso da ação penal? 13. O juiz, em alguma situação, pode decretar a prisão temporária de ofício? 14. Quem pode requerer ao juiz a decretação da prisão temporária? 15. Qual o prazo de duração da prisão temporária? 16. Uma vez decretada a prisão temporária, qual o prazo para término do inquérito policial? 17. Após o fim do prazo da prisão temporária, é necessária a expedição de alvará de soltura para que a autoridade coloque o preso em liberdade? ESTUDO DIRIGIDO http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfamae Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 25 18. É correto afirmar que a autoridade pode optar por colocar os presos temporários em separado dos demais detentos? 19. O que é a prisão preventiva? 20. Qual a natureza jurídica da prisão preventiva? 21. Em que momento pode ser decretada a prisão preventiva? 22. Quem pode requerer a decretação da prisão preventiva ao juiz? 23. O juiz pode decretar a prisão preventiva de ofício (sem provocação) no curso da investigação criminal? 24. O juiz pode decretar a prisão preventiva de ofício (sem provocação) no curso da ação penal? 25. Qual o prazo da prisão preventiva? 26. Uma vez decretada a prisão preventiva, quando ela deve ser revogada? Após a sua revogação, o juiz pode decretá-la novamente? 27. Quais são as hipóteses de revogação da prisão preventiva por excesso de prazo? 28. O excesso de prazo na instrução provocado pela defesa configura constrangimento ilegal? 29. A prisão preventiva pode ser mantida após a sentença condenatória recorrível que aplicou o regime semiaberto de cumprimento de pena? 30. Quais são as hipóteses que admitem a decretação da prisão preventiva? 31. Quais são os pressupostos da prisão preventiva? 32. Quando haverá a necessidade da prisão preventiva por conveniência da instrução criminal? http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 26 33. Quando haverá a necessidade da prisão preventiva pela garantia da ordem pública? 34. O clamor social autoriza, por si só, a decretação da prisão preventiva? 35. O argumento de que o agente estará mais seguro sob a custódia do Estado do que nas ruas autoriza a decretação da prisão preventiva? 36. A anterior prática de atos infracionais autoriza a decretação da prisão preventiva? 37. A gravidade em abstrato do delito, por si só, autoriza a decretação da prisão preventiva? 38. Quando haverá a necessidade da prisão preventiva pela garantia da ordem econômica? 39. É possível a decretação da prisão preventiva em razão do descumprimento de medidas cautelares anteriormente impostas? Quais são os requisitos? 40. O que é a prisão preventiva subsidiária? 41. É correto afirmar que a decretação da prisão preventiva subsidiária somente pode ocorrer nas hipóteses do art. 313 do CPP? 42. Qual a circunstância que impede a decretação da prisão preventiva? 43. A decisão que decreta a prisão preventiva deve ser fundamentada? 44. A decisão que nega a prisão preventiva deve ser fundamentada? 45. A apresentação espontânea impede a prisão preventiva? 46. O que é a prisão domiciliar? 47. A prisão domiciliar substitui qual espécie de prisão cautelar? 48. Em quais hipóteses se pode decretar a prisão domiciliar? http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 27 49. De quem é o ônus da prova da presença de uma das hipóteses que autorizam a prisão domiciliar? http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 28 QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES Prisão Temporária 1. (CESPE/2015/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) A prisão temporária somente poderá ser decretada em situações excepcionais, quando for imprescindível para a realização de diligências investigatórias ou para a obtenção de provas durante o processo judicial. 2. (FCC/2015/TRT 9ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Considere as seguintes afirmações sobre a prisão temporária prevista na Lei nº 7.960/1989: I. É cabível quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade. II. É cabível tanto na fase de inquérito policial quanto no curso da ação penal, desde que antes da sentença. III. É cabível do descumprimento de obrigações impostas por força de outras medidas cautelares. IV. Na hipótese de representação da autoridade policial, o juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público. V. Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais detentos. Está correto o que se afirma APENAS em: a) II, III e IV. b) I, IV e V. c) I, III e V. d) I, II e IV. e) II, III e V. http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 29 3. (FUNCAB/2015/PC-AC/ PERITO CRIMINAL) Em termos de prisão temporária, é correto afirmar que: a) poderá ser decretada no curso do inquérito policial bem como do processo penal, a fim de assegurar a aplicação da lei penal. b) a autoridade policial possui atribuição para realizar a prisão temporária mesmo antes da expedição do mandado judicial, bastando que tenha sido instaurado o regular inquérito policial. c) após decretada a prisão temporária, será expedido mandado de prisão em duas vias, uma das quais deverá ser entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa. d) extinta a prisão temporária, o indiciado só poderá ser colocado em liberdade por meio de Alvará de Soltura, expedido pelo juiz. e) os presos temporários, a critério da autoridade policial, poderão permanecer separados dos demais detentos. 4. (FUNIVERSA/2015/PCDF/PAPILOSCOPISTA) Caberá prisão temporária (Lei n.º 7.960/1989) quando for imprescindível para as investigações do inquérito policial e houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado no crime de: a) homicídio culposo. b) constrangimento ilegal. c) receptação qualificada. d) corrupção ativa. e) tráfico de drogas. 5. (FUNIVERSA/2015/SESIPE-DF/AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁRIAS) Cabe prisão temporária quando esta for imprescindível para as http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 30 investigações do inquérito policial, ou quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade, bem como quando houver fundadas razões de autoria ou participação do indiciado nos crimes que a lei lista, entre eles o de estelionato. 6. (FUNIVERSA/2015/PCGO/PAPILOSCOPISTA) Assinale a alternativa que apresenta crime em que é cabível a prisão temporária, segundo a Lei n.º 7.960/1989. a) abuso de autoridade. b) homicídio culposo c) furto qualificado d) crime contra o sistema financeiro e) corrupção ativa 7. (FGV/2015/TJ/SC/TÉCNICO JUDICIÁRIO) A Lei nº 7.960/89 traz uma medida cautelar pessoal de natureza constritiva conhecida como prisão temporária. Sobre tal medida, é correto afirmar que: a) poderá ser decretada de ofício pelo magistrado; b) ainda que decorrido o prazo da prisão fixado pelo magistrado, a soltura do preso depende da expedição de alvará neste sentido; c) sendo o crime investigado hediondo, poderá ter seu prazo inicial fixado em até 30 dias; d) em regra, terá prazo de 05 dias, improrrogável; e) poderá ser decretada caso esteja sendo investigada a prática de homicídio doloso qualificado, mas não de homicídio doloso simples. 8. (CESPE/2015/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL) Na hipótese de uma investigação policial pelo crime de latrocínio, a prisão temporária poderá ser http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 31 decretada pelo prazo de trinta dias, prorrogáveis por igual período, sem prejuízo da possibilidade de decretação da prisão preventiva. Nesse caso, o inquérito deverá ser concluído no prazo, sob pena de constrangimento ilegal. 9. (VUNESP/2015/PC-CE/DELEGADO DE POLÍCIA) A prisão temporária é cabível (I) quando imprescindível para as investigaçõesdo inquérito policial; (II) quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer ele- mentos necessários ao esclarecimento de sua identidade e (III) quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado em alguns crimes expressamente citados no texto da Lei no 7.960/90, entre eles: a) a corrupção passiva (CP, art. 317). b) a falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (CP, art. 273). c) a concussão (CP, art. 316). d) o contrabando (CP, art. 334). e) os contra o sistema financeiro (Lei no 7.492/86). 10. (VUNESP/2015/PC-CE/INSPETOR DE POLÍCIA) Sobre o instituto da prisão temporária, é correto afirmar que: a) é cabível sua decretação em alguns crimes culposos. b) é cabível sua decretação em crimes de roubo. c) não é cabível sua decretação em crimes hediondos d) haverá, sempre que possível, um plantão permanente diurno do Poder Judiciário e do Ministério Público para apreciação dos pedidos de prisão temporária, nas comarcas e seções judiciárias. e) a lei faculta a separação dos presos temporários dos demais detentos. http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 32 11. (CESPE/2015/DPF/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL) Nos crimes de tráfico de drogas, em caso de necessidade extrema comprovada, poderá ser decretada a prisão temporária pela autoridade policial, que terá o prazo de vinte e quatro horas para comunicar a prisão e encaminhar a representação pertinente ao juiz competente. 12. (FUNCAB/2014/SEDS-TO/ANALISTA SOCIOEDUCADOR/DIREITO) A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 2 dias improrrogáveis. 13. (CESPE/2011/PC-ES/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Rodolfo é acusado da prática de crime contra o sistema financeiro e, para as investigações, se considerou imprescindível a custódia do mesmo. Nessa situação, a autoridade policial estará legitimada a representar pela decretação da prisão temporária. 14. (CESPE/2011/TRE-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/ ESPECÍFICOS) Considere a seguinte situação hipotética. Um indivíduo, conhecido apenas por Índio, réu em ação penal pela suposta prática do delito de homicídio doloso, afirmou, durante interrogatório judicial, não ter residência fixa e não forneceu elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade. Nessa situação, é cabível a prisão temporária do réu sob o argumento de sonegação de informações imprescindíveis à continuidade da ação penal. 15. (CESPE/2010/DETRAN-ES/ADVOGADO) Caberá prisão temporária quando imprescindível para as investigações policiais, ou durante o transcurso da ação penal, quando houver fundadas razões de autoria ou participação do indiciado em crime doloso. 16. (CESPE/2009/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Em regra, a prisão temporária deve ter duração máxima de cinco dias. Tratando-se, no entanto, de procedimento destinado à apuração da prática de delito hediondo, tal prazo poderá estender-se para trinta dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 33 17. (VUNESP/2014/TJ/SP/JUIZ/ADAPTADA) No tocante à Prisão Temporária prevista na Lei n.º 9.760/89, julgue: Possui caráter cautelar voltado à investigação policial. Se já houver processo ou tiver sido oferecida a denúncia, não pode ser decretada ou subsistir a prisão temporária. 18. (VUNESP/2014/TJ/SP/JUIZ/ADAPTADA) No tocante à Prisão Temporária prevista na Lei n.º 9.760/89, julgue: É prisão cautelar cujos prazos máximos de duração estão previstos na lei. Findos tais prazos, o imputado deve ser imediatamente posto em liberdade, sob pena de configurar-se o delito de abuso de autoridade (art. 4.º, I, da Lei n.º 4.898/65). 19. (VUNESP/2014/TJ/SP/JUIZ/ADAPTADA) No tocante à Prisão Temporária prevista na Lei n.º 9.760/89, julgue: Será decretada de ofício pelo juiz ou mediante requerimento do Ministério Público ou representação da autoridade policial. Prisão Preventiva 20. (CESPE/2015/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) O juiz poderá substituir a prisão preventiva pela prisão domiciliar, caso o réu tenha mais de oitenta anos ou prove ser portador de doença grave que cause extrema debilidade. 21. (CESPE/2015/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) A conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva ocorrerá automaticamente mediante despacho do juiz, ao qual deverá ser apresentado o auto de prisão em flagrante no prazo de vinte e quatro horas. 22. (CESPE/2013/AGU/PROCURADOR FEDERAL) A existência de prova concludente da autoria delitiva constitui requisito indispensável para a decretação da prisão preventiva. 23. (FGV/2015/TJ/RO/OFICIAL DE JUSTIÇA) Em janeiro de 2015, foi instaurado inquérito policial para apurar a prática de um crime de roubo majorado pelo emprego http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 34 de arma de fogo, constando como indiciado Tício. Ao receber os autos do inquérito, o Ministério Público requereu ao juiz apenas que os autos fossem encaminhados para Delegacia para cumprimento de diligências imprescindíveis, conforme solicitado pela autoridade policial. O juiz, porém, considerando a gravidade do fato, decretou a prisão preventiva do indiciado. Com base na situação narrada, é correto afirmar que o magistrado agiu: a) corretamente, pois a gravidade em abstrato do crime pode justificar a decretação da prisão preventiva; b) incorretamente, pois não cabe prisão preventiva durante o inquérito policial; c) incorretamente, pois a prisão preventiva só pode ser decretada de ofício no curso da ação penal; d) corretamente, pois a gravidade em concreto do fato é fundamentação idônea para decretação da prisão preventiva e esta pode ser decretada de ofício; e) incorretamente, pois o Código de Processo Penal não mais admite que seja decretada prisão preventiva de ofício pelo magistrado, independente do momento processual. 24. (IESES/2015/TRE/MA/ANALISTA JUDICIÁRIO) Poderá o Juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for maior de 70 anos ou extremamente debilitado por motivo de doença grave. 25. (IESES/2015/TRE/MA/ANALISTA JUDICIÁRIO) A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. Poderá, também, ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares. http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 35 26. (CAIP-IMES/2015/PREFEITURA DE RIO GRANDE DA SERRA/ PROCURADOR) O Código de Processo Penal autoriza a decretação da prisão preventiva na seguinte hipótese: a) se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência. b) nos crimes culposos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 2 (dois) anos. c) se o crime envolver violência culposa ou dolosa contra criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência. d) nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade mínima superior a 2 (dois) anos. 27. (FUNIVERSA/2015/SESIPE/DF/AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁRIAS) A gravidade abstrata do crime serve à fundamentação da prisão preventiva, segundo entendimento assente nos tribunaissuperiores. 28. (DPE/PE/2015/DPE/PE/ESTAGIÁRIO DE DIREITO) A prisão em flagrante delito terá duração máxima de 81 (oitenta e um) dias, improrrogáveis. 29. (DPE/PE/2015/DPE/PE/ESTAGIÁRIO DE DIREITO) A prisão preventiva decretada pelo juiz somente é cabível na fase de investigação policial. 30. (FUNIVERSA/2015/PCDF/PAPILOSCOPISTA) A respeito da prisão, segundo o CPP e o entendimento do STJ, assinale a alternativa correta. a) A privação cautelar da liberdade individual resulta impossível em virtude de expressa cláusula inscrita no próprio texto da Constituição da República, sob pena de conflitar com a presunção constitucional de inocência. b) A prisão preventiva justifica-se caso demonstrada sua real indispensabilidade para assegurar a ordem pública, a ordem econômica, a instrução criminal ou a aplicação http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 36 da lei penal, quando houver prova de autoria, de acordo com o CPP. c) A prisão cautelar deve ser considerada exceção, uma vez que, por meio dessa medida, priva-se o réu de seu jus libertatis antes do pronunciamento condenatório definitivo, consubstanciado na sentença transitada em julgado. d) A prisão preventiva, enquanto medida de natureza cautelar, pode ser utilizada como instrumento de punição antecipada do indiciado ou do réu. e) A prisão cautelar confunde-se com a prisão penal, objetivando infligir punição àquele que sofre a sua decretação, embora se destine a atuar em benefício da atividade estatal desenvolvida no processo penal. 31. (MPE/BA/2015/MPE/BA/PROMOTOR DE JUSTIÇA) O juiz poderá substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o suposto autor do fato delituoso for maior de 70 (setenta) anos de idade ou estiver extremamente debilitado por motivo de doença grave. 32. (VUNESP/2015/PCCE/INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL) É admitida a decretação da prisão preventiva de indivíduo primário, civilmente identificado, pela prática de: a) quaisquer crimes dolosos punidos com detenção. b) quaisquer crimes culposos punidos com reclusão. c) crime doloso punido com pena privativa de liberdade máxima superior a dois anos. d) crime que envolve violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência. e) crime culposo punido com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos. http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 37 33. (FUNCAB/2014/SEDS/TO/ANALISTA SOCIOEDUCADOR/DIREITO) A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva não necessita ser motivada. 34. (FUNCAB/2014/SEDS/TO/ANALISTA SOCIOEDUCADOR/DIREITO) O delegado de polícia pode decretar prisão preventiva pelo prazo de 5 dias. 35. (CESPE/2014/TJ/CE/TÉCNICO JUDICIÁRIO) A prisão preventiva: a) poderá ser decretada pelo juiz somente após o recebimento da denúncia e durante o curso do processo penal. b) poderá ser decretada pela autoridade policial durante a investigação policial. c) não poderá ser decretada se o juiz verificar, pelas provas constantes dos autos, que o agente praticou o crime em situação de legítima defesa. d) poderá ser decretada em se tratando de crimes hediondos, ainda que não haja provas da existência do crime e indícios suficientes de autoria. e) poderá ser decreta em substituição à prisão em flagrante por crime hediondo, não sendo necessário, nessa situação, ser motivada sua decisão. 36. (CESPE/2013/STF/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) A prisão preventiva subsidiária por descumprimento de medida cautelar anteriormente imposta somente poderá ser decretada para os crimes dolosos punidos com pena máxima privativa de liberdade superior a quatro anos, observados os demais requisitos normativos. 37. (CESPE/2013/BACEN/PROCURADOR) A prisão preventiva corresponde a medida cautelar ampla, aplicada em qualquer fase do inquérito ou processo, sendo determinada mesmo quando cabível a sua substituição por outra medida cautelar, uma vez preenchidos seus requisitos. http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 38 38. (CESPE/2013/BACEN/PROCURADOR) O MP deve ser ouvido previamente quanto à decretação de prisão preventiva. 39. (CESPE/2013/POLÍCIA FEDERAL/ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL) A atual sistemática da prisão preventiva impõe a observância das circunstâncias fáticas e normativas estabelecidas no CPP e, sobretudo, em qualquer das hipóteses de custódia preventiva, que o crime em apuração seja doloso punido com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos. 40. (CESPE/2013/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) Mesmo que presente mais de um dos requisitos previstos no art. 312 do CPP, o juiz somente poderá converter a prisão em flagrante em preventiva quando se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão. 41. (CESPE/2013/MPU/ANALISTA/DIREITO) Considerando que um servidor público tenha sido preso em flagrante pela prática de peculato cometido em desfavor da Caixa Econômica Federal, tendo sido o crime facilitado em razão da função exercida pelo referido servidor. Julgue os itens a seguir, com base na legislação processual penal. Ao receber o auto de prisão em flagrante do servidor, o juiz deverá converter a prisão em flagrante em preventiva e, então, se for o caso, deliberar pela aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, como a suspensão do exercício da função pública. 42. (CESPE/2013/TJ-DF/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR) É vedada a aplicação de medidas cautelares, incluindo-se a prisão preventiva, ao autor de infração penal objeto de inquérito ou processo se à infração não for, isolada, cumulativa ou, alternativamente, cominada pena privativa de liberdade. 43. (CESPE/2013/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) A prisão preventiva não pode ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares. http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 39 44. (CESPE/2013/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) Não é admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la. 45. (CESPE/2013/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) Ao juiz é vedado revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, assim como não pode decretá-la novamente, se sobrevierem razões que a justifiquem. 46. (CESPE/2013/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) Não deve ser decretada a prisão preventiva se o juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato em estado de necessidade, em legítima defesa ou em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. 47. (CESPE/2013/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) Somente após o oferecimento da denúncia, cabe a prisão preventiva, que pode ser decretada pelo juiz, de ofício, ou a requerimento do MP, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. 48. (CESPE/2012/PC-AL/AGENTE DE POLÍCIA) Se, no curso do inquérito policial, o delegado de polícia constatar que o indiciado está ameaçando testemunha ou praticando quaisquer outros atos que prejudique as investigações, ele próprio poderá decretar a prisão preventiva do indiciado. 49. (CESPE/2012/PC-AL/AGENTE DE POLÍCIA) Uma vez decretada a prisão preventiva, e revogada por falta de motivos para que subsista, é vedado ao juiz decretá-la novamente. 50. (CESPE/2012/TJ-AL/AUXILIARJUDICIÁRIO) A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, quando houver indício da existência do crime e da autoria. http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 40 51. (CESPE/2012/TJ-AL/AUXILIAR JUDICIÁRIO) O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, durante o processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, ficando proibido de decretá-la novamente, ainda que por novas razões. 52. (CESPE/2012/DPE-AC/DEFENSOR PÚBLICO) Não é cabível a decretação de prisão preventiva de acusado que se apresente espontaneamente à autoridade policial competente. 53. (CESPE/2012/POLÍCIA FEDERAL/AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL) A prisão preventiva, admitida nos casos de crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos, pode ser decretada em qualquer fase da persecução penal, desde que haja prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. 54. (CESPE/2012/POLÍCIA FEDERAL/AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL) A legislação processual obsta a decretação da prisão preventiva e temporária no caso de o acusado apresentar-se espontaneamente em juízo ou perante a autoridade policial, prestar declarações acerca dos fatos apurados e entregar o passaporte, assim como no caso de o juiz verificar, pelas provas constantes dos autos, que o agente praticou o fato em estado de necessidade, legítima defesa ou no estrito cumprimento do dever legal. 55. (CESPE/2012/PC-CE/INSPETOR DE POLÍCIA/CIVIL) As medidas cautelares previstas na recente reforma do CPP estão fundadas no binômio necessidade e adequação. Em que pese tais medidas poderem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, não poderá haver sua cumulação com a prisão preventiva. 56. (CESPE/2009/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO) São pressupostos da prisão preventiva: garantia da ordem pública ou da ordem econômica; conveniência da instrução criminal; garantia de aplicação da lei penal; prova da existência do crime; indício suficiente de autoria. http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 41 57. (CESPE/2009/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO) A apresentação espontânea do acusado à autoridade policial, ao juiz criminal ou ao MP impede a prisão preventiva, devendo o acusado responder ao processo em liberdade. 58. (CESPE/2009/PREFEITURA DE IPOJUCA/PE/PROCURADOR MUNICIPAL) As prisões temporária e preventiva podem ser decretadas de ofício pelo juiz durante o inquérito policial e a ação penal. 59. (CESPE/2009/DPF/AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL) Assemelham-se as prisões preventiva e temporária porque ambas podem ser decretadas em qualquer fase da investigação policial ou da ação penal. No entanto, a prisão preventiva pressupõe requerimento das partes, ao passo que a prisão temporária pode ser decretada de ofício pelo juiz. 60. (CESPE/2008/TJ-DF/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Diferem a prisão temporária e a prisão preventiva porque esta pode ser decretada em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, podendo ser decretada de ofício pelo juiz, enquanto a prisão temporária somente tem cabimento antes da propositura da ação penal e não pode ser decretada de ofício pelo juiz. http://zeroumconcursos.com.br DIREITO PROCESSUAL PENAL Prisão Temporária e Prisão Preventiva Professores Carlos Alfama e Paulo Igor www.zeroumconcursos.com.br 42 GABARITO 1. E 2. b 3. c 4. e 5. E 6. d 7. c 8. c 9. E 10. b 11. E 12. E 13. C 14. E 15. E 16. C 17. C 18. C 19. E 20. c 21. E 22. E 23. c 24. E 25. C 26. a 27. E 28. E 29. E 30. c 31. E 32. d 33. E 34. E 35. c 36. E 37. E 38. E 39. E 40. C 41. E 42. C 43. E 44. E 45. E 46. C 47. E 48. E 49. E 50. E 51. E 52. E 53. C 54. E 55. C 56. C 57. E 58. E 59. E 60. C http://zeroumconcursos.com.br art4 _GoBack 1. CONCEITO 2. REQUISITOS PARA DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA 2.1 Fumus Comissi Delicti 2.2 Periculum Libertatis 3. MOMENTO PARA DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA 4. REQUERIMENTO DE PRISÃO TEMPORÁRIA 5. PRAZO DA PRISÃO TEMPORÁRIA 6. FIM DA PRISÃO TEMPORÁRIA 7. REGRA DE TRATAMENTO DOS PRESOS TEMPORÁRIOS 1. CONCEITO 2. NATUREZA JURÍDICA 3. MOMENTO DA PRISÃO PREVENTIVA 4. LEGITIMIDADE PARA REQUERER 5. PRAZO DE DURAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA 6. HIPÓTESES AUTORIZADORAS DA PRISÃO PREVENTIVA 7. PRESSUPOSTOS DA PRISÃO PREVENTIVA 7.2 Periculum Libertatis 8.1 Requisitos 9. CIRCUNSTÂNCIA IMPEDITIVA 10. FUNDAMENTAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA 11. APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA 12. PRISÃO DOMICILIAR (ARTS. 317 E 318 DO CPP) 12.1 Hipóteses 12.2 Prisão Domiciliar no CPP X LEP QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES – LISTA I GABARITO – Lista I
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