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DPP_-_Prisão_Temporária_e_Prisão_Preventiva_-_Alfama_e_Paulo_Igor

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PRISÃO 
TEMPORÁRIA 
E PRISÃO 
PREVENTIVA
Professores Carlos 
Alfama e Paulo Igor
D
IR
EITO
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R
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ESSU
A
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EN
A
L
SUMÁRIO
1. Conceito ............................................................................................... 3
2. Requisitos para Decretação da Prisão Temporária ....................................... 3
2.1 Fumus Comissi Delicti ........................................................................... 4
2.2 Periculum Libertatis .............................................................................. 5
3. Momento para Decretação da Prisão Temporária ........................................ 6
4. Requerimento de Prisão Temporária ......................................................... 6
5. Prazo da Prisão Temporária ..................................................................... 6
6. Fim da Prisão Temporária ........................................................................ 6
7. Regra de Tratamento dos Presos Temporários ............................................ 7
1. Conceito ............................................................................................... 8
2. Natureza Jurídica ................................................................................... 8
3. Momento da Prisão Preventiva ................................................................. 8
4. Legitimidade para Requerer .................................................................... 8
5. Prazo de Duração da Prisão Preventiva...................................................... 9
6. Hipóteses Autorizadoras da Prisão Preventiva ............................................ 11
7. Pressupostos da Prisão Preventiva ............................................................ 13
7.2 Periculum Libertatis ............................................................................. 14
8.1 Requisitos .......................................................................................... 18
9. Circunstância Impeditiva ........................................................................ 20
10. Fundamentação da Prisão Preventiva ...................................................... 20
11. Apresentação Espontânea .................................................................... 21
12. Prisão Domiciliar (Arts. 317 e 318 do CPP) .............................................. 21
12.1 Hipóteses .......................................................................................... 22
12.2 Prisão Domiciliar no CPP X LEP ............................................................. 23
Estudo Dirigido .......................................................................................... 24
Questões de Concursos Anteriores ............................................................... 28
Gabarito ................................................................................................... 42
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Prisão Temporária e Prisão Preventiva
Professores Carlos Alfama e Paulo Igor
 www.zeroumconcursos.com.br 3
1. CONCEITO
A prisão temporária é uma modalidade de prisão cautelar, prevista na Lei 
n° 7.960/1989, cuja finalidade é assegurar uma eficaz investigação policial, quando 
se tratar de apuração de infração penal de natureza grave. 
Somente a autoridade judicial (juiz) pode expedir decreto de prisão 
temporária de alguém. A autoridade policial (delegado) jamais pode decretar a 
prisão temporária.
2. REQUISITOS PARA DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA
Sendo a prisão temporária uma prisão cautelar, são dois os requisitos para 
sua decretação:
• o fumus comissi delicti (fumaça do cometimento do delito); e
• o periculum libertatis (perigo na manutenção da liberdade).
PRISÃO TEMPORÁRIA
ATENÇÃO
PRISÃO TEMPORÁRIA E 
PRISÃO PREVENTIVA
Direito Processual Penal 
Professores Carlos Alfama e Paulo Igor
http://zeroumconcursos.com.br
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Prisão Temporária e Prisão Preventiva
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2.1 Fumus Comissi Delicti
Para que seja decretada a prisão temporária de alguém, é necessário que haja 
a chamada “fumaça do cometimento do delito” (fumus comissi delicti), de algum dos 
crimes previstos no art. 1º, III, da Lei nº 7.960/1989 ou de algum crime hediondo 
ou equiparado (previstos na Lei nº 8.072/1990).
Diz-se, portanto, que há a fumaça do cometimento do delito, quando existirem 
FUNDADAS RAZÕES DE AUTORIA OU PARTICIPAÇÃO do indiciado em algum 
dos seguintes crimes:
• todos os crimes hediondos e equiparados (Lei n° 8.072/1990, art. 2º, §4º);
• homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);
• sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);
• roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
• extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);
• envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal
qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); 
• quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal (atualmente, é o
crime de associação criminosa que admite a prisão temporária);
• crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).
• atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art.
223, caput, e parágrafo único); CRIME REVOGADO!
• rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo
único). CRIME REVOGADO!
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Não há previsão de prisão temporária para nenhum crime culposo, nem para 
contravenções penais.
Para a decretação da prisão temporária, não se exige a prova do crime, 
mas apenas indícios dele e do envolvimento do agente. Trata-se de uma 
prisão decretada durante as investigações, sendo certo que a maioria das 
informações sobre o fato será produzida após a prisão do suspeito.
2.2 Periculum Libertatis
Para se decretar a prisão temporária, deve estar presente o “perigo na 
liberdade do acusado” (periculum libertatis), que é verificado quando se encontra 
presente uma das duas hipóteses previstas no art. 1°, I e II, da Lei n° 7.960/1989:
• I/quando a prisão for imprescindível para as investigações do
inquérito policial;
OU
• II/quando o indicado não tiver residência fixa OU não fornecer
elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade.
ATENÇÃO
OBSERVAÇÃO
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3. MOMENTO PARA DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA
A prisão temporária somente pode ser decretada durante a fase de 
investigação, isto é, durante o inquérito policial. Não é possível decretação de 
prisão temporária no curso da ação penal.
4. REQUERIMENTO DE PRISÃO TEMPORÁRIA
Não há decretação de prisão temporária de ofício pelo juiz, devendo 
haver requerimento do Ministério Público ou representação da autoridade policial.
Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, 
ouvirá o Ministério Público (art. 2°, §1°, Lei n° 7.960/1989).
5. PRAZO DA PRISÃO TEMPORÁRIA
Em regra, o prazo da prisão temporária será de cinco dias, podendo ser 
prorrogado por outros cinco, em casos de extrema e comprovada necessidade.
Quando se tratar de crimes hediondos o prazo é de 30 dias, 
prorrogáveis por mais 30 (art. 2°, §4°, Lei n° 8.072/1990). 
ATENÇÃO! A prisão temporária não pode, em hipótese alguma, ser 
prorrogada de ofício pelo juiz. 
 6. FIM DA PRISÃO TEMPORÁRIA
§ 7° Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso deverá ser
posto imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada
sua prisão preventiva.
ATENÇÃO
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Terminado o prazo estipuladopelo Juiz, o indiciado deve ser imediatamente 
libertado pela autoridade policial, independentemente de expedição de alvará de 
soltura pelo Juiz, salvo se tiver sido decretada a prisão preventiva.
A autoridade policial que deixar de soltar o preso temporário quando finalizado 
o prazo responderá pelo crime de abuso de autoridade (art. 12, IV, Lei 13.869/19).
7. REGRA DE TRATAMENTO DOS PRESOS TEMPORÁRIOS
Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas 
vias, uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa (art. 2º, 
§4º, Lei nº 7.960/1989).
Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos 
demais detentos (art. 3°, Lei n° 7.960/1989).
ATENÇÃO
Como já vimos, o juiz não pode decretar a prisão temporária de ofício. No 
entanto, CUIDADO! É perfeitamente possível que o juiz decrete a 
prisão temporária caso o MP ou o Delegado de Polícia tenham 
requerido a prisão preventiva. A questão já foi cobrada pelo CESPE!
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1. CONCEITO
A prisão preventiva é uma medida cautelar de constrição da liberdade de 
alguém que esteja sendo investigado em inquérito policial ou processado em ação 
penal.
2. NATUREZA JURÍDICA
Trata-se de uma prisão cautelar (ou processual).
3. MOMENTO DA PRISÃO PREVENTIVA
CPP. Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do 
processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de 
ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério 
Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da 
autoridade policial.
Diferente da prisão temporária, que só pode ser decretada no curso da 
investigação, a prisão preventiva pode ser decretada em qualquer fase da 
investigação policial ou do processo penal.
Parte da doutrina ensina que, na fase investigatória, apenas se admite a 
prisão preventiva para os crimes em que não se admite a prisão temporária. O 
entendimento foi adotado pelo CESPE, na prova de Delegado da Polícia Civil da Bahia.
4. LEGITIMIDADE PARA REQUERER
Podem requerer a prisão preventiva:
• o Ministério Público;
• a autoridade policial (por meio da representação);
ATENÇÃO
PRISÃO PREVENTIVA
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Não há previsão legal da necessidade de prévia oitiva do MP quando a 
autoridade policial representa pela prisão preventiva.
• a vítima do crime de ação penal privada (querelante);
• a vítima do crime de ação penal pública (nesse caso, por intermédio do
assistente de acusação).
Diferente da prisão temporária, que jamais pode ser decretada de ofício 
pelo juiz, a prisão preventiva pode ser decretada de ofício pelo juiz, desde 
que no curso da ação penal.
5. PRAZO DE DURAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
Diferente da prisão temporária (em que a lei estipula um prazo determinado), 
no caso da prisão preventiva, não há previsão legal de prazo determinado 
de duração. 
Em regra, a prisão preventiva perdura até que cessem os motivos que 
determinaram sua decretação:
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do 
processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de 
novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
OBSERVAÇÃO
ATENÇÃO
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Todavia, não se pode estender o período de constrição da liberdade por 
períodos desarrazoados. 
Assim, mesmo persistindo o motivo que determinou a decretação da prisão 
preventiva, se restar caracterizada procrastinação do órgão acusatório ou 
morosidade do mecanismo judiciário, a medida cautelar restritiva da liberdade 
deve ser relaxada sob o fundamento de prazo desarrazoado.
Ressalta-se que a mora da defesa não caracteriza prazo desarrazoado para 
fins de relaxamento da prisão preventiva. 
Nesse sentido, o STJ: “Não constitui constrangimento ilegal o excesso 
de prazo na instrução, provocado pela defesa (Súmula n° 64, do STJ)”.
Em todo caso, a prisão preventiva jamais poderá se estender após o 
trânsito em julgado de sentença penal condenatória, pois nesse momento inicia-
se a prisão penal (execução provisória da pena).
TÉRMINO DA PRISÃO PREVENTIVA
Regra Deve cessar quando cessarem os motivos que determinaram a prisão preventiva.
Casos de relaxamento 
por excesso de prazo na 
formação da culpa
Procrastinação do órgão acusatório ou por 
morosidade do Judiciário.
Limite máximo Trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
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Na nova Lei de Organizações Criminosas, a prisão preventiva tem um prazo 
máximo. De acordo com o art. 22 da Lei nº 12.850/2013, em caso de réu preso, 
a instrução criminal não poderá exceder a 120 dias (prorrogáveis por igual período, 
por decisão fundamentada, devidamente motivada pela complexidade da causa ou 
por fato procrastinatório atribuído ao réu).
6. HIPÓTESES AUTORIZADORAS DA PRISÃO PREVENTIVA
Para a decretação da prisão preventiva, deve estar presente alguma 
das seguintes hipóteses:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima 
superior a 4 (quatro) anos; 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada 
em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 
2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, 
criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a 
execução das medidas protetivas de urgência;
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver 
dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos 
suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em 
liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção 
da medida.
Vejamos agora, em detalhes, cada uma delas:
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a) Crimes1 dolosos2 com pena máxima3 em abstrato superior4 a 04
(quatro) anos.
(1) Não cabe para contravenções penais.
(2) Não cabe para crimes culposos.
(3) Não se analisa a pena mínima.
(4) Não se admite quando a pena máxima for igual a 04 (quatro) anos.
• As qualificadoras, privilégios, majorantes e minorantes devem ser levados
em consideração para análise do cabimento da prisão preventiva.
• As regras do concurso de crimes também devem ser analisadas para se
analisar a admissibilidade da prisão preventiva. 
Exemplo: furto simples (pena máxima de 4 anos)  não se admite 
a preventiva; mas, se for praticado em concurso de crimes, a ela 
será admitida.
b) Reincidência1 em crime2 doloso3
(1) Reincidência é quando há condenação anterior com sentença transitada
em julgado dentro do prazo de 5 anos após o cumprimento ou extinção da pena.
(2) Não cabe para contravenções penais.
(3) Não cabe para crimes culposos.
• Nessa hipótese, não importa a pena cominada ao delito.
c) Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra vítimas
consideradas vulneráveis para garantir a execução das medidas protetivas 
de urgência.
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• Não cabe para contravenções penais.
• Não cabe para crimes culposos, pois nessa hipótese não se verificaa
violência.
• Violência doméstica e familiar (conceito estabelecido na Lei Maria da Penha/
arts. 5º e 7º).
• São vítimas vulneráveis: mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo
ou pessoa com deficiência.
• Nessa hipótese não importa a pena cominada ao delito.
d) Dúvida sobre a identidade de pessoa presa OU quando esta não
fornecer elementos suficientes para esclarecê-la (qualquer que seja a 
infração penal).
A dúvida sobre a identidade do preso é hipótese excepcional em que se permite 
a decretação de prisão preventiva em crimes culposos e em contravenções penais.
7. PRESSUPOSTOS DA PRISÃO PREVENTIVA
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da 
ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução 
criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver 
prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.
De acordo com o art. 312, caput, do CPP, os pressupostos para a decretação 
da prisão preventiva são:
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7.1 Fumus Comissi Delicti
• Prova da existência do crime (materialidade do delito): é a certeza
de que ocorreu o delito, não bastando meros indícios.
• Indício suficiente de autoria: em relação à autoria, basta que haja
fundada suspeita de que o indiciado ou réu é autor da infração penal para que se 
determine a prisão preventiva (se estiver presente algum dos casos a seguir).
7.2 Periculum Libertatis 
 CIC/GOP/GALP/GOE (mnemônico);
A prisão preventiva é medida sempre excepcional (medida de ultima ratio), 
somente admitida quando não forem suficientes outras medidas cautelares menos 
gravosas. Nesse sentido:
CPP, art. 282, § 6o A prisão preventiva será determinada quando não 
for cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art. 319).
a) Conveniência da Instrução Criminal (CIC);
Há necessidade de decretação da prisão preventiva sob o fundamento da 
conveniência da instrução criminal quando o acusado age visando perturbar o 
regular andamento do processo. 
Exemplo: É o caso do agente que ameaça ou tenta subornar 
testemunhas. 
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b) Garantia da Ordem Pública (GOP);
Há necessidade de decretação da prisão preventiva sob o fundamento da 
garantia da ordem pública quando tal medida é indispensável para manter a ordem 
e a incolumidade pública na sociedade.
Prevalece o entendimento doutrinário no sentido de que haverá necessidade 
da prisão preventiva pela garantia da ordem pública quando houver probabilidade de 
que o investigado/acusado volte a praticar delitos, ou seja, caso seja demonstrada 
sua PERICULOSIDADE. 
A periculosidade do investigado/acusado não pode ser presumida. Para o juiz 
decretar a prisão preventiva com base na garantia da ordem pública devem existir 
elementos objetivos nos autos que demonstrem a periculosidade do agente.
	Assim, o clamor social não poderia justificar a prisão preventiva
(STF, HC 80.719/SP).
	Ainda em relação à garantia da ordem pública, Nucci ensina que o argumento 
de que o agente estará mais seguro sob a custódia do Estado do
que nas ruas não autoriza a decretação da prisão preventiva, pois
cabe ao indiciado ou réu buscar a melhor maneira de proteger-se.
	Além disso, a gravidade em abstrato do delito não autoriza a decretação
da prisão preventiva. Assim, o simples fato de um crime ser hediondo
não justifica a decretação da prisão preventiva, pois apesar de restar
comprovada a elevada gravidade da infração, não se presume a elevada
periculosidade do agente.
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A ANTERIOR PRÁTICA DE ATOS INFRACIONAIS PODE 
FUNDAMENTAR A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA 
SOB FUNDAMENTO NA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA?
Sim! A anterior prática de atos infracionais (condutas criminosas praticadas 
por menor), apesar de não poder ser considerada para fins de reincidência ou maus 
antecedentes, pode servir para justificar a manutenção da prisão preventiva como 
garantia da ordem pública (STJ, 3ª Seção, RHC nº 63855/MG).
c) Garantia da Aplicação da Lei Penal (GALP);
Há necessidade de decretação da prisão preventiva sob o fundamento da 
garantia de aplicação da lei penal quando tal medida cautelar é necessária para 
assegurar que a decisão final do processo seja útil, ou seja, que o agente 
cumpra a pena caso seja condenado.
A doutrina cita como exemplo o caso do agente que tenta fugir do país. 
Nesse exemplo, a inação do Estado pode tornar inútil o provimento jurisdicional 
definitivo.
AUSÊNCIA MOMENTÂNEA: A evasão do distrito da culpa para evitar 
a prisão em flagrante ou para questionar a legalidade e/ou validade da decisão de 
custódia cautelar, também chamada de ausência momentânea, não basta, por si 
só, para justificar a prisão preventiva sob fundamento da garantia de aplicação da lei 
penal (STF, 2ª Turma, HC 89.501/GO). 
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Apesar de a ausência momentânea por si só não justificar a prisão preventiva, 
a fuga do distrito da culpa, quando demonstrada a pretensão de se furtar à 
aplicação da lei penal, autoriza sim a decretação da custódia cautelar, sob 
pena de o deslinde do crime em questão ficar à mercê de seu suposto autor (HC 
130.507/MT, STF).
Nesse sentido, o STJ também decidiu:
A fuga do distrito da culpa, comprovadamente demonstrada e que perdura 
por mais de 6 (seis) anos, é fundamentação suficiente a embasar a manutenção 
da custódia preventiva para garantir a aplicação da lei penal. (STJ, RHC 47394 
PR./18.06.2014)
 ESTRANGEIROS NÃO RESIDENTES NO BRASIL: Se houver acordo de 
assistência judiciária com o país não há impedimento para que o investigado/acusado 
retorne ao país de origem (STF, 1ª Turma, HC 91.690/SP). Não havendo, o retorno 
ao país de origem deve ser impedido para se garantir a aplicação da lei penal.
d) Garantia da Ordem Econômica (GOE);
Há necessidade de decretação da prisão preventiva sob o fundamento da 
garantia da ordem econômica quando a liberdade do agente gerar relevante risco 
de abalo na situação econômico-financeira de determinada instituição ou de 
órgão do Estado.
 CUIDADO!
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8. DESCUMPRIMENTO DE MEDIDAS CAUTELARES
Com o advento da Lei nº 12.403/2011, criou-se expressamente a possibilidade 
de serem determinadas outras medidas cautelares que não a constrição da liberdade 
do investigado/acusado (art. 319 do CPP).
A prisão preventiva passou, com isso, a ser considerada como a última opção 
(ultima ratio), pois somente é aplicável quando as medidas cautelares alternativas 
não forem suficientes no caso concreto.
Nesse sentido, o próprio CPP:
CPP. Art. 282. § 6o A prisão preventiva será determinada quando 
não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art. 
319).
Todavia, para assegurar o respeito às medidas cautelares impostas, o CPP 
passou a prever mais uma possibilidade de decretação da prisão preventiva: em caso 
de descumprimento injustificado da qualquer das obrigações impostas por 
força de outras medidas cautelares. Trata-se da prisão preventiva subsidiária!
Art. 312. Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser 
decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações 
impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282,§ 4o).
8.1 Requisitos 
1) Antes da decretação da prisão nesse caso, em nome da excepcionalidade
da constrição da liberdade, o juiz deve verificar se é possível substituir a medida por 
outra ou impor mais uma em cumulação. Somente se não for possível, decretar-se-á 
a preventiva:
CPP. Art. 282. §4°. No caso de descumprimento de qualquer das 
obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento 
do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá 
substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, 
decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único).
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2) Princípio da homogeneidade: as medidas cautelares não podem ser
mais graves do que a possível decisão final do processo. 
Atendendo a esse princípio, nenhuma medida cautelar, nem mesmo a prisão 
preventiva, poderá ser aplicada à infração penal a que a lei não comina pena privativa 
de liberdade. Nesse sentido, o próprio CPP:
CPP. Art. 283. § 1º As medidas cautelares previstas neste Título 
não se aplicam à infração a que não for isolada, cumulativa ou 
alternativamente cominada pena privativa de liberdade.
Exemplo: não cabe prisão preventiva para a conduta de PORTE 
DE DROGA PARA CONSUMO PESSOAL (art. 28 da Lei de 
Drogas), pois é um crime para o qual a lei não prevê pena privativa 
de liberdade.
A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA SUBSIDIÁRIA DEPENDE DA 
PRESENÇA DE UMA DAS HIPÓTESES DO ART. 313 DO CPP?
Prevalece o entendimento de que, para decretação da prisão preventiva em 
razão do descumprimento de medidas cautelares, não é necessária a existência de 
uma das hipóteses autorizadoras do art. 313 do CPP (Eugênio Pacelli de Oliveira e 
Renato Brasileiro, por exemplo). A jurisprudência do STJ é nesse sentido: “A prisão 
preventiva decretada em razão do descumprimento de medida cautelar anteriormente 
imposta ao paciente não está submetida às circunstâncias e hipóteses previstas no 
art. 313 do CPP, de acordo com a sistemática das novas cautelares pessoais”. STJ, 
HC 281.472/MG/18/06/2014.
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O descumprimento de medidas cautelares diversas da prisão não caracteriza 
o crime de desobediência (Informativo nº 544 do STJ).
9. CIRCUNSTÂNCIA IMPEDITIVA
Em hipótese alguma, será decretada a prisão preventiva do investigado que 
agiu acobertado por uma das excludentes de ilicitude previstas na parte geral do 
Código Penal:
• legítima defesa;
• estado de necessidade;
• estrito cumprimento do dever legal;
• exercício regular de Direito.
10. FUNDAMENTAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão 
preventiva será sempre motivada.
Jamais se admite a prisão preventiva automática. A fundamentação da decisão 
sobre o pedido da prisão preventiva é imprescindível, ainda que denegue o pleito.
A doutrina preleciona que essa fundamentação pode ser concisa, mas não 
pode se limitar à mera repetição dos termos legais.
ATENÇÃO
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Havendo coautores ou partícipes do mesmo delito, a prisão preventiva 
eventualmente decretada deve ser fundamentada individualmente.
11. APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA
A doutrina é pacífica no sentido de que, diferente do que ocorre com a prisão 
em flagrante, a apresentação espontânea do agente não impede a decretação da 
prisão preventiva. 
Assim, se os requisitos estudados estiverem presentes, mesmo diante da 
apresentação espontânea, pode-se decretar a prisão preventiva.
12. PRISÃO DOMICILIAR (ARTS. 317 E 318 DO CPP)
A prisão domiciliar consiste no recolhimento do investigado/acusado em sua 
residência, só podendo ausentar-se com autorização judicial (art. 317 do CPP).
Trata-se de prisão cautelar que substitui a prisão preventiva em determinadas 
situações. 
Não há previsão legal de substituição da prisão temporária por prisão domiciliar, 
até mesmo pelo seu curto prazo de duração.
ATENÇÃO
OBSERVAÇÃO
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12.1 Hipóteses
O juiz pode substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: 
I) maior de 80 (oitenta) anos;
II) extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III) imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos
de idade ou com deficiência; 
IV) gestante.
V) mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI) homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12
(doze) anos de idade incompletos. 
Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe 
ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão 
domiciliar, desde que: 
I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; 
II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente. 
Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A poderá ser 
efetuada sem prejuízo da aplicação concomitante das medidas alternativas 
previstas no art. 319 deste Código.
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12.2 Prisão Domiciliar no CPP X LEP
PRISÃO DOMICILIAR NO CPP PRISÃO DOMICILIAR NA LEP
Natureza cautelar Natureza penal (cumprimento de pena)
Arts. 317 e 318 do CPP Art. 117 da LEP
HIPÓTESES:
Maior de 80 anos.
Extremamente debilitado por motivo 
de doença grave;
Imprescindível aos cuidados especiais 
de pessoa menor de 6 (seis) anos de 
idade ou com deficiência;
Gestante;
Mulher com filho de até 12 (doze) 
anos de idade incompletos;
Homem, caso seja o único 
responsável pelos cuidados do filho 
de até 12 (doze) anos de idade 
incompletos;
HIPÓTESES: no regime aberto, 
quando o condenado for:
Maior de 70 anos;
Acometido de doença grave;
Condenada com filho menor ou 
deficiente físico ou mental;
Condenada gestante.
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1. Qual a natureza jurídica da prisão temporária? É prisão administrativa, cautelar
ou prisão penal?
2. Qual a finalidade da prisão temporária?
3. A autoridade policial, em alguma situação, pode decretar a prisão temporária de
alguém?
4. Quais são as hipóteses que autorizam a decretação da prisão temporária?
5. Quais são os crimes que admitem a prisão temporária?
6. Todos os crimes hediondos admitem a decretação da prisão temporária?
7. Quais são os crimes considerados hediondos?
8. Todos os crimes equiparados a hediondos admitem a temporária?
9. Quais são os crimes equiparados a hediondos?
10. É possível a prisão temporária de algum crime culposo?
11. É possível a prisão temporária de alguma contravenção penal?
12. É possível a decretação da prisão temporária no curso da ação penal?
13. O juiz, em alguma situação, pode decretar a prisão temporária de ofício?
14. Quem pode requerer ao juiz a decretação da prisão temporária?
15. Qual o prazo de duração da prisão temporária?
16. Uma vez decretada a prisão temporária, qual o prazo para término do inquérito
policial?
17. Após o fim do prazo da prisão temporária, é necessária a expedição de alvará de
soltura para que a autoridade coloque o preso em liberdade?
ESTUDO DIRIGIDO
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18. É correto afirmar que a autoridade pode optar por colocar os presos temporários
em separado dos demais detentos?
19. O que é a prisão preventiva?
20. Qual a natureza jurídica da prisão preventiva?
21. Em que momento pode ser decretada a prisão preventiva?
22. Quem pode requerer a decretação da prisão preventiva ao juiz?
23. O juiz pode decretar a prisão preventiva de ofício (sem provocação) no curso da
investigação criminal?
24. O juiz pode decretar a prisão preventiva de ofício (sem provocação) no curso da
ação penal?
25. Qual o prazo da prisão preventiva?
26. Uma vez decretada a prisão preventiva, quando ela deve ser revogada? Após a
sua revogação, o juiz pode decretá-la novamente?
27. Quais são as hipóteses de revogação da prisão preventiva por excesso de prazo?
28. O excesso de prazo na instrução provocado pela defesa configura constrangimento
ilegal?
29. A prisão preventiva pode ser mantida após a sentença condenatória recorrível
que aplicou o regime semiaberto de cumprimento de pena?
30. Quais são as hipóteses que admitem a decretação da prisão preventiva?
31. Quais são os pressupostos da prisão preventiva?
32. Quando haverá a necessidade da prisão preventiva por conveniência da instrução
criminal?
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33. Quando haverá a necessidade da prisão preventiva pela garantia da ordem
pública?
34. O clamor social autoriza, por si só, a decretação da prisão preventiva?
35. O argumento de que o agente estará mais seguro sob a custódia do Estado do
que nas ruas autoriza a decretação da prisão preventiva?
36. A anterior prática de atos infracionais autoriza a decretação da prisão preventiva?
37. A gravidade em abstrato do delito, por si só, autoriza a decretação da prisão
preventiva?
38. Quando haverá a necessidade da prisão preventiva pela garantia da ordem
econômica?
39. É possível a decretação da prisão preventiva em razão do descumprimento de
medidas cautelares anteriormente impostas? Quais são os requisitos?
40. O que é a prisão preventiva subsidiária?
41. É correto afirmar que a decretação da prisão preventiva subsidiária somente pode
ocorrer nas hipóteses do art. 313 do CPP?
42. Qual a circunstância que impede a decretação da prisão preventiva?
43. A decisão que decreta a prisão preventiva deve ser fundamentada?
44. A decisão que nega a prisão preventiva deve ser fundamentada?
45. A apresentação espontânea impede a prisão preventiva?
46. O que é a prisão domiciliar?
47. A prisão domiciliar substitui qual espécie de prisão cautelar?
48. Em quais hipóteses se pode decretar a prisão domiciliar?
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49. De quem é o ônus da prova da presença de uma das hipóteses que autorizam a 
prisão domiciliar?
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QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES 
Prisão Temporária
1. (CESPE/2015/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) A prisão temporária somente 
poderá ser decretada em situações excepcionais, quando for imprescindível para 
a realização de diligências investigatórias ou para a obtenção de provas durante o 
processo judicial.
2. (FCC/2015/TRT 9ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Considere as seguintes 
afirmações sobre a prisão temporária prevista na Lei nº 7.960/1989:
I. É cabível quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos 
necessários ao esclarecimento de sua identidade.
II. É cabível tanto na fase de inquérito policial quanto no curso da ação penal, 
desde que antes da sentença.
III. É cabível do descumprimento de obrigações impostas por força de outras 
medidas cautelares.
IV. Na hipótese de representação da autoridade policial, o juiz, antes de decidir, 
ouvirá o Ministério Público.
V. Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos 
demais detentos.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) II, III e IV.
b) I, IV e V.
c) I, III e V.
d) I, II e IV.
e) II, III e V.
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3. (FUNCAB/2015/PC-AC/ PERITO CRIMINAL) Em termos de prisão temporária, 
é correto afirmar que: 
a) poderá ser decretada no curso do inquérito policial bem como do processo penal, 
a fim de assegurar a aplicação da lei penal.
b) a autoridade policial possui atribuição para realizar a prisão temporária mesmo 
antes da expedição do mandado judicial, bastando que tenha sido instaurado o 
regular inquérito policial.
c) após decretada a prisão temporária, será expedido mandado de prisão em duas 
vias, uma das quais deverá ser entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa. 
d) extinta a prisão temporária, o indiciado só poderá ser colocado em liberdade por 
meio de Alvará de Soltura, expedido pelo juiz.
e) os presos temporários, a critério da autoridade policial, poderão permanecer 
separados dos demais detentos. 
4. (FUNIVERSA/2015/PCDF/PAPILOSCOPISTA) Caberá prisão temporária (Lei 
n.º 7.960/1989) quando for imprescindível para as investigações do inquérito policial 
e houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação 
penal, de autoria ou participação do indiciado no crime de:
a) homicídio culposo.
b) constrangimento ilegal.
c) receptação qualificada.
d) corrupção ativa.
e) tráfico de drogas.
5. (FUNIVERSA/2015/SESIPE-DF/AGENTE DE ATIVIDADES 
PENITENCIÁRIAS) Cabe prisão temporária quando esta for imprescindível para as 
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investigações do inquérito policial, ou quando o indiciado não tiver residência fixa ou 
não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade, bem como 
quando houver fundadas razões de autoria ou participação do indiciado nos crimes 
que a lei lista, entre eles o de estelionato.
6. (FUNIVERSA/2015/PCGO/PAPILOSCOPISTA) Assinale a alternativa que 
apresenta crime em que é cabível a prisão temporária, segundo a Lei n.º 7.960/1989.
a) abuso de autoridade.
b) homicídio culposo
c) furto qualificado
d) crime contra o sistema financeiro
e) corrupção ativa
7. (FGV/2015/TJ/SC/TÉCNICO JUDICIÁRIO) A Lei nº 7.960/89 traz uma 
medida cautelar pessoal de natureza constritiva conhecida como prisão temporária. 
Sobre tal medida, é correto afirmar que:
a) poderá ser decretada de ofício pelo magistrado;
b) ainda que decorrido o prazo da prisão fixado pelo magistrado, a soltura do preso 
depende da expedição de alvará neste sentido;
c) sendo o crime investigado hediondo, poderá ter seu prazo inicial fixado em até 30 
dias;
d) em regra, terá prazo de 05 dias, improrrogável;
e) poderá ser decretada caso esteja sendo investigada a prática de homicídio doloso 
qualificado, mas não de homicídio doloso simples.
8. (CESPE/2015/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL) Na hipótese de uma 
investigação policial pelo crime de latrocínio, a prisão temporária poderá ser 
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decretada pelo prazo de trinta dias, prorrogáveis por igual período, sem prejuízo da 
possibilidade de decretação da prisão preventiva. Nesse caso, o inquérito deverá ser 
concluído no prazo, sob pena de constrangimento ilegal.
9. (VUNESP/2015/PC-CE/DELEGADO DE POLÍCIA) A prisão temporária é 
cabível (I) quando imprescindível para as investigaçõesdo inquérito policial; (II) 
quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer ele- mentos necessários 
ao esclarecimento de sua identidade e (III) quando houver fundadas razões, de 
acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação 
do indiciado em alguns crimes expressamente citados no texto da Lei no 7.960/90, 
entre eles:
a) a corrupção passiva (CP, art. 317).
b) a falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins 
terapêuticos ou medicinais (CP, art. 273).
c) a concussão (CP, art. 316).
d) o contrabando (CP, art. 334).
e) os contra o sistema financeiro (Lei no 7.492/86).
10. (VUNESP/2015/PC-CE/INSPETOR DE POLÍCIA) Sobre o instituto da prisão 
temporária, é correto afirmar que:
a) é cabível sua decretação em alguns crimes culposos.
b) é cabível sua decretação em crimes de roubo.
c) não é cabível sua decretação em crimes hediondos
d) haverá, sempre que possível, um plantão permanente diurno do Poder Judiciário e 
do Ministério Público para apreciação dos pedidos de prisão temporária, nas comarcas 
e seções judiciárias.
e) a lei faculta a separação dos presos temporários dos demais detentos.
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11. (CESPE/2015/DPF/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL) Nos crimes de tráfico 
de drogas, em caso de necessidade extrema comprovada, poderá ser decretada 
a prisão temporária pela autoridade policial, que terá o prazo de vinte e quatro 
horas para comunicar a prisão e encaminhar a representação pertinente ao juiz 
competente.
12. (FUNCAB/2014/SEDS-TO/ANALISTA SOCIOEDUCADOR/DIREITO) A 
prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face de requerimento do Ministério 
Público, e terá o prazo de 2 dias improrrogáveis.
13. (CESPE/2011/PC-ES/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Rodolfo é acusado da 
prática de crime contra o sistema financeiro e, para as investigações, se considerou 
imprescindível a custódia do mesmo. Nessa situação, a autoridade policial estará 
legitimada a representar pela decretação da prisão temporária.
14. (CESPE/2011/TRE-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/
ESPECÍFICOS) Considere a seguinte situação hipotética. Um indivíduo, conhecido 
apenas por Índio, réu em ação penal pela suposta prática do delito de homicídio 
doloso, afirmou, durante interrogatório judicial, não ter residência fixa e não forneceu 
elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade. Nessa situação, é 
cabível a prisão temporária do réu sob o argumento de sonegação de informações 
imprescindíveis à continuidade da ação penal.
15. (CESPE/2010/DETRAN-ES/ADVOGADO) Caberá prisão temporária quando 
imprescindível para as investigações policiais, ou durante o transcurso da ação penal, 
quando houver fundadas razões de autoria ou participação do indiciado em crime 
doloso. 
16. (CESPE/2009/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Em regra, a prisão 
temporária deve ter duração máxima de cinco dias. Tratando-se, no entanto, de 
procedimento destinado à apuração da prática de delito hediondo, tal prazo poderá 
estender-se para trinta dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e 
comprovada necessidade.
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17. (VUNESP/2014/TJ/SP/JUIZ/ADAPTADA) No tocante à Prisão Temporária 
prevista na Lei n.º 9.760/89, julgue: Possui caráter cautelar voltado à investigação 
policial. Se já houver processo ou tiver sido oferecida a denúncia, não pode ser 
decretada ou subsistir a prisão temporária.
18. (VUNESP/2014/TJ/SP/JUIZ/ADAPTADA) No tocante à Prisão Temporária 
prevista na Lei n.º 9.760/89, julgue: É prisão cautelar cujos prazos máximos de 
duração estão previstos na lei. Findos tais prazos, o imputado deve ser imediatamente 
posto em liberdade, sob pena de configurar-se o delito de abuso de autoridade (art. 
4.º, I, da Lei n.º 4.898/65).
19. (VUNESP/2014/TJ/SP/JUIZ/ADAPTADA) No tocante à Prisão Temporária 
prevista na Lei n.º 9.760/89, julgue: Será decretada de ofício pelo juiz ou mediante 
requerimento do Ministério Público ou representação da autoridade policial.
Prisão Preventiva
20. (CESPE/2015/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) O juiz poderá substituir a prisão 
preventiva pela prisão domiciliar, caso o réu tenha mais de oitenta anos ou prove ser 
portador de doença grave que cause extrema debilidade.
21. (CESPE/2015/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) A conversão da prisão em 
flagrante em prisão preventiva ocorrerá automaticamente mediante despacho do 
juiz, ao qual deverá ser apresentado o auto de prisão em flagrante no prazo de 
vinte e quatro horas. 
22. (CESPE/2013/AGU/PROCURADOR FEDERAL) A existência de prova 
concludente da autoria delitiva constitui requisito indispensável para a decretação da 
prisão preventiva.
23. (FGV/2015/TJ/RO/OFICIAL DE JUSTIÇA) Em janeiro de 2015, foi instaurado 
inquérito policial para apurar a prática de um crime de roubo majorado pelo emprego 
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de arma de fogo, constando como indiciado Tício. Ao receber os autos do inquérito, 
o Ministério Público requereu ao juiz apenas que os autos fossem encaminhados 
para Delegacia para cumprimento de diligências imprescindíveis, conforme solicitado 
pela autoridade policial. O juiz, porém, considerando a gravidade do fato, decretou a 
prisão preventiva do indiciado. Com base na situação narrada, é correto afirmar que 
o magistrado agiu:
a) corretamente, pois a gravidade em abstrato do crime pode justificar a decretação 
da prisão preventiva;
b) incorretamente, pois não cabe prisão preventiva durante o inquérito policial;
c) incorretamente, pois a prisão preventiva só pode ser decretada de ofício no curso 
da ação penal;
d) corretamente, pois a gravidade em concreto do fato é fundamentação idônea para 
decretação da prisão preventiva e esta pode ser decretada de ofício;
e) incorretamente, pois o Código de Processo Penal não mais admite que seja 
decretada prisão preventiva de ofício pelo magistrado, independente do momento 
processual.
24. (IESES/2015/TRE/MA/ANALISTA JUDICIÁRIO) Poderá o Juiz substituir 
a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for maior de 70 anos ou 
extremamente debilitado por motivo de doença grave.
25. (IESES/2015/TRE/MA/ANALISTA JUDICIÁRIO) A prisão preventiva poderá 
ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência 
da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver 
prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. Poderá, também, ser 
decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por 
força de outras medidas cautelares.
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26. (CAIP-IMES/2015/PREFEITURA DE RIO GRANDE DA SERRA/
PROCURADOR) O Código de Processo Penal autoriza a decretação da prisão 
preventiva na seguinte hipótese:
a) se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, para garantir 
a execução das medidas protetivas de urgência.
b) nos crimes culposos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 
2 (dois) anos.
c) se o crime envolver violência culposa ou dolosa contra criança, adolescente, idoso, 
enfermo ou pessoa com deficiência.
d) nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade mínima superior a 2 
(dois) anos.
27. (FUNIVERSA/2015/SESIPE/DF/AGENTE DE ATIVIDADES 
PENITENCIÁRIAS) A gravidade abstrata do crime serve à fundamentação da prisão 
preventiva, segundo entendimento assente nos tribunaissuperiores.
28. (DPE/PE/2015/DPE/PE/ESTAGIÁRIO DE DIREITO) A prisão em flagrante 
delito terá duração máxima de 81 (oitenta e um) dias, improrrogáveis.
29. (DPE/PE/2015/DPE/PE/ESTAGIÁRIO DE DIREITO) A prisão preventiva 
decretada pelo juiz somente é cabível na fase de investigação policial.
30. (FUNIVERSA/2015/PCDF/PAPILOSCOPISTA) A respeito da prisão, segundo 
o CPP e o entendimento do STJ, assinale a alternativa correta.
a) A privação cautelar da liberdade individual resulta impossível em virtude de 
expressa cláusula inscrita no próprio texto da Constituição da República, sob pena 
de conflitar com a presunção constitucional de inocência.
b) A prisão preventiva justifica-se caso demonstrada sua real indispensabilidade para 
assegurar a ordem pública, a ordem econômica, a instrução criminal ou a aplicação 
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da lei penal, quando houver prova de autoria, de acordo com o CPP.
c) A prisão cautelar deve ser considerada exceção, uma vez que, por meio dessa 
medida, priva-se o réu de seu jus libertatis antes do pronunciamento condenatório 
definitivo, consubstanciado na sentença transitada em julgado.
d) A prisão preventiva, enquanto medida de natureza cautelar, pode ser utilizada 
como instrumento de punição antecipada do indiciado ou do réu.
e) A prisão cautelar confunde-se com a prisão penal, objetivando infligir punição 
àquele que sofre a sua decretação, embora se destine a atuar em benefício da 
atividade estatal desenvolvida no processo penal.
31. (MPE/BA/2015/MPE/BA/PROMOTOR DE JUSTIÇA) O juiz poderá substituir 
a prisão preventiva pela domiciliar quando o suposto autor do fato delituoso for 
maior de 70 (setenta) anos de idade ou estiver extremamente debilitado por motivo 
de doença grave.
32. (VUNESP/2015/PCCE/INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL) É admitida a 
decretação da prisão preventiva de indivíduo primário, civilmente identificado, pela 
prática de:
a) quaisquer crimes dolosos punidos com detenção.
b) quaisquer crimes culposos punidos com reclusão.
c) crime doloso punido com pena privativa de liberdade máxima superior a dois anos.
d) crime que envolve violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, 
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução 
das medidas protetivas de urgência.
e) crime culposo punido com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro 
anos.
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33. (FUNCAB/2014/SEDS/TO/ANALISTA SOCIOEDUCADOR/DIREITO) A 
decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva não necessita ser 
motivada.
34. (FUNCAB/2014/SEDS/TO/ANALISTA SOCIOEDUCADOR/DIREITO) O 
delegado de polícia pode decretar prisão preventiva pelo prazo de 5 dias.
35. (CESPE/2014/TJ/CE/TÉCNICO JUDICIÁRIO) A prisão preventiva:
a) poderá ser decretada pelo juiz somente após o recebimento da denúncia e durante 
o curso do processo penal.
b) poderá ser decretada pela autoridade policial durante a investigação policial.
c) não poderá ser decretada se o juiz verificar, pelas provas constantes dos autos, 
que o agente praticou o crime em situação de legítima defesa.
d) poderá ser decretada em se tratando de crimes hediondos, ainda que não haja 
provas da existência do crime e indícios suficientes de autoria.
e) poderá ser decreta em substituição à prisão em flagrante por crime hediondo, não 
sendo necessário, nessa situação, ser motivada sua decisão.
36. (CESPE/2013/STF/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) A prisão 
preventiva subsidiária por descumprimento de medida cautelar anteriormente 
imposta somente poderá ser decretada para os crimes dolosos punidos com pena 
máxima privativa de liberdade superior a quatro anos, observados os demais 
requisitos normativos.
37. (CESPE/2013/BACEN/PROCURADOR) A prisão preventiva corresponde a 
medida cautelar ampla, aplicada em qualquer fase do inquérito ou processo, sendo 
determinada mesmo quando cabível a sua substituição por outra medida cautelar, 
uma vez preenchidos seus requisitos.
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38. (CESPE/2013/BACEN/PROCURADOR) O MP deve ser ouvido previamente 
quanto à decretação de prisão preventiva.
39. (CESPE/2013/POLÍCIA FEDERAL/ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL) A 
atual sistemática da prisão preventiva impõe a observância das circunstâncias fáticas 
e normativas estabelecidas no CPP e, sobretudo, em qualquer das hipóteses de 
custódia preventiva, que o crime em apuração seja doloso punido com pena privativa 
de liberdade máxima superior a quatro anos.
40. (CESPE/2013/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) Mesmo que presente mais de 
um dos requisitos previstos no art. 312 do CPP, o juiz somente poderá converter a 
prisão em flagrante em preventiva quando se revelarem inadequadas ou insuficientes 
as medidas cautelares diversas da prisão.
41. (CESPE/2013/MPU/ANALISTA/DIREITO) Considerando que 
um servidor público tenha sido preso em flagrante pela prática de 
peculato cometido em desfavor da Caixa Econômica Federal, tendo sido 
o crime facilitado em razão da função exercida pelo referido servidor. 
Julgue os itens a seguir, com base na legislação processual penal.
Ao receber o auto de prisão em flagrante do servidor, o juiz deverá converter a 
prisão em flagrante em preventiva e, então, se for o caso, deliberar pela aplicação 
de medidas cautelares diversas da prisão, como a suspensão do exercício da função 
pública.
42. (CESPE/2013/TJ-DF/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA 
AVALIADOR) É vedada a aplicação de medidas cautelares, incluindo-se a prisão 
preventiva, ao autor de infração penal objeto de inquérito ou processo se à infração 
não for, isolada, cumulativa ou, alternativamente, cominada pena privativa de 
liberdade.
43. (CESPE/2013/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) A prisão preventiva não pode 
ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por 
força de outras medidas cautelares.
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44. (CESPE/2013/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) Não é admitida a prisão 
preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta 
não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la.
45. (CESPE/2013/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) Ao juiz é vedado revogar a 
prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que 
subsista, assim como não pode decretá-la novamente, se sobrevierem razões que a 
justifiquem.
46. (CESPE/2013/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) Não deve ser decretada a 
prisão preventiva se o juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente 
praticado o fato em estado de necessidade, em legítima defesa ou em estrito 
cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
47. (CESPE/2013/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) Somente após o oferecimento 
da denúncia, cabe a prisão preventiva, que pode ser decretada pelo juiz, de ofício, 
ou a requerimento do MP, do querelante ou do assistente, ou por representação da 
autoridade policial.
48. (CESPE/2012/PC-AL/AGENTE DE POLÍCIA) Se, no curso do inquérito 
policial, o delegado de polícia constatar que o indiciado está ameaçando testemunha 
ou praticando quaisquer outros atos que prejudique as investigações, ele próprio 
poderá decretar a prisão preventiva do indiciado. 
49. (CESPE/2012/PC-AL/AGENTE DE POLÍCIA) Uma vez decretada a prisão 
preventiva, e revogada por falta de motivos para que subsista, é vedado ao juiz 
decretá-la novamente.
50. (CESPE/2012/TJ-AL/AUXILIARJUDICIÁRIO) A prisão preventiva poderá 
ser decretada como garantia da ordem pública, quando houver indício da existência 
do crime e da autoria.
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51. (CESPE/2012/TJ-AL/AUXILIAR JUDICIÁRIO) O juiz poderá revogar a prisão 
preventiva se, durante o processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, 
ficando proibido de decretá-la novamente, ainda que por novas razões. 
52. (CESPE/2012/DPE-AC/DEFENSOR PÚBLICO) Não é cabível a decretação 
de prisão preventiva de acusado que se apresente espontaneamente à autoridade 
policial competente.
53. (CESPE/2012/POLÍCIA FEDERAL/AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL) A 
prisão preventiva, admitida nos casos de crimes dolosos punidos com pena privativa 
de liberdade máxima superior a quatro anos, pode ser decretada em qualquer fase 
da persecução penal, desde que haja prova da existência do crime e indício suficiente 
de autoria.
54. (CESPE/2012/POLÍCIA FEDERAL/AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL) A 
legislação processual obsta a decretação da prisão preventiva e temporária no caso 
de o acusado apresentar-se espontaneamente em juízo ou perante a autoridade 
policial, prestar declarações acerca dos fatos apurados e entregar o passaporte, 
assim como no caso de o juiz verificar, pelas provas constantes dos autos, que o 
agente praticou o fato em estado de necessidade, legítima defesa ou no estrito 
cumprimento do dever legal.
55. (CESPE/2012/PC-CE/INSPETOR DE POLÍCIA/CIVIL) As medidas 
cautelares previstas na recente reforma do CPP estão fundadas no binômio 
necessidade e adequação. Em que pese tais medidas poderem ser aplicadas isolada 
ou cumulativamente, não poderá haver sua cumulação com a prisão preventiva.
56. (CESPE/2009/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO) São pressupostos da 
prisão preventiva: garantia da ordem pública ou da ordem econômica; conveniência 
da instrução criminal; garantia de aplicação da lei penal; prova da existência do 
crime; indício suficiente de autoria.
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57. (CESPE/2009/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO) A apresentação 
espontânea do acusado à autoridade policial, ao juiz criminal ou ao MP impede a 
prisão preventiva, devendo o acusado responder ao processo em liberdade.
58. (CESPE/2009/PREFEITURA DE IPOJUCA/PE/PROCURADOR 
MUNICIPAL) As prisões temporária e preventiva podem ser decretadas de ofício 
pelo juiz durante o inquérito policial e a ação penal.
59. (CESPE/2009/DPF/AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL) Assemelham-se as 
prisões preventiva e temporária porque ambas podem ser decretadas em qualquer 
fase da investigação policial ou da ação penal. No entanto, a prisão preventiva 
pressupõe requerimento das partes, ao passo que a prisão temporária pode ser 
decretada de ofício pelo juiz. 
60. (CESPE/2008/TJ-DF/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) 
Diferem a prisão temporária e a prisão preventiva porque esta pode ser decretada em 
qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, podendo ser decretada 
de ofício pelo juiz, enquanto a prisão temporária somente tem cabimento antes da 
propositura da ação penal e não pode ser decretada de ofício pelo juiz. 
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GABARITO
1. E
2. b
3. c
4. e
5. E
6. d
7. c
8. c
9. E
10. b
11. E
12. E
13. C
14. E
15. E
16. C
17. C
18. C
19. E
20. c
21. E
22. E
23. c
24. E
25. C
26. a
27. E
28. E
29. E
30. c
31. E
32. d
33. E
34. E
35. c
36. E
37. E
38. E
39. E
40. C
41. E
42. C
43. E
44. E
45. E
46. C
47. E
48. E
49. E
50. E
51. E
52. E
53. C
54. E
55. C
56. C
57. E
58. E
59. E
60. C
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	1. CONCEITO
	2. REQUISITOS PARA DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA
	2.1 Fumus Comissi Delicti
	2.2 Periculum Libertatis
	3. MOMENTO PARA DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA
	4. REQUERIMENTO DE PRISÃO TEMPORÁRIA
	5. PRAZO DA PRISÃO TEMPORÁRIA
	6. FIM DA PRISÃO TEMPORÁRIA
	7. REGRA DE TRATAMENTO DOS PRESOS TEMPORÁRIOS
	1. CONCEITO
	2. NATUREZA JURÍDICA
	3. MOMENTO DA PRISÃO PREVENTIVA
	4. LEGITIMIDADE PARA REQUERER 
	5. PRAZO DE DURAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
	6. HIPÓTESES AUTORIZADORAS DA PRISÃO PREVENTIVA
	7. PRESSUPOSTOS DA PRISÃO PREVENTIVA
	7.2 Periculum Libertatis 
	8.1 Requisitos 
	9. CIRCUNSTÂNCIA IMPEDITIVA 
	10. FUNDAMENTAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
	11. APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA 
	12. PRISÃO DOMICILIAR (ARTS. 317 E 318 DO CPP)
	12.1 Hipóteses
	12.2 Prisão Domiciliar no CPP X LEP
	QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES – LISTA I
	GABARITO – Lista I

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