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Economia novo-keynesiana (Resenha e exercícios) - Leonardo Vaz

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Resenha e exercícios sobre “ECONOMIA NOVO-KEYNESIANA”
A) Fazer uma resenha de no mínimo 04 páginas do item 12.2 Economia Novo-Keynesiana (pag. 328 a 337) do Livro de Macroeconomia do Richard Froyen.
	Keynes queria explicar a existência do desemprego involuntário, mostrando como a demanda agregada afetava o produto e o emprego. Um elemento fundamental nesses modelos é a rigidez do salário monetário, uma queda na demanda agregada por mercadorias, leva a uma queda na demanda por mão-de-obra. Como resultado da existência de contratos de trabalho com salários fixos, e das expectativas de preços retrospectivas dos trabalhadores, o salário monetário não cairá o suficiente no curto prazo para manter o nível de emprego inicial, emprego e produto caíram, logo o desemprego aumentará.
	Os economistas novo-keynesianos não tentaram desenvolver uma única base racional para todos os casos de rigidez de preços e salários. Em vez disso, eles acreditam que uma série de aspectos do processo de definição de preços e salários explica essa rigidez. A literatura novo-keynesiana é marcada por uma diversidade muito grande de modelos para explicar tanto a rigidez de salários quanto de preços. Apesar dessa grande diversidade, os modelos novo-keynesianos têm alguns pontos em comum:
(a) O mercado de bens é assumido como um mercado de concorrência imperfeita.
(b) Tem como principais focos a rigidez de preços e de salários.
(c) Introduzem a rigidez para variáveis reais.
Modelos de Preços Rígidos (Custo do Menu)
	A ideia destes modelos é que os custos de mudar os preços evitam que os ajustes de preços ocorram quando a demanda cai, por isso, quando isso ocorre o produto deve cair como consequência, um elemento central desta abordagem é que o mercado de produtos não é perfeitamente competitivo, isso implica que as firmas tem algum poder de mercado e os preços não são definidos única e exclusivamente pelas forças de oferta e demanda.
	Diante de uma queda na demanda, o preço que maximiza o lucro irá cair, mesmo uma firma em um ambiente de concorrência imperfeita. Algumas firmas podem manter constantes os preços dos produtos, mesmo com a queda da demanda, se perceberem um custo com a mudança de preços que supere o beneficio da redução de preços, “custos de menu”.
	Quando as firmas mudam preços, novas tabelas de preços precisam ser confeccionadas, e os clientes tem de ser notificados dos novos preços. Esses custos explícitos de mudanças de preços são por si sós, pequenos demais para explicar a rigidez significativa de preços, mas há possíveis custos adicionais, menos diretos, de alteração dos preços quando estes preços são alterados por que essa é uma necessidade os clientes irão entender, embora não optem por variar os preços devido a mudanças na demanda, assim elas não serão consideradas “exploradoras” em períodos de alta demanda, e não baixarão os preços quando a demanda cair.
	Um segundo custo percebido possível de uma redução de preços em uma recessão é que isso pode desencadear rodadas competitivas de cortes de preços, esse custo é mais relevante para mercados oligopolistas, em que as firmas estão cientes das reações de outras firmas a suas decisões de precificação, essas alterações sendo suficientemente altas, existirá rigidez de preços, na medida em que o número de setores em que os preços são rígidos constituir um segmento significativo da economia, os declínios no produto e no emprego serão substanciais.
Modelos de Salário-Eficiência
	Modelos modernos de salário-eficiência tem a premissa, que a eficiência dos trabalhadores depende positivamente do salário real que eles recebem. A ideia do salário-eficiência pode ser formalizada pela definição de um índice de eficiência do trabalhador, ou produtividade (e), a eficiência do trabalhador é uma função positiva do salário real, assim expresso na função de produção agregada:
	Através desta função de produção a meta da firma é estabelecer o salário real de forma que o custo de uma unidade de eficiência de mão-de-obra seja minimizado ou, dizendo de outro modo, maximizar o número de unidades de eficiência de mão-de-obra compradas com cada unidade monetária despendida na folha de pagamento. Isso é feito aumentando o salário real até o ponto em que a elasticidade do índice de eficiência (e(W/P)) em relação ao salário real seja igual a 1.
	Em muitos setores, os salários reais são determinados com base nesses cálculos de eficiência. Os salários reais não se ajustam apara equilibrar os mercados de trabalho. Na verdade, o principio que norteia os modelos de salários-eficiência implica que as firmas definirão o salário real acima do nível de mercado, tendo como resultado o desemprego involuntário persistente.
	Os novos keynesianos apontavam três razões principais para a decisão de pagar um salário superior ao salário de equilíbrio:
(i) Modelo da leniência: oferecendo um salário acima do de mercado, que é a segunda opção para o trabalhador, a firma oferece incentivos para o trabalhador se esforçar, já que se não o fizer o trabalhador será demitido e receberá um salário menor.
(ii) Modelos de custos de rotatividade: Ao diminuir o número de demissões a firma diminui os custos de retreinamento dos funcionários.
(iii) Modelos de reciprocidade: Ao pagar um salário acima do de mercado, a firma irá receber em troca um maior empenho dos seus empregados.
Modelos Incluído-Excluído e Histerese
	Hipóteses de que o desemprego atual é influenciado pelo desemprego passado, e, que as economias podem por assim dizer, ficar presas em armadilhas de desemprego. O termo usado para isso é histerese. Uma variável exibe histerese se, quando forçada a se afastar de um valor inicial, não apresenta nenhuma tendência de retorno mesmo quando o choque termina. Em termos de desemprego, modelos de histerese procuram explicar por que altas taxas de desemprego persistem mesmo depois que sua causa inicial já deixou de existir.
	O modelo incluído-excluído requer concorrência imperfeita, pressupõe-se que tanto o mercado de produto como o mercado de mão-de-obra sejam imperfeitamente competitivos.
	Os membros do sindicato (chamados incluídos), tem poder de negociação com os empregados porque é caro substitui-los por excluídos (não pertencentes ao sindicato). Pressupõe-se que os incluídos usem seu poder de negociação para empurrar o salário real para cima do nível de equilíbrio de mercado, o que resulta em um grupo de excluídos desempregados, os incluídos só empurrarão o salário real para cima até certo ponto, porém, porque quanto mais alto o salário real menos incluídos estarão empregados. Isso acontece porque o nível de empregos é igual à demanda por mão-de-obra das firmas, a qual depende negativamente do salário real. É possível, porém, que eles acabem sem emprego, uma vez que, se a demanda agregada da economia como um todo reduzir-se inesperadamente o produto e o emprego cairão, uma parte dos incluídos será dispensada.
	O desemprego passado, portanto, causa o desemprego atual por transformar incluídos em excluídos; esse é o fenômeno da histerese. Uma vez isso tendo acontecido, ocorre uma espécie de armadilha do desemprego. Os excluídos não exercem pressão para baixo sobre os salários reais porque eles são irrelevantes para o processo de negociação de salários. Os modelos incluído-excluído, assim, explicam por que altas taxas de desemprego persistiram em alguns países europeus por períodos tão longos, períodos longos demais para serem resultado de contratos com salários monetários fixos ou expectativas de preços retrospectivas.
	
B) Responda com base nos capitulo 12 do Livro de Macroeconomia de Froyen:
1. Compare a visão dos teóricos dos ciclos reais de negócios quanto a flutuações do produto e do emprego com a visão dos economistas novo-clássicos?
	Segundo esses teóricos, as causas das flutuações do produto e do emprego surgem das variações das oportunidades reais da economia privada como: os choques tecnológicos, variações do cenário econômico, mudanças nos preços das matérias primas importadas, mudanças nosimpostos, entre outras. Para os teóricos dos ciclos reais de negócios, os fatores que os clássicos acreditavam ser responsáveis pelo crescimento de longo prazo também eram responsáveis pelas flutuações do produto e do emprego no curto prazo, por outras palavras, os teóricos dos ciclos reais de negócios acreditavam que as flutuações de curto prazo ocorriam devido a choques na oferta agregada.
	Vale destacar que os novos clássicos e outras escolas anteriores sempre atribuíram essas variações à demanda agregada, e nunca ao lado da oferta agregada. A diferenciação entre os modelos dos ciclos reais de negócios e os modelos novos clássicos dá-se principalmente no fato que, os primeiros não admitiam qualquer tipo de choque sobre a demanda agregada tivesse efeitos sobre o produto e o emprego, enquanto os segundos admitiam essa possibilidade, desde que os choques fossem não antecipados.
2. Explique as ideias dos teóricos dos ciclos reais de negócios sobre a condução adequada das políticas monetária e fiscal?
	A política monetária na visão dos teóricos dos ciclos reais de negócios, os fatores reais são os responsáveis pelas flutuações no produto e no emprego, logo os fatores monetários não têm efeitos senão no nível de preços. Sendo assim, a política monetária deve preocupar-se apenas com a inflação, visto que nada pode fazer com relação ao produto e ao emprego.
	Nos modelos dos ciclos reais de negócios, as políticas fiscais tem efeitos sobre o produto, porém esses efeitos não se dão via aumento da demanda agregada, mas sim via aumento da oferta agregada. Um exemplo de como a política fiscal afeta os agentes, seriam os impostos sobre a renda que afetam as suas escolhas maximizadoras.
	Neste ponto, surge espaço para a política monetária, uma vez que o papel do governo é diminuir o efeito dos impostos sobre as escolhas dos consumidores, o corte na arrecadação pode ser compensado pela impressão de moeda, mas esta pode ter como consequência um aumento dos níveis de inflação. A essa operação do governo de obter recursos via impressão de papel moeda dá-se o nome de senhoriagem.
	Assim, no modelo dos ciclos reais de negócios o uso ótimo das políticas monetária fiscal é combiná-las de a modo a minimizar os custos totais da inflação e as distorções criadas pelos impostos.
3. Suponha que você observe que trabalhadores com habilidades idênticas recebem salários muito diferentes em setores diversos. Isso é consistente com a suposição de que o mercado de mão-de-obra é competitivo? É consistente com o modelo de salário-eficiência?
	A produtividade do trabalho depende dos salários reais que os trabalhadores recebem, sendo assim, o salário real é determinado de modo a maximizar a eficiência em unidades de trabalho por dólar gasto, e não para equilibrar o mercado de trabalho. Se a eficiência dos trabalhadores depende positivamente do salário real que eles recebem o objetivo é maximizar o número de unidades de eficiência (e) compradas com o gasto a mais de um dólar, isso ocorre quando a elasticidade do índice de eficiência é igual a 1: (W/P)* ; Δ% e (W/P) / Δ% (W/P) = 1. Normalmente, os salários de eficiência (W/P) * são determinados acima do valor que equilibra o mercado de trabalho, isso resulta em um desemprego constante. Os novos keynesianos apontavam três razões principais para a decisão de pagar um salário superior ao salário de equilíbrio:
	Modelo de leniência: oferecendo um salário acima do de mercado, que é a segunda opção para o trabalhador, a firma oferece incentivos para o trabalhador se esforçar, já que se não o fizer o trabalhador será demitido e receberá um salário menor.
	Modelos de custos de rotatividade: Ao diminuir o número de demissões a firma diminui os custos de retreinamento dos funcionários.
	Modelos de reciprocidades: Ao pagar um salário acima do de mercado, a firma irá receber em troca um maior empenho dos seus empregados.
4. Os economistas novo-clássicos acreditam que modelos macroeconômicos úteis são aqueles em que: a) os agentes otimizam e b) os mercados equilibram-se. Os modelos que surgem das pesquisas novo-keynesianas apresentam alguma ou ambas essas propriedades? Explique.
	Os novos keynesianos tiveram como principal papel “micro fundamentar” o pensamento keynesiano. A ausência de fundamentos microeconômicos foi a principal fonte de críticas dos novos clássicos, principalmente na questão da rigidez de preços e salários, tão importante para a teoria keynesiana.
	A literatura novo-keynesiana é marcada por uma diversidade muito grande de modelos para explicar tanto a rigidez de salários quanto de preços. Apesar dessa grande diversidade, os modelos novo-keynesianos têm alguns pontos em comum: (a) O mercado de bens é assumido como um mercado de concorrência imperfeita; (b) Tem como principais focos a rigidez de preços e de salários e (c) Introduzem a rigidez para variáveis reais.
	A ideia dos “custos de menus” é que os custos de mudar os preços evitam que os ajustes de preços ocorram quando a demanda cai, por isso, quando isso ocorre o produto deve cair como consequência. Um elemento central desta abordagem é que o mercado de produtos não é perfeitamente competitivo, isso implica que as firmas tem algum poder de mercado e os preços não são definidos única e exclusivamente pelas forças de oferta e demanda.

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