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Gestão de Capital de Giro

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Gestão do Capital de Giro
Prof. Tonny Robert Martins da Costa
prof.tonny@usjt.br
Apostila – 05 – Administração do Capital Giro
Administração do Capital de Giro
Administração do Capital de Giro analisa detalhadamente as contas do ativo e passivo circulante, apresentado no balanço patrimonial das empresas como fonte de giro, pois evidenciam as entradas e saídas de caixa em doze meses. 
O foco da análise está nas contas do ativo circulante, cujo se destaca com amplitude os créditos, as contas a receber e a administração dos estoques, pois tais eventos possibilitam a entrada de recursos financeiros no curto prazo, permitindo a tomada de decisões acerca dos investimentos que trazem retorno e lucro para a organização. 
A administração adequada do capital de giro estabelecida através da adoção de políticas de Crédito, políticas de cobranças, análise de crédito, políticas de vendas, estratégias de marketing e controle de estoque, permite uma administração eficiente que mantenha as finanças estáveis garantindo o cumprimento das obrigações relacionadas ao passivo circulante da empresa.
As contas circulantes da empresa, ativo e passivo circulantes, fazem parte da administração do capital de giro. Portanto, o objetivo da administração de capital de giro é administrar as contas circulantes, para que possa garantir um nível aceitável de capital circulante líquido. 
Administração do Capital de Giro
É interessante ressaltar que toda empresa deve manter um mínimo possível de capital de giro, pois os ativos circulantes tem que ser capaz de cobrir os passivos circulantes, e é claro com alguma margem de segurança. 
Os ativos circulantes que tem mais destaque são: caixa, títulos negociáveis, duplicatas a receber e estoques. Cada um desses ativos circulantes deve ser bem administrado para que se possa garantir a liquidez da empresa. 
Em se tratando dos passivos circulantes, os mais importantes são: duplicatas a pagar, títulos a pagar e despesas provisionadas. É preciso que seja bem administrado para garantir que cada uma das fontes de financiamento a curto prazo seja utilizada da melhor maneira possível. 
A administração do capital de giro é a atividade mais conhecida da Administração Financeira. A maior parte do tempo do administrador financeiro é tomado pela administração do ativos correntes. 
Administração do Capital de Giro
CAPITAL: O capital constitui o recurso financeiro básico de qualquer empresa, existem dois tipos de capital: 
Capital próprio é o capital que pertence aos proprietários ou acionistas da empresa (não-exigível); 
Capital de terceiros são os empréstimos, debêntures e ações preferenciais (exigibilidades da empresa). 
Sempre que algum acionista da empresa entra com algum capital, espera sempre ter um retorno, e corre um determinado risco. 
Retorno significa um rendimento maior e risco é uma possibilidade de perda, existem dois tipos de riscos: 
Risco econômico é o risco inerente ao negócio da empresa
Risco financeiro é o risco de não obter remuneração do investimento. 
Ainda se falando um pouco sobre capital, podemos ainda classificá-lo em capital fixo ou capital de giro. 
O capital fixo é formado pelos ativos imobilizados e o capital de giro pelos ativos circulantes. 
O capital de giro pode ser bruto (ativo circulante) ou líquido (ativo circulante passivo circulante). 
Administração do Capital de Giro
O que temos que ressaltar é que o capital de giro funciona no curto prazo. 
A administração do capital de giro tem que levar em conta três dilemas: 
Os ativos devem ter uma liquidez compatível; 
O dilema entre liquidez e rentabilidade; 
A administração dos ativos circulantes. 
Os ativos circulantes formam o capital da empresa que gira até transformar-se em dinheiro dentro do chamado ciclo de operações ou ciclo de caixa. 
Ciclo de caixa nada mais é do que o tempo que leva o capital que saiu do caixa leva para voltar ao caixa. 
Previsão e controle de gastos: 
FLUXO DE CAIXA: O fluxo de caixa é o movimento de todas as entradas e saídas de recursos financeiros do caixa, ou seja, das origens de caixa (fatores que aumentam o caixa da empresa) e das aplicações de caixa (reduzem o caixa da empresa). 
O planejamento financeiro de curto prazo é denominado de planejamento de caixa ou orçamento de caixa, com este orçamento de caixa permite planejar as necessidades de caixa a curto prazo, pois proporciona uma visão dos recebimentos e dos pagamentos previstos que ocorrerão durante um certo período de tempo. 
Administração do Capital de Giro
A administração de caixa deve trabalhar num nível ótimo de caixa para a empresa. 
Quando as entradas (recebimentos) > saídas (pagamentos) - Liquidez alta - Rentabilidade baixa 
Quando as entradas (recebimentos) < saídas (pagamentos) - Liquidez baixa - Rentabilidade alta 
A administração do caixa requer alguns princípios básicos: 
retardar ao máximo o pagamento de duplicatas a pagar;
aproveitar ao máximo quaisquer desconto financeiro nos pagamentos;
girar os estoques com maior liquidez possível;
receber as duplicatas a receber no menor tempo possível. 
O fluxo de caixa é o termômetro do cotidiano da empresa, isto é, como a empresa está se comportando quanto aos pagamentos e os recebimentos das suas operações diárias. 
ADMINISTRAÇÃO DE ATIVOS CIRCULANTES: Os principais ativos circulantes mantidos pela maioria das empresas são as contas a receber e estoque, ambos formam 80% de todos os ativos circulantes da maioria das empresas industriais de porte médio. 
Por isso é fundamental a administração dos ativos circulantes da empresa. 
Administração do Capital de Giro
Administração de contas a receber: As contas a receber representam a concessão de créditos em conta corrente aos clientes. Na verdade, contas a receber existem para conservar atuais clientes e atrair novos clientes. A administração de contas a receber tem como papel minimizar o investimento, e em contrapartida, manter um nível de serviço adequado aos clientes. Existem três aspectos importantes a ressaltar: 
política de crédito;
condições de crédito;
políticas de cobrança.
Estes três aspectos devem ser adequados às necessidades da empresa pela administração de contas a receber. 
Administração financeira de estoques: Estoque nada mais é do que a composição física de materiais (matérias-primas, materiais em processo, materiais semiacabados, materiais acabados, produtos acabados, etc.) que não é utilizada em determinado momento na empresa, mas que será utilizada futuramente. Quanto mais complexo ou diversificado for o produto final, tanto maior será a diversidade de itens estocados e mais complicada será a administração dos estoques. Os estoques representam um meio de investimento de recursos e podem alcançar uma proporção enorme dos ativos totais. A administração de estoques tem que estar relacionada com os órgãos da empresa que cuidam do estoque (produção, almoxarifado ou as vendas) e com o órgão de Administração Financeira. 
Administração do Capital de Giro
Administração financeira de estoques: 
Existem três tipos de estoque: 
Estoque de matérias-primas (MP);
Estoque de materiais em processamento;
Estoque de produtos acabados (PA). 
As principais técnicas utilizadas na administração de estoques são: 
Sistema ABC (Curva de Pareto) baseia-se no princípio de que maior parte do investimento está concentrada em um pequeno número de itens
Modelo do lote econômico serve para determinar a quantidade ótima de estoque para cada item. 
Existem três grupos de custos relacionados com a estocagem de produtos:
Custo da emissão de pedidos;
Custo de manter estoque;
Custos totais.
Administração do Capital de Giro
Ciclo Operacional 
Como fazer os cálculos do fluxo de caixa:
Ciclo Econômico: Fórmula = Prazo Médio Estocagem = 25 dias.
Ciclo Operacional: Fórmula = Ciclo Econômico + Prazo Médio Recebimento = 25 + 60 = 85 dias.
Ciclo Financeiro (Ciclo de caixa): Fórmula = Ciclo Operacional – Prazo Médio Pagamentos = 85 – 40 = 45
Ciclo operacional na ajuda ao fluxo de caixa
Conceito:
O ciclo operacionalengloba o período entre a data de compra do produto até a data de pagamento pelo cliente, ou seja, o ciclo operacional compõe-se da soma dos processos operacionais da empresa. São eles:
Compra;
Tempo de estocagem;
Pagamento da matéria prima;
Estocagem do produto final;
Vendas do produto final;
Recebimento das vendas.
CICLO OPERACIONAL = Prazo Médio de Estocagem (PME) + Prazo Médio de Recebimento (PMR)
Administração do Capital de Giro
O PME (Prazo Médio de Estoque) representa o período médio em que tanto a matéria-prima quanto os produtos acabados ficam armazenados na empresa. Já o PMR (Prazo Médio de Recebimento) vai desde o período da venda até a empresa receber os recursos.
Objetivos:
Manter o equilíbrio operacional da empresa;
Fazer o capital retornar sempre maior que o valor do início do ciclo operacional;
Maximizar o retorno dos capitais.
Administração do Capital de Giro
Função do capital de giro
O Capital de Giro é basicamente a soma dos recursos financeiros para a manutenção da empresa. Isso inclui os valores aplicados em caixa, no banco, para compra de estoque e recebimento dos clientes. Serve, ainda, para pagar tributos, salários e reformar. Em qualquer tipo de movimentação financeira usa-se o capital, isto é, tudo que pode ser convertido em dinheiro com rapidez.
Para um negócio ter sucesso precisa estar com as finanças equilibradas. Por isso, é importante sempre controlar o ativo circulante (AC) e o passivo circulante (PC). O primeiro representa todo valor que entra, como pagamento dos clientes. O segundo é todo gasto da empresa, ou seja, todo valor que sai no período de 12 meses, a curto prazo.
Após esse tempo, recebimentos e gastos entram na categoria de ativo e passivo não-circulante. Nisso, são incluídos imóveis, aluguel e bens duráveis (máquinas e equipamentos), que não são convertidos facilmente em dinheiro.
É fundamental ter uma reserva para os períodos sem receber. Existe um tempo entre o pagamento do fornecedor e o recebimento do cliente.
Administração do Capital de Giro
Função do capital de giro
Em caso de prazos longos para o cliente ou dívida parcelada, o capital de giro guardado precisa ser ainda maior. O dinheiro demora mais para cair na conta do seu negócio. Além disso, a empresa fica sujeita à inadimplência.
O mais indicado talvez seja cobrar por meio de cartão de débito ou boleto. Isso evita o atraso do devedor.
Por isso, o ideal é controlar bem de perto as contas, todos os custos e recebimentos. Com um fluxo de caixa equilibrado a chance de se prejudicar é menor. É preciso conhecer bem o ramo da empresa e as necessidades dela.
	ATIVO CIRCULANTE	PASSIVO CIRCULANTE
		EXIGÍVEL REALIZADO A LONGO PRAZO
	ATIVO NÃO
CIRCULANTE	
		PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Administração do Capital de Giro
GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO – OBJETIVO
O QUE DEVE SER FEITO
Pagar funcionários
Comprar / pagar fornecedores 
Vender / receber clientes 
Pagar impostos
Pagar gastos da fábrica
	ATIVO CIRCULANTE	PASSIVO CIRCULANTE
	CAIXA / BANCOS CLIENTES ESTOQUES	COMPROMISSOS A PAGAR
		EXIGÍVEL REALIZADO
A LONGO PRAZO
	ATIVO NÃO CIRCULANTE	
		PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Administração do Capital de Giro
GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO – DECISÃO
CONFLITO – RISCO X RETORNO
1ª - Liquidez dos ativos correntes em face da composição dos vencimentos de curto prazo;
2ª - Conflito entre Liquidez de Rentabilidade (já que ˃ Liquidez representa ˂ Rentabilidade);
3ª - Conciliação de Risco e Retorno. Saldos em excesso geram ˂ Risco- Retorno e saldos justos proporcionam ˃ Risco-Retorno.
Administração do Capital de Giro
GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO – DECISÃO
CONFLITO – RISCO X RETORNO
O grande desafio de uma empresa na administração do capital de giro é investir em elementos patrimoniais, tendo certeza de que haverá retorno financeiro. Na realidade é difícil saber se o retorno será positivo. Há meios de minimizar estes riscos. Um deles é verificar a aceitação do produto, procedimento realizado normalmente antes da operacionalização do produto e a identificação de erros administrativos para serem melhorados, maximizando assim o retorno financeiro.
As dificuldades financeiras encontradas em uma empresa podem ser causadas pela redução de vendas e pelo mau gerenciamento de recursos. Estas dificuldades ocasionam diminuição de receitas que comprometem as atividades operacionais da empresa e consequentemente a liquidez.
É por isto que as empresas tem receio de arriscar seus investimentos em elementos que talvez não possam dar retorno financeiro.
O conflito do risco-retorno na administração do capital de giro realiza-se quando a empresa tende a investir valores de capital em diversos ativos, ocasionando o risco desta aplicação que pode gerar a incerteza do retorno.
Administração do Capital de Giro
GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO – DECISÃO
CONFLITO – RISCO X RETORNO
O risco do fracasso do investimento poderá ocorrer. É este o risco que o dirigente da empresa deverá reduzir, prevendo a evolução dos elementos determinantes da rentabilidade da empresa. 
O retorno pode ser caracterizado, como lucro esperado, decorrente da aplicação de capital de giro, num determinado período de tempo.
Não há negócio que não envolva riscos e incertezas. O risco é uma incerteza que não pode ser prevista e avaliada. Deve o administrador reverter a incerteza em risco e o risco em certeza. 
Conceituação de Risco
Risco e Retorno
	RISCO: É a probabilidade de perda ou ganho em uma decisão de investimento. Pode ser denominado também como o grau de incerteza do retorno de um investimento.
 	Geralmente tem relação direta com o nível de renda do investimento: Quanto maior o risco, maior o potencial de renda do investimento.
0 0,5 1
Incerteza
Exemplificação do Risco
Risco e Retorno
	Em uma situação de risco, esperam-se vários resultados possíveis e com probabilidades determinadas de virem a acontecer.
 	Com probabilidade desconhecidas, em eventos dicotômicos (sucesso ou fracasso), tem-se um maior grau de incerteza (0,5 ou 50%).
 Exemplos:
 Risco de queda na taxa de juros
 Risco de recusa do produto pelo consumidor
 Risco de investir numa aplicação financeira
Fontes deRisco
Risco e Retorno
	- Risco do negócio (incapacidade de cobrir custos operacionais);
	- Risco financeiro (incapacidade de cobrir obrigações financeiras);
	- Risco da taxa de juros (quando ocorre elevação das taxas de juros);
	- Risco de liquidez (dificuldade de liquidar um investimento);
	- Risco de mercado (lei da oferta e da procura reduz o valor de um ativo);
 	- Risco de evento (fatores contingenciais, como a proibição de vendas);
	- Risco da taxa cambial (grandes flutuações nas taxas de câmbio);
	- Risco de poder de compra (alterações de preços pela inflação);
	- Risco fiscal (alterações nas leis fiscais elevando a tributação).
Risco Diversificável
Risco e Retorno
	É o risco específico de uma empresa ou setor que pode ser dirimido através da compra de ativos de empresas de outros setores econômicos.
 	Ocorre em situações extremas, como com possíveis alterações de políticas econômicas com forte influência governamental.
Investimentos em Carteira  É uma forma de Diversificar o Risco
Conceituação de Retorno
Risco e Retorno
	RETORNO: É o ganho ou perda total obtido sobre um investimento em dado período (Gitman, 2005). O resultado esperado deve ser igual ou superior ao retorno.
 	O retorno pode ser mensurado pelo EBITDA
Sigla inglesa EBITDA: 
Earning Before Interest Tax, Depreciation and Amortization
(Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização)
É um indicador financeiro que mostra se os ativos operacionais estão gerando caixa.
Formas de Retorno
Risco e Retorno
	LUCRO CORRENTE: É o fluxo de caixa recebido sobre um investimento durante um dado período.
O ativo (matéria-prima) de uma empresa gera retorno (lucro).
 	GANHO DE CAPITAL: É uma mudança positiva no valor de um investimento num dado período.
Umacarteira de ações pode sofrer valorização. 
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Risco e Retorno
ANÁLISE DE SENSIBILIDADE: 
Estabelecem-se cenários otimistas (melhor), esperados (realista) e pessimistas (pior).
- O risco é mensurado pelo Intervalo.
	 Quanto maior o intervalo maior o risco.
 Intervalo ou Amplitude (A) é uma medida estatística.
A = Retorno Otimista - Retorno Pessimista
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Risco e Retorno
ANÁLISE PELO DESVIO PADRÃO: 
Mede a dispersão em torno de um valor esperado.
	 Quanto maior o desvio padrão maior o risco.
 Na calculadora Financeira HP12c pode-se facilmente calcular o desvio padrão com o uso da função s
.
s
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Risco e Retorno
ANÁLISE PELO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO: 
É uma medida de dispersão relativa (%) que é útil na comparação do risco de ativos com diferentes retornos esperados.
 Quanto maior o coeficiente de variação maior o risco.
 Fórmula Algébrica do Coeficiente de Variação:
Coeficiente de Variação = 100 . Desvio Padrão 
 Média
RISCO DE UMA CARTEIRA
Risco e Retorno
ANÁLISE PELO COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO: 
É uma medida estatística da relação entre duas séries de números.
O Coeficiente de Correlação de Pearson varia de -1 a +1. 
 
Pode estar Positivamente Correlacionado (próximo de +1) ou
Pode estar Negativamente Correlacionado (próximo de -1)
Risco e Retorno
 r = n .  (X.Y) -  X .  Y
 n .  X2 - ( X)2 . n .  Y2 - ( Y)2
(X.Y) = Fazem-se os produtos X.Y p/ cada par e depois efetua-se a soma
X = Somatório dos valores da variável X
Y = Somatório dos valores da variável Y
X2 = Elevam-se ao quadrado cada valor de X e depois efetua-se a soma
Y2 = Elevam-se ao quadrado cada valor de Y e depois efetua-se a soma
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO DE PEARSON
Risco e Retorno
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO DE PEARSON
 O Valor de r (Correlação Linear de Pearson) varia de -1 a +1.
 O sinal indica o sentido (correlação positiva ou negativa).
 O valor indica a força da correlação (fraca, moderada ou forte)
valor de r
0
- 1
+ 1
Ausência
Fraca
Fraca
Moderada
Forte
Forte
Moderada
- 0,7
- 0,3
+ 0,3
+ 0,7
Cálculo do Retorno Médio de uma Carteira
Risco e Retorno
ANÁLISE PELA MÉDIA PONDERADA: 
Uma carteira de investimentos é composta de 20% da ação A, 40% da ação B e o restante da ação C. Os retornos anuais de A, B e C são de, respectivamente, 25%, 10% e 15%. Qual será o retorno médio anual da carteira?
 
			 A = 25% x 0,20 = 5%
			 B = 10% x 0,40 = 4%
			 C = 15% x 0,40 = 6%
		Retorno Médio Anual = A + B + C = 15%
Equilíbrio Financeiro
A administração do capital de giro está cada vez mais sendo reconhecida como uma importante área para o equilíbrio financeiro das empresas, sendo componente imprescindível para o sucesso dos negócios. 
A maioria dos problemas na gestão das empresas está relacionada com a administração do capital de giro, pois, nem sempre o administrador está capacitado para compreender os problemas em toda sua extensão e por consequência disto não encontrará a melhor solução. 
Equilíbrio Financeiro
EQUILÍBRIO FINANCEIRO
Uma das alternativas da empresa para sustentar seu equilíbrio é financiar suas necessidades variáveis com dívidas de curto prazo (capital de giro, valores a receber, estoques etc.), utilizando os recursos de longo prazo para financiar todas suas necessidades financeiras permanentes (exigível de longo prazo, patrimônio líquido etc.).
O conceito de equilíbrio financeiro de uma empresa é verificado quando as suas obrigações financeiras se encontram lastreadas em ativos com prazos de conversão em caixas similares aos dos passivos. Em outras palavras, o equilíbrio financeiro exige vinculação entre a liquidez dos ativos e os desembolsos demandados pelos passivos. (NETO; SILVA, p. 24)
Os recursos de longo prazo devem cobrir o capital de giro permanente, deixando para o passivo circulante o financiamento das necessidades sazonais dos ativos correntes.
Classificação do Capital de Giro
Permanente (fixo)
Investimento cíclico de recursos em giro que se repete periodicamente, assumindo caráter de permanente
É determinado pela atividade normal da empresa
Seu montante é definido pelo nível mínimo de necessidades de recursos demandados pelo ciclo operacional
Equilíbrio Financeiro
Classificação do Capital de Giro
Sazonal (variável)
É determinado pelas variações temporárias que ocorrem normalmente nos negócios de uma empresa
Exemplo: maiores vendas em determinados períodos do ano, ou grandes aquisições de estoques na entressafra
Equilíbrio Financeiro
Investimentos necessários
($)
Capital de giro sazonal (variável)
Capital de giro permanente (fixo)
Tempo
Capitais de giro permanente e sazonal
Equilíbrio Financeiro
Investimentos necessários ($)
Financiamento a curto prazo
Financiamento a longo prazo
Capital de giro sazonal
Capital de giro
permanente
Ativo permanente
Abordagem pelo equilíbrio financeiro tradicional
Tempo
O ativo permanente e o capital de giro permanente são financiados por recursos de longo prazo (próprios ou de terceiros)
Equilíbrio Financeiro
Investimentos necessários
($)
Capital de giro sazonal
Capital de giro
permanente
Abordagem de risco mínimo
Financiamento a longo prazo
Ativo permanente
Tempo
A empresa encontra-se totalmente financiada por recursos permanentes (longo prazo), inclusive em suas necessidades sazonais de fundos.
Equilíbrio Financeiro
Reflete o volume de recursos demandado pelo ciclo operacional da empresa, determinado em função de suas políticas de compras, vendas e estocagem
É uma necessidade de capital de longo prazo, que deve lastrear os investimentos cíclicos em cada capital de giro
O CCL adequado deve cobrir as necessidades mínimas de ativos circulantes de uma empresa, e as necessidades sazonais de recursos são supridas por passivos circulantes
Equilíbrio Financeiro
Necessidade de Investimento em Capital de Giro
	Ativo circulante		$ 20.000		Passivo circulante		$ 10.000
	Caixa		$	2.000		ELP		$ 20.000
	Valores a receber		$ 10.000		Patrimônio líquido		$ 20.000
	Estoques		$	8.000				
	Ativo permanente		$ 30.000				
	Total:		$ 50.000		Total:		$ 50.000
Exemplo ilustrativo
volume de vendas: $ 40.000/mês, sendo $ 10.000 a prazo prazo médio de cobrança: 18 dias
estoque mínimo: 15 dias de vendas (a preço de custo) porcentagem do custo de produção: 40% do preço de venda volume mínimo de caixa : $ 1.500 para 10 dias
Equilíbrio Financeiro
Necessidade de Investimento em Capital de Giro
Total ($)
Sazonal ($)
Permanente ($)
ATIVO CIRCULANTE
	Caixa	1.500	500	2.000
	Valores a receber ($ 10.000 x 18/30)	6.000	4.000	10.000
	Estoques (40% x $ 40.000) x 15/30	 	8.000	 	–	8.000
	Total	15.500	4.500	20.000
Podemos apurar o seguinte montante de capital de giro sazonal e permanente:
Equilíbrio Financeiro
Necessidade de Investimento em Capital de Giro
	AC Sazonal	$ 4.500	PC
$ 10.000
	AC Cíclico
$ 15.500	
		ELP
$ 20.000
	Ativo Permanente
$ 30.000	
		PL
$ 20.000
Investimentos necessários
($)
Financiamento a longo prazo
Tempo
Capital de giro
Capital de giro
permanente
Ativo permanente
Financiamento
sazonal
 
 	a curto prazo
Existência de participação de recursos de curto prazo no financiamento do capital de giro
Equilíbrio Financeiro
	Pessoa física - 22/08/2019 a 28/08/2019					
	Tipo de encargo: Pré-fixado (ao ano)					
	Modalidade	Banco				
		Santander	Bradesco	Caixa	Brasil	Itau
	Aquisição de outros bens	13,65	20,94	38,20	55,86	 
	Aquisição de veículos	19,29	16,46	23,63	20,22	17,65
	Cartão de crédito parcelado	142,52	68,16	163,32	129,01	164,09
	Cartão de crédito rotativo	258,93	178,66	226,83	206,05	243,72
	Chequeespecial	419,95	292,40	195,06	285,65	309,26
	Crédito pessoal consignado INSS	24,01	21,43	21,79	25,56	24,46
	Crédito pessoal não consignado	67,13	79,94	47,58	58,01	59,62
	Desconto de cheques	42,72	49,74	 	33,98	 
	Tipo de encargo: Pós-fixado referenciado em TR (ao ano)					
	Financiamento imobiliário com taxas de mercado	9,15	8,79	10,30	10,31	8,48
	Financiamento imobiliário com taxas reguladas	9,42	8,25	7,06	7,59	8,95
Estrutura de Taxa de Juros
Estrutura de Taxa de Juros
	Pessoa jurídica - 22/08/2019 a 28/08/2019					
	Tipo de encargo: Pré-fixado (ao ano)					
	Modalidade	Banco				
		Santander	Bradesco	Caixa	Brasil	Itau
	Antecipação de faturas de cartão de crédito	20,84	13,17	 	11,97	11,18
	Capital de giro com prazo até 365 dias	35,42	22,02	37,04	13,07	20,87
	Capital de giro com prazo superior a 365 dias	27,04	18,68	19,45	13,56	20,26
	Cheque especial	377,01	336,60	217,74	362,95	369,25
	Conta garantida	36,52	49,00	 	31,66	45,89
	Desconto de cheques	31,80	33,00	32,33	35,79	34,16
	Desconto de duplicata	16,86	13,60	31,60	20,98	19,15
	Vendor	16,76	10,93	 	8,96	12,18
	Tipo de encargo: Pós-fixado referenciado em juros flutuantes (ao ano)					
	Capital de giro com prazo até 365 dias	14,85	6,45	10,58	14,58	13,99
	Capital de giro com prazo superior a 365 dias	12,86	9,75	12,49	11,41	11,13
	Conta garantida	19,02	21,05	19,91	19,13	21,31
	Tipo de encargo: Pós-fixado referenciado em moeda estrangeira (ao ano)					
	Adiantamento sobre contratos de câmbio (ACC)	4,68	3,46	4,14	2,98	3,44
Indicadores Financeiros
São chamados de Estruturais, porque permitem analisar uma
Posição financeira do patrimônio e os efeitos das relações
existentes entre as estruturas das Aplicações e das Origens de
capitais, na organização. 
Refletem uma situação estática presente/passada, porquanto,
sujeitos às limitações advindas deste tipo de informação. Nem
por isso deixam de ser importantes para projeções futuras e
tomada de decisões. As limitações podem ser reduzidas, se,
estabelecer séries históricas, que permitam definir padrões. 
 
Entendendo a Estrutura
	Ativo Circulante		Passivo Circulante	
	Disponibilidades	 18.600	Fornecedores	 110.100
	Contas a receber	 93.550	Outras contas	 142.300
	Estoques	 198.380	Financiamentos	 100.000
	Total ativo circulante	 310.530	Total passivo circulante	 352.400
	Ativo não Circulante		Passivo não circulante	
	 Contas a receber	 228.650 	Financiamentos	 162.300 
	 Imobilizado	 816.050	Outros	 20.000
	Total ativo não circul	1.044.700	Total passivo não circul	 182.300
			Patrimônio Liquido	 820.530
	Ativo total	1.355.230	Passivos + PL	1.355.230
Indicadores Financeiros Básicos
Endividamento Total
Estrutura do Endividamento
Participações de Capitais
Liquidez Imediata
Liquidez Corrente
Liquidez Real (Seca)
Liquidez Geral
Solvência
Insolvência Técnica
Capital de Giro
Capital em Giro
Capital Circulante Líquido
Liquidez – Conceitos e definições
Liquidez, é a capacidade que a organização possui, de pagar
suas obrigações com base nos próprios recursos circulantes.
Refletem ações administrativas passadas e um presente estático, que 
influencia sobremodo nas decisões sobre o futuro da organização.
Possuem estreita correlação com os indicadores de endividamento.
Solvência – Conceitos e definições
Solvência, também é a medição da capacidade que a empresa
possui de pagar suas obrigações, aqui, entretanto, usando
todos recursos e não somente os recursos circulantes. 
Reflete também, ações administrativas passadas e um presente
estático que influencia sobremodo nas decisões presentes, por se
tratar de análise do estado terminal da organização. 
Indicadores de Liquidez - Finalidades
Servem como indicadores para:
1.	Avaliar a capacidade de obter, conceder, pagar e receber créditos; definir limites de crédito
2.	Medir a garantia de operações, medir riscos e revelar a saúde financeira da empresa, como por exemplo:
	a. Processos licitatórios
	b. Processos periciais e de auditoria
3.	Análise de investimentos, avaliações de empresas, etc. 
4.	Estabelecimento de padrões comparativos; realização de Benchmarking 
Indicador de Solvência - Finalidades
Serve para as mesmas finalidades dos Indicadores de
liquidez. 
A diferença é que é usado geralmente, em estados 
terminais da organização (fusão, cisão, incorporação,
falência, concordata, dissolução). 
Tipos de Indicadores de Liquidez
Liquidez Imediata 
Liquidez Corrente
Liquidez Real (seca)
Liquidez Geral
Liquidez Imediata
É a capacidade imediata de pagar obrigações. É preciso ter
cuidado com as generalizações teóricas que são feitas a
respeito desta medida pois, possui limitações que devem ser
consideradas.
Disponibilidades = 18.600 = 0,052
Passivo circulante 352.400
Para cada R$ 1,00 de dívida, é capaz de pagar R$ 0,052 ou 5,2%.
Ressalva: 
É provável que, nem todas as dívidas, possuem vencimento imediato, e
que não haja a garantia de que os recebimentos ocorram no mesmo
tempo
Liquidez Corrente
É a capacidade de pagar obrigações de curto prazo. É preciso ter 
cuidado com as generalizações teóricas que são feitas a respeito desta
medida pois, possui variáveis e limitações que devem ser
consideradas. Exs: (realidade dos prazos, veracidade dos dados,
capacidade de realização, riscos, classificação contábil, finalidade da
análise, etc.).
Ativo circulante = 310.530 = 0,88
Passivo circulante 352.400
Para cada R$ 1 de dívida, é capaz de pagar R$ 0,88.
Liquidez Real (Seca)
Estuda também a capacidade de pagar obrigações de curto prazo com a
diferença que aqui, procura-se eliminar os fatores de risco. Aqui, os
cuidados com as generalizações teóricas, devem ser redobrados. 
Além das limitações inerentes a realidade dos prazos, veracidade dos
dados, capacidade de realização, riscos, classificação contábil,
finalidade da análise, a exclusão dos estoques cria uma nova variável a
ser considerada, que é a capacidade de realizar tais estoques.
Ativo circulante - Estoques = 310.530 –198.380 = 112.150 = 0,31
Passivo circulante 352.400 352.400
Para cada R$ 1 de dívida, é capaz de pagar R$ 0,31
Capacidade de realizar estoques
 Utilizando dos dados disponíveis na empresa:
1) Custo das Vendas = 1.399.900
2) Estoques = 198.380
3) Legendas = CDV = Capacidade diária de vender estoques
		 = CPD = Curto prazo definido pela empresa = 35 dias
 = VPCP = Vendas possíveis no curto prazo
 	 = RIE = Risco com estoques. 
		
 CDV = Custo das vendas = 1.399.900 = 3.888
 Período de vendas 360 d 
VPCP = CDV x CPD = 3.888 x 35 = 136.100
 
RIE = Estoques – VPCP = 198.380 – 136.100 = 62.280
Tais dados mudariam o valor dos estoques a ser excluído na medida
que passaria a ser apenas 62.280, pois o restante seria vendido. 
Liquidez geral
Agora se estuda a capacidade de pagar obrigações no longo
prazo. Com certeza os cuidados com as generalizações,
devem ser os mesmos. 
Ativ Circul + Ativo N.Circul = 310.530+228.650 = 539.180= 1,01 
 Exigível Total 534.700 534.700
Para cada R$ 1 de dívida, é capaz de pagar R$ 1,01.
Solvência 
Estuda a capacidade de solver os passivos existentes na data do evento. É uma medida que requer do analista, uma posição muito diferente pois a análise dependerá fundamentalmente, da sua finalidade. 
Portanto, não está isenta dos perigos com as generalizações conhecidas. Além de todos os cuidados sugeridos pelas medidas anteriores, outros fatores, principalmente relacionados com atualizações dos valores ATIVOS e PASSIVOS à data, a preço de mercado e às disposições estatutárias são importantes.
Ativo total = 1.355.230 = 2,53 
Exigível total 534.700
Os ativos da empresa são capazes de solver todas as dívidas com uma margem de sobra de 153% = Para cada R$ 1 de passivo a empresa dispõe de R$ 2,53 em ativos.
Insolvência técnica 
É exatamente o oposto da solvência ou seja,estuda a incapacidade
de solver os passivos existentes na data do evento. Requer, portanto,
os mesmo cuidados. Revela o grau de insolvência se dá quando o 
indicador é superior a 1,00
Exigível Total = 534.700 = 0,39 
Ativo total 1.355.230
A empresa é solvente, pois possui um grau de insolvência inferior a
R$ 1,00. Isso quer dizer que suas dívidas representam apenas 39% de
sua capacidade de pagamento 
Capital de giro, Capital em Giro e CCL
São indicadores importantes para complementar o trabalho
de analises, através dos indicadores financeiros. O uso de
tais indicadores depende fundamentalmente, da finalidade
do trabalho.
Capital de Giro e Capital em Giro
CAPITAL DE GIRO
São os capitais próprios, que efetivamente, estão disponíveis para
alimentar as próximas operações da empresa. Podem ser apurados de
duas formas:
Capital de Giro de Curto Prazo
AC – PC = 310.530 – 352.400 = (41.870)
Capital de Giro de Longo Prazo
(AC+ANC) – (Exigível total) = (310.530+228.650) – (534.700) = 4.480
CAPITAL EM GIRO 
É a soma dos capitais aplicados na organização 
Capital Circulante Líquido
É a mesma coisa do Capital de Giro de curto prazo. Difere apenas pelo foco da análise.
 
AC - PC = 310.530 – 352.400 = (41.870) 
O estudo da evolução do CCL (feito no fluxo de caixa) e é uma informação importante para se saber a evolução financeira da empresa entre dois ou mais períodos. Indica a alocação de recursos para o seu capital de giro.
Indicadores de Endividamento –(Estrutura de Capital)
Fundamentalmente relacionam as fontes de fundos (capitais
próprios e de terceiros) entre si.
Endividamento Total – Participação de Capitais de Terceiros sobre os Recursos Totais.
Participação de Capitais
Endividamento de Curto Prazo (Estrutura do Endividamento)
Endividamento Total
Quociente de Participação de Capitais de Terceiros – Sobre os
Recursos Totais – ( Debt Ratio) 
Informa o grau de comprometimento total, do patrimônio da
empresa.
Exigível Total 534.700 = 0,39
Exigível Total + PL 1.355.230
Significa que de cada R$ 1 investidos na empresa, 39% originam
-se de terceiros e que, logicamente, 61% são de origens próprias
Participações de Capitais
Informa a relação da participação de capitais na organização. De
certa forma, indica a dependência de recursos de terceiros.
Exigível Total 534.700 = 0,65
Patrimônio Líquido 820.530
Significa que para cada 1 R$ de capitais próprios investidos são
investidos também, R$ 0,65 de capitais de terceiros.
Endividamento de Curto Prazo
Estrutura do Endividamento
Informa qual é a estrutura do endividamento, da organização. 
 Passivo Circulante 352.400 = 0,66
 Exigível Total 534.700
Demonstra que das obrigações assumidas com terceiros, 66%
são de curto prazo e que, logicamente, 34% são de longo
prazo. É muito útil analisar a qualidade deste endividamento.

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