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Antropologia da religião POR QUE ESTUDAR A RELIGIÃO? Qual a essência da religião – quem poderá fazer os limites do que é verdadeiramente religioso e o que é cultural e político Religião = sentido da vida =resposta para questões humanas Antropologia religiosa? Embora teoria compreendem que a religião e socioeconômico e psicológico ninguém pode negar a tentativa de compreender o homem deve compreender o estudo do seu comportamento religioso Embora alguns estudos compreendam o religioso a partir de escalas de estruturas políticas, psicológicas, e econômica – percebemos também que o religioso é importante Procura de deus- vazio que a sociedade moderna deixa Esta presente em nossa época o fundamentalismo – cada religião se fecha na sua própria autossuficiência dogmática - afirmando que sua verdade vale a pena A abordagem do saber se caracteriza pelo diálogo, interdisciplinaridade, integração Qual o objetivo? Estudo da religião, auxiliar na discussão dos aspectos simbólicos do fazer religião, mitos e crenças, estudo de um povo FENÔMENO RELIGIOSO – IGREJA Para a compreensão do homem, devemos considerar o fenômeno religioso. No século XIX houve uma certa gula e procura por deus, mas a igreja católica se disseminou através da dominação, imperialismo e catecismo. A gula por Deus, foi muito pelo vazio deixado pela sociedade moderna. Essa busca por deus foi favorecida pelo crescimento do pluralismo religioso, sendo possível frequentarem diversas religiões ao mesmo tempo. É importante focar e reconhecer o fundamentalismo, cada religião se fecha na autossuficiência dogmática, afirmando que vale apenas sua verdade, promovendo a intolerância e a violência. A religião marca a existência humana, não podemos desconsiderá-la. Faremos uma análise antropológica sobre o fenômeno religioso. Com a crise do positivismo, passa-se aos poucos, da pretensão de querer explicar a religião, para o princípio da compreensão, a religião tendo sua autonomia e não sendo condicionada pelos pressupostos do empírico científico. A RELIGIÃO SOB O OLHAR DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO Epistemologia da ciência da religião – necessidade de refletir sobre questões que se dizem respeito ao conhecimento da religião, como essa ciência se estrutura. Area com início na metade do século XIX, mas alguns falam uma origem mais remota, mas o processo de institucionalização da ciência da religião foi em 1873. Mas quando começa esse processo, já apresenta reflexão de alguns autores q já estão trabalhando com essa ciência nova. QUE CIÊNCIA SE TRATA ESSA CIÊNCIA DA RELIGIÃO? Colhe pressupostos epistemológicos da ciência moderna, empírico x teoria. O fenômeno religioso deve compreender como as tradições religiosas que já temos contato quanto as novas configurações religiosas. Nem sempre experiencias religiosas estão vinculadas a uma instituição religiosa, tem que voltar a atenção para esses fenômenos também. A ciência da religião não é um exercício de crença e de fé. O QUE UM CIENTISTA DA RELIGIÃO FAZ? Ele não faz religião. Pesquisa as religiões. Tem que ser neutro, não assumir um certo dogmatismo de dominação sobre aquilo que está analisando. CIÊNCIA DA RELIGIÃO X TEOLOGIA. ONDE TEM UMA INTERFACE ENTRE AS DUAS ÁREAS E ONDE SÃO DISTINGUIDAS? São duas áreas distintas, cada uma parte para chamar a religião com todas suas particularidades, cada uma dessas ciências parte de lugares diferentes para com o olhar com o objeto. Ciência da religião tem uma vertente mais empírica, pressupõe um estudo e análise, podendo contribuindo para a teologia o que cada religião tem e a teologia o que elas têm de particularidade, análise sistemática dos dados. A teologia pode contribuir na medida que ela apresenta um lugar onde o teólogo não renuncia à sua crença para dar sua posição, e o olhar dele pode dar uma abrangente visão da sua própria religião – teólogo é estudante da sua própria religião. Religeografia: se refere aos estudos sobre os estudos da ciência da religião, voltar para aqueles que já estudaram e pontuaram determinadas questões, sistematizando esses estudos. NATUREZA, CULTURA E SÍMBOLO O homem tem seu corpo, ele não é seu corpo, diferente dos animais não é só programação biológica. O homem não vive para manter sua vida, mas adapta-se a ela. Nossa vida cotidiana não se baseia nas obediências do corpo. A cultura se dá a esses mundos que os homens imaginam e constroem, mas sem precisar do corpo como construção. Os homens não seguem o corpo, tanto que as crianças precisam ser educadas. Sem cultura não há educação. O homem é desadaptado ao mundo, e foi criando essa teia, cultura, e além, símbolos, para se adaptar ao mundo. As produções culturais propriamente demonstram que o homem deseja algo, e consome daquilo por isso. Se você deseja, é porque não tem aquilo - > sinal de privação -> n há prazer no que o espaço oferece A CULTURA FORNECE AO SER HUMANO ESTRUTURAS FIRMES QUE FALTARAM BIOLOGICAMENTE FREUD: homem é um ser insatisfeito que está sempre a procura de sua maior felicidade. Desejo e realidade estão muito distantes, coisas que a mente cria por um desejo q n são reais. Ex: o infinito. Para Freud a cultura significa o saber adquirido pelo homem para o domínio da natureza(adaptação), satisfação de suas necessidades e desejos. Tarefa da vida humana: dominar os conflitos de satisfazer os instintos com limitações e renúncias. – quando não consegue dominar esses conflitos, pode desenvolver sintomas neuróticos O ser humano tem uma necessidade de proteção, um desejo. Assim, faz-lhe acreditar que há um ser maior, uma providência divina que governa o mundo, fazendo sentido aquilo, muitas vezes para suprir algo, desejos, inseguranças... adaptar-se ao meio, instinto. O desejo se sobrepõe a realidade sem técnicas plausíveis ou provas. A religião não é mera superstição, mas sim constituída pela mente psicológica humana. O QUE SÃO SÍMBOLOS? São objetos, gestos e coisas que sinalizam significações, que existem pelo poder humano de dar NOME AS COISAS, atribuindo-lhes um certo valor; valor primário, secundário... mais ou menos importância. Os humanos buscam um mundo que faça sentido, por isso os símbolos – ordem, sentido e vontade de viver O homem é um animal dependente de mecanismos extragenéticos para ordenar seu comportamento – ser humano também é artefato cultural Tronar-se humano é se tornar individual, nós nos tornamos individuais a partir da forma, do significado, da direção que toma a vida de cada um relacionado aos padrões culturais (sistema de significados). RELIGIÃO Religião, antes de tudo, é um conceito. E temos que entender que todo conceito é forjado/criado a partir de uma necessidade que a realidade empírica traz. O desejo de querermos dominar e compreender um conjunto de fenômenos faz com que criemos conceitos e denominamos coisas. Os conceitos carregam a marca de quem os construiu, porém, a desconstrução do conceito pode estar também situada. O conceito é um guia, mas não corresponde exatamente. A aquilo onde quer chegar e saber, não é tudo ao pé da letra, o conceito não é a própria realidade, mas ele te ajuda a chegar na realidade.
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