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Fármacos que atuam no córtex suprarrenal e gota

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1 FARMACOLOGIA 6ª ETAPA – M2 EDUELY TURBINO 
Fármacos que atuam no córtex 
suprarrenal e gota 
SUPRARRENAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glândula suprarrenal é regulada pelo ACTH da 
adenohipófise (é retroalimentada em função dos 
hormônios produzidos) 
 Glândula suprarrenal produz: 
o Cortisol → glicocorticoides 
o Aldosterona → mineralocorticoides 
o Androstenediona → testosterona → 
esteróides sexuais 
OBS: os fármacos antiinflamatórios esteroidais 
possuem atividade glicocorticoide (anti-inflamatória) 
ou mineralocorticoide → dependem da interação com 
receptores do cortisol ou da aldosterona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINERALOCORTICOIDES 
 
ALDOSTERONA 
Hormônio que regula reabsorção de sódio → nas 
glândulas sudoríparas e salivares, no cólon e no rim 
Receptor de mineralocorticoides é citosólico → 
receptor encontra-se dentro da célula 
 Aldosterona entra dentro da célula e se liga no 
receptor de mineralocorticoides = ↑ expressão de 
bomba Na+/K+ ATPase nos néfrons → incorporação 
de íons sódio, excreta íons H+ e K+ (ocorre gasto 
energético) → resultando em aumento de sódio 
circulante 
 REGULAÇÃO DA ALDOSTERONA 
POTÁSSIO, ACTH, EIXO RAA (renina-angiotensina-
aldosterona) 
•Eixo RAA: noradrenalina sinaliza adrenal a produzir 
mais aldosterona 
 Fundamental para o controle da PA periférico 
(hormonal) 
 ↓ PA = rim sinaliza ao produzir renina = cliva 
angiotensinogênio em angiotensina I = no pulmão a 
ECA converte angiotensina I em angiotensina II = 
angiotensina II sinaliza a suprarrenal a produzir a 
aldosterona para ↑ PA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 FARMACOLOGIA 6ª ETAPA – M2 EDUELY TURBINO 
DISFUNÇÕES DA ALDOSTERONA 
Suprarrenal hiperfuncionante = excesso de 
aldosterona - HIPERALDOSTERONISMO 
Suprarrenal hipofuncionante = diminuição de 
aldosterona – HIPOALDOSTERONISMO 
 
HIPOALDOSTERONISMO 
“diminuição das concentrações de aldosterona” 
PRIMÁRIO: o problema está na produção da 
aldosterona (gene que codifica a esteroide 21-
hidroxilase, fundamental para a síntese de 
aldosterona) 
SECUNDÁRIO: ocorre como consequência de outras 
patologias 
 Doença de Addison 
 Hipoaldosteronismo hiporreninêmico = não há 
renina suficiente para estimular a produção de 
aldosterona 
 
 
OCORRE PERDA DE SAL, HIPERCALEMIA, ACIDOSE → 
DESEQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO 
“perde Na+, sobra K+” 
 
 
 TERAPIA AGONISTA 
ALDOSTERONA: não há como suprir as necessidades com 
a reposição de aldosterona, pois: 
 Fígado converte mais de 75% da aldosterona 
oral em metabólito inativo na primeira passagem → 
somente 25% fica ativo 
FLUDROCORTISONA: Fármaco de escolha pela alta 
atividade mineralocorticoide = se liga muito em 
receptor mineralocorticoide, assim, mimetizando a 
aldosterona 
 Importante monitorar rigorosamente os níveis 
séricos de potássio e a pressão arterial 
(balanço hidroeletrolítico) 
 
 
 
 
HIPERALDOSTERONISMO 
“aumento das concentrações de aldosterona” 
PRIMÁRIO: hiperplasia supra-renal bilateral da zona 
glomerulosa e adenoma produtor de aldosterona 
 levam ao aumento da produção de 
aldosterona pela glândula 
 
 
PERDA DE POTÁSSIO, HIPOCALEMIA, HIPERTENSÃO 
 TERAPIA ANTAGONISTA 
ESPIRONOLACTONA: diurético poupador de potássio → 
inibição competitiva do receptor da aldosterona e de 
outros receptores com características químicas 
parecidas → não deixa aldosterona se ligar → resulta 
em menor acúmulo de sódio 
EPLERENONA: antagonista do receptor de 
mineralocorticóides que se liga seletivamente ao 
receptor de mineralocorticóides. Não se liga aos 
receptores de andrógeno e de progesterona. 
 
NECESSIDADE DE MONITORIZAÇÃO DE FUNÇÃO 
CARDÍACA E POTÁSSIO 
ANDRÓGENOS SUPRARRENAIS 
Os intermediários metabólicos androgênicos dão 
origem aos andrógenos, como a testosterona 
DHEA (DESIDROEPIANDROSTERONA) → pró-hormônio que 
é convertido em andrógenos e, principalmente, 
progesterona → papel incerto! 
 Pode ser utilizado em várias terapias, inclusive 
dopping 
 Não há comprovação científica ainda da 
suplementação com DHEA, mas é muito usada como 
terapia complementar e amplamente vendido como 
suplemento 
DISFUNÇÕES DOS ANDRÓGENOS 
Hiperplasia supra-renal congênita (HSRC) → 
deficiência de esteróide 21-hidroxilase 
Síndrome do ovário policístico 
 
 
 
 
3 FARMACOLOGIA 6ª ETAPA – M2 EDUELY TURBINO 
“Doença caracterizada pelo acúmulo de cristais de 
urato (ácido úrico) monossódico em diversos tecidos (o 
sal do ácido úrico se acumula e cristaliza), gerando 
inflamação grave, causando muita dor” 
Mais comum em homens (acima de 40) que em 
mulheres (após menopausa) 
Risco maior: pessoas com história familiar de gota ou 
que têm hipertensão arterial, diabetes do tipo 2, 
obesidade, hiperlipidemia ou doenças renais 
DIAGNÓSTICO 
Análise do líquido sinovial: Usada para identificar os 
cristais característicos da gota e para pesquisar sinais 
de infecção articular 
Ácido úrico: Para detectar níveis elevados no sangue. 
Pode ser feito regularmente para monitorar a uricemia 
 EXAME PADRÃO! 
Ureia e creatinina: Para avaliar e monitorar a função 
renal. 
Hemograma: Para detectar anormalidades nas células 
do sangue e sinais de infecção. 
Fator reumatoide ou FAN (anticorpos antinúcleo): para 
excluir artrite reumatoide. Pois, na gota, o ácido úrico 
se acumula primeiro nas articulações, assim, por isso a 
importância da diferenciação de artrite reumatoide 
HISTÓRIA NATURAL DA GOTA 
ESTÁGIO CARACTERÍSTICAS 
INTERVENÇÃO 
FARMACOLÓGICA 
1-
HIPERURICEMIA 
ASSINTOMÁTICA 
URATO PLASMÁTICO > 
6mg/dL (mulheres) e > 
7mg/dL (homens) 
NENHUMA 
2-GOTA AGUDA 
ARTRITE AGUDA 
Tipicamente a 1ª 
articulação 
metacarpofalangiana 
Dor excruciante 
AINE 
COLCHICINA 
GLICOCORTICOIDES 
 
3-FASE 
INTERCRÍTICA 
Hiperuricemia 
assintomática 
10% podem nunca mais 
ter outra crise 
NENHUMA 
4-GOTA 
CRÔNICA 
Hiperuricemia 
Desenvolvimento de 
tofos (perda do relevo 
natural da articulação) 
Ataques recorrentes de 
gota aguda 
ALOPURINOL 
PROBENECID 
SULFIMPIRAZONA 
 
FISIOPATOLOGIA 
METABOLISMO DAS BASES PÚRICAS E PIRIMÍDICAS 
Relacionada com questões genéticas ou hábitos de 
vida 
A formação de ácido úrico está intimamente 
relacionada com a síntese de bases nitrogenadas 
(BASES PÚRICAS E PIRIMÍDICAS). Essa síntese pode 
ocorrer por vários mecanismos: 
 Síntese de novo: as bases nitrogenadas são 
produzidas do zero 
 Rota de recuperação: depende do 
metabolismo, pois, o metabolismo em geral é 
poupador de energia, e nesse caso, essa rota 
de síntese é bem complexa, dando muito 
trabalho. Assim, o organismo para não perder 
as moléculas, recupera elas → reutilização de 
bases pré-formadas 
 Dieta 
 
 
 
 
 
 
 
 
As bases nitrogenadas são precursoras de ácido úrico 
→ eliminação pela urina ou intestino 
O excesso de compostos nitrogenados gera acúmulo 
de ácido úrico → acúmulo de cristais de urato → ocorre 
cristalização tanto nas articulações como nos rins. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 FARMACOLOGIA 6ª ETAPA – M2 EDUELY TURBINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Digestão de ácidos nucleicos da dieta → nucleotídeos 
serão aproveitados → produção de bases púricas e 
pirimídicas → o que sobrar: enzima xantina-oxidase 
(XO) irá fazer a conversão das purinas em ácido úrico 
 
PORQUE OCORRE O EXCESSO DE ÁCIDO ÚRICO? 
Nesse metabolismo de bases nitrogenadas há um 
excesso de formação, recuperação ou dieta → bases 
em excesso → metabolizadas em ácido úrico → ácido 
úrico em excesso 
TRATAMENTO 
Basicamente usam-se anti-inflamatórios e tenta-se 
recuperar os tecidos que foram lesados 
 
 
 
 
 
 
 
Acúmulo de cristais de urato nas articulações (não consegue 
ser fagocitado) → lesão tecidual e rompimento de células → 
neutrófilo tenta fagocitar e não consegue → inflamação 
(dor extrema) → ativação do sistemacomplemento → 
geração de fragmentos C3a e C5a (anafilotoxinas) → tem 
efeitos anafiláticos e quimiotáticos → recrutamento de 
neutrófilos/monócitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AINEs 
Inibem as COX e diminuem o recrutamento de 
neutrófilos e leucócitos (diminui prostaglandinas). 
Também aliviam a dor através da diminuição da 
inflamação 
GLICOCORTICOIDES 
Impedem o recrutamento de neutrófilos → diminui 
fagocitose 
Diminuem a inflamação como um todo (efeito maior 
que os AINEs) 
COLCHICINA 
Liga-se à tubulina, inibindo a sua polimerização e 
impedindo a formação de microtúbulos → inibe a 
divisão celular (visto que os microtúbulos são 
fundamentais para a mitose) 
 Impede a fagocitose pelo neutrófilo, pois inibe 
a geração dos pseudópodes, assim, terá a 
movimentação prejudicada → prejudica ação 
dos neutrófilos na inflamação → diminui dano 
ao tecido 
Muitos efeitos colaterais 
Mielosupressor 
Porque combina AIE e 
AINE? Porque o AINE estará 
diminuindo a inflamação e o 
AIE estará diminuindo a 
migração de células imunes 
para o local (diminuindo o 
dano) 
O objetivo é reduzir o ácido 
úrico circulante, pois, assim, 
menor probabilidade de se 
acumular nas articulações 
**Agentes uricosúricos 
eliminam o ácido úrico da 
corrente sanguínea 
 
5 FARMACOLOGIA 6ª ETAPA – M2 EDUELY TURBINO 
ALOPURINOL 
Utilizado em terapias de longo prazo 
Funciona como falso substrato da xantina-oxidase (XO), assim, não consegue converter hipoxantina em xantina e 
depois em ácido úrico 
 Rota fisiológica correta: hipoxantina (subproduto do metabolismo de síntese de bases nitrogenadas) → 
clivada em xantina pela xantina oxidase → ácido úrico 
 Alopurinol: ao invés de o organismo utilizar a hipoxantina ele utilizará o alopurinol → enzima permanece 
inibida → não ocorre produção de ácido úrico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
FEBUXOSTAT 
Inibidor específico da XO (xantina-oxidase) derivado de ácido tiazolocarboxícilico altamente específico 
Inibe seletivamente tanto a forma oxidada quanto reduzida da XO, por mecanismos competitivos e não competitivos 
Opção promissora aos pacientes com doença renal crônica 
 
OPÇÕES DE TRATAMENTO PARA A GOTA

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