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Fisiologia da tireoide

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BFF2 
Revisando anatomia e fisiologia da 
tireoide: 
• A tireoide é a maior glândula endócrina, com peso 
entre 15-20 gramas em adultos 
• Localiza-se na região anterior do pescoço sobre os 
primeiros anéis traqueais 
• Sua principal função é a produção de quantidades 
adequadas de hormônios tireoidianos (triiodotironina – 
T3 e Tiroxina – T4) para atender as demandas 
periféricas 
• A ausência completa de secreção tireoidiana faz 
com que o metabolismo basal caia para 40 a 50% 
do normal 
• Possui lobos direito e esquerdo e istmo 
• Folículos tireoidianos: tem células epiteliais cuboides 
produtoras de coloide; 
• Componente principal do coloide = tireoglobulina 
(glicoproteína); 
• Célula c – produz calcitonina 
• As células da tireoide são glandulares secretoras de 
ptn 
 
 
Síntese dos hormônios tireoidianos: 
• REG e Golgi sintetizam e secretam para os folículos 
a tireoglobulina (grande glicoproteína); a tireoglobulina 
é formada por vários AAS tirosina 
• O iodo proveniente da alimentação é reduzido a 
iodeto e absorvido no intestino delgado, vai para o 
plasma em direção a tireoide 
• A maior parte do iodeto é excretada pelos rins, mas 
uma parte é usado na síntese de hormônios 
tireoidianos 
• 1 - Captação: a tireoide capta e concentra 
rapidamente o iodeto proveniente do plasma através 
de cotransporte de sódio e iodo 
• A energia para bombear iodeto contra gradiente de 
concentração vem da bomba de Na+ K+ ATPase, 
que bombeia sódio para fora da célula, diminuindo 
sua concentração intracelular e gradiente de difusão 
facilitada para dentro da célula 
• O TSH estimula a atividade da bomba de iodeto nas 
células tireoidianas 
• O iodeto passa da membrana apical da célula, pela 
proteína pendrina (molécula contratransportadora de 
íons cloreto-iodeto), para a região do coloide; e 
quando ele passa as moléculas de tirosina são 
acrescentadas a ele; 
• A tireoide pode ter concentração até 30 vezes 
maior de iodo que o plasma 
• 2 - Oxidação: após sua captação o iodeto é oxidado 
em iodo nascente, que é capaz de se combinar 
diretamente com o AA tirosina (peroxidase ou 
tireoperoxidase – acompanhada de peróxido de 
hidrogênio - auxilia oxidação do iodeto e ajuda iodo a 
se combinar com tirosina); 
• Quando o sistema de peroxidase é bloqueado ou 
quando está hereditariamente ausente das células, a 
formação de hormônios tireoidianos cai a 0 
• Em paralelo, ocorre a formação e secreção da 
tireoglobulina (com AA tirosina) 
• 3 - Organificação da tireoglobulina: fixação do iodo 
oxidado a tireoglobulina (no resíduo tirosina); 
formação de monoiodotirosina (MIT) - se somente 
um iodo for acrescentado a tirosina; formação de di-
iodotirosina (DIT) - se for uma tirosina com 2 iodos 
• 4 - Acoplamento: síntese de HT; a união de 2 
moléculas de DIT forma T4 (tiroxina ou 
tetraiodotironina); a união de 1 molécula de MIT e 1 
molécula de DIT forma o T3 (tri-iodotironina) (forma 
mais potente) 
• A T4 permanece como parte da molécula de 
tireoglobulina 
• Enzima responsável pela oxidação, organificação, 
acoplamento = peroxidase (tireoperoxidase) 
• T3 e T4 se formam no interior da tireoglobulina 
• T3 e T4 ficam presos na tireoglobulina, e esta 
tireoglobulina é captada novamente pela célula por 
endocitose, e enzimas proteolíticas separam T3 e 
T4 da tireoglobulina 
• T3 e T4 livres entram na circulação 
• O que sobrou da molécula de tireoglobulina: iodo é 
retirado pela deiodinase (enzima) e a parte de AAS 
vai ser reaproveitada para nova síntese 
 
• Os hormônios tireoidianos são armazenados nos 
folículos em quantidades suficientes para suprir as 
necessidades normais do organismo por 2 a 3 
meses; por isso, os efeitos fisiológicos de suas 
deficiências somente serão observados meses após 
a redução da produção 
• Deficiência de iodo: hipotireoidismo ex; sintomas 
podem incluir – fadiga, ganho de peso, alterações de 
humor, letargia 
• Bócio: resultante da falta de iodo; 
 
Liberação de T3 e T4 para a circulação 
sanguínea: 
• A maior parte da tireoglobulina não é liberada no 
sangue; ela é clivada formando T4 e T3, que são 
liberados 
• Formação de vesículas de pinocitose (com restos de 
tireoglobulina) a partir de pseudópodos das células 
que cercam porções de coloide; essas vesículas 
penetram pelo ápice da célula 
• Fundição das vesículas com os lisossomos = 
vesículas digestivas com enzimas digestivas do 
lisossomos + coloide 
• Quebra de tireoglobulina pelas proteases 
• Liberação de T3 e T4, em sua forma livre, que se 
difundem pela base da célula tireoidiana, para 
capilares adjacentes 
• Quebra paralela do que restou pela deiodinase 
• Na digestão da tireoglobulina, que causa liberação de 
T3 e T4, as tirosinas iodadas também são liberadas 
das moléculas de tireoglobulina, mas não são 
secretadas para o sangue; seu iodo é clivado pela 
enzima deiodinase, que disponibiliza iodo para a 
reciclagem na glândula e formação de novas 
moléculas de hormônios tireoidianos 
• Alguns MIT e DIT não chegam a formar os 
hormônios, pois são degradados novamente e 
voltam para o processo de produção 
• Iodo restante também é reaproveitado 
• A tireoide normal produz 93% de tiroxina e apenas 
7% de tri-iodotironina 
• A maioria do T3 circulante provem da conversão 
periférica do T4 em T3 por ação das deiodinases 
• O T4 tem ligação mais forte com proteínas 
plasmáticas; o T4 ao entrar na célula, muitas das 
vezes se combina com ptns intracelulares = forma 
de ser armazenado 
• T3 tem ligação mais fraca com ptns, por isso se 
desprende mais facilmente e começa a ser usado 
pelos tecidos 
• A maior parte da atividade biológica dos HT provem 
dos efeitos celulares do T3 
• Maioria do T4, conforme vai sendo liberado mais 
lentamente das ptns do plasma e intracelulares, é 
convertido em T3 pela deiodinase (retira-se 1 átomo 
de iodo) 
• T3 tem afinidade 15x maior aos receptores dos HT 
que o T4 
• T3 possui potência 4-10 vezes maior que o T4 
Transporte de T4 e T3 aos tecidos: 
• Ao entrar no sangue, ocorre a fixação dos HT com 
as proteínas carreadoras sintetizadas pelo fígado 
• TBG = “Tiroxine Binding Globulin” (globulina de 
ligação da tiroxina) – ptn carreadora (principal) 
• Pré-albumina de ligação de tiroxina – ptn carreadora 
• Albumina – ptn carreadora 
• O fato desses hormônios serem carreados acoplados 
a ptns faz com que a metabolização desses 
hormônios seja reduzida 
• Os hormônios vão se desligando dessas ptns e 
entrando nas células conforme a necessidade celular 
• Por eles estarem ligados a ptns tem uma prevenção 
de perda renal desses hormônios e uma liberação 
lenta para os tecidos: T4 = a cada 6 dias – ligação 
mais forte as ptns; T3 = a cada 1 dia – ligação mais 
fraca as ptns 
• Ao penetrar as células, T3 e T4 se ligam a ptns 
intracelulares; a ligação de T4 é mais forte que de 
T3; logo, são armazenadas de novo, nas próprias 
células-alvo, e são usadas, ao longo de dias ou 
semanas 
Ação dos hormônios tireoidianos tem inicio 
lento e longa duração: 
• Após injeção de grande quantidade de tiroxina, 
praticamente não se detectam efeitos sobre o 
metabolismo durante 2/3 dias, demonstrando seu 
longo período de latência antes do início de sua 
atividade 
• As ações de T3 ocorrem mais rápido do que as de 
T4, com período de latência menor 
• A latência e prolongado período de ação desses 
hormônios se devem a suas ligações com ptns 
(plasma/ células), seguidas por sua lenta liberação 
Mecanismo de feedback hipotálamo-
hipófise-tireoide: 
• O hipotálamo produz o TRH (hormônio liberador de 
tireotrofina), que chega a hipófise e se liga aos seus 
receptores na membrana dos tireotrofos, 
estimulando a síntese e liberação do TSH 
(tireotropina) 
• O TRH se liga a receptores de TRH na membrana 
das células hipofisárias, o que ativa o sistema de 2º 
mensageiro da fosfolipase, produzindo grande 
quantidade de fosfolipase C, que seguido pelacascata 
de outros 2º mensageiros leva a liberação de TSH 
• O TSH é liberado de forma pulsátil 
• O TSH atua na tireoide estimulando a produção de 
T3 e T4, que podem inibir a própria hipófise na 
produção de TSH como também o hipotálamo na 
produção de TRH 
• Alta produção de T3 e T4 = produção baixa de 
TRH e TSH 
• Exposição ao frio estimula a produção de hormônios 
tireoidianos: efeito resulta da excitação dos centros 
hipotalâmicos de controle da TE corporal; aumento 
da liberação de TRH; estímulo a produção e 
liberação de TSH; aumento do metabolismo basal 
• Agitação e ansiedade – estimulam sistema nervoso 
simpático – causam redução aguda da secreção de 
TSH – aumentam metabolismo e TE corporal 
• Seccionamento do pedúnculo hipofisário bloqueia 
efeitos emocionais e do frio, pois são mediados pelo 
hipotálamo 
 
• TSH – se liga ao seu receptor de membrana na 
célula folicular da tireoide estimulando o sistema 
ptnG/adenilciclase/AMPc causando seus principais 
efeitos 
 
• Principais efeitos do TSH: 
• Aumento da proteólise da tireoglobulina – quebra 
leva a liberação de T3 e T4 no sangue 
• Aumento da atividade da bomba de iodeto que 
aumenta a captação de iodeto pelas células 
glandulares – organificação da tireoglobulina 
• Aumento da iodização da tirosina 
• Aumento do tamanho e da atividade secretora das 
células tireoidianas; 
• Aumento do número de células tireoidianas; 
 
• Doença na tireoide que faz com que produza pouco 
hormônio tireoidiano: T4 e T3 diminuidos no plasma 
= TSH aumenta = para tentar estimular a tireoide a 
produzir mais = aumento de tamanho da tireoide 
mesmo ela não conseguindo produzir 
(hipertireoidismo) 
 
• A glândula tireoide secreta T3 e T4 
• Os hormônios tireoidianos penetram nos neurônios 
hipotalâmicos inibindo liberação hipotalâmica de TRH 
(feedback negativo) 
• Os hormônios tireoidianos também inibem 
diretamente a hipófise, reduzindo a secreção de 
TSH 
• Assim, quando a produção hormonal tireoidiana está 
baixa, o aumento do TRH e TSH estimula a 
produção de T3 e T4 
• Quando a produção hormonal tireoidiana está alta, há 
diminuição do TRH e TSH para inibir a produção de 
T3 e T4 
 
 
Funções dos hormônios tireoidianos: 
• Ação nos receptores nucleares: 
• Aumenta a transcrição de genes; 
• Aumenta a atividade funcional em todo organismo 
através da produção de ptns principalmente 
 
• Metabolismo das gorduras: 
• Aumento da depleção das reservas de gordura 
(diminui) 
• Reduz concentrações de colesterol, TAG, 
fosfolipídios no plasma; 
• Aumento da concentração de ácidos graxos livres, 
pois são metabólitos finais do metabolismo das 
gorduras – isso acelera sua oxidação pelas células 
• Redução dos níveis de colesterol, fosfolipídios e TAG 
– pois ocorre catabolismo desses compostos, pra 
liberar ácidos graxos livres; aumento da secreção de 
colesterol na bile – outra forma de reduzir o 
colesterol 
 
• Metabolismo dos carboidratos: 
• Aumento da captação de glicose; 
• Glicólise acentuada; 
• Gliconeogênese aumentada; 
• Aumento da absorção gastrointestinal; 
• Aumento da secreção de insulina 
 
• Aumento da taxa de metabolismo basal 
• Alteração no apetite – HT aumenta 
• Aumento da rapidez do raciocínio e capacidade de 
concentração 
• Estimula reflexos tendinosos e a capacidade de 
contração muscular 
• Aumentam a reabsorção óssea 
• Efeito sobre crescimento (principalmente em 
crianças) – hiertireoidismo – crianças crescem muito, 
e precocemente, mas ossos se maturam mais 
rápido = altura final do adulto pode ser reduzidas 
• Produção de crescimento e desenvolvimento do 
cérebro na vida fetal e primeiros anos de vida 
• Necessidade aumentada de enzimas pelos HT, pois 
muitas enzimas corporais aumentam e precisam de 
vitaminas que atuem como enzimas/ cofatores 
H. tireoidianos ativam receptores nucleares: 
• Receptores de hormônio tireoidiano estão ligados as 
fitas de DNA; ao se ligarem ao h. tireoidiano, os 
receptores são ativados e iniciam o processo de 
transcrição = formação de RNAm, que são 
traduzidos nos ribossomos citoplasmáticos, formando 
novas ptns intracelulares 
• Hormônios tireoidianos parecem ter efeitos celulares 
que são independentes de seus efeitos na 
transcrição gênica: 
• Alguns efeitos dos hormônios ocorrem rápido para 
serem explicados pela síntese proteica ocorra e não 
serem inibidos pela transcrição/tradução gênica; isso 
ocorre no coração, hipófise e tecido adiposo 
• Ações não genômicas do hormônio: regulação de 
canais iônicos, fosforilação oxidativa, ativação de 2º 
mensageiros (como AMPc ou cascata de sinalização 
de proteinocinases) 
 
HT aumentam a atividade metabólica 
celular: 
• Metabolismo basal aumenta 
• velocidade de utilização dos alimentos para produção 
de energia é elevada; a velocidade de síntese/ 
catabolismo proteico aumentam; estimulação de 
processos mentais e atividades das outras glândulas 
endócrinas 
• T4 aumenta o número e atividade das mitocôndrias, 
o que aumenta a formação de ATP para fornecer 
energia para funções celulares 
• Um dos mecanismos que o hormônio tireoidiano usa 
para aumentar o metabolismo corporal é através do 
aumento da bomba de Na+ K+ ATPase 
• Os HT aumentam a permeabilidade da MP das 
células aos íons sódio, o que aumenta a ativação da 
bomba de sódio e produção de calor 
Funções dos hormônios tireoideanos: 
• Aumentam a transcrição de um grande número de 
genes levando a ativação de enzimas que aumentam 
o metabolismo basal (atividade da bomba de Na+ e 
K+) 
• Aumentam o número e a atividade das mitocôndrias 
• Promovem necessidade aumentada de vitaminas, já 
que estas são substrato para formação de enzimas 
• Promovem redução de peso corporal (quantidades 
elevadas) 
• Promovem vasodilatação na maioria dos tecidos 
levando a um aumento do fluxo sanguíneo – falta de 
O2 nos tecidos leva a vasodilatação nos tecidos 
Função dos HT nos tecidos: 
• Vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo – por 
conta de aumento de metabolismo, o que requer 
utilização mais rápida de O2; o fluxo sanguíneo na 
pele aumenta = perda de calor 
• Aumento da frequência cardíaca (FC) – HT tem 
efeito direto sobre a excitabilidade cardíaca 
• Aumento do volume sanguíneo 
• Aumento do débito cardíaco (DC) 
• Força do batimento cardíaco: pequenos aumentos 
do HT (aumento da força do coração); grandes 
aumentos do HT (diminuição da força, pois 
prepondera catabolismo proteico, tendo pouca ptn 
naquele tecido) 
• Pressão arterial – pode aumentar com o aumento 
da FC e DC; pressão de pulso frequentemente 
aumenta devido ao maior fluxo sanguíneo pelos 
tecidos; 
• Aumento da respiração: metabolismo aumentado 
aumenta a utilização de oxigênio e formação de 
CO2 = ativam mecanismos que aumentam 
frequência e profundidade da respiração 
• Aumento da motilidade gastrointestinal: aumento da 
produção de secreções digestivas; hipertireoidismo = 
diarreia; hipotireoidismo = constipação 
• Efeitos excitatórios sobre SNC: o HT aumenta a 
velocidade de pensamento, mas também o dissocia; 
• Efeito sobre a função muscular: leves aumentos 
fazem com que o músculo reaja com vigor, mas 
quando a quantidade de hormônio fica excessiva os 
músculos enfraquecem por conta do catabolismo 
proteico; a falta de HT torna músculos vagarosos, 
que relaxam 
• Tremor muscular: atividade aumentada de sinapses 
neuronais nas áreas da medula espinal que controlam 
tônus muscular 
• Efeito sobre o sono: efeito exaustivo sobre 
musculatura e SNC = cansaço constante 
• Efeito sobre outras glândulas endócrinas: elevação 
do HT aumenta secreção de outras glândulas 
endócrinas, e aumenta as necessidades teciduais 
pelos hormônios; ex: aumento de T4 = aumento de 
metabolismo da glicose = elevação da secreção de 
insulina pelo pâncreas; aumenta a necessidade do 
PTH; aumenta a inativação de glicocorticoides 
adrenais pelo fígado – leva a elevação, por 
feedback,de ACTH, que aumenta secreção de 
glicocorticoides 
• Efeito do HT sobre função sexual: homens: excesso 
– impotência, falta – perda de libido; mulheres: falta 
– menorragia e polimenorreia, falta – ciclos 
menstruais irregulares e até mesmo amenorreia, 
perda de libido 
Hipo/hipertireoidismo: 
• Hipotireoidismo: 
• Fadiga; cansaço; sensibilidade ao frio; tendência a 
depressão; ganho inexplicável de peso; inchaço no 
rosto/ face infiltrada (mixedema); dores e rigidez 
musculares; cabelo fraco, seco, queda de cabelo; 
perda de memória; prisão de ventre; aumento do 
TSH; colesterol e triglicerídeos muito altos – pode 
levar a doença aterosclerótica se não for tratado; 
pele ressecada e áspera; raciocínio lento; rouquidão 
– comum pois tecidos ficam edemaciados; fraqueza 
muscular; ritmo cardíaco mais lento; 
• Mixedema: quantidade aumentada de acido 
hialurônico e sulfato de condroitina, ligados a ptns, 
forma excesso de gel tecidual nos espaços 
intersticiais; edema é deprimível 
• Bócio coloide endêmico causado por deficiência de 
iodo: falta de iodo impede produção de T3 e T4 = 
não há hormônios para inibir a produão de TSH, que 
passa a ser excessiva; TSH estimula as células 
tireoidianas a secretar grande quantidade de coloide 
da tireoglobulina nos folículos e a glândula torna-se 
cada vez maior; porém devido a falta de iodo, a 
produção de T3 e T4 não ocorre 
 
• Hipertireoidismo: na maioria dos pacientes a tireoide 
aumenta; cada célula aumenta sua secreção por 
muitas vezes; 
• Causas do hipertireoidismo: bócio tóxico, 
tireotoxicose, Doença de Graves 
• Perda de peso repentina (devido ao alto 
metabolismo); taquicardia; ansiedade; irritabilidade e 
nervosismo; aumento de apetite; tremor nas mãos – 
aumento de atividade nas sinapses que controlam o 
tônus muscular; redução da sudorese; intolerância ao 
calor; queda de cabelo; fraqueza muscular e fadiga – 
catabolismo excessivo; dificuldade para dormir – 
insônia; olhos arregalados (protusão dos globos 
oculares = exoftalmia); intestino solto; agitação; muita 
energia, apesar de muito cansaço; menstruação 
irregular 
• A exoftlamia pode provocar estiramento do nervo 
óptico, comprometendo a visão 
• Olhos também são lesados pois não se fecham 
completamente quando a pessoa pisca/dorme = 
superfícies epiteliais dos olhos ficam ressecadas, 
irritadas e infectadas = ulceração da córnea 
• Causa da protusão ocular = edema dos tecidos 
retro-orbitais e alterações degenerativas nos 
músculos extraoculares 
 
• Hipertireoidismo – doença de Graves – forma de 
hipertireoidismo mais comum; é uma doença 
autoimune na qual anticorpos (imunoglobulinas 
estimulantes da tireoide – TSIs) contra receptores 
de TSH se ligam a estes receptores ativando os 
mesmos e promovendo o aumento da produção de 
hormônios tireoidianos; 
• Pode ocorrer aumento da glândula – pois células da 
glândula estão produzindo muitos hormônios; 
• TSH diminui (suprimido pelo excesso de T3 e T4); 
• Olhos arregalados, dor de cabeça, suor, inchaço na 
garganta, palpitações cardíacas, náuseas e diarreia, 
perda de peso, tremor, menstruação irregular, 
fraqueza muscular 
 
• Hipotireoidismo – doença de Hashimoto – principal 
forma de hipotireoidismo; 
• É uma doença auto-imune na qual são produzidos 
anticorpos contra células tireoidianas e ocorre a 
destruição do tecido glandular com redução da 
produção hormonal; 
• A tireoide da maioria desses pacientes apresenta 
tireoidite autoimune = inflamação da tireoide; 
• TSH aumentado 
 
• Diferença entre hipertireoidismo e hipotireoidismo: 
• Hipotireoidismo: PODE haver aumento da tireoide 
por conta da deficiência de iodo, por ex; ou seja, 
nem sempre a glândula vai estar diminuída, é variável 
• Hipertireoidismo: glândula aumentada 
 
• Cretinismo: 
• Hipotireoidismo extremo em fetos, bebês ou 
crianças; 
• Pode resultar da ausência congênita da tireoide, sua 
incapacidade de produzir hormônio tireoidiano devido 
a defeito genético ou da ausência de iodo na dieta 
• Ocorre deficiência do crescimento corporal e retardo 
mental 
• OBS.: hormônios tireoidianos são importantes no 
desenvolvimento fetal, e logo após o nascimento no 
desenvolvimento cerebral do bebe; durante a 
gravidez os fetos recebem hormônios tireoidianos da 
mãe, pois passam pela placenta; mas se depois que 
nascer, a criança que não possuir tireoide ou tiver 
lesão nela = danos cerebrais, podendo causar 
retardos mentais e uma deficiência no crescimento 
Fisiologia das adrenais: 
• Córtex suprarrenal tem origem mesodérmica; 
medula tem origem neuroectodérmica 
• Glândulas suprarrenais tem de 5 a 8g 
• Medula produz principalmente adrenalina e 
noradrenalina, estando sob controle do SNS 
• Córtex está sob controle do eixo hipotálamo-
adenohipófise e secreta corticoesteroides 
(mineralocorticoides, glicocorticoides e andrógenos) 
• Zona glomerulosa – constitui 15% do córtex adrenal, 
produz (aldosterona) mineralocorticoides; 
• Zona fasciculada – constitui 75% do córtex; produz 
glicocorticoides (cortisol); 
• Zona reticulada – produz androgênios 
(desidroepiandrosterona – DHEA – pouca ação nos 
homens) 
 
• Fibra pré-ganglionar simpática chega na medula 
adrenal, estimulando a produção de adrenalina e 
noradrenalina 
• Adrenalina, efeitos: aumento da pressão arterial e 
taquicardia; aumento do débito cardíaco; aumento da 
glicemia e lipólise; broncodilatação; midríase; redução 
dos movimentos do TGI; redução da micção 
• Corticoides exógenos: medicação que pode inibir 
cortisol que é produzido normalmente na zona 
fasciculada 
 
• Hormônios do córtex adrenal: 
• Derivados do colesterol 
• Células do córtex sintetizam pequena quantidade de 
colesterol a partir do acetato 
• 80% do colesterol usado para a síntese dos 
esteroides é dado por LDL no plasma circulante 
• O ACTH estimula a síntese de esteroides adrenais; 
ele aumenta o numero de receptores de LDL nas 
células adrenocorticais, e a atividade de enzimas que 
liberam o colesterol da LDL 
• O ACTH estimula as células adrenocorticais a 
produzir esteroides por aumentar o AMPc, que ativa 
enzimas intracelulares que causam formação de 
hormônios adrenocorticais 
• A etapa limitante de produção de todos os 
hormônios adrenocorticais: conversão do colesterol 
em pregnolona a partir da enzima proteinocinase A, 
estimulada pelo ACTH 
 
• Os hormônios adrenocorticais se ligam a ptns 
plasmáticas: 
• Serve como reservatório para diminuir as rápidas 
flutuações nas concentrações de hormônios libres; 
também ajuda a garantir distribuição relativamente 
uniforme dos hormônios adrenais aos tecidos 
 
• Os hormônios adrenocorticais são metabolizados no 
fígado: 
• Esteroides adrenais são degradados pelo fígado e 
conjugados, formando ácido glicurônico e sulfatos; 
• Os conjugados (substancias inativas) vão para a 
circulação (são solúveis) e são filtrados pelos rins e 
excretados na urina; parte deles são eliminados na 
bile/fezes 
• Doenças hepáticas reduzem acentuadamente a 
inativação dos hormônios adrenocorticais, e doenças 
renais reduzem a excreção dos conjugados inativos 
 
• Dependência do ACTH: 
• Zona glomerulosa ---- ACTH “independente” (o 
ACTH tem efeito mais discreto sobre essa região) – 
pois existem outros estímulos nessa região; ACTH 
não é principal estimulador da produção de 
aldosterona 
• ACTH tem ação maior sobre zonas fasciculada e 
reticulada (ACTH dependentes) 
• Hipotálamo produz a secreta CRH, indo para a 
hipófise anterior, onde há a produção do ACTH, que 
vai pela corrente sanguínea até o córtex adrenal, 
estimulando a produção principalmente de cortisol e 
androgênios, mas também de aldosterona 
 
• Síntese e secreção de ACTH em associação ao 
hormônio melanócito-estimulante, lipotropina e 
endorfina: 
• Quando o ACTH é secretado na hipófise anterior, 
hormônios com estruturas químicas semelhantes são 
secretados simultaneamente 
• Issoocorre pois o gene transcrito para formar a 
molécula de RNA que causa a síntese de ACTH, 
inicialmente forma um pré-pró-hormonio chamado 
pro-opiomelanocortina (POMC) 
• O POMC é precursor do ACTH, e peptídeos como 
o hormônio melanócito-estimulante (MSH), beta-
lipotropina, beta-endorfina 
• Na doença de Addison, por ex, a secreção de ACTH 
está elevada, podendo aumentar os hormônios 
derivados do POMC 
• Nos melanócitos presentes entre a derme e 
epiderme o MSH estimula a formação de melanina 
• A baixa produção de aldosterona e cortisol pode 
levar ao aumento da produção de ACTH e MSH 
• O próprio ACTH pode agir em receptores do MSH, 
levando a pigmentação em áreas que geralmente 
não são pigmentadas 
• É provável que ACTH seja mais importante que 
MSH na determinação de quantidade de melanina na 
pele, por conta de sua maior secreção 
• Pigmentação da pele e mucosas na insuficiência 
adrenal primaria: elevando a ACTH – por ação do 
ACTH e MSH = deposição de melanina = machas 
escuras 
 
 
 Aldosterona (mineralocorticoide): 
• Efeitos da aldosterona: aumento da reabsorção de 
Na+ e H2O e secreção de K+ pelas células epiteliais 
tubulares renais; aumento da volemia; aumento da 
pressão arterial; aumento da excreção de K+ e H+ 
(eliminados na urina) 
• A secreção de íons H+ ocorre em troca pelo sódio, 
nas células intercaladas dos túbulos corticais 
• Excesso de aldosterona = baixa de K+ e H+ no 
LEC; baixa de H+ = alcalose metabólica; aumento da 
quantidade total de sódio 
• Falta de aldosterona = acidose metabólica 
• Diminuição da pressão arterial, volume sanguíneo e 
sódio dietético estimula a produção de renina, que 
causa a estimulação do sistema renina-angiotensina, 
para restaurar o volume sanguíneo 
• Aldosterona alta inibe a renina 
• Sem os mineralocorticoides, a concentração de K+, 
no LEC, se eleva acentuadamente, Na+ e Cl- são 
rapidamente eliminados do organismo, e os volumes 
do LEC e sangue são reduzidos = redução do DC + 
desidratação extracelular grave = levam ao choque 
circulatório (morte pode ocorrer em poucos dias) 
 
• O excesso de aldosterona aumenta o volume do LEC e 
pressão arterial mas apresenta pequeno efeito sobre 
a concentração plasmática de sódio: quando o sódio é 
reabsorvido pelos túbulos ocorre a absorção 
osmótica de quantidade quase equivalente de água; 
além disso, pequenos aumentos da concentração de 
sódio no LEC estimulam a sede e o aumento da 
ingestão hídrica = volume do LEC aumenta tanto 
quanto a quantidade de sódio retido 
• A elevação da pressão arterial aumenta a excreção 
renal de sal e água = natriurese de pressão e 
diurese de pressão 
• A normalização da excreção de sal e água pelos rins 
como resultado da natriurese e diurese de pressão é 
o escape de aldosterona; porém, o indivíduo ainda 
apresentará hipertensão enquanto ele estiver 
exposto a altos níveis de aldosterona 
 
• O excesso de aldosterona causa a perda de íons K+, 
e além disso estimula o transporte de K+ do LEC 
para a maioria das células do organismo = intensa 
redução da concentração plasmática de potássio = 
hipocalemia = fraqueza muscular grave, por conta de 
alteração da excitabilidade elétrica das membranas 
das fibras nervosas e musculares, impedindo a 
transmissão normal dos P.A. 
• A deficiência de aldosterona pode resultar na 
elevação de K+ para valores acima do normal no 
LEC = toxicidade cardíaca = diminuição da força de 
contração + arritmias; concentrações 
progressivamente maiores de potássio podem levar 
a insuficiência cardíaca 
 
• Efeito da aldosterona nas glândulas sudoríparas e 
salivares e células intestinais: 
• A aldosterona aumenta a reabsorção de cloreto de 
sódio (produzido nas glândulas), e a secreção de 
potássio pelos ductos excretores 
• Glândulas sudoríparas – importante para conservar 
sal corporal em TE quentes 
• Glândulas salivares – importante para conservar sal, 
quando se perde grande quantidade de saliva 
• A aldosterona estimula a absorção intestinal de sódio, 
impedindo sua perda nas fezes; na ausência de 
aldosterona a absorção de sódio pode ser 
insuficiente, levando a incapacidade de absorver 
cloreto de sódio e água = diarreia 
 
• Mecanismo celular de ação da aldosterona: 
• A aldosterona se difunde para o interior das células 
epiteliais tubulares 
• No citoplasma dessas células, a aldosterona se 
combina a receptores mineralocorticoidoes proteicos 
• O complexo aldosterona-receptor ou um produto 
desse complexo se difunde para o núcleo, induzindo 
o DNA a formar RNAm, relacionados com o 
processo de transporte de sódio e potássio 
• O RNAm age em conjunto com o ribossomos, 
formando ptns; as ptns em conjunto são necessárias 
para o transporte de sódio, potássio e hidrogênio, 
através da MP 
• O sódio do lúmen tubular entra na célula tubular 
renal através de canais de sódio (ENAC) 
• Então, o sódio é bombeado para fora da célula pelas 
bombas de sódio e potássio (estimuladas pela enzima 
adenosina trifosfatase sódio-potássio), das 
membranas basolaterais 
• Assim, a aldosterona não apresenta efeito maior 
imediato sobre o transporte de sódio 
• Existem medicamentos que bloqueiam ENAC, 
bloqueando o efeito da aldosterona 
• A espironolactona inibe a ligação da aldosterona com 
seu receptor, bloqueando seus efeitos – pode ser 
usado no hiperaldosteronismo 
 
 
• Regulação de secreção de aldosterona: 
• 1 – elevação de K+ no LEC aumenta muito a 
secreção de aldosterona 
• 2 – Elevação de angiotensina 2 no LEC aumenta 
acentuadamente a secreção de aldosterona 
• 3 – A elevação da concentração de íons Na+ no 
LEC reduz muito pouco a secreção de aldosterona; 
a hiponatremia estimula a secreção 
• 4 - O ACTH é necessário para a secreção de 
aldosterona, mas tem pequeno efeito sobre o 
controle de secreção 
• A concentração de K+ e o sistema renina-
angiotensina no liquido extracelular são os fatores 
mais importantes na regulação da secreção de 
aldosterona! 
• A angiotensina 2 causa a hipertrofia especificamente 
da zona glomerulosa, sem exercer efeito sobre 
outras zonas 
 
• Quando a ingestão de sódio e volume do LEC são 
reduzidos, a angiotensina 2 estimula a secreção de 
aldosterona 
• Caso a formação da angiotensina 2 seja bloqueada 
pelo inibidor da ECA, haverá redução da 
concentração plasmática de aldosterona (sem alterar 
significativamente o colesterol) 
• OBS.: a ausência total de ACTH pode reduzir 
significativamente a secreção de aldosterona 
 
 
• Hiperaldosteronismo: 
• Primário: causa mais comum (75%) – adenoma 
(tumor benigno) unilateral hipersecretante – 
síndrome de Conn; critério diagnóstico – redução 
plasmática de renina 
• Secundário: ocorre em decorrência de doenças 
como a insuficiência hepática – diminuição da 
metabolização de mineralocorticoides = mais 
aldosterona circulante 
• Quadro clínico: hipertensão arterial; hipervolemia – 
edema; hipopotassemia.; alcalose metabólica; efeito 
do primário – paralisia muscular ocasional por conta 
de hipocalemia 
• Tratamento – cirúrgico – retira-se parte da 
suprarrenal caso encontre o tumor que está 
causando o aumento; espironolactona – bloqueio dos 
receptores de aldosterona 
• O hiperaldesteronismo primário está presente em 
mais de 10% do pacientes hipertensos 
• Mais prevalente em hipertensos de difícil controle 
• Uma minoria apresenta hipocalemia (geralmente mais 
tardia) 
• O rastreio deve ser realizado em hipertensos com 
hipocalemia espontânea ou provocadas por 
diuréticos, hipertensos resistentes e hipertensos com 
tumor abdominal 
• A relação aldosterona/ renina plasmática > ou igual 
30 com aldosterona > 15 sugerem diagnóstico 
• A confirmação é feita com dosagem de aldosterona 
após aporte de sódio 
• Após confirmação, prosseguir com exame de 
imagem 
 
• Hipoaldosteronismo: 
• Lesão das adrenais – insuficiência suprarrenal 
primária 
• 80% auto-imune 
• Quadro clínico: hiper-potassemia; hiponatremia;hipovolemia; acidose; hipotensão arterial 
 
 Glicocorticoides: 
• 95% da atividade glicocorticoide resulta da secreção 
de cortisol (hidrocortisona) 
• Estímulos para sua produção: luz solar, hipoglicemia, 
estresse emocional e/ou físico 
• Cortisol pode inibir hipotálamo (na produção de CRH) 
ou hipófise (na produção de ACTH) 
• Pico de cortisol costuma ser pela manhã: mais baixos 
no final da noite; horário em que se mais tem infarto 
é pela manhã – pode se relacionar com esse pico 
do cortisol 
• Corticoide é como se fosse um cortisol exógeno, 
podendo inibir hipotálamo/hipófise, logo, a adrenal 
começa a produzir pouco; e o uso prolongado do 
medicamento pode causar uma insuficiência da 
suprarrenal 
• O stress estimula hipotálamo na produção de CRH, 
que estimula hipófise a produzir ACTH 
• A secreção de cortisol é controlada pelo ACTH 
• Cortisol (lipossolúvel) ao entrar na célula se liga a 
receptor no citoplasma, e o complexo hormônio-
receptor entra no núcleo, se liga ao DNA, ocorrendo 
transcrição para RNAm, vai ter tradução, formando 
ptns, e essas ptns vao realizar uma série de 
atividades ligadas a ação desse hormônio 
 
• Efeitos dos glicocorticoides no metabolismo glicídico: 
• Estimulam gliconeogênese de AAS em glicose (na 
célula hepática), logo, promovem catabolismo 
proteico muito grande; 
• O cortisol aumenta as enzimas que convertem AAS 
em glicose pelas células hepáticas; 
• Aumentam a glicemia através da gliconeogênese; 
• Aumentam a resistência a insulina (principalmente no 
tecido adiposo e músculo esquelético) – menos 
glicose entra nas células – efeito diabetogênico – 
tendência a hiperglicemia 
• Essa resistência a insulina ocorre por conta do efeito 
dos glicocorticoides de induzir aumento de ácidos 
graxos livres, que podem prejudicar a ação da 
insulina nos tecidos; 
• Diabetes adrenal – a insulina reduz apenas 
moderadamente a glicemia (menos que na diabetes 
pancreática) por conta da resistência à insulina 
 
• Metabolismo proteico: : 
• Redução de depósitos de ptns nas células, exceto no 
fígado = redução da síntese de ptns e maior 
catabolismo proteico 
• Cortisol reduz a formação de RNA e síntese proteica 
nos tecidos extra-hepáticos, especialmente músculos 
e tecidos linfoides 
• Excesso de cortisol = músculos fracos + funções 
imunológicas reduzidas 
• Ptns plasmáticas e hepáticas se elevam 
• Maior utilização de AAS pelo fígado = maior 
desaminação de AAS, aumento da síntese proteica, 
maior formação de ptns plasmáticas, aumento da 
gliconeogênese 
• Osso – redução da matriz óssea, com colágeno - 
osteoporose, fraturas espontâneas, parada de 
crescimento; 
• Musculo esquelético – redução de ptns do musculo 
- fraqueza muscular, invalidez; 
• Celular subcutâneo – mais pobre em colágeno – 
rugas, flacidez, estrias violáceas (abdômen em 
avental) 
 
• Metabolismo lipídico: 
• Mobiliza ácidos graxos do tecido adiposo = aumento 
da concentração de ácidos graxos livres no plasma – 
aumenta sua utilização para produção de energia 
• Aumento da oxidação de ácidos graxos nas células 
• Alta produção de cetoácidos; 
• Lipólise (membros superiores e inferiores); 
• Efeito lipogênico central; 
• Alteração na distribuição lipídica; 
• Obesidade centrípeta 
• Obesidade centrípeta e abdômen em avental: 
aumento do apetite; efeito lipogenico central; estrias 
violáceas; giba com acúmulo de gordura (giba de 
búfalo) 
• Hipercorticolismo: abdômen em avental e estrias 
violáceas; pletora – pessoa fica mias corada pois 
cortisol aumenta a produção de hemácias; face de 
lua cheia – acúmulo de gordura facial; 
 
• Resistência ao estresse: 
• Estresse físico ou neurogênico estimula secreção de 
ACTH, que causa grande aumento na secreção 
adrenocortical de cortisol 
• Estímulos dolorosos causados por estresse físico ou 
lesões teciduais são transmitidos pelo tronco cerebral 
para a eminência mediana do hipotálamo, onde o 
CRH é secretado para o sistema porta-hipofisário 
• Trauma; infecção; calor ou frio intensos; injeção de 
norepinefrina e outros fármacos simpaticomiméticos; 
cirurgia; injeção de substancias necrosantes sob a 
pele; restrição dos movimentos; doença debilitante = 
aumentam liberação de cortisol 
 
• Metabolismo do cálcio: 
• Cortisol diminui absorção intestinal de cálcio e 
aumenta eliminação renal 
• Paratireoides produzem PTH; quando o cálcio sérico 
da pessoa cai, as paratireoides atuam produzindo 
PTH, aumentando a atividade osteoclástica, 
provocando a desmineralização óssea, normalizando 
a calcemia 
• O catabolismo proteico diminui síntese do colágeno 
(componente fundamental da matriz óssea) 
 
• Raquitismo (crianças): redução da mineralização 
óssea; pode causar deformidades pois o osso que foi 
afetado estava em crescimento 
• Osteomalácia (adultos): fraturas espontâneas; fratura 
de repetição; fratura de estresse; fraturas com baixo 
impacto 
• Efeitos nos SNC: cortisol tem efeito euforizante; 
efeito antidepressivo; dependência; psicose; insônia 
• Sistema cardiovascular: aumento da atividade 
adrenérgica; efeito mineralocorticoide – cortisol pode 
se ligar aos receptores de mineralocorticoide – 
aumentando a pressão; efeito aterogênico e 
trombogênico (aumenta a produção de hemácias e 
plaquetas); aumento do risco de aterosclerose/ risco 
cardiovascular 
• Sistema digestivo: redução do muco gástrico; 
aumento da secreção de HCl; efeito ulcerogênico; 
ulceras de stress; ulceras silenciosas 
 
• Lipídios da MP, sob ação da fosfolipase a2 pode 
provocar degradação do ácido araquidônico, que pela 
via da enzima lipoxigenase leva a produção de 
leucotrienos; 
• E na via da ciclooxigenase leva a produção de 
prostaglandinas (protetoras na mucosa gástrica); 
• Cortisol e corticoides exógenos bloqueiam a 
degradação de ácido araquidônico, bloqueando a 
formação de prostaglandinas = efeito ulcerativo e 
anti-inflamatório (pois leucotrienos e prostaglandinas 
estão envolvidos diretamente na inflamação, fazendo 
vasodilatação dos tecidos (prostaglandinas); 
• Leucotrienos se relacionam com asma, 
broncoconstrição 
 
• Efeito anti-inflamatório: 
• A administração de grande quantidade de cortisol 
pode bloquear a inflamação 
 
• A inflamação tem 5 estágios: 
• 1 - liberação pelas células de tecidos lesados de 
substancias que ativam a inflamação - histamina, 
prostaglandinas, leucotrienos, enzimas proteolíticas, 
bradicinina; 
• 2 - aumento do fluxo sanguíneo na área inflamada = 
eritema; 
• 3 - extravasamento de plasma do capilar para áreas 
lesadas, por conta do aumento da permeabilidade 
capilar, seguido por coagulação do liquido tecidual, 
formando edema não deprimível; 
• 4 - infiltração da área por leucócitos; 
• 5 - após dias/semanas crescimento de tecido fibroso 
que contribui para processo regenerativo 
• Quando o cortisol é injetado, ele atua bloqueando 
inicio da inflamação, ou se a inflamação já começou, 
ele aumenta a velocidade de regeneração 
 
• Efeitos do cortisol na prevenção da inflamação: 
• 1 - Estabiliza a membrana dos lisossomos – a maior 
parte das enzimas proteolíticas liberadas por células 
lesadas que provocam inflamação são liberadas em 
quantidades reduzidas, pois ficam armazenadas 
principalmente nos lisossomos 
• 2 - Reduz a permeabilidade dos capilares – diminuir 
chegada de substancias pro inflamatórias para tecido; 
impede perda de plasma para tecidos 
• 3 - Reduz a migração de leucócitos para a área 
inflamada e a fagocitose das células lesadas – 
resultam do efeito do cortisol de diminuir formação 
de leucotrienos e prostaglandinas, que aumentam 
vasodilatação, permeabilidade capilar e mobilidade dos 
leucócitos 
• 4 – Suprime sistema imune, reduzindo 
acentuadamente a reprodução de linfócitos – menor 
quantidade de linfócitos T e anticorpos na área 
inflamada reduz reações teciduais que promovem 
inflamação 
• 5 - Atenua a febre por reduzir a liberaçãode 
interleucina 1 a partir dos leucócitos – um dos 
principais estimuladores do sistema de controle 
hipotalâmico de TE (IL-1); a diminuição da TE reduz a 
vasodilatação 
• O cortisol previne o choque ou morte na anafilaxia 
 
• Efeitos sobre células sanguíneas e imunidade em 
doenças infecciosas: 
• Cortisol diminui eosinófilos e linfócitos no sangue; 
logo, produção de anticorpos dessa pessoa está 
reduzida (linfócito B estimula produção de anticorpos 
e linfócito T atua diretamente na defesa); 
• Depleção de linfócitos atrapalha sistema imunológico; 
neutrófilos aumentam sob ação de cortisol; logo, o 
cortisol pode causar um aumento total do número 
de leucócitos, principalmente sob a custa de 
neutrófilos, mas eosinófilos e linfócitos ficarão 
reduzidos; 
• E mesmo as células aumentadas não funcionam bem 
pois o cortisol inibe a fagocitose e inibe a migração 
dos leucócitos para o sítio inflamado – impede que 
organismo fique continuamente inflamado mas reduz 
um pouco a capacidade de defesa; OU SEJA = 
linfopenia, neutrofilia com perda de função, redução 
da anticorpogênese, redução da imunidade 
• Linfocitopenia ou eosinopenia = critério diagnóstico 
importante para superprodução de cortisol pelas 
adrenais 
• Efeitos nas células vermelhas: 
• Elevação das hemácias (pletora); aumento das 
plaquetas – aumento da agregação plaquetária – 
efeito trombogênico 
• A interrupção de secreção de cortisol resulta em 
anemia 
 
• Imunodepressão: 
• Resulta de pacientes com excesso de cortisol ou que 
tomem corticoide exógeno em excesso 
• Deficiência na capacidade de lutar contra 
microorganismos 
• Infecção oportunista (candidíase de orofaringe) – 
infecção que não aconteceria em uma pessoa 
hígida, mas quando a imunidade esta prejudicada, 
este germe que normalmente não causaria uma 
infecção está causando; pano branco; tratamento – 
anti-fúngico 
• Diabetes e HIV interferem no sistema imunológico; 
pacientes reumatológicos – inflamação dos tecidos 
exacerbada – doenças autoimunes – produção de 
anticorpos levando a lesão tecidual – deve-se usar 
corticoides imunossupressores, pois diminuem a ação 
do sistema imunológico = podem apresentar 
infecções oportunistas 
• Infecção atípica (pneumonia por clamídia) 
 
• Efeitos oftalmológicos: 
• Mais comum no uso exógeno 
• Mais comuns no Cushing iatrogênico – uso 
excessivo de corticoide – excesso de cortisol – 
catarata precoce e glaucoma precoce 
• Elevação da pressão intra-ocular 
• Glaucoma 
• Catarata 
 
❖ Doenças relacionadas ao cortisol: 
• Hipercortisolismo crônico – síndrome de Cushing, 
adenomas da hipófise anterior (secretam grande 
quantidade de ACTH = hiperplasia adrenal = 
secreção excessiva de cortisol), função anormal do 
hipotálamo (causa aumento de CRH), secreção 
ectópica de ACTH por tumor em alguma outra 
parte do corpo, adenomas do córtex adrenal – 
excesso da produção de cortisol 
• Hipocortisolismo crônico – doença de Addison 
 
➢ Síndrome de Cushing (hiperadrenalismo): 
• Cushing clássico – ACTH alto (68%) – cortisol 
elevado 
• Quando a causa está na hipófise com alta produção 
de ACTH 
• Tumor hipofisário hipersecretante de ACTH (43%) 
• Produção ectópica de ACTH 
• Câncer de pulmão (10%) 
• Não localizamos o local de produção de ACTH (15%) 
• ACTH baixo (32%) – cortisol elevado 
• Geralmente quando a causa da produção de cortisol 
está na própria suprarrenal 
• Iatrogênico (corticoterapia) 
• Adenoma de supra-renal 
• Carcinoma de supra-renal 
 
• Caracterísitica especial da síndrome de Cushing: giba 
de búfalo; face edemaciada; potencia de alguns 
hormônios pode causar acne e hirsutismo; face de 
lua cheia 
• Efeitos dos glicocorticoides são intensos na síndrome 
= catabolismo proteico intenso = redução de ptns 
teciduais com exceção do fígado = fraqueza intensa 
+ supressão do sistema imune (bloqueio da síntese 
de ptns nos tecidos linfoides), que pode levar a 
morte por infecção em muitos dos pacientes 
• Ptns das fibras de colágeno dos tecidos subcutâneos 
ficam reduzidas = tecidos subcutâneos se tornam 
frágeis = estrias arroxeadas nos locais lesados 
 
➢ Doença de addison – insuficiência adrenal: 
• Resulta da incapacidade do córtex adrenal de 
produzir hormônios adrenocorticais suficientes 
• Primária: lesão das adrenais (auto-imune em 80% 
dos casos) 
• Lesão de todas as camadas do córtex 
• Redução dos 3 hormônios (mineralocorticoides, 
glicocorticoides e andrógenos) 
• Níveis elevados de ACTH e MSH (estimula 
melanócitos – aumentam deposição de melanina na 
pele) 
• Pigmentação da pele (aumento de MSH) e mucosas 
- manchas 
• Adrenais hiperplasiadas 
• Sintomas decorrem do hipocorticosolismo e 
hipoaldosteronismo 
 
• Secundária: lesão na hipófise: 
• Redução dos níveis de ACTH 
• Só compromete o cortisol e androgênios 
• Compromete pouco a produção de aldosterona 
• Adrenais atrofiadas 
• Responde ao ACTH exógeno 
 
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