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CONTESTAÇÃO 1

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CASO: CONTESTAÇÃO
Hazael, representante comercial autônomo, esteve por nove vezes hotel Paris, entre novembro de 2018 e janeiro de 2019 (três vezes em cada mês), a trabalho. Em cada pernoite, Hazael assinava um documento comprovando que havia utilizado os serviços do hotel, onde constavam tão somente a data e o valor da diária (quinhentos reais).
Não adimplida tal obrigação, ajuizou o hotel Paris, em agosto de 2021, ação condenatória contra Hazael e a empresa para quem este presta serviços. O hotel pleiteou o valor do débito acrescido de multa de 10% (dez por cento); a petição inicial não trouxe procuração.
Considerando estas informações, elabore a contestação de Hazael e da empresa, em uma única petição.
AO JUÍZO...
Autos nº...
Hazael e Empresa, ambos devidamente qualificados nos autos em epígrafe, vem, por meio de sua advogada abaixo assinado, constituída através do instrumento procuratório anexo, e-mail..., com endereço profissional (endereço completo), onde receberá intimações de estilo, apresentar CONTESTAÇÃO, com fundamento no art. 336 do CPC, contra Hotel Paris, também já devidamente qualificado, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
I- DA SÍNTESE DA INICIAL
Busca o autor o Poder Judiciário pleiteando o recebimento dos valores referentes à utilização dos serviços hoteleiros por parte do corréu Hazael.
Afirma a exordial que Hazael hospedou-se no Hotel por nove oportunidades, entre novembro de 2018 e janeiro de 2019, e que não teria pagado a conta. 
A demanda foi ajuizada em agosto de 2021 também em face da Empresa, pedindo o autor a condenação dos réus ao pagamento de R$ 4.500,00(quatro mil e quinhentos reais) referentes às diárias e multa de 10% (dez por cento).
É a breve síntese do necessário.
II- PRELIMINARMENTE
1- DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA EMPRESA
É patente a ilegitimidade ad causam da empresa para figurar no polo passivo da presente demanda.
A melhor definição para legitimidade é a coincidência entre as partes que figuram na relação processual e aquelas que figuram na relação material; no caso, é cristalina a ausência de correspondência entre as partes deste processo e as partes contratantes.
Ora, na própria inicial já se percebe que quem se valeu dos serviços hoteleiros foi Hazael e não a empresa. Portanto, há relação jurídica material (prestação de serviços hoteleiros) somente entre o corréu Hazael e Hotel.
Além disso, é de se apontar que, como consta da exordial, Hazael é representante comercial autônomo, não havendo qualquer liame entre este e a empresa.
Destarte, é indubitável que a empresa (parte na relação processual) não é parte da relação jurídica material existente, razão pela qual deve ser reconhecida sua ilegitimidade passiva, com a consequente extinção do processo sem resolução de mérito, em virtude da carência de ação (CPC/2015, arts. 485, IV, e 337, XI).
2- DO DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO: FALTA DE PROCURAÇÃO
A petição inicial não veio instruída com procuração outorgando poderes ao patrono do HOTEL
Nos termos dos artigos 104 e 285 do CPC/2015,é fundamental que o advogado, ao postular em juízo, a presente instrumento de mandado.
Assim, percebe-se defeito de representação (CPC/2015, art. 337, IX), devendo o autor corrigir tal vício, em 15 dias, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito ( CPC/2015, arts. 76 e 321).
III- MÉRITO
Mesmo que fossem inteiramente superadas as preliminares, o que se admite apenas para argumentar, tampouco no mérito prosperará a demanda proposta pelo autor. Outrossim, é de se apontar que, no caso, há questão prejudicial a ser analisada (prescrição).
1- DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO DO AUTOR
O credito referente às estadias já se encontra irremediavelmente prescrito.
Discute-se nestes autos a cobrança da hospedagem por parte dos hospedeiros, matéria especificamente tratada no Código Civil (CC, art. 206, §1º, I). Afirma-se na inicial que o corréu teria se valido dos serviços de hospedagem nos meses novembro de 2018 e janeiro de 2019.
Nos termos do dispositivo já mencionado da legislação civil, o prazo prescricional em hipóteses como a presente é de 1 (um) ano, sendo certo que a prescrição do último mês se efetivaria em janeiro de 2020, data anterior à distribuição da petição inicial que deu origem a este processo.
2- DO DESCABIMENTO DA MULTA, VISTO QUE NÃO PREVISTA PELAS PARTES CONTRATANTES
Acaso afastada a prescrição, o que se admite apenas para argumentar, impõe-se o afastamento da multa pleiteada pelo autor.
É certo que houve, entre o autor e o corréu Hazael, um contrato verbal de prestação de serviços hoteleiros.
Contudo, não houve a formalização de qualquer instrumento contratual com a previsão de multa, nem mesmo comunicação a Hazael sobre sua existência.
Portanto, ante a inexistência de qualquer acerto prévio entre as partes, impossível alegar a incidência de multa sob pena de ensejar considerável insegurança jurídica e violação aos princípios da legalidade (CF, art.5º, II) e da boa-fé objetiva (CC, art.422).
Assim, conclui-se que a multa pleiteada deve ser afastada.
IV- DA CONCLUSÃO
Ante o exposto, requerem os réus a V. Exa.
Preliminarmente, seja reconhecida a ilegalidade passiva da corré Empresa, com a extinção do feito em relação a ela, sem resolução de mérito com base no artigo 485, VI do CPC/2015.
Preliminarmente, que o autor traga aos autos procuração outorgando poderes a seu patrono, sob pena de indeferimento da petição inicial e consequente extinção do processo sem resolução de mérito, 485, I do CPC/2015.
c) se afastadas as preliminares, no mérito, o reconhecimento da existência de prescrição, em relação a todo o valor cobrado pelo autor;
d) subsidiariamente, na remota hipótese de procedência do pedido principal, seja afastada a multa pleiteada;
e) A condenação do autor no ônus da sucumbência, em 10% do valor da causa, nos termos do art. 85, §§2º e 6º, do CPC/2015
f) provar o alegado por todos os meios de prova previstos em lei, especialmente pelos documentos ora juntados aos autos, e caso V.Exa. Entenda necessária a realização de audiência, requerem os réus o depoimento pessoal do representante legal do autor. 
Termos em que requer deferimento.
Cidade, data
Advogada(o), OAB

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