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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
 A VARIOLIZAÇÃO, A REVOLTA E O POXVIRUS VARIOLAE QUE DEU ORIGEM AS VACINAS.
SÃO PAULO
2021
 		Anna Júlia Dário Rodrigues Marçal RGM: 23172371
	Eronildo Pedro Honorato RGM 28225210;
 Gabrielle Williane Souza Rodrigues RGM: 23555424
 Gustavo Henrique Abrantes de Oliveira RGM: 27792609
A VARIOLIZAÇÃO, A REVOLTA E O POXVIRUS VARIOLAE QUE DEU ORIGEM AS VACINAS.
PROJETO DE REVISÃO BIBLIOGRAFICA, APRESENTADO AS DISCIPLINAS DE IMUNOLOGIA E MICROBIOOGIA, DO CURSO DE FARMACIA, CAMPUS SÃO MIGUEL PAULISTA DA UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL.
PROFESSORA: DRA MAYSA BRAGA BARROS SILVA
SÃO PAULO
2021
1. INTRODUÇÃO
A vacina, é um produto que leva à imunização do indivíduo, de forma que, sem contrair a forma clínica notável da doença, o organismo adquire então imunidade. Em 1789 o médico inglês Edward Jenner, aplicou linfa das lesões de uma ordenhadora de vacas em um garoto. Essa ideia partiu da observação de Jenner: as mulheres que ordenhavam vacas não contraíam a varíola, apesar de ter ferimentos em suas mãos. Ele pensou na possibilidade que a pústula da varíola bovina poderia gerar a imunidade daqueles que entrassem em contato com o agente infeccioso. Devido a esse experimento, deu-se iniciou ao processo de imunização humana atribuiu-se o nome vacina, do latim vacinnus, que significa das vacas. Em homenagem a Jenner, o termo continua sendo usado até hoje para se referir ao processo de imunização. Apesar de inicialmente Jenner ter sofrido críticas, o estímulo da imunidade do organismo e a capacidade de resposta do organismo e a proteção contra agentes virais ou bacterianos foi ganhando espaço e se mostrou eficaz. (VAZ; GARCIA, 2017)
Neste contexto o presente trabalho, realizado através de revisão bibliográfica, trata de aspectos da imunização e sua importância para a saúde, fazendo uma relação entre a história, a microbiologia e a imunologia.
2. IMUNIZAÇÃO E A TÉCNICA DA VARIOLAÇÃO
A imunização ocupa um espaço progressivamente grande em todo o mundo. O desenvolvimento da ciência, microbiologia, farmacologia e da imunologia tem sido acrescentado aos estudos de epidemiologia e sociologia, e tais estudos tem evidenciado o grande impacto das vacinas para a sociedade atual, significando um dos principais fatores de promoção de saúde e prevenção de doenças, e por isso as vacinas têm sido consideradas os maiores avanços na área da saúde. (SÁFADI, FEIJÓ, 2021)
A primeira forma de imunização que se tem conhecimento deu-se a partir da observação de Lady Mary Montagu, esposa do embaixador inglês em Istambul no século XVII. Ela observou que os muçulmanos, introduziam na pele de indivíduos sadios um líquido extraído de crostas de varíola de um paciente infectado. Esse processo, ficou recebeu o nome de “variolação". O médico inglês Edward Jenner, observou pessoas que realizavam tal prática e constatou que desenvolviam uma condição benigna conhecida por vaccinia, devido ao contato com vacas infectadas por varíola bovina (cowpox). A partir destas observações ele desenvolveu as primeiras técnicas de imunização e as publicou no trabalho Variolae Vaccinae, em 1798. (SÁFADI, FEIJÓ, 2021)
A varíola é uma doença designada por moléstia infecciosa grave causada pelo Poxvirus variolae, apresentando os sintomas de febre alta vômitos, dores generalizadas e aparecimento de bolhas, que deixam cicatrizes pelo corpo. Dado a sua gravidade, houveram várias tentativas de controlar a doença, alguns historiadores contam que os chineses foram os primeiros povos a praticar a variolização que era realizada através da inoculação de crostas ou pus de pessoas doentes em pessoas saudáveis, de forma que quem recebesse a inoculação teria proteção das formas mais graves da doença. (VAZ; GARCIA, 2017)
Embora sem seguir a normas bioéticas, a contribuição de Jenner para a medicina foi inegável. Entretanto, a relação causa-efeito entre a presença de microrganismos patogênicos e doenças apenas foi estabelecida por volta de 1870 por Louis Pasteur e Robert Koch. Para homenagear Jenner, Pasteur deu o nome de vacina para qualquer preparação de um agente que fosse utilizado para imunização de uma doença infecciosa e, em 1885, Pasteur desenvolve a vacina contra a raiva humana, dando início a uma nova era. (SÁFADI, FEIJÓ, 2021)
No Brasil uma grande trajetória foi desenvolvida, até que a vacinação em massa chegasse ao patamar atual. As pessoas tinham medo de adquirir características do animal ou de contrair a doença em sua forma mais grave da doença. (VAZ; GARCIA, 2017). A doença ceifou muitas vidas durante o colonial brasileiro, não fazendo distinção entre as classes sociais. Conta-se ainda que os colonizadores contaminavam os indígenas com varíola, na tentativa de diminuir as resistências das tribos frente à presença dos homens brancos e negros. A prática consistia em levar pessoas contaminadas, que recebiam os nomes de bexiguentos, para as regiões próximas das tribos e distribuir roupas infectadas a eles. (FILHO, 2008) 
 A epidemia de bexigas ou varíola, que caracterizava o conjunto de moléstias (endêmicas ou epidêmicas), ocorreu no Rio de Janeiro em 1797. Nesta época a cidade estava passando por algumas normativas desenvolvidas por questionário elaborada pela Câmara onde médicos e pessoas influentes responderiam. Especificamente para o caso da varíola, foi sugerido a criação de um hospital de inoculação, nos moldes do de Lisboa, onde todos poderiam receber a inoculação, inclusive os escravos. Para a melhoria das condições gerais de salubridade da cidade, foi proposto derrubar alguns edifícios, e a construção de casas deveria ser sob a fiscalização de engenheiros ou da Câmara, a criação de praças espaçosas, a eliminação dos focos de imundice e o secamento dos locais com água estagnada, além dos devidos cuidados com o gado de corte (para evitar a deterioração da carne a ser consumida). Afirmava-se que a inalação e o contato com o ar contaminado, com a matéria orgânica em putrefação, podiam ocasionar um desequilíbrio dos gases, os miasmas, o que desencadearia a incidência de doenças. Dessa forma, entendia-se que a causalidade de doenças se relacionava diretamente a condições do meio ambiente. (PORTO, (org.) 2008)
Em 1904, a cidade do Rio de Janeiro foi assolada por uma epidemia de varíola. Oswaldo Cruz na época ocupava o cargo de Diretor Geral de Saúde Pública, equivalente hoje ao cargo de ministro da Saúde. A cidade que não tinha saneamento básico e com péssimas condições de higiene, tornou-se foco de febre amarela, varíola e peste. Então, Oswaldo Cruz enviou ao Congresso uma lei que reiterava a obrigatoriedade da vacinação, lei esta que já havia sido instituída em 1837, mas que nunca fora cumprida. Esta campanha em moldes militares cuja vacinação era obrigatória e foi cumprida através das brigadas sanitárias que entravam nas casas e vacinavam as pessoas à força. A maioria da população ainda desconhecia os efeitos das injeções e os efeitos no organismo, essa indignação levou ao motim popular, que explodiu em 11 de novembro de 1904, conhecido como a "Revolta da Vacina". Durante uma semana, as ruas do Rio viveram uma guerra civil. Segundo a polícia, o saldo negativo foi de 23 mortos e 67 feridos, tendo sido presas 945 pessoas, das quais quase a metade foi deportada para o Acre, onde foi submetida a trabalhos forçados. (PORTO, 2003)
A descoberta da vacina foi precursora da medicina preventiva, que não trata a doença, mas sim busca prioritariamente evitá-la, tendo em vista tanto o custo mais baixo da prevenção em relação ao tratamento, e principalmente os benefícios para a saúde e qualidade de vida. A imunidade está relacionada à resistência do hospedeiro ou habilidade de se defender de um agente infeccioso ou toxina, que pode ser natural ou adquirida pelo organismo em consequência da vacinação ou da própria infecção, levando o indivíduo a desenvolver uma resposta imune específica contra o antígeno que a estimulou, a chamadamemória imunológica. Esta memória imunológica advém da resposta imunitária desencadeada pela vacina ou pela própria infecção, de forma que o sistema imunológico, no desenvolvimento de sua função de defesa do organismo, leva à produção das células de memória que propiciam o reconhecimento e defesa contra agente infeccioso (VAZ; GARCIA, 2017)
No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado em 1971, é citado como referência mundial, tendo organizado campanhas de vacinação em outros países, como Timor Leste, e auxiliado programas de imunizações na Palestina, Cisjordânia e na Faixa de Gaza, estabelecendo cooperação técnica em inúmeros países. Ações planejadas e sistematizadas desenvolvidas em nosso país erradicaram a varíola em 1973 e a poliomielite em 1989, controlaram o sarampo, o tétano neonatal, as formas graves da tuberculose, a difteria, o tétano acidental e a coqueluche. Implementaram medidas para o controle da caxumba, rubéola e da síndrome da rubéola congênita, da hepatite B, das infecções invasivas pelo Haemophilus influenzae tipo b, da influenza e das infecções pneumocócicas e suas complicações nos idosos. Recentemente, em uma atitude pioneira, a vacina oral contra o rotavírus foi incorporada ao calendário do PNI. Os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) disponibilizam, ainda, imunobiológicos indicados para situações e grupos populacionais específicos. Hoje, o PNI mantém uma política de parcerias e de incentivo à modernização tecnológica do parque produtor nacional, com a maioria dos imunobiológicos utilizados sendo de produção nacional. (SÁFADI, FEIJÓ, 2021)
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os benefícios diretos e indiretos gerados com ações de imunizações surpreendentes e	 inúmeras evidências demonstram seu potencial de redução da mortalidade entre as crianças, melhoria das condições de saúde e bem-estar das comunidades, além de representar economia para a sociedade, tanto através de redução de custos com consultas, tratamentos e internações hospitalares decorrentes das doenças como de menor absenteísmo escolar e de trabalho. Dessa forma, o grande desafio que se apresenta a todos nós é o de apoiar, através de educação, informação e conscientização, ações que promovam o alcance das imunizações a todas as comunidades.
04. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Feijó, Ricardo Becker e Sáfadi, Marco Aurélio. Imunizações: três séculos de uma história de sucessos e constantes desafios. Jornal de Pediatria [online]. 2006, v. 82, n. 3 suppl [acessado 18 outubro 2021], pp. s1-s3. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0021-75572006000400001>. Epub 01 Abr 2008. ISSN 1678-4782. https://doi.org/10.1590/S0021-75572006000400001
Filho; Claudio Bertolli. História da vacina e da vacinação em São Paulo: séculos XVIII e XIX History of vaccine and vaccination in São Paulo: Centuries XVIII and XIX. Disponível em http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252003000100032
Porto, Ângela (org.) História da saúde no Rio de Janeiro: instituições e patrimônio arquitetônico (1808-1958). / organizado por Ângela Porto, Gisele Sanglard, Maria Rachel Fróes da Fonseca, et al. – Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2008. 172 p., il. color.
Porto; Mayla Yara. UMA REVOLTA POPULAR CONTRA A VACINAÇÃO.Cienc. Cult. vol.55 no.1 São Paulo Jan./Mar 2003 
Vaz; Lettícia Botelho; Garcia; Paula da Costa. A DESCOBERTA DA VACINA: uma história de sucesso no combate a grandes epidemias Disponivel em: http://www.atenas.edu.br/uniatenas/assets/files/magazines/A_DESCOBERTA_DA_VACINA_uma_historia_de_sucesso_no_combate_a_grandes_epidemias.pdf

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