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É uma técnica restauradora para promover resultados estéticos em dentes anteriores. Este, é um procedimento restaurador de maior dificuldade para o CD, visto a necessidade da reprodução precisa das caracteristicas anatomicas e estéticas, sendo necessária grande habilidade manual e de sensibilidade visual. A faceta laminada é uma técnica de recobrimento da face vestibular e parte da proximal dos dentes através de uma lamina de resina composta direta ou indireta e até porcelana. É importante entender que o tratamento é um só, alterando de acordo com o material utilizado, que poderá influenciar no preparo dentário e moldagem, sendo as porcelanas e RC indiretas feitas indiretamente e RC diretas são feitas diretamente sobre o paciente. Este é um tratamento mais conservador que a posição de coroas ou uso de implantes ósseointegrados. A estética em geral é mutável pelas gerações, o que não acontece com o sorriso, onde a estética padrão sempre se manteve. Dentes brancos e bem alinhados são buscados por todos, sendo mais comum e aceitos pela população em geral. Essa supervalorização da estética está ligado a autoestima, dando mais segurança ao sorrir, além de ser ligado a melhores oportunidades sociais e profissionais e maior chance de ter mais amigos e menores penas quando condenados. A estética do sorriso pode ser influenciada e alterada pela cor, forma e posição. Quando o paciente possui as caracteristicas antiestéticas, este poder ter uma autoestima prejudicada e menor prestigio social. A busca pela resolução desses problemas aumento muito, tendo varias técnicas e opções de tratamento, dos mais conservadores aos mais invasivos, como microabrasão e remineralização de manchas brancas, clareamento dental, restaurações convencionais, facetas laminadas, coroas de cerâmica pura e coroas metaloceramicas. Indicações Screen clipping taken: 12/08/2020 10:19 De uma maneira geral, são bem indicadas quando mais de 2/3 da face vestibular encontra-se comprometida por problemas na forma, cor e posição, de modo que um clareamento não é o suficiente. Um tratamento prévio das manchas e defeitos pode fazer com que se precise menos desgastes quando confeccionada a faceta. Além da questão da cor, as facetas são excelentes para modificações de forma, principalmente em dentes conoides bilaterais ou unilaterais. Com o aprimoramento dos olhos e mãos em questão de habilidade e sensibilidade, poderemos alterar e buscar a forma ideal do dente tratado, observando forma e detalhes anatômicos., de maneira a se tornarem harmonicos no sorriso do paciente. Ainda na questão de modificação de forma, podemos realizar a transformação de forma, como transformar um canino em lateral quando não temos o 12 ou 22. Screen clipping taken: 12/08/2020 10:39 Screen clipping taken: 12/08/2020 10:36 Screen clipping taken: 12/08/2020 10:39 Através das facetas, podemos também corrigir formas e fechar diastemas, deixando os dentes mais largos e fechar esse espaço que interfere na harmonia do dente Lesões cariosas extensas podem ser resolvidas com faceta, visto a destruição que ocorre e considerando a harmonização estética promovida pelas facetas. Facetas laminadas diretas de resina composta: fundamentos e técnicas quarta-feira, 12 de agosto de 2020 09:38 Página 1 de Dentística II Screen clipping taken: 12/08/2020 10:41 Screen clipping taken: 12/08/2020 10:46 Screen clipping taken: 12/08/2020 10:46 Alguns outros defeitos estruturais extensos bem como hipocalcificaçõeso ou hipoplasias de esmalte podem ser corrigidas por essa técnica, da melhor forma para que a interface com a restauração seja a mais branda o possivel, buscando resultados mais estéticos Screen clipping taken: 12/08/2020 10:50 Screen clipping taken: 12/08/2020 10:50 Screen clipping taken: 12/08/2020 10:50 Para harmonização de cor, podemos aplicar uma faceta sobre o dente que sofreu restaurações multiplas, buscando um melhor resultado estético. Ainda mais, com fraturas extensas podemos utilizar essa técnica por mascarar melhor a linha de interface entre restauração e dente, ficando um aspecto bem próximo ao natural. Screen clipping taken: 12/08/2020 10:54 Screen clipping taken: 12/08/2020 10:54 Dentes que sofreram alterações de cor que não foram possiveis de remover com clareamento, podemos aplicar as facetas para corrigir esses desvios. Screen clipping taken: 12/08/2020 10:55 Limitações Por outro lado, esses tratamentos recebem certas limitações mais do que contraindicações, visto que boa parte desses fatores podem ser eliminados antes mesmo de começar o tratamento. Vale ressaltar que essas situações limitrofes para resina composta pode alterar sua estética e longevidade do material dentro do tratamento. Como por exemplo, dentes muito escurecidos podem atrapalhar na viabilidade do tratamento, se considerarmos a translucidez da resina utilizada e a cor do dente trabalhado. Alguns corantes opacificadores (resinas fluidas com óxidos metalicos) podem intermediar o dente e faceta, mas com isso, o dentista precisa dominar a técnica de estratioficação da resina afim de esconder esse opacificador, visto que tanto um dente manchado e escurecido quanto um dente muito branco e opaco atrapalham na busca pela estética. Além disso, podemos citar os hábitos parafuncionais como bruxismos e vícios como fatores que limitam a aplicação de facetas, visto a força incomum exercida sobre um material que desgasta com o tempo. Esses hábitos precisam ser eliminados antes da aplicação das facetas, podendo utilizar uma placa miorelaxante ou tratamentos psicológicos. Pacientes fumantes ou aqueles que ingerem outros componentes corantes podem reduzir a durabilidade da estética da resina. Dentes muito proeminentes ou com giroversão muito angulada deixam o tratamento mais dificil, porque pode fazer com que o desgaste para faceta seja muito extenso e atrapalhe na saúde pulpar, sendo necessário indicar um tratamento ortodontico antes de tudo, para melhor posicionar o elemento dental. Pacientes com alto risco a cárie não é conveniente a nenhum tratamento restaurador, sendo necessário conscientizar e alterar o comportamento do paciente, para que o tratamento possa ser feito com segurança e com durabilidade. Além disso, dentes com destruição extensa não podem receber uma faceta adequadamente, por não possuir o suporte, sendo necessário tratamentos mais radicais como restaurações reconstrutivas, como coroas totais. Vantagens Podemos aqui apontar as vantagens da seleção desse tratamento em particular. Primeiramente, podemos observar que é um tratamento bem conservador, visto o menor volume de desgaste do elemento dentário, podendo variar dependendo do deslocamento dentário. O resultado estético é geralmente muito bom a excelente, dependendo muito de treino e habilidade do CD. Além disso, facetas diretas precisam de menos sessões. Esse tratamento por facetas diretas não precisarão de facetas provisórias. Podemos considerar um custo menor para facetas diretas pelo menor preço das resinas, mas teoricamente seriam mais caras pelo maior trabalho do CD - esse preço sobe com a necessidade de um laboratório para intermediar o tratamento. Facetas de resina direta podem ser reparadas com material adesivo caso se quebre. Página 2 de Dentística II direta podem ser reparadas com material adesivo caso se quebre. Desvantagens Essas desvantagens são inerentes ao materiais, que podem sofrer alterações de cor, que limitam o uso de alimentos corantes. Além disso, esses materiais se desgastam com o tempo, sendo necessário um repolimento frequente para manutenção de estrutura e lisura. As facetas de resina direta são menos resistentes a fratura do que as cerâmicas. Portanto, o paciente precisa ser orientado sobre as limitações do material. A questão técnica de manuseio do material e conformação anatomica e estética podem ser uma dificuldade para os CD mais inexperientes ou de menor acuidade sensorial para os detalhes. Classificação O tratamentopor aplicação de facetas de resina composta podem receber classificação quanto a extensão, podendo ser parcial ou total. Facetas parciais são aquelas que ocupam parcialmente a face vestibular, correndo o risco de revelar a interface entre dente e restauração, com visibilidade que a torna antiestética. Portanto, a maneira mais comum de confecciona-la é por desgaste total da face. Ambas as formas podem ou não apresentar recobrimento incisal - quando preparamos o dente, removemos a borda incisal para reconstruir na aplicação da faceta com uma borda incisal nova. Contudo, não é em todas as situações que utilizamos, sendo importante em duas situações, como quando queremos incluir uma borda incisal em um dente alterado pelo bruxismo ou quando alteramos a forma da borda para uma mais estética. A classificação também pode ser feita conforme a profundidade do preparo, onde o menor desgaste significa o melhor comportamento biomecânico do elemento. Podemos fazer preparo sem desgaste algum, quando o dente esta deslocado a lingual, pode ser feito desgaste apenas em esmalte, que promove melhor aderencia e desgastes em esmalte e dentina serão feitos em dentes deslocados a vestibular. Técnicas de preparo Antes de mais nada, 4 itens importantes deve sempre estar em mente antes de qualquer preparo, guiando o preparo, que varia para cada caso e cada dente. Em primeiro lugar, o tratamento é menos invasivo o possivel, ou seja, quanto menos desgaste, melhor as propriedades biomecanicas. Além disso, toda area envolvida no desvio estético e tratamento deve estar incluida no desgaste. O desgaste tambem dependerá da inclinação do dente e da variação de cor, o que influenciam na necessidade de inclusão de resina para correção dos defeitos. Alteração de cor e inclinação no arco influenciam significativamente na quantidade desgaste vestibular. O desgaste deve ser feito respeitando a técnica da silhueta, orientando a qualidade e quantidade de desgaste. Antes do preparo biomecanico, é importante fazer um preparo prévio. Quando desgastamos vestibular e proximal, o dente pode tornar-se fragil, em condições piores se é um dente tratado endodonticamente, que pode fraturar-se com o desgaste. Para isso, incluimos pinos de reforço no canal. Poderemos notar a presença de restaurações insatisfatórias, principalmente as de classe III - restaurações infiltradas e inadequadas precisam ser trocadas para poder aplicar uma faceta, caso contrário poderá haver uma infiltração pela faceta e restauração. Previamente à faceta, poderemos fazer um clareamento para reduzir a quantidade de resina necessária para disfarçar o escurecimento dentário. Um procedimento prévio interessante para apresentar a possbilidade de resultado ao paciente é realizar enceramentos diagnóstico sobre modelo de gesso para montar um guia de desgaste e mock-up, de maneira a apresentar um "preview" do que esta por vir. As guias de desgaste é feita com uma moldagem inicial feita em silicona de adição, que permite a vasão de dois modelos de gesso, um para enceramento e outro para permanecer inalterado. Assim, com o molde do modelo encerado, removemos a incisal do material para observar o contorno que terão as facetas, bem como as áreas que precisarão de maior desgaste para que tenhamos a disposição de uma camada uniforme de resina sobre o dente, para que não haja alteração de cor por espessuras diferentes de resina. Screen clipping taken: 12/08/2020 12:30 Além dos guias de desgaste, o enceramento diagnóstico será importante na confecção do mock-up. Sobre o enceramento diagnóstico faremos uma segunda moldagem, levando a informação do modelo encerado à boca do paciente. Previamente à confecção dos mock-ups, deveremos isolar os dentes envolvidos para que a resina do mock-up não se adira às restaurações anteriores. A partir disso, aplicamos uma resina bisacrilica (RC de polimerização rápida e química, sem necessidade de luz). Assim se reproduz as caracteristicas esculpidas em cera para a boca do paciente. Com os mock-ups em posição, os testes foneticos são feitos para testar se o formato e tamanho dos dentes permitem uma boa fonética e conforto. Muitas vezes o paciente já quer sair com os dentes de mock-up, o que não é recomendado visto que não é uma resina resistente, e também pelo fato de não ter acabamento, sobrando bordas e vincos pontiagudos, além de rugosidades e falta de espaço entre os dentes, o que dificulta a higienização. O ideal é que se tire esse mock-up logo antes do paciente se retirar. Screen clipping taken: 12/08/2020 12:30 Screen clipping taken: 12/08/2020 12:30 Página 3 de Dentística II Sequência de preparo Assim como no preparo para coroas, o preparo para facetas também será feito sobre a técnica da silhueta, que começará com a confecção de uma canaleta circundante na porção cervical com uma broca de ponta esférica, de forma que delimite a extensão da faceta. Todo o desgaste será feito de maneira controlada através da união de sulcos de orientação em toda a extensão do preparo. O primeiro desgaste será feito com uma ponta esférica para demarcar o limite cervical e proximal da faceta. A profundidade pode ser de 0,2 a 0,6 mm, quase metade da ponta ativa da ponta diamantada 1012 a 1014. As troncoconicas (2135, 2135F ou em alguns casos, 4138) de extremo arredondado serão utilizadas para demarcar os sulcos paralelos verticais. A ponta diamantada esférica será posicionada inclinada sobre a estrutura dental, começando na borda incisal de um lado, passando paralelamente a região interproximal e cervical, descendo pela interproximal até a outra borda incisal. Vale ressaltar a necessidade de proteger os dentes vizinhos com uma matriz metálica Screen clipping taken: 12/08/2020 15:30 O próximo passo será a confecção de canaletas verticais paralelas na face vestibular, podendo ser feitas 2 ou 3 canaletas de desgaste com brocas cilindricas ou tronco-conicas, respeitando as angulações da face. É importante prestar atenção nas profundidades, visto que podem variar dependendo do nível de alteração da face vestibular. Estas poderão ser de 0,2mm a 0,6mm para poucas alterações ou 0,5mm a 1,0mm para grandes alteraçoes Screen clipping taken: 12/08/2020 15:37 Página 4 de Dentística II Screen clipping taken: 12/08/2020 15:42 Após confeccionar as canaletas, seguiremos a o passo de unir estas canaletas com a ponta diamantada, utilizando as pontas utilizadas na confecção das canaletas, mas dessa vez são utilizadas de maneira controlada e inclinada em relação ao longo eixo das canaletas, pois pode causar irregularidades se for paralelo. Após o desgaste vestibular, devemos discutir sobre o término proximal e cervical. Para confeccionar o término proximal, nos perguntamos o quanto da canaleta proximal deveremos preparar. A posição dos términos, tanto cervical quanto proximal, dependerão da quantidade de alteração de cor. Se não temos muita alteração de cor, o término se limita na canaleta inicialmente confeccionada, visto que não tem muita alteração a ser mascarada. Contudo, se as alterações de cor são muito intensas, passamos do limite da transição vestibulo- proximal, para esconnder o escurecimento. Protegendo o dente vizinho, aprimoramos esse término, sempre verificamos por lateral se este ainda é visivel. Deve ser menos visivel o possivel. O ponto de contato, sempre que possível, deverá ser mantido em dente. Isso ocorre muito mais em facetas diretas. Nas indiretas, o ponto de contato é geralmente rompido para não haver o rasgamento do molde. O término geralmente é confeccionado em chanfrado. Além pelo nivel de alteração de cor, a posição do dente vizinho tende a determinar a posição do término proximal, visto que esse dente vizinho poderá esconder o término em um dente com o substrato escurecido. O término cervical será confeccionado em chanfrado. Este será determinado pela alteração de cor do substrato dentário. O chanfrado manterá uma maior espessura de borda do material restaurador e com a quantidade idealde material, podendo realizar um acabamento sem fratura do material. A alteração de cor influenciará na posição. Caso seja muita alteração de cor, movemos o término para subgengival (respeitando as distancias biológicas), se for pouca alteração será supragengival (ideal para manutenção de saúde). O desgaste incisal será feito na confecção de facetas de resina, de maneira a alterar o comprimento do dente e caracterização incisal ou mudar o formato de borda - sempre prestando atenção no dente homologo para dar a conformação correta. Na confecção, a ponta diamantada se posiciona a 45° da incisal, fazendo sulcos de orientação por toda a incisal, que fica serrilhada. A ligação dessas sulcos farão uma incisakl O contorno vestibular deve ser verificado por uma visão incisal, de modo que seja um desgaste homogeneo para uma colocação homogenea de resina. Técnica Restauradora Na técnica de facetas diretas, a restauração é imediata ao preparo. Dessa maneira, faremos o máximo para proteger a gengiva, para que o sangramento não atrapalhe na restauração. Lembrando que a restauração em faceta é semelhante à restauração em dentes fraturados. Temos tres fatores importantes: seleção da resina (cor e Screen clipping taken: 12/08/2020 15:47 Página 5 de Dentística II Lembrando que a restauração em faceta é semelhante à restauração em dentes fraturados. Temos tres fatores importantes: seleção da resina (cor e marca/tipo); uso da técnica incremental, reconstruindo dentina, borda incisal e fechamento da face vestibular - essa será importante tanto no controle do fator de contração de polimerização, mas também para reproduzir anatomicamente o dente em questão, com todas suas formas e peculiaridades; controle do volume e forma da resina - será feito analisando o dente por incisal por vista direta ou indireta. A seleção do material é o primeiro passo. Utilizando resinas hibridas ou microhíbridas, com particulas mistas e de maior quantidade (maior carga), com uma melhor resistencia mecanica. Além do tipo de resina, o dentista deverá selecionar as cores corretas de resina, exigindo uma boa acuidade visual e técnica. Além das híbridas, que conferem resistencia, temos as microparticuladas, onde temos particulas pequenas e em menor quantidade, garantindo maior brilho e lisura à resina, contudo são mais frágeis. As nanohibridas e nanoparticuladas são as mais novas do mercado, possuindo o brilho das microparticulas e resistencia das microhíbridas. Geralmente com as microhibridas fazemos a maior parte da restauração que necessita resistencia, aplicando as microparticuladas aonda precisamos de maior brilho. A seleção de cor é outro fator importante na restauração. Selecionar a cor correta que mais casa com a estrutura natural do dente é uma tarefa dificil que um dentista inexperiente geralmente erra. Para a escolha da cor, é importante entender que o que da a cor é a fonte de luz refletindo sobre o objeto. Nesse caso, é importante uma luz branca, geralmente a luz do sol ou uma lampada fria é utilizada. Luz incandescente, amarelada, é a incorreta, não podemos utilizar essa fonte de luz na seleção. Outro fator na escolha de cor é o método. Geralmente utilizamos escalas de cores, mas estas não são tão precisas, dando apenas uma ideia do tipo de cor que utilizamos. Podemos utilizar um método mais personalizado, aplicando uma porção pequena de resina diretamente sobre o dente - no terço cervical determina-se a cor da dentina, no médio a cor do esmalte e na incisal, a cor da incisal. Com a seleção da resina, aplicaremos o material. O dente poderá receber um fio retrator no sulco gengival para favorecer a restauração na porção cervical. A técnica será a estratificada, reconstruindo o dente através de camadas, com dentina opaca internamente pra dar anatomia e esconder o fundo mais escurecido, uso de resinas mais translucidas na incisal e mais externamente, tornando mais fina a camada de resina translucida na cervical. Para isolar os dentes visinhos durante a aplicação do ácido e adesivo, podemos utilizar uma fita veda rosca. Começamos aplicando resina composta mais opaca sobre o dente. Quando mais escurecido o dente, maior quantidade de resina. Na borda incisal reduzida no preparo colocamos uma resina de esmalte para dentes mais translucidos nessa porção, ou aplicação de resina de dentina caso os dentes tenham um padrão mais opaco nessa porção. Então se ainda há espaço, colocamos um pouco mais de resina para dentina, esculpindo mamelos com esta. Entre os mamelos podemos escolher entre uma resina bem translucida para deixá-los bem evidentes ou uma resina de corpo, que é menos translucida, mas não opaca como uma de dentina. Finalizamos com a aplicação da camada de esmalte em incremento único, determinando a forma final do dente. No acabamento e polimento acertaremos os ultimos detalhes anatômicos. A linha da beleza será demarcada por grafite, de maneira a guiar o polimento e acabamento com discos de licha e discos de borracha. Screen clipping taken: 12/08/2020 19:22 Screen clipping taken: 12/08/2020 19:22 Screen clipping taken: 12/08/2020 19:22 Screen clipping taken: 12/08/2020 19:23 Screen clipping taken: 12/08/2020 19:23 Screen clipping taken: 12/08/2020 19:23 Screen clipping taken: 12/08/2020 19:23 Screen clipping taken: 12/08/2020 19:24 Screen clipping taken: 12/08/2020 19:24 Screen clipping taken: 12/08/2020 19:24 Página 6 de Dentística II Screen clipping taken: 12/08/2020 19:24 Screen clipping taken: 12/08/2020 19:25 Screen clipping taken: 12/08/2020 19:25 Screen clipping taken: 12/08/2020 19:26 Screen clipping taken: 12/08/2020 19:26 Screen clipping taken: 12/08/2020 19:26 Screen clipping taken: 12/08/2020 19:26 Fechamento de Diastemas Dentários O tratamento por facetas de RC pode ser feito para alterar forma e tamanho dos dentes para que os diastemas sejam fechados. Diastemas são espaços entre dentes adjacentes no mesmo arco dentário. As causas são multifatoriais, contudo, as mais comum envolvem discrepancias dento- alveolares É importante saber as causas principais do caso em questao para corrigi-los se possivel, de maneira a manter a faceta confeccionada A integração multidisciplinar é o conceito utilizado para que o paciente seja tratado em todos os aspectos da etiologia, de maneira a corrigir outras falhas concomitantes. Pode incluir tratamentos ortodonticos associados à dentistica, ortodontia com dentistica e periodontia ou apenas dentistica. Com a ortodontia apenas, podemos desinclinar dentes com inclinações incomuns. Em questão de dentes com pouca largura e muitos espaços interproxiais, podemos unir a ortodontia para diminuir espaços no arco e finalizar com dentistica para fechar esses espaços reanatomizando os dentes. Podemos utilizar a proporção aurea para verificação da correção. A oclusão mutualmente protegida com o guia canino é muito importante na proteção das restaurações anteriores. Ao associar a periodontia com dentistica e ortodontia, para melhorar a distribuição dos espaços, manutenção de proporção e realizar uma restauração adesiva. Muitas vezes Página 7 de Dentística II Ao associar a periodontia com dentistica e ortodontia, para melhorar a distribuição dos espaços, manutenção de proporção e realizar uma restauração adesiva. Muitas vezes o dente é curto demais, fazendo com que fechamento de diastemas com acréscimeo de resina poderá quebrar a proporçao de dentes anteriores. Para manter proporção, fazemos cirurgias periodontais para aumento da coroa clínica. Screen clipping taken: 12/08/2020 20:15 Página 8 de Dentística II Núcleos diretos: Técnicas de reconstrução Na reabilitação restauradora, o uso de núcleos diretos proverá retenção e estabilidade ao material utilizado, de maneira que o canal desobturado e moldado. A reconstrução coronária busca restabelecer a forma anatomica da coroa dental afetada, seja por cárie, fratura, restaurações extensas etc; provendo retenção e estabilidade a todo conjunto (dente,núcleo de preenchimento, restauração direta), devolvendo forma, função e estética ao dente comprometido. Caso seja necessário, lançaremos mão de pinos intracanais para favorecer retenção, sejam esses pinos de fibra de vidro ou metálicos. Restaurações extensas e insatisfatórias, assim como fraturas grandes em cúspides dão a necessidade de confecção de coroas sobre núcleo, para criar certa resistencia que foi perdida. Com fraturas de cúspides e perda de estrutura dentinária de suporte no dente, temos que avaliar se a reconstrução deve envolver cúspide ou se podemos mantê-la em função da quantidade de estrutura de dentina, principalmente na base da cúspide, onde se concentram maiores forças. Pinos metálicos não são colocados além das curvaturas de canal. A composição da resina composta sobre o pino será feita em um preparo de ferulização, para ter maior suporte da coroa dental. Para fixação de reconstruções coronárias, temos diferentes tipos de núcleos, sejam os núcleos metálicos fundidos, pinos pré-fabricados metálicos (lisos ou rosqueados) e cerâmicos (lisos) que podem ser utilizados para restaurações diretas de reconstruções coronárias e os pinos de resina reforçados por fibra (lisos ou retentivos) de carbono, de carbono com fibras de quartzo ou vidro. Dentre os materiais de preenchimento, temos o amálgama (deixou de ser utilizado pela dificuldade de técnica e estética), a resina composta (mais utilizada - desvantagens em coeficiente alto de expansão termica linear, contraçã de polimerização, reincidencia de cárie em dentina e visualização de término do preparo; vantagens pela adesão, estética, alta resistencia coesiva de borda, alto módulo de elasticidade, resistencia a compressão, resistencia de tração e baixa sorpção de água). Em outras situações pode ser utilizado o CIV com associações, podendo ser modificado por resina (descantagens na baixa resistencia coesiva na borda, baixo módulo de elasticidade, coeficiente de expansão térmica linear médio, contração de polimerização por seu componenente resinoso, sorpção de água (expansão higroscópica) e alteração de cor; vantagens em adesão físico quimica, estética moderada, liberação de fluor, baixa infiltração marginal, resistência a compressão, resistencia a tração e compatibilidade biológica.) Dentro das restaurações em dentes despolpados, devemos avaliar a qualidade do tratamento endodontico, se necessita de retratamento ou está em cura progressiva. Temos que avaliar a condição periodontal do elemento em questão, se há inflamação gengival e boa quantidade de gengiva inserida (para procedimentos indiretos), avaliar se há conservação do espaço biológico (vertical e horizontal) e quantidade e qualidade de osso alveolar de suporte. Podemos analisar o relacionamento do dente com a arcada, se está em oclusão centrica, lateralidade ou protusão, bem como a presença de extrusão de antagonista. Além disso, temos que observar ser será uma prótese unitária ou pilares para prótese fixa ou removível. Reabilitações orais com resina composta, ou seja, restaurações muito extensas e profundas de resina podem aumentar o desgaste do elemento dentário em questão e extruir o antagonita para manter contato, o que pode fazer com que seja necessário fazer uma compensação para a restauração indireta da coroa seja inserida de maneira sinérgica no sistema estomatognático, tendo uma espessura adequada de restauração. Portanto, se observarmos destruições extensas em VL nas coroas, reabilitamos indiretamente com porcelana para melhor resistencia. Nem sempre a resina composta é indicada, sendo muitas vezes necessário partir para restaurações indiretas de porcelana. Portanto, ao se iniciar o planejamento de uma reconstrução coronária, consideramos clinicamente a condição de restaurabilidade do elemento denário em questão, medindo a possibilidade restauradora quanto a quantidade de estrutura dentária remanescente, se esta é capaz de receber a restauração direta ou necessitará uma reconstrução coronária para um preparo de restauração indireta. Núcleos metálicos fundidos serão indicados para quando não há estrutura dental remanescente o suficiente, onde temos uma extensa destruição coronária, e quando tivermos menos de 2mm de estrutura cervical remanescente após o preparo do dente (não utilizar os pré-fabricados nessas situações, pela falta do zenit gengival, dai a coroa se apoiará no pino e não em estrutura dentária remanescente). Quanto maior a quantidade de remanscente, melhor a distribuição de carga sobre o núcleo, sendo aplicável um pré-fabricado menos resistente. Uma férula de 1,5mm a 2m tem um efeito positivo na resistencia de dentes tratados endodonticamente. Em dentes sem nenhuma estrutura, a tração ortodontica deverá ser considerada. Os pinos de fibra de vidro possuem módulos de elasticidade próximos à dentina, com transferencia melhor de forças, enquanto o módulo de elaticidade de pinos metálicos é maior, gerando mais estresse na interface com a dentina. As reconstruções diretas necessitam de estrutura dental remanescente, sendo indicada para tais situações, bem como no uso para restauração definitiva. A reconstrução de cristas evitam a perda do elemento e fratura, recobrindo as cuspides e estruturas de reforço. Temos que ter o mínimo de 2mm de estrutura cervical remanescente. Essa reconstrução também é indicada como núcleo de preenchimento. A incidencia de esforço é diferente entre dentes anteriores e posteriores. A cimentação de um pino intracanal reforça a resistencia da coroa em dentes despolpados, visto as forças que exercem sobre os anteriores. Nos dentes anteriores dá mais resistencia a fratura e melhora a resistencia e retenção ao material de preenchimento restaurador. O pino intraradicular é definido como segmento da reconstrução ou restauração inserido dentro do conduto para reter ou estabilizar o componente coronário. A função de um pino é mais a de retenção. Todavia, o seu uso, após a terapia endodontica, previne a fratura dos dentes anteriores, pois proporciona apoio e resistencia interna. Adicionalmente à função de retenção, constitui em elemento de interação coroa/raíz, minimizando a ocorrencia de fratura do remanescente dental. Nos dentes posteriores, a remoção do teto da camara e crista aumenta incidencia das forças sobre a base das cúspides, sendo necessário recubrilas com material restaurador. Portanto, mesmo que se instale os pinos intracanais, não se aumenta a resistencia à fratura do remanescente que se vê muito enfraquecida pela remoção das estruturas de resistencia. Se faz um nucleo intracanal e restauração sem recobrir as cuspides remanescentes, aumentamos a chance de fraturar as cuspides não protegidas - as forças, quando utilizamos o artificio do recobrimento de cuspides, se direcionam ao longo eixo do remanescente, impedindo que as cupides quebrem e rachem ao meio. Reconstrução Coronária quarta-feira, 19 de agosto de 2020 11:06 Página 9 de Dentística II Screen clipping taken: 19/08/2020 13:01 A retenção dos pinos está intimamente ligada à tríade de retenção, composta pelo comprimento e diâmetro de pino, cimento utilizado e tipo de pino estarão relacionados a sua sua forma de retenção. Seu comprimento e diametro e o tipo de pino está relacionada com a resistencia e manutenção do dente, que não poderá fraturar. Screen clipping taken: 19/08/2020 16:19 O pino deverá ter 2/3 do remanescente, e o comprimento da coroa deve ser no máximo igual ao comprimento do pino dentro do canal, além de termos que prestar atenção na conicidade do pino e sua adaptação no conduto. A não observação dessa tríade levará a coroa e remanescente à fratura. A tríade de resistencia do sistema pino-reconstrução coroa será composta pelo sistema antirotação e o tipo de término e sua inclinação que evitam a rotação e torção de todo o conjunto e a quantidade de estrutura remanescente vertical e horizontal. A Instalação de pinos dentinários ao lado do pino intracanal dará maior resistencia à torção. É importanteno preparo evitar invadir os espaços biológicos como as ameias e áreas de col, sem ter a mesma extensão em todo o controno do preparo, como uma "ponta de lápis" - mantendo dois planos, um vestibular e outro palatino, permitirpa maior resistencia à torção da peça coronária, ainda mantendo os 2mm mínimos de zênit cervical na peça. A resistência à tração, portanto, depende do diâmetro do pino e seu comprimento, retenções mecânicas e o agente de cimentação. A resistencia à torção virá com as paredes remanescentes, ou se vamos utilizar a câmara pulpar, tipos de pino, remanescente de estrutura cevical (2mm) e associação com pino rosqueàvel dentinário. O pino metálico fundido será feito em um canal de preparo ovalado, que evite a torção. A resistencia de cisalhamento dependerá do diametro e módulo de elasticidade do pino, adesão a estrutura dentinária e ao pino estético. Portanto, se não observarmos a triade de resistencia, teremos um risco de fratura. Um pino cimentado intracanal idealmente precisa estar insalado a 2/3 do remanescente ideal ou 1/2 da implantação óssea, com selamento apical minimo de 3mm, mas ideal de 5mm. Além disso, a espessura dentinária deve ter no mínimo 1mm nas paredes circundantes, o que pode fraturar com muita facilidade caso seja muito fino. O comprimento do pino, dependendo do tamanho do dente, poderá ter o mesmo comprimento da inserção no canal na porção da coroa. Screen clipping taken: 19/08/2020 16:44 As dimensões de maior importancia, portanto, serão o remanescente obturador de 5mm, altura do pino, altura da coroa e nível da crista óssea alveolar e o remanescente Screen clipping taken: 19/08/2020 13:06 Página 10 de Dentística II As dimensões de maior importancia, portanto, serão o remanescente obturador de 5mm, altura do pino, altura da coroa e nível da crista óssea alveolar e o remanescente dentinário. Quanto a seleção do conduto a ser preparado, teremos que observar a quantidade de pinos utilizados, visto que dentes anteriores teremos apenas um conduto a ser utilizado, geralmente, enquanto nos posteriores poderemos ver 1 ou mais pinos. Nos molares superiores trabalharemos a profundidade comum de inserção de pino em apenas um dos condutos: o mais calibroso, que nesse caso é o palatino, enquanto nos outros haverá apenas uma porção menor preparada. Se o canal palatino tem uma curvatura muito angulada e imprópria pra adaptação do pino, lançaremos mão do uso de um segundo conduto para receber o pino. Nos inferiores geralmente trabalharemos no conduto distal, no mais calibroso, para desobstrução da obturação e instalação do pino. Alguns dentes precisam ser afastados de seu adjacente para reconstrução da crista e obtenção do espaço biológico perdido, sendo colocado uma tira de borracha para afastar as ameias proximais. A desobstrução dos condutos é idealmente realizada com brocas peeso de 28 e 32 mm e largo e Gates-Glidden, numeradas de #1 a #6. Screen clipping taken: 19/08/2020 16:56 Com o dente já isolado e com o espaço ganho com a borracha, colocamos uma cunha de madeira na proximal desse dente enquanto fazemos a desobstrução para manter o afastamento. Temos alguns sistemas diferentes de pinos metálicos, que possuem uma grande vantagem por seu custo inferior aos pinos de fibra de vidro, além de ser passivel de ajuste com desgastes, ser utilizado com diferentes cimentos, alta resistencia à tração, adesão mecanica ao cimento e ao material de reconstrução e temos varias opções quanto a comprimento, diâmetro e anatomia. Temos os sistemas Svenka (banhado a ouro) e o FKG. As desvantagens estão na coloração, alto módulo de elasticidade, de forma que temos a transmissão inalterada das forças mastigatórias à porção radicular. Apesar de alguns destes passivos possuirem roscas, estas não servirão para apreensão as paredes do conduto, visto sua passividade, dando apenas retenção mecanica ao material cimentador. Os ativos terão um braço de rosca maior, para que seja rosqueado com o mínimo de tensão dentro do condutos. Screen clipping taken: 19/08/2020 16:56 Ao inserir esse pino cimentado no canal preparado, deixamos sua ponta coronal com 2mm de distancia da porção oclusal, mas ainda mais alto que a embocadura. Screen clipping taken: 19/08/2020 17:08 Os agentes cimentantes conhecidos são: Fosfato de zinco, CIV convencional, CIV reforçado com resina e cimentos resinosos e os auto-adesivos. Caso a cimentação seja realizada com o fosfato de zinco, teremos que ralizar a limpeza do conduto com os agentes detergentes Página 11 de Dentística II Screen clipping taken: 19/08/2020 17:43 Se formos trabalhar com o CIV, condicionaremos o conduto com o ácido poliacrilico Screen clipping taken: 19/08/2020 17:48 O conduto precisa estar seco, sendo assim, utilizaremos dos sugadores endodonticos para remover excessos de água, sendo também importante utilizar os cones de papel. Screen clipping taken: 19/08/2020 17:49 Após o preparo do conduto, nós partimos para a cimentação desses condutos. A broca lentulo no sentido horário fará movimentos expulsivos para não penetrar nem travar no canal. Outra opção é colocar cimento no conduto e no pino antes da instalação, passando o ionomero nas paredes de dentina. Screen clipping taken: 19/08/2020 17:51 Podemos aplicar com as pontas centrix - o cimento não deverá comntaminar a cabeça do pino. Screen clipping taken: 19/08/2020 17:52 Após a cimentação fazemos o condicionamento ácido e hibridização e polimerização, utilizando assim a matriz e cunha para reconstruir as proximais com a técnica da muralha, com a complementação com resina bulk flow na região do pino e completando com resinas convencionais para reconstrução da coroa e ajuste oclusal, para depois preparar as cuspides remanescentes para que se evite a fratura. Screen clipping taken: 19/08/2020 17:53 Screen clipping taken: 19/08/2020 17:55 Os pinos de fibra de vidro tem a vantagem de serem mais estéticos, terem alta resistencia a flexura e fadiga, módulo de elasticidade semelhante ao da dentina, Página 12 de Dentística II Os pinos de fibra de vidro tem a vantagem de serem mais estéticos, terem alta resistencia a flexura e fadiga, módulo de elasticidade semelhante ao da dentina, facilidade de aplicação e adesão fisicoquimica ao cimento resinoso e à resina composta. Os problemas envolvendo esses pinos de fibra de vidro estão no seu alto custo, fototransmissão variavel entre os sistemas, assim como sua radiopacidade inconstante, a compatibilidade entre o adesivo e o cimento resinoso. Além disso, esses pinos tem menor resistencia a tração. O reforpost não tem fototransmissão, mas possui retenção mecânica semelhante a um pino metálico, favorecendo a cimentação com o fosfato de zinco e CIV. O pino precisa ser cortado antes de ser cimentado, sendo o mais alto possivel. Esse pino não pode ser desgatado para adaptação ao canal, visto que as fibras de vidro podem soltar-se. Pinos com retenção, seja de fibra de vidro ou metálicos, podem ser instalados e aderidos utilizando cimentos de fosfato de zinco e CIV (cimentação convencional se não há foto-transmissão, eu não posso usar cimentos resinosos). Outra situação são os pinos de fibra de carbono do sistema C-post, que tem uma coloração muito escura, não sendo fototransmissor. Suas vantagens é que possui módulo de elasticidade semelhante ao da dentina, além da adesão físico quimica com cimento resinoso e resina composta. As desvantagens são seu custo, estética (não pode ser utilizado na regiao anterior), radiopacidade pequena, sem fototransmissão, compatibilidade do adesivo e cimento resinoso químico/dual além das poucas opções no mercado Screen clipping taken: 19/08/2020 18:18 Screen clipping taken: 19/08/2020 18:21 A desobstrução é feita com uma broca especial que possui um entalhe que mostra onde ficará a altura do pino. As brocas do conjunto desobstruem e anatomizam o conduto a receber o pino e ajustar o pino, corta-lo, trata-lo junto ao remanescente, cimenta o pino e restauracom resina o dente. Esse tipo de pino pode dar uma estética desfavorável, portanto poderemos abrir uma janela por vestibular e opacificar o pino para devolver a estética. Screen clipping taken: 19/08/2020 18:22 Para fazer uma cimentação adesiva, trabalharemos com cimento resinoso de polimerização química, que não precise da luz para tomar presa. Screen clipping taken: 19/08/2020 18:33 Os pinos de porcelana (ceramicos) da cosmopost podem ser utilizados nessas restaurações, sendo radiopaco, mas muito rigidos (friáveis). A zirconia não é tratavel, não há tratamento superficial, além de não ter foto transmissão e ser muito caro. Screen clipping taken: 19/08/2020 18:36 Página 13 de Dentística II Screen clipping taken: 19/08/2020 18:41 Os pinos de fibra de vidro são compostos de filamentos de fibra de vidro embebidas em resina epóxica. Nem todos os pinos são fototransmissores, visto que a luz incidida sobre esse, não se mantém em boa intensidade até o ápice do pino. Vários tipos de pino não possuem fototransmissão, tendo a menor densidade de energia nos terços apical e médio, de modo que alguns cimentos tem menor resistencia nessas porções quando utilizamos cimentos condicionados por luz, o que exige o dobro do tempo de ativação por luz Screen clipping taken: 19/08/2020 20:10 Outra questão é a radiopacidade, bem comum nos metálicos e cerâmicos, enquanto na fibra de vidro e de carbono possuem menos radiopacidade Screen clipping taken: 19/08/2020 20:16 Screen clipping taken: 19/08/2020 20:15 O reforpost é o pino de fibra de vidro que não possui radiopacidade nem fototransmissão, mas possui as retenções mecanicas para cimentação com o fosfato de zinco e CIV Pinos da reforpost mix angelus são pinos de resina reforçada por fibras de carbono e revestidos por fibras de vidro, com retenções para cimentação com fosfato de zinco e CIV. Em pinos lisos a cimentação é obrigatoriamente com cimentação adesiva - pinos da exacto angelus, que são de resina reforçados por fibras de vidro. O reforpin é um pino acessório, utilizado quando o canal é bem calibroso. O whitepost DC FGM são pinos conicos lisos de fibras de vidro. O pino da Nordin Glassicsplus tem estrias verticais e paralelas pelo cone para não haver travamento e parafusamento no canal. Screen clipping taken: 19/08/2020 20:29 Para cimentos resinosos, utilizamos cimentos como o RelyX ARC Adhesive resin cement com o adesivo single bond, de frasco unico acidico e cimento de dupla polimerização que tem compatibilidade. O RelyX ultimate não é compativel por não ter amina terciária, por isso usamos o single bond universal. O allcem dual da FGM pode vir como mistura na mesma seringa ou em seringa separadas, temos o cilano e adesivo. Na cimentação adesiva, sobre o adesivo polimerizado temos a camada não polimerizada pela inibição por O2, onde temos a presença de Screen clipping taken: 19/08/2020 20:11 Screen clipping taken: 19/08/2020 20:16 Alguns de fibra de vidro possuem fios de aço para reforçar a radiopacidade Página 14 de Dentística II Na cimentação adesiva, sobre o adesivo polimerizado temos a camada não polimerizada pela inibição por O2, onde temos a presença de monomeros acídicos, que se ligam com a amina terciária das resinas quimicamente ativadas, inibindo o processo adesivo, inibindo a área de adesão entre adesivo e cimento resinoso - incompatibilidade do sistema adesivo simplificado com o cimento resinoso dual. Para fazer uma cimentação adesiva, ajustamos os pinos a 2mm da incisal Screen clipping taken: 19/08/2020 21:41 Screen clipping taken: 19/08/2020 22:08 Página 15 de Dentística II Jean Lucas Gimenes Andrade/10744152 terça-feira, 1 de setembro de 2020 18:47 Página 16 de Dentística II Página 17 de Dentística II Página 18 de Dentística II Página 19 de Dentística II Para que se realize uma reconstrução direta estética, devemos considerar algumas indicações para tal, bem como a necessidade de uma estrutura dental remanescente de pelo menos 2mm, além de ser para restaurações definitivas - e nesse caso a resina precisa sobrepor as cúspides para ganhar resistencia. Devemos nos atentar que uma indicação dessas restaurações diretas com o uso de pinos de fina de vidro é quando queremos conservar estrutura dental e não desgastar muito antes de restaurar. Pinos de fibra de vidro, sejam eles retentivos ou não, podem ser indicados para cimentação adesiva, visto sua adesão química e física com o cimento resinoso. Além disso pinos de fibra de vidro possuem um modo de elasticidade que causam menor estresse sobre a dentina do remanescente. Além disso, quando perdem-se as cúspides e cristas marginais, temos que necessariamente recobrir cúspides com uma restauração direta (ou indireta) onlay ou inlay - nos posteriores podemos utilizar o pino intracanal para reforçar a resistencia mas não é obrigatório, sendo muito mais indicado para coroas anteriores. 1- As forças que se exercem sobre os dentes anteriores são de cisalhamento, comprometendo a estrutura dentária se não aplicamos um pino-intracanal, que dará melhor resistencia e estabilidade ao conjunto. Além disso, a seleção de pinos de fibra de vidro estéticos para restaurações com resina é bem indicada para dentes anteriores, onde se busca a estética além da função. Não indicamos pinos de fibra de vidro para suportar restaurações extensas caso não tenhamos estrutura dental o suficiente, onde melhor indicamos núcleo fundido e ferulização, para ter estrutura de suporte à coroa confeccionada. Em dentes posteriores, as restaurações são preferivelmente de recobrimento de cúspides para aumentar a resistencia de dentes extensamente destruido. Além disso, quando paredes dentinárias são muito finas podemos utilizar os pinos de fibra de vidro para construir núcleos anatômicos. Em canais com curvatura, há a possibilidade de desobturar até a curvatura e fixar 2 pinos de fibra de vidro. Assim, atualmente, o pino de fibra de vidro quando bem indicado é o mais utilizado em restaurações de dentes tratados endodonticamente com grandes perdas de estrutura dentária, devido ao seu módulo de elasticidade, semelhante a da dentina, ganho estético e ausencia de fase laboratorial, minimizando custos e tempo satisfatório. Só contraindicamos o uso de pinos de fibra de vidro na necessidade de adaptação e corte do pino e quando não temos remanescente dentário. Quando cortamos ou tentamos flexionar esses pinos, algumas fibras se soltam e fragilizam o pino. Quando falta estrutura remanescente devemos fazer os fundidos para ferulizar. Na cimentação de pinos com o uso de cimentos dual autocondicionantes, temos uma grande vantagem de não precisar condicionar o conduto em que o cimento age, apenas umedecendo- o para favorecer condicionamento, enquanto o condicionamento e silanização é apenas em pino intraradicular e hibridização da porção coronária restaurada. 2- Cimentos resinosos autoadesivos dispensam o emprego do sistema adesivo prévio, sendo ele mesmo responsável pela união com o substrato, como por exemplo: Relyx U200 (3M ESPE), Biscem (Bisco), entre outros. Se por um lado a técnica é simplificada, por outro a resistência de união é mais baixa e não podem ser utilizados em incrustações e facetas. Portanto, exige menor tempo de trabalho e menor sensibilidade técnica pela facilidade de aplicar o produto sem condicionar com ácido e adesivo e primer. Como não se faz o uso de primer (pH ácido) para aderir esse cimento, não há a formação de nanoinfiltrações, uma vez que o primer ácido pode se ligar com a amina terciária, assim é menos sensivel à micro e nanoinfiltrações e menos suscetivel A classificação de cimento resinoso dual autoadesivo significa que pode ser fotoativado ou quimicamente ativado, parecendo ser o dual a forma mais recomendada. Contudo a fotopolimerização é imprencidivel para a resistencia e polimerização; cimentos resinosos duais podem ser indicadas para a cimentação de restauraçõesindiretas em porcelana pois, mesmo que a luz do fotopolimerizador não atravesse totalmente a camada opaca da porcelana, a Trabalho de dentistica II quarta-feira, 2 de setembro de 2020 14:22 Página 20 de Dentística II que a luz do fotopolimerizador não atravesse totalmente a camada opaca da porcelana, a polimerização estará garantida nas porções mais profundas graças à polimerização química. As desvantagens estão na alta viscosidade do produto, além da pouca variedade de cores e curto prazo de validade em algumas marcas. . Página 21 de Dentística II 1- Em relação às facetas diretas com resina composta: a- Quais são as principais indicações e limitações deste procedimento? b- Quais são os dois fatores que podem determinar a quantidade de desgaste vestibular durante o preparo dental (justifique). c- Como se determina a extensão do preparo dental na região interproximal? (posição do término proximal) d- Como se determina a extensão do preparo dental na região cervical? (posição do término cervical) d- Como deve ser verificada/controlada a quantidade de resina a ser empregada sobre o preparo (contorno vestibular)? e- Comente sobre as situações onde o desgaste incisal é recomendado durante o preparo biomecânico. De uma maneira geral, são bem indicadas quando mais de 2/3 da face vestibular encontra-se comprometida por problemas na forma, cor e posição, de modo que um clareamento não é o suficiente. Um tratamento prévio das manchas e defeitos pode fazer com que se precise menos desgastes quando confeccionada a faceta. a. Além da questão da cor, as facetas são excelentes para modificações de forma, principalmente em dentes conoides bilaterais ou unilaterais. Ainda na questão de modificação de forma, podemos realizar a transformação de forma, como transformar um canino em lateral quando não temos o 12 ou 22. Através das facetas, podemos também corrigir formas e fechar diastemas, deixando os dentes mais largos e fechar esse espaço que interfere na harmonia do dente. Lesões cariosas extensas podem ser resolvidas com faceta, visto a destruição que ocorre e considerando a harmonização estética promovida pelas facetas. Alguns outros defeitos estruturais extensos bem como hipocalcificaçõeso ou hipoplasias de esmalte podem ser corrigidas por essa técnica, da melhor forma para que a interface com a restauração seja a mais branda o possivel, buscando resultados mais estéticos. Por outro lado, esses tratamentos recebem certas limitações mais do que contraindicações, visto que boa parte desses fatores podem ser eliminados antes mesmo de começar o tratamento. Vale ressaltar que essas situações limitrofes para resina composta pode alterar sua estética e longevidade do material dentro do tratamento. Como por exemplo, dentes muito escurecidos podem atrapalhar na viabilidade do tratamento, se considerarmos a translucidez da resina utilizada e a cor do dente trabalhado. Alguns corantes opacificadores (resinas fluidas com óxidos metalicos) podem intermediar o dente e faceta, mas com isso, o dentista precisa dominar a técnica de estratioficação da resina afim de esconder esse opacificador, visto que tanto um dente manchado e escurecido quanto um dente muito branco e opaco atrapalham na busca pela estética. Além disso, podemos citar os hábitos parafuncionais como bruxismos e vícios como fatores que limitam a aplicação de facetas, visto a força incomum exercida sobre um material que desgasta com o tempo. Esses hábitos precisam ser eliminados antes da aplicação das facetas, podendo utilizar uma placa miorelaxante ou tratamentos psicológicos. Pacientes fumantes ou aqueles que ingerem outros componentes corantes podem reduzir a durabilidade da estética da resina. Dentes muito proeminentes ou com giroversão muito angulada deixam o tratamento mais dificil, porque pode fazer com que o desgaste para faceta seja muito extenso e atrapalhe na saúde pulpar, sendo necessário indicar um tratamento ortodontico antes de tudo, para melhor posicionar o elemento dental. Pacientes com alto risco a cárie não é conveniente a nenhum tratamento restaurador, sendo necessário conscientizar e alterar o comportamento do paciente, para que o tratamento possa ser feito com segurança e com durabilidade. Além disso, dentes com destruição extensa não podem receber uma faceta adequadamente, por não possuir o suporte, sendo necessário tratamentos mais radicais como restaurações reconstrutivas, como coroas totais. Trabalho de dentística II part 02 quarta-feira, 23 de setembro de 2020 10:02 Página 22 de Dentística II radicais como restaurações reconstrutivas, como coroas totais. Os desgastes vestibulares são veitos com confecção de canaletas cervicais e canaletas paralelas verticais, determinando a profundidade planejada para o tratamento. As profundidades são variáveis quanto à necessidade e implicações da estética dentária, podendo ser de 0,2 a 0,6. Os fatores que determinam o desgaste podem envolver a alteração de cor, que necessita de uma camada maior de resina e estratificação sobre opacificadores, de maneira a precisar de uma mior desgaste para obter uma estética favorável. b. Além disso, outro fator como a inclinação dentária podem inflluenciar na quantidade de desgaste. Se considerarmos que o tratamento deve ser menos invasivo o possível, dentes inclinados ou posicionados mais para lingual podem ser incrementados em resina para confecção de facetas sem real necessidade de preparos profundos e extensos, dando a estética buscada pelo paciente sem muita intervenção sobre elemento dental saudável. A posição dos términos na região proximal, dependerão da quantidade de alteração de cor. Se não temos muita alteração de cor, o término se limita na canaleta inicialmente confeccionada, visto que não tem muita alteração a ser mascarada. Contudo, se as alterações de cor são muito intensas, passamos do limite da transição vestibulo-proximal, para esconder o escurecimento. c. O término cervical será confeccionado em chanfrado. Este será determinado pela alteração de cor do substrato dentário. O chanfrado manterá uma maior espessura de borda do material restaurador e com a quantidade ideal de material, podendo realizar um acabamento sem fratura do material. A alteração de cor influenciará na posição. Caso seja muita alteração de cor, movemos o término para subgengival (respeitando as distancias biológicas), se for pouca alteração será supragengival (ideal para manutenção de saúde). d. O desgaste incisal será feito na confecção de facetas de resina, de maneira a alterar o comprimento do dente e caracterização incisal ou mudar o formato de borda - sempre prestando atenção no dente homologo para dar a conformação correta. Na confecção, a ponta diamantada se posiciona a 45° da incisal, fazendo sulcos de orientação por toda a incisal, que fica serrilhada. e. 2- Joselina, prima do Zezinho, apresenta o elemento 21 escurecido por conta de tratamento endodôntico antigo e está de casamento marcado. Após 3 tentativas de clareamento dental neste elemento sem obtenção da cor desejada (pequena alteração de cor remanescente em relação aos dentes vizinhos), uma solução imediata foi necessária, e por falta de recursos financeiros (gastos na festa) envolveu a confecção de uma faceta direta de resina composta. Além da pequena alteração de cor, o elemento 21 apresenta ainda duas restaurações de classe III infiltradas por cárie e ampla abertura na face palatina para acesso endodôntico, ainda com tampão de cimento de ionômero de vidro utilizado para o clareamento interno. Frente a esta situação clínica, descreva DETALHADAMENTE a sequência e passos operatórios a serem seguidos para resolução estética e funcional do elemento 21. Antes do preparo biomecanico, é importante fazer um preparo prévio. Quando desgastamos vestibular e proximal, o dente pode tornar-se fragil, em condições piores se é um dente tratado endodonticamente, que pode fraturar-se com o desgaste.Para isso, incluimos pinos de reforço no canal. Poderemos notar a presença de restaurações insatisfatórias, principalmente as de classe III - Página 23 de Dentística II canal. Poderemos notar a presença de restaurações insatisfatórias, principalmente as de classe III - restaurações infiltradas e inadequadas precisam ser trocadas para poder aplicar uma faceta, caso contrário poderá haver uma infiltração pela faceta e restauração. ] Um procedimento prévio interessante para apresentar a possbilidade de resultado ao paciente é realizar enceramentos diagnóstico sobre modelo de gesso para montar um guia de desgaste e mock- up, de maneira a apresentar um "preview" do que esta por vir. As guias de desgaste é feita com uma moldagem inicial feita em silicona de adição, que permite a vasão de dois modelos de gesso, um para enceramento e outro para permanecer inalterado. Assim, com o molde do modelo encerado, removemos a incisal do material para observar o contorno que terão as facetas, bem como as áreas que precisarão de maior desgaste para que tenhamos a disposição de uma camada uniforme de resina sobre o dente, para que não haja alteração de cor por espessuras diferentes de resina. Além dos guias de desgaste, o enceramento diagnóstico será importante na confecção do mock-up. Sobre o enceramento diagnóstico faremos uma segunda moldagem, levando a informação do modelo encerado à boca do paciente. Previamente à confecção dos mock-ups, deveremos isolar os dentes envolvidos para que a resina do mock-up não se adira às restaurações anteriores. A partir disso, aplicamos uma resina bisacrilica (RC de polimerização rápida e química, sem necessidade de luz). Assim se reproduz as caracteristicas esculpidas em cera para a boca do paciente. Com os mock- ups em posição, os testes foneticos são feitos para testar se o formato e tamanho dos dentes permitem uma boa fonética e conforto. Assim como no preparo para coroas, o preparo para facetas também será feito sobre a técnica da silhueta, que começará com a confecção de uma canaleta circundante na porção cervical com uma broca de ponta esférica, de forma que delimite a extensão da faceta. Todo o desgaste será feito de maneira controlada através da união de sulcos de orientação em toda a extensão do preparo. O primeiro desgaste será feito com uma ponta esférica para demarcar o limite cervical e proximal da faceta. A profundidade pode ser de 0,2mm a 0,6mm, devido a alteração de cor, quase metade da ponta ativa da ponta diamantada 1012 a 1014. As troncoconicas (2135, 2135F ou em alguns casos, 4138) de extremo arredondado serão utilizadas para demarcar os sulcos paralelos verticais. A ponta diamantada esférica será posicionada inclinada sobre a estrutura dental, começando na borda incisal de um lado, passando paralelamente a região interproximal e cervical, descendo pela interproximal até a outra borda incisal. Vale ressaltar a necessidade de proteger os dentes vizinhos com uma matriz metálica. O próximo passo será a confecção de canaletas verticais paralelas na face vestibular, podendo ser feitas 2 ou 3 canaletas de desgaste com brocas cilindricas ou tronco-conicas, respeitando as angulações da face. É importante prestar atenção nas profundidades, visto que podem variar dependendo do nível de alteração da face vestibular. Estas poderão ser de 0,2mm a 0,6mm para poucas alterações de esmalte. Após confeccionar as canaletas, seguiremos a o passo de unir estas canaletas com a ponta diamantada, utilizando as pontas utilizadas na confecção das canaletas, mas dessa vez são utilizadas de maneira controlada e inclinada em relação ao longo eixo das canaletas, pois pode causar irregularidades se for paralelo. O próximo passo será delimitar os términos cervicais e proximais. Considerando as leves alterações de esmalte, delimitamos o término proximal á canaleta inicialmente confeccionada junto ao término cervical. O término cervical em si se manterá supragengival em razão das pequenas alterações de cor, sendo confeccionado em chanfrado. O desgaste incisal é feito nos casos de restauração em resina, com cortes angulando a troncoconica 2135, 4138 a 45° em relação à incisal, deixando em conformação serrilhada, sendo unida para formar uma incisal de preparo. O contorno vestibular deve ser verificado por uma visão incisal, de modo que seja um desgaste homogeneo para uma colocação homogenea de resina. Na técnica de facetas diretas, a restauração é imediata ao preparo. Dessa maneira, faremos o máximo para proteger a gengiva, para que o sangramento não atrapalhe na restauração. O primeiro passo importante para a restauração é a escolha da resina, escolhendo entre as hibridas e microparticulas, bem como as novas nanohíbridas e de nanopartículas, bem como a escolha da cor, que dependerá da acuidade visual do cirurgião dentista para selecionar uma que satisfaça o paciente quanto estética e que combine com a cor dos adjcentes - uso de luz natural é recomendado para escolha mais precisa. Com a seleção da resina, aplicaremos o material. O dente poderá receber um fio retrator no sulco gengival para favorecer a restauração na porção cervical. A técnica será a estratificada, Página 24 de Dentística II gengival para favorecer a restauração na porção cervical. A técnica será a estratificada, reconstruindo o dente através de camadas, com dentina opaca internamente pra dar anatomia e esconder o fundo mais escurecido, uso de resinas mais translucidas na incisal e mais externamente, tornando mais fina a camada de resina translucida na cervical. Para isolar os dentes visinhos durante a aplicação do ácido e adesivo, podemos utilizar uma fita veda rosca. Começamos aplicando resina composta mais opaca sobre o dente. Quando mais escurecido o dente, maior quantidade de resina. Na borda incisal reduzida no preparo colocamos uma resina de esmalte para dentes mais translucidos nessa porção, ou aplicação de resina de dentina caso os dentes tenham um padrão mais opaco nessa porção. Então se ainda há espaço, colocamos um pouco mais de resina para dentina, esculpindo mamelos com esta. Entre os mamelos podemos escolher entre uma resina bem translucida para deixá-los bem evidentes ou uma resina de corpo, que é menos translucida, mas não opaca como uma de dentina. Finalizamos com a aplicação da camada de esmalte em incremento único, determinando a forma final do dente. No acabamento e polimento acertaremos os ultimos detalhes anatômicos. A linha da beleza será demarcada por grafite, de maneira a guiar o polimento e acabamento com discos de licha e discos de borracha. Página 25 de Dentística II JeanLucasGimenesAndrade quinta-feira, 24 de setembro de 2020 18:47 Página 26 de Dentística II Página 27 de Dentística II Página 28 de Dentística II Página 29 de Dentística II No dia a dia da dentística, restauramos cavidades de tamanhos variáveis, mas há tipos de lesão que excedem em dimensões, pode m acabar por invadir espaços periodontais, sendo importante recorrer a periodontia para obter espaço para restaurações extensas. As cirurgias periodontais tem como objetivo principal o tratamento da doença periodontal, doença que apesar de não ter cura p ode ser controlada - DP é a PS aumentada e com SS e perda óssea, provocando perda de dentes. As cirurgias periodontais também podem ter objetivo esté tico, de maneira a aumentar a coroa clínica para aplicação de facetas e melhorar o aspecto do sorriso do paciente, visto que a gengiva é facilme nte manipulável para recobrir ou expor cervical, deixando o dente mais comprido. Na aula de hoje estudaremos essas cirurgias e procedimentos perio dontais necessários para que a restauração seja feita adequadamente. Para isso, devemos iniciar estudando sobre as distancias biológicas. A gengiva deve estar imóvel ao redor do dente para cumprir seu papel de proteção, vedando da penetração de bactérias. A gengi va tem importancia à saúde dos dentes e periodonto de suportee para estética desse conjunto. A gengiva só emite essa conformação de arco concavo regular pela conformação óssea mais apical. A distancia entre os arcos ósseos e a margem gengival é de aproximadamente 2 a 3mm, mas quando está mais profundo que isso podemos considerar a formação de bolsa. A inflamação gengival ocorre pelo acumulo de placa bacteriana e cálculo, ou por restaurações em excesso (atrapalham a higieni zação), próteses mal adaptadas, restaurações sem polimento e invasão das distancias biológicas. Nos 3mm de faixa entre a margem e osso, observamos 3 estruturas importantes. O primeiro cinto é o epitélio de sulco, de 0,2 a 0,8mm, fino e resistente. O segundo cinto é o epitélio juncional, de 0,97mm, com o dobro da largura do epitélio do sulco mas mais frágil. O terceiro cinto, apicalmente ao juncional, é como um cintro de velcro, a inserção conjuntiva, de 1,07mm - todos esses "cintos" somados resultam nos 2 a 3mm da gengiva, que recobrem todos os nossos dentes. O epitelio juncional e inserção conjuntiva somam em uma distancia denominada meio interno, q ue se separa do meio externo, representado pelo epitélio do sulco, os 0,5mm que limitam a profundidade das restaurações. O meio interno é a distan cia biológica que não pode ser invadida. Toda distancia biológica invadida pode provovar a perda de osso. Até certa profundidade, a invasão das dis tancias biológicas pode ser resolvida. Para afastar a cavidade do nível ósseo, nós podemos extruir o dente ortodonticamente ou cortar uma porção de osso. Iniciamos com um retalho total na porção mais cervical, utilizando uma proca diamantada para desgastar osso na região da invasão de distancia biológica e na s porçoes osseas que circundam o dente para que a gengiva fique sempre no mesmo nível - com o tempo, após a cirurgia, as distancias biológicas se retomam e com a restauração acima do nível que estava anteriormente, retirando do nível do osso. Dessa forma, há o aumento de coroa clínica. Se envolvemos apenas o dente de interesse, a gengiva retornará nos dentes ignorados mas formará bolsas profundas no dente que teve a crista óssea desgastada. Pode ser feita a extrusão ortodontica do dente em questão, desgastando-o para tirar do contato com um incisivo antagonista e mantendo sob contenção até que se forme osso ao redor deste, podendo restaurá-lo com segurança ao obter uma distancia biológica favorável. A extrusão pode Restaurações muito amplas e que ficam abaixo da margem gengival podem atrapalhar tanto na restauração quanto no isolamento para tal. Quando atinge a área da margem gengival, observamos a interrelação entre a dentística e periodontia - o conhecimento básico clínicos das duas especialidades nos permite tratar o paciente nessas duas dimensões, o que mantém afinidade. Cada vez que a restauração é trocada, a cavidade aumenta, o que aumenta o problema de proximidade e profundidade nas distancias biológicas. É importante saber se a cavidade em questão invadiu as distancias biológicas - 3mm dentro do sulco já impede a inserção de matriz e cunha para restauração. Só podemos afirmar diretamente se está subgengival, sendo mais complicado apontar se está invadindo as distancias biológicas, é necessário ter uma radiografia em mãos para definir a invasão das distâncias. Os aspectos pertinentes a uma saúde gengival é sua cor rósea pálida, sem edema e com conformações parabólicas, com aspecto de casca de laranja e sem sangramento, com término em bizél e faixa de MC de 2 a 9 mm, que é maior na anterior e se estreita até a região de molares, além de imobilidade do tecido. Invasão das distancias biológicas faz com que o acumulo de placa e ocorrencia de cárie force o EJ a migrar para apical para obter nova inserção, podendo invadir a área inserção conjuntiva, progredindo para a invasão da área de osso e que reabsorva o osso para obter nova inserção. Essas distancias podem ser invadidas por cavidades muito profundas e restaurações inadequadas, fazendo com que nessa área invadida apenas se perca osso, mantendo osso em outras áreas não invadidas pelas restauração. Nessa área onde houve perda óssea formará bolsa - com um sulco mais profundo a higienização fica mais dificultada, mantendo a bolsa e reabsorvendo mais osso. Uma perda progressiva de muito osso pode envolver mais dentes que não estavam relacionados com a restauração que iniciou as invasões. As cirurgias periodontais nesse caso permitirão obter uma melhor distancia entre a cavidade e o osso, permitindo que se forme uma papila saudável e as distancias biológicas se mantenham. O procedimento realizado terá bons resultados funcionais e de saúde do periodonto, mas com resultado nada estético, não sendo sempre indicado para os dentes anteriores. Nos dentes anteriores, fraturas e fissuras, cáries subgengivais e reabsorções podem ser fatores irritantes e invasores de distancias biológicas. Quando as distancias biológicas estão muito invadidas e há muita perda óssea (muitas vezes com furca exposta), consideramos o dente como condenado à extração. A cavidade quando se mantém no 0,5mm do meio externo é considerada uma cavidade favorável, mas quando está muito profunda e próxima ao osso, pode estar no meio interno, sendo insustentável, sendo importante deslocar essa margem mais apical com o aumento da coroa clínica. O aumento de coroa clínica pode ser muitas vezes prejudicial a estética quando se busca uma distancia biológica suficiente, mas pode ser muito utilizado para buscar a estética, dando a oportunidade de apresentar dentes mais compridos e aplicar facetas. O certo é desgastar o osso ao redor do dente de interesse e um pouco dos dentes vizinhos, para que a gengiva que retorna em bloco forme novas inserções. Procedimentos periodontais prévios às restaurações quarta-feira, 7 de outubro de 2020 08:07 Página 30 de Dentística II contenção até que se forme osso ao redor deste, podendo restaurá-lo com segurança ao obter uma distancia biológica favorável. A extrusão pode aumentar o black space, visto que a raíz que fica no local é mais estreita e com maior distancia até a próxima, ficando uma e spessura óssea que atrapalha a formação de uma papila completa. Screen clipping taken: 07/10/2020 10:45 O aumento de profundidade de sondagem pode ocorrer por perda óssea e formação de bolsa verdadeira ou por causa de edema da ge ngiva e formação de uma bolsa falsa. Se a sonda entra mais, mas o osso está normal, temos o edema da gengiva e uma bolsa falsa, mas quando ent ra mais do que o normal e com buraco no osso, a bolsa é dada como verdadeira. Muitas vezes o excesso de gengiva pode atrapalhar na restauração mesmo que não tenha invasão das distancias biológicas, sendo necessário interver com gengivoplastia para retornar a gengiva em condições fa voráveis. Os procedimentos em cunha são feitos na proximal para remover excesso de gengiva. Quando a gengiva está muito próxima da rest auração, sendo indicado para remover essa porção de gengiva que atrapalha. Screen clipping taken: 07/10/2020 11:15 Screen clipping taken: 07/10/2020 11:16 Os tres "cintos" são importantes na cicatrização da gengiva. Ao cortar a gengiva ao nível do osso, observamos no decorrer de 3 meses o crescimento da gengiva sobre o dente novamente, sempre reformando os 2 a 3mm. Em sondagem rasa, sem a perda óssea e profundidade, somos obri gados a fazer um aumento de coroa para obter um comprimento maior que largura. Se a sonda entra mais profundo que 3mm, temos uma bolsa falsa s e considerar o osso normal, sendo indicada a gengivoplastia. Se o osso ta muito próximo a sondagem é possivel desgastar osso e fazer o aumento de coroa, visto que apenas cortar a gengiva poderia promover o crescimento da gengiva até recobrir o dente, dando insucesso no tratamento. Página 31 de Dentística II
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