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Introdução a dentistíca Uma dentística perfeita começa com a anamnese. A anamnese contém: I. Identificação do paciente II. Queixa principal (não começa tratando pela queixa principal, a não ser que ela seja funcional, deve se avaliar o paciente como um todo) III. Histórico da doença atual IV. História buco dental V. História médica: questionário de saúde VI. Antecedentes familiares VII. Pesquisa de hábitos e vícios Todos esses fatores vão ser implicados em um sucesso do tratamento por isso devem ser contabilizados. O atendimento começa com o exame clínico extraoral, com o exame palpatório das glândulas e a análise de assimetria facial. Por conseguinte, é importante uma análise da cavidade oral, contudo, antes é importante realizar uma limpeza e profilaxia dos dentes. Para diagnosticar os dentes com alteração no exame físico, é importante ter os dentes limpos, o campo seco e iluminado, só assim será capaz de obter um diagnóstico acurado e preciso, logo um tratamento válido. No exame clínico intraoral o periodonto deve ser também avaliado e tratado e com aspecto saudável para assim realizar-se o exame clínico. Logo, tendo o periodonto tratado, sem placas, sem recessões gengivais e eritemas nas gengivas, começa a análise dos dentes, os quais devem ser avaliados: ✓ Cáries e restaurações ✓ Número e disposição dos dentes ✓ Desgastes (bruxismo ou apertamento?) ✓ Vitalidade pulpar O complemento do exame clinico é feito com o exame radiográfico nele deve ser avaliado as caries interproximais, avaliar os tratamentos endodônticos , a inserção do dente ao osso (quanto tempo ele ainda dura na boca? Vale a pena tratar?) e a raiz remanescente (quanto de raiz ainda tem, vale a pena?). Alguns aparelhos são usados para modelo de estudo entre eles temos o articulador semi ajustável (ASA) que tem por objetivo visualizar a situação inicial de cada paciente e facilitar o enceramento diagnóstico e existem também planejamentos virtuais, que são softweres que simulam como os dentes vão ficar. Por fim, realiza-se o plano de tratamento que consiste em uma sequência lógica do tratamento que visa melhorar o tempo e trazer uma melhor gerencia dos materiais, otimizando os resultados e tornando-os satisfatórios, assim como planejado. Polímeros odontológicos e Resinas compostas As resinas compostas são vantajosas no quesito estético, conservador, tempo de execução clínica, custo e versatilidade; as desvantagens são adesividade e a contração durante a polimerização. Outras características importantes sobre as resinas compostas estão citadas abaixo: → Possuem propriedades mecânicas iguais a da dentina, dessa forma, destacando sua forma de elasticidade e resiliência. → Essa configuração permite que ela absorva esforços mastigatórios e termos de deformação iguais aos dos dentes. → Ela é capaz de se aderir a estrutura dentária por meio de adesivos e formação de uma camada hibrida que se assemelha a junção amelo-dentinária. Assim é possível obter uma resistência biomecânica semelhante à do dente. → A diversidade de cor permite realizar a monocromia da estrutura dentária. BIZU: polimerizador bom é aquele que concentra a luz ultravioleta na ponta. Quanto mais dissipa pior é. As resinas compostas são formadas por diferentes componentes, sendo a característica e os percentuais de cada um deles que vai variar de um material para o outro, formando diferentes tipos de resina. As resinas compostas são as mais versáteis. A manutenção da integridade das resinas compostas é determinada pela união entre matriz orgânica e inorgânica, essa união é feita pelo agente de união que geralmente é o silano. Uma falha nessa união ocasiona uma distribuição não uniforme das forças mastigatórias, o que causa infiltração na interface carga-resina. Composição das resinas compostas Existem quatro componentes principais: Matriz orgânica: consistem e monômeros de dimetacrilato como o bis-GMA ou o UDMA associados a outros monômeros de menor peso molecular como o TEGMA, os quais são usados para regular a tonalidade e viscosidade. Partículas inorgânicas: são os tamanhos das partículas de carga que vão determinar as propriedades finais do material. As partículas de sílica, quartzo e zircônia vão determinar as propriedades físicas do material. Agente de união: devido a sua natureza química totalmente distinta das moléculas orgânicas as partículas de carga geralmente precisam de um agente de união, como o silano, que é capaz de se unir tanto as partículas de carga quanto a matriz polimérica. Sistema acelerador-iniciador: envolve os componentes que ajudam na polimerização, o processo iniciação (reação de presa) se inicia na presença de luz, por meio de um comprimento de onda específico; o fotoiniciador mais usado é a canforoquinona. Além disso, estão presentes nas resinas pigmentos que são modificadores óticos (A1, A2, A3...) e um inibidor de polimerização que na quando há exposição de luz ele evita a polimerização espontânea. Quando se tem um baixo inibidor de polimerização a resina endurece mais rápido, quanto mais inibidor mais cara a resina será, para facetas usa-se resinas com mais inibidor de polimerização. BIZU: restaurações que perde, degrada partículas de carga, pode ser falha na técnica ou problemas com silano. A perda de carga é a longo prazo. As resinas funcionam, pois, apresentam resistência e resiliência (as permite serem estáveis sempre), adesividade (união efetiva com os tecidos dentário) e policromia. Polimerização Na polimerização as moléculas de monômeros se unem e formam polímeros, contraindo-se. Quando se usa resinas vencidas ou incrementos maiores que 2mm, ocorre uma falha na polimerização, aumentando a fragilidade das resinas. E facilitando as fendas marginais, pigmentação, micro infiltração, carie secundária, sensibilidade e tensões entre interface dente-restauração. Grande parte dos problemas relacionados a resinas estão associados a contração de polimerização, quanto maior a união de monômeros e formação de polímeros maior será a contração de polimerização. O grau de conversão é a quantidade de cadeias formadas e quanto maior a intensidade da luz maior será o grau de conversão. A conversão correta dos monômeros irá conferir características mecânicas estáveis e satisfatórias as resinas. Fator C: o fator de configuração cavitaria mede a proporção da área de resina aderida (superfície aderida, aderiu corretamente) sobre a área de resina livre (resina que não aderiu corretamente). Quanto menor o fator c menor será a superfície livre e maior será a superfície aderida, assim, menor será a contração e mais satisfatória será a resina. Quanto menos paredes aderidas menos falhas aparecerão. Incrementos de 2mm de resina Classificação Macroparticuladas: resinas da década de 70; partículas de 8 a 50 µm; suas partículas são grandes, por isso não permitem um bom acabamento. Partículas grandes não tem boa estética, mas tem boa função. Hibridas: para melhorar a lisura das restaurações diminuíram as partículas de carga. Entretanto, aumentaram o volume de carga e diminuíram a quantidade orgânica, reduzindo a contração de polimerização. Apresentam uma melhor estética, mas não mantem o polimento ao longo do tempo, devido ao tamanho das cargas. (Ex: Filtek Z100 (3M), Filtek Z250 (3M)) Microparticuladas: para diminuir a rugosidade e aumentar a translucidez das resinas compostas tradicionais decidiu-se reduzir ainda mais o tamanho das partículas (0,02 a 0,4 µm), entretanto, diminui a quantidade das partículas de carga, deixando a menos uniforme e aumentando a probabilidade de fraturas e coloração. Microhibridas: contém sílica coloidal e vidros contendo metais mais pesados, diminui as partículas e aumenta a distribuição dessas. Tem uso em toda dentição (da arcada posteriora arcada anterior); quase todas são resinas flow, essas não são indicadas para dentes sujeitos a grandes esforços mastigatórios. Nanoparticuladas: ótimas para dentes posteriores (tem muitas partículas de carga), com características estéticas boa para dentes anteriores (pois tem bom polimento). Essa configuração de nanopartículas (0,1 a 100nm) trouxe grandes avanços para as resinas compostas. (Ex: Z350) O tamanho e a distribuição das partículas de carga vão influenciar na propriedade mecânica das resinas. O tamanho das resinas em ordem decrescente está descrito abaixo: Tradicionais (8 a 50 µm); Hibridas (0,6 a 1 µm); Microparticuladas (0,02 a 0,04 µm); Microhibridas (0,4 µm) e Nanoparticuladas (0,1 a 100nm). BIZU: resinas macroparticuladas são radiolúcidas, não são como as outras que são radiopacas. Indicações das resinas compostas de acordo com suas partículas de carga. Propriedades ópticas e escolha da cor O conceito de cor é formado pelos seus aspectos físicos na presença de luz, e pela percepção do olho humano aliado a estímulos psicológicos. A cor tem três dimensões. Matiz: É a família da cor (nome da cor; ex: amarelo, verde, azul...). As resinas compostas têm quatro tipos de matizes: → A (amarelo amarronzado; maioria dos casos) → B (amarelo amarronzado; mais puxado para o branco) → C (cinza com marrom; idoso) → D (vermelho marrom; café, cigarro) Croma: descreve a saturação ou a intensidade da cor, com relação as resinas, o croma é representado pela numeração na escala vita. É o quão é forte ou fraco uma cor, por exemplo a cor azul (matiz) claro (croma). Representação da escala vita Nos dentes naturais o croma é representado pela dentina e o esmalte é como se fosse o matiz. A medida que se diminui a espessura de esmalte no dente mais escuro será o croma, nesse sentido, sabe-se que a porção cervical tem um croma maior. BIZU: melhor lugar para escolher cor é aquele que tem luz natural. Valor: é a luminosidade da cor, é a qualidade pela qual distinguimos uma cor clara de uma cor escura; quanto mais branco maior será o valor. Relacionado a quantidade de branco (translucidez e opacidade) BIZU: não está exposto na escala vita clássica só na escala vita 3D. Exemplos de matizes (A) e de variação de croma (B) e valor (C). Efeitos Ópticos Translucidez e opacidade: mede a quantidade de luz que passa no objeto. Quanto menos luz passar mais opaco ele será. Esquema de translucidez das resinas compostas. Fluorescência: habilidade de uma estrutura absorver um espectro de luz menor, fora do espectro de luz visível (UV), e emitir uma energia luminosa dentro do espectro. É uma luz fora do espectro visível. Esmalte e dentina são fluorescentes, dessa forma, as estruturas dentais quando expostas a luz ultravioleta apresentam aparência fluorescente com coloração mais branca. O que não tem fluorescência é opaco, mais escuro, o que tem fluorescência é mais claro. O quesito fluorescência é importante na escolha da resina, pois, ela pode ser destacável na presença de luzes fora do espectro visível. Exemplo de fluorescência Opalescência: é a propriedade do esmalte de se apresentar com diferentes cores na presença de raios luminosos. Por exemplo, na presença de luz direta (direto no dente) o esmalte é branco azulado e na presença de luz indireta (luz do dia) o esmalte é alaranjado. Opalescência é o paradoxo de alta luminosidade combinada com a alta translucidez. Dependendo do ângulo de incidência haverá variação de cor. Dependendo da incidência de luz a cor do céu muda Opalescência do esmalte. Para uma correta escolha da cor deve ser feito uma profilaxia, e a escala vita não pode estar molhada, os dentes também devem estar levemente úmidos (dentes secos tendem a ser mais opacos, mais brancos), sem luz do refletor, apenas com luz natural e não deve isolar o dente. Resumindo: Matiz: A,B,C e D Croma: 1,2,3, 3,5 (A) e 4 Valor (luminosidade): B1, A1, B2, A2 e D2 (claros) C1, C2, D4, A3, D3 (médio) B3, A3,5, B4, C3, C4 e A4 (escuro) BIZU: o adesivo no meio da resina atrapalha polimerização e a união ao silano, isso causa falhas na distribuição das forças mastigatórias, causando infiltração nas restaurações. Porque as Resina funcionam? No passado usava-se muito o amalgama como material restaurador, contudo, esse material tinha pouca adesividade e assim era necessário cavidades mais retentivas, o que tornavam o remanescente dentário mais frágil e mais suscetível a fraturas. Além disso, dentes com metal tendem a dissipar mais força, uma vez que o componente de elasticidade do metal é diferente do dente. A dentística atual tem por objetivo manter o máximo de estrutura remanescente do dente, assim, usam-se mais resinas compostas pelo fato delas terem o componente de elasticidade mais parecido com o da dentina, auxiliando para que as cargas sejam dissipadas de forma uniforme e diminuindo o número de fraturas. Outrossim, a camada hibrida do adesivo é bem semelhante à junção amelodentinária. Também, as resinas são capazes de se mimetizarem reproduzindo o policromismo dental, conferindo característica semelhante à do dente. Quanto tempo duram as restaurações? Resinas compostas em dentes posteriores permanentes e decíduos tem taxa anual de 2,2 a 5%. Em anteriores, classes III, IV e V e anatomização de anteriores, a chance de perda a cada 5 a 10 anos é de 60%. Quais as principais causas de falhas em resina composta? Falha na retenção, principalmente em classes V, ou fratura de parte das restaurações, principalmente em IV e proximais de posteriores. Pigmentação marginal, associada ou não a desadaptação. Presença de lesão de cárie adjacente ou ao redor da restauração. As causas menos frequentes são descoloração de cor e perda de combinação de cor. Como avaliar os itens mais comuns de falha das restaurações? Exame clínico visual: margens pigmentadas e/ou desadaptadas associadas ou não à presença de sinais de carie. Exame clínico táctil: margens desadaptadas (sobrecontorno ou falta de material restaurador), presença de microcavitações ao redor da margem da restauração. Exame radiográfico: radiolucidez, principalmente em posteriores. Como melhorar a longevidade da restauração? Realizar um bom polimento ou reparo da restauração, o repolimento melhora o brilho das restaurações e remove manchas de corpo e margem. O que fazer para ter sucesso nas restaurações? Para ter sucesso é importante conhecer os sistemas adesivos e saber aplicá-los. O adesivo convencional é para todos os casos e o adesivo 3M single bond (universal) para casos de sensibilidade ou casos de próteses e evitar o uso dele em anteriores devido a coloração. Restaurações anteriores em resina composta Avanços nas técnicas adesivas e de coloração permitiram ao paciente e ao profissional uma ótima melhoria na estética e função. Discrepâncias no tamanho, forma, estética, cor, presença de diastemas e dentes conoides provocam impacto tanto na harmonia dentaria quanto na estética e autoestima do paciente. No que tange a anatomia dos anteriores, os incisivos apresentam translucidez na porção incisal. Os mamelos são mais proeminentes em pacientes jovens, pois conforme envelhecemos há um desgaste natural de elemento, tirando essas características. Quando indicar? Recontornos cosméticos e pequenos fechamentos de diastemas, restaurações estéticas (facetas isoladas, referente a um dente escurecido), alteração de cor e forma dos dentes (transformação de incisivos conoides), restaurações classe III, IV e V e finalização ortodôntica em pacientes jovens. Restaurações classe IV As restaurações classe IV são aquelas que envolve os ângulos proximais de dentes anteriores. Ao realizar ou trocar restaurações classe IV, deveser avaliado clinicamente e radiograficamente trincas de esmalte, fratura de esmalte, envolvimento ou proximidade pulpar e os tecidos de suporte dos dentes. Em caso de fratura do dente envolvendo o ângulo os procedimentos a serem seguidos são: 1. Exame clínico 2. Radiografia periapical 3. Fotos iniciais do caso 4. Confecção da guia palatina com silicone de condensação. 5. Profilaxia 6. Escolha do matiz olhando a dentina do paciente, analisando o croma da dentina e a translucidez do esmalte, além de observar regiões de opacidade e anotar. 7. Fazer incrementos de resina sem ataque ácido para verificar a mimetização da resina e confirmar a cor. 8. Isolamento. Pode ser absoluto, relativo combinado ou modificado. 9. Adaptação da guia de silicone para verificação da adaptação da palatina e incisal. 10. Regularização das margens de esmalte, com ponta diamantada de granulação fina 3195. 11. Hibridização. Aplicação do acido 30s no esmalte e 15s na dentina, seguido de lavagem abundante e secagem com jato de ar. 12. Aplicação do adesivo e fotopolimerização por 20 a 40s. 13. Primeiro incremento de resina é colocado na guia palatina. O incremento deve ser aplicado com cuidado e paciência, com espátula e pincel, com espessura fina e transparente, preenchendo as bordas incisais. 14. Coloca a guia com pressão por palatina e remove os excessos das proximais. E fotopolimeriza por 60s segundos. 15. Remove-se a guia e tem se o formato do dente a ser construído. 16. O segundo incremento corresponde ao corpo da restauração e é feito com resina opaca ou de dentina. Forma-se nessa etapa os mamelos das restaurações. E fotopolimeriza por 20 ou 40s. 17. Sobre o segundo incremento de resina vira uma resina de croma mais baixo. Cuidar para não sobrepor os mamelos. Fotopolimerizar por 20 a 40s. 18. Por conseguinte, acrescentar uma resina translucida de esmalte. Fotopolimerizar por 20 a 40s. 19. Aplicar gel hidrossolúvel por toda a superfície de resina e polimerizar por 40s para que possa ser polimerizado todos os radicais que não foram polimerizados na presença de oxigênio. 20. Dar acabamento fazendo anatomia primária com brocas de granulação fina ou lixa Sof-Lex Pop-on. 21. Checar contatos oclusais. Pode fazer acabamento e polimento na mesma sessão ou em uma próxima. 22. Fazer anatomia fina e polimento final. Valorizando a forma, com uma ponta diamantada, em baixa velocidade, fazer as marcações dos lóbulos vestibuloincisais, com movimentos leves e pendulares. O polimento final é feito com discos de feltro ou escovas (carbeto de silício) e pasta diamantada para polimento. Em alguns casos podem ser feitos modelos de gesso, seguidos de enceramentos diagnósticos para confecção da guia palatina. Fechamento de diastemas Diastema é o espaço, lacuna ou a ausência de contato entre dois ou mais dentes contíguos. O melhor tratamento para esses casos é determinado de acordo com a amplitude dos diastemas e ele pode ser ortodontia (espaçamentos maiores que 3mm), dentística (restaurações com resina com espaçamento de 0,5 a 3mm), periodontia (ferio labial com inserção baixa, remove-se ele) e prótese (tratamentos indiretos: fragmentos, facetas ou coroas cerâmicas). Pode ser feito por meio de reabilitação direta (resina) espaços menores com maior número de dentes anteriores. Ou por reabilitação indireta (cerâmica) por meio de prótese fixa. Para isso, deve ser avaliado a condição do dente, se tem alteração de cor, posição inadequada ou restaurações deficientes, se não há nenhuma dessas alterações faz-se o acréscimo sem desgaste, se houver alguma dessas condições são associados procedimentos clareadores e restauradores (classe IV, III e V ou facetas). Outro fator importante, é que deve ter um espaço de 5mm distante da crista óssea, para não haver black space (espaços escuros entre os dentes) e manter o espaço biológico e passar o fio dental de forma correta. Dessa forma, a largura é 80% da altura. RELAÇÃO ALTURA x LARGURA = Ax0,8 Com relação a seleção do material o terço cervical é mais escuro e se aplica a resina de dentina, no terço médio é uma resina mais clara, resina de esmalte cromático e no terço incisal se aplica a resina translúcida. A técnica pode ser feita a partir de uma guia de silicone que permite maior sucesso, pois, é mais fácil para posicionar os incrementos de resina. Ou pode ser feita a mão livre, o que exige muita habilidade. O protocolo de tratamento para fechamento de diastemas é descrito logo abaixo. 1. Se a cor estiver adequada, seguir os mesmos métodos de tratamento de classe IV. 2. Moldagem, fotos, enceramento diagnóstico e a guia de silicone. 3. Profilaxia e experimento das guias de silicone. 4. Isolamento do campo. O isolamento pode ser relativo, com roletes de algodão e fio retrator, pois é muito importante nesses procedimentos observar a gengiva. 5. Condicionamento ácido no esmalte por 30s, com lavagem abundante. É importante isolar o dente do lado. Aplicação de adesivo e fotopolimerização por 20 a 40s. 6. Inserção dos incrementos de resina na própria silicona, depois coloca-os por palatina e pressiona bem e fotopolimeriza. 7. Após colocado todos os incrementos de resina no dente, faz o ataque acido dente adjacente e refaz todas as etapas. 8. Acabamento e polimento.] 9. Fotografias finais, de preferência com a mesma angulação e tomada radiográfica que as iniciais. Facetas diretas em Resina São recobrimentos vestibulares, o qual tem a aplicação de uma ou mais camadas de resina compostas sobre a superfície do dente para favorecer a estética. São indicadas nos seguintes casos: • Dentes com alteração de forma (conoides, com hipoplasias, fluorose, erosão, outras alterações de forma) • Dentes que precisam alterar a forma (após tratamento ortodôntico, transformação de canino em incisivos laterais) • Dentes com alteração de cor (por exemplo dentes que foram submetidos ao tratamento endodôntico e não responderam ao clareamento; dentes com amplas lesões de cárie envolvendo a face vestibular). As vantagens incluem o preparo conservador; execução em única consulta; não é necessário provisório e moldagens; o preço é mais acessível com relação às facetas indiretas; tem resultados estéticos excelentes (dependem do operador) e é de fácil reparo. As desvantagens e as limitações é que ela não são aplicáveis em dentes muito escurecidos; pacientes com hábitos parafuncionais não controlados/acompanhados; dentes com grande giroversão, apinhamento ou vestibularizados; baixa resistência ao manchamento (pacientes fumantes ou com injeção frequente de corantes como a curcuma) e tem que ter uma boa habilidade do operador. O diagnóstico e o planejamento devem contar com a expectativa do paciente, o tempo de consulta, hábitos nocivos do paciente, higiene oral e saúde do paciente, oclusão e a condição do dente, que é feita por meio de uma análise clínica e radiográfica. A cor do dente a ser restaurado vai depender se ele é sem alteração de cor, com moderada alteração de cor ou acentuada alteração de cor. Ainda sobre a cor, é valido salientar que ela vai influenciar na profundidade do preparo, quanto maior a alteração de cor mais profundo será o preparo. A sequência para realização de facetas em resina compostas está descrita logo abaixo: a) Técnica do preparo: A profundidade é de 0,5 a 1mm 1. Delimita as margens proximais com uma broca 1012, com inclinação de 45º. A ponta diamantada tem que margear a gengiva e depois a proximal do dente, não rompendo o ponto de contato proximal. Término cervical chanfrado (sem bisel, com ângulo). É importante ressaltar que a superfície vestibular não é plana, por isso, deve-se estar atento a inclinação do dente (se fizer o desgaste reto o terço médio vai desgastar mais).2. Realizar as canaletas de orientação com uma broca diamantada 4141 ou 4142 (brocas aneladas) e/ou 2135 ou 4238 (brocas tronco cônicas). São referência para profundidade do desgaste e regularização dele. 3. União das canaletas com as pontas diamantadas 2135 ou 4238. b) Escolha das resinas a serem usadas, com o mesmo método usado para classe IV, contudo como a restauração engloba toda a face vestibular deve-se avaliar os terços, fazendo uma estratificação de resinas compostas. Pode ser translucida ou esmalte, opaca, de dentina ou esmalte. c) Isolamento, pode ser feito isolamento absoluto ou usado um abridor de boca, pois, é muito importante nesses casos ter uma visualização clara da gengiva. d) Condicionamento da superfície, faz-se o ataque ácido por 30s, seguido de lavagem abundante e aplicação do adesivo com fotopolimerização. e) Inserção da resina composta. Em alguns casos é necessário o uso de mais de uma resina composta, se for interessante que a transição entre uma cor e outra seja gradativa. f) Acabamento e polimento, é importante no acabamento destacar com as micro e macrotexturas com pontas diamantadas e ressaltar o brilho da estrutura dentaria com o polimento. Restaurações indiretas unitárias Em alguns casos as limitações dos materiais restauradores diretos e as dificuldades relacionadas a aplicação intraoral deles, torna mais viável o uso de restaurações indiretas. São classificadas de acordo com o tipo de preparo em: Intra coronárias: cobre só os sulcos dos dentes (cobre o istmo do dente), não atinge nenhuma cúspide. Extra coronárias: quando atinge uma cúspide (pelo menos uma cúspide). Classificam-se também de acordo com o tipo de cobertura: Parciais: cobrem todas as cúspides, uma cúspide ou nenhuma cúspide. (Ex: Restaurações metálico fundidas; onlays e inlays; cerâmicas e facetas). Totais: Cobrem o dente todo. (Ex: coroa total metálica; coroa total metálico cerâmica e coroa total cerâmica). Além disso, podem ser classificadas de acordo com o material: Metálicas: Para dentes que sofram altas forças mastigatórias e com muito desgaste. Podem ser de ouro ou liga metálica tradicional. Cerâmica: conhecida também como porcelana, é um material com alta dureza. Não pode usar o ultrassom, são as coroas onlay, inlay e total. Resinas: tem menor custo-benefício, podem ser laboratoriais quando reforçadas com fibra, possui dureza semelhante aos dentes naturais. Alguns requisitos tornam-se essências para as restaurações indiretas. I. Resistencia (com menor índice de fraturas) II. Durabilidade (tem que ter qualidade) III. Precisão IV. Funcionalidade (elas são mais funcionais, precisão estar em função) V. Estética (melhor estética é conferida pois podem ser feitas com mais tempo) A escolha da técnica é feita após uma radiografia e a remoção do tecido cariado ou restauração insatisfatória. As onlays e inlays devolvem de forma estética e funcional parte do dente com carie extensa ou fraturado. Elas são uma cópia fiel da estrutura dental que foi destruída. INLAYS: não envolve cúspides (intracoronária); pode envolver uma ou duas interproximais; restauração indireta pacial. (Ex: MOD, MO, OD e O) ONLAY: recobre uma ou mais cúspides. OVERLAY: envolve todas as cúspides, geralmente não se usa restaurações indiretas em cavidades como essa, usa-se as coroas totais. Esses tipos de restaurações são indicados para os seguintes casos: → Estética → Defeitos amplos ou restaurações prévias → Defeitos estruturais → Dentes que foram tratados endodonticamente e que tem a necessidade de cobertura parcial. → Quando há coroas de porcelana nos dentes vizinhos → Quando há dificuldade de retenção da resina composta → Corrigir posicionamentos → Quando ocorre perda de dimensão vertical → Quando tem substância dental suficiente para tal restauração Existe também as contraindicações, as quais são citadas logo abaixo. → Pacientes com bruxismo (tem que tratar o bruxismo primeiro) → Coroa clínica pequena (conscientizar o paciente e/ou fazer aumento de coroa clínica) → Incapacidade de manter o campo operatório seco → Preparos subgengival profundos, dependendo da profundidade a indicação é de exodontia A seguir são descritas as vantagens de restaurações indiretas: → Melhores propriedades físicas → Variedade de materiais e técnicas → Tem menor contração de polimerização → Resistente ao desgaste → Tem suporte da estrutura dentaria remanescente → Tem um controle maior sobre os contornos e anatomia → Biocompatibilidade e boa resposta dos tecidos → Aumento do apoio auxiliar Quanto as desvantagens podem-se citar: → Aumento do custo e do tempo de trabalho → Sensibilidade da técnica → Dificuldade na prova e instalação → Baixo potencial de reparo (tem menos chance de reparo, se quebrar tem que remover toda a restauração) Os princípios biomecânicos para desenvolvimento da técnica, incluem: ➢ Expulsividade das cavidades devem ser maiores que 5º ➢ A profundidade deve ser maior que 2 mm para uma boa adesão ➢ As paredes devem ser planas, respeitando a expulsividade ➢ Largura do istmo deve ser maior que 2mm ➢ Ângulos internos arredondados ➢ Proteção de cúspide maior que 1,5 mm (quando envolver cúspide mais de 1,5mm dela deve ser preservado) ➢ Posição do dente no arco deve ser mantida ➢ Contatos oclusais devem ser preservados ➢ Quanto maior a adesão maior será a retenção ➢ Ângulos internos que estejam próximos 90º dificultam o escoamento do cimento ➢ Os ângulos devem ser chanfrados com términos suaves Quanto ao preparo das restaurações indiretas os objetivos e características deles determinam que a forma da caixa deve conferir resistência mecânica, assim como a largura do istmo deve ser de um tamanho o qual a torne resistente a fratura e a facilite a técnica de confecção; o ângulo cavo superficial deve ter 90º para manter a friabilidade do material – diminuindo as chances de fratura - e deve avançar nas ameias para facilidade de cimentação e adaptação; outrossim, deve ter volume suficiente para lhe conferir resistência mecânica. Também deve ter um bom término do esmalte para obter um bom vedamento marginal (cristas de esmalte podem atrapalhar o vedamento), os ângulos internos são arredondados para evitar fraturas e facilitar o assentamento da peça protética, minimizando as contrações de stress, as paredes são aplainadas para facilitar a adaptação e assentamento da prótese e a inclinação das paredes para inserção da peça. A espessura da peça deve ser de 1,5 a 2mm e a altura e a linha remanescente tem que ser maior que 1,5mm, para que haja uma boa adaptação da prótese; é importante também cúspides maiores que 2mm pois se for menor a chance de fratura e muito maior, porque a camada do material vai ser fina. Sabido o que é importante ter no preparo cavitário, é importante ter em mente a forma como ele deve ser feito. A sequência abaixo deve ser seguida, preservando as paredes vestibular e lingual com ligeira expulsividade para oclusal. 1) Redução oclusal Com a broca 3100 é o primeiro passo a ser seguido; melhora a visibilidade e a refrigeração; brocas curtas vão alcançar as paredes cervicais nas caixas proximais. Reduzir, 1mm no mínimo, nas áreas de cúspide. Salientando: profundidade oclusal de 2mm; abertura vestíbulo lingual de 1,5 a 2mm; parede pulpar plana; paredes vestibular e lingual levemente expulsiva; ângulos internos arredondados e chanfro nas cúspides de contenção cêntrica (onlay e overlay) 2) Preparo da caixa oclusal Com brocas 3131, 1093, 4133 e 3100. A profundidade oclusal é de 2mm; e a abertura vestíbulo lingual de 1,5 a 2mm; parede pulpar plana; paredes vestibular e lingual levemente expulsiva; ângulos internos arredondadose chanfro nas cúspides de contenção cêntrica (onlay e overlay) 3) Preparo das caixas proximais É feito com a broca 3131. A caixa proximal deve ter paredes ligeiramente divergentes. As funções do preparo da caixa proximal é separar a parede gengival do dente vizinho, remover irregularidades e remover esmalte sem apoio. 4) Acabamento Nivelamento das paredes do preparo. Após concluído o preparo segue o protocolo clínico para confecção da peça: 1. Moldagem com silicone de adição e vazamento em gesso para confecção do modelo. 2. Pós isso, o modelo é enviado ao laboratório junto com todas as informações sobre cor e características necessárias. 3. Pós as etapas laboratoriais e a confecção da peça retiram-se a restauração provisória e faz a prova da peça, com o assentamento adequado e é feita a cimentação. 4. Antes de realizar a cimentação faz-se isolamento absoluto. 5. Após a cimentação é feito os ajustes oclusais. 6. Por fim faz o polimento das restaurações feitas. Dentística P2 Moldagem e cimentação Restauração indireta: restauração que é levada para consultório. Restauração semi-direta: é feita em consultório. Faz-se essa restauração em pacientes que tem todos os dentes e que tem pouca carga sobre o dente a ser restaurado. Características ideais dos materiais de moldagem: Os materiais devem ter: viscosidade satisfatória, tempo de trabalho e presa satisfatório (facilita a moldagem e o atendimento), facilidade de uso, possibilidade de desinfecção (gluteraldeido e hipoclorito), vida útil adequada, compatível com gesso e custo-beneficio. Para obter sucesso clínico da restauração deve ser seguido os seguintes passos, indicação correta, preparo cavitário, moldagem, periodonto saldável e provisório, laboratório e ajuste/cimentação. Propriedades críticas e sua importância clínica: Molhamento (poder colocar em ambiente úmido), ser flexível, retornar após a deformação, ser resistente ao rasgamento, ter estabilidade dimensional e reproduzir todos os detalhes. São classificados em: Anelásticos: gesso, godiva e pasta de zinco enólica. Elástico: hidrocoloides reversíveis e irreversíveis e elastômeros (polissufetos/mercaptanas; poliéteres; silicones de adição e silicones de condesação). Hidrocoloides irreversíveis (Alginato): • Não é indicado para dentes já preparados. • Baixa estabilidade dimensional e pobre reprodução de detalhes, baixa resistência ao rasgamento. • Baixo custo e fácil manipulação. • Indicado para obtenção de modelo de estudo e de arcadas antagonistas. Hidrocoloide reversível: • Muito preciso • Hidrófilo (não tem bom desempenho em contato com a água) • Vazamento deve ser imediato Elastômeros: • Polissufetos – mercaptanas – (boa reprodução de detalhes, baixo custo e alta resistência ao rasgamento, tem muito odor, molhamento de superfície e flexibilidade satisfatória). • Poliésteres (difícil de se manter a flexibilidade, tempo máximo para vazar o gesso é de 7 dias, tempo de trabalho e de presa curtos e dificuldade de manipulação, exelente molhamento de superfície) • Silicone de condensação (curto tempo para vazamento, a reação de polimerização é responsável por formar subprodutos (álcool etílico) que volatizam, contraindo o material 2 – 4x mais que a dos outros elastômeros, possui fácil manipulação, boa flexibilidade e gosto e odor neutros e média resistência ao rasgamento, possui baixo retorno pós deformação) • Silicone de adição (muito melhor que todos, não há subprodutos de reação, libera gás hidrogênio como co- produto- adiar o vazamento por 30 a 60 min, tempo máximo de vazamento de 1 semana; cuidados com luvas de látex que contém enxofre, pois esse retarda a reação de polimerização do silicone; único ponto negativo é o custo). Passo a passo para moldagem: 1. Afastamento gengival: existem três formas de realizar o afastamento. Ele pode ser químico- mecânico, quando feito com fio retrator e hemostático; pode ser também cirúrgico, quando feito com bisturi; e pode ser mecânico com fio e grampo. Mais usado para esse caso é o químico mecânico. 2. Moldagem com a técnica da dupla impressão ou única impressão: a técnica da dupla impressão molda primeiro a pasta densa com o catalisador e depois coloca a pasta leve; na técnica de única impressão a moldagem é feita com os dois juntos, a diferença entre as duas é que na de única impressão a indução ao erro é maior. 3. Desinfecção do molde: A desinfecção pode ser feita com gluteraldeído 2% ou hipoclorito, melhor o uso do gluteraldeido que não mancha a roupa. 4. Registro de mordida: o registro de mordida é feito em máxima intercuspidação habitual (MIH). Esquenta a cera e pede ao paciente para morder. Restaurações provisórias: A restauração provisória é feita com cimento de ionômero de vidro. Não pode ser usado coltosol porque ele libera eugenol que pode atrapalhar na cimentação. Pode ser feito também com resina acrílica autopolimerizavel, coloca uma bolinha de resina sobre o dente e manda morder. O fato de as frágeis restaurações cerâmicas ou resinosas aguentarem as cargas mastigatórias está ligado a adesividade dos materiais que as unem, os quais são capazes de distribuir o estresse. Cimentação: O resultado clínico da cimentação está diferente relacionado ao operador. A adesão sela a dentina, evitando que entre microrganismos na polpa. Com a adesão não é necessário só retenção. A adesão não é feita somente com o cimento. Adesão em esmalte: o acido fosfórico é aplicado por 15 a 30s segundos; o ácido promove uma desmineralização seletiva do esmalte, formando microporos que posteriormente são preenchidos pelo sistema adesivo. Adesão em dentina: aplicação de ácido fosfórico por 15s, promovendo a limpeza da smear layer e exposição das fibras colágenas, seguido da aplicação do adesivo. Os materiais envolvidos na cimentação é o adesivo universal e o cimento resinoso. Nas cerâmicas são aplicados ácidos mais sensíveis, como ácido fluorídrico, que irá formar micro retenções na peça, não pode ser aplicado na boca nunca. Com relação aos cimentos resinosos: Devem conter resinas compostas de alto escoamento, boa adesividade, ativação química, foto ou dual, baixa solubilidade e espessuras de película pequena, ser de fácil manuseio, variedade de cores e alta resistência ao desgaste. São classificados quanto a ativação: → Quimicamente ativados: indicados para cimentação de peças metálicas, alumina ou zircônia, é ativado pela ação de duas pastas (base e catalisador), converte monômeros em polímeros. → Fotoativados: ativado através da luz do fotopolimerizador, é importante que a luz alcance o cimento, se limita a peças protéticas de no máximo 1,5 a 2 mm de espessura. → Duais: são quimicamente ativados e fotoativados ao mesmo tempo. Permite maior tempo de trabalho. Preparo da peça protética: Peças resinas compostas indiretas: aplica o ácido fosfórico na peça por 10s, limpeza da superfície condicionada com água, sinalização e adesivo (atenção a adesivos que contém silano). Peças de cerâmica: a ordem dos procedimentos é a mesma, muda apenas a aplicação do ácido que na cerâmica é o ácido fluorídrico. Preparo do dente: Isolamento absoluto, limpeza do dente com pasta profilática, condicionamento do esmalte e dentina e aplicação do sistema adesivo. Manipulação do cimento e aplicação dele na peça protética, por conseguinte coloca a peça no dente e fotopolimeriza cada face por 20s. Restauração em dentes extensamente danificados Os pinos intraradiculares tem como objetivo manter estética, saúde e função, mantendo a estrutura dentária e fazendo a escolha correta de materiais. Avaliação do dente a ser restaurado: • Quantidade de estrutura dental remanescente. • Tipos de fratura dental: por exemplopode sofrer uma força elevada com curta duração (acidente) ou pode sofrer uma fadiga da estrutura dental remanescente com uma força de pequena intensidade de curta ou longa duração. • Dentes com restaurações extensas O objetivo principal é manter a integridade da estrutura dental, reestabelecendo resistência suficiente para resistir as forças oclusais. Como é dito na literatura o principal fato de se perder dentes que foram tratados endodônticamente é o fato de não se reconstruir corretamente os dentes tratados. Diagnóstico: O profissional deve refletir sobre os seguintes aspectos: • Quantidade de estrutura coronária remanescente (perda superior a 50% é necessário realizar a retenção do material restaurador com pino intrarradicular) • Condição e morfologia da dentina radicular remanescente • Localização do dente na arcada (recebe mais ou menos força) • Expectativa do paciente • Tipo de restauração a ser confeccionado • E a oclusão (uma oclusão instável é impossível reabilitar o paciente com qualquer procedimento) Oclusão: No que tange a oclusão deve ser analisado: • Overbite (quanto os dentes superiores cobrem os inferiores) • Dentes longos e/ou cúspides grandes (maior deflexão • Dentes responsáveis pelas guias de desoclusão • Pacientes portadores de bruxismo Deve ser analisado também os dentes tratados endodônticamente, são frágeis ou não, deve receber o pino intracanal, restauração total ou parcial. Retentores intrarradiculares Proporcionar retenção do material restaurador ao remanescente dental. Tipos de retentores intrarradiculares: ❖ Pinos metálicos (fundidos ou pré fundidos): ▪ Possuem perda de retenção, pois a retenção mecânica e a cimentação não possuem adesividade. ▪ Risco de corrosão ▪ Maior desgaste da estrutura dental, acometendo a estrutura dental sadia, uma vez que é necessário um preparo maior. ▪ Falhas fatais, se ele sofrer uma força e faturar quem quebra é o dente. ▪ É esteticamente comprometido. ▪ Muitas sessões para ser preparado, mais tempo de trabalho. ▪ Baixo modulo de elasticidade. ▪ Sobrevida de 75,6% em 1 ano e 50% em 5 anos. (dura muito pouco) ❖ Pinos de fibra de carbono: ▪ Fácil manipulação ▪ Modo de elasticidade parecido com a dentina ▪ Baixa toxicidade ▪ Estética insatisfatório (preto) ▪ Boas propriedades mecânicas ❖ Pinos de fibra de vidro: ▪ Modulo de elasticidade estritamente próximo da dentina ▪ Bom desempenho biomecânico (a forma como as forças se distribui facilita) ▪ Boa distribuição de forças ▪ Estética muito boa (transparente) ▪ Preservação da estrutura dental sadia, por conta do preparo mais conservador ▪ Redução de fratura radicular ▪ Adesão a estrutura dental ▪ Propriedades mecânicas semelhantes à da dentina Passo a passo da colocação do pino de fibra de vidro 1. Seleção do pino 2. Desobstrução do condulto 3. Prova do pino 4. Corte do pino 5. Reanatomização do pino, se necessário 6. Preparo do pino 7. Preparo do condulto 8. Cimentação 9. Confecção do núcleo de preenchimento e restauração 1. A seleção do pino é feita colocando o sobre a radiografia, analisando a anatomia do condulto radicular, comprimento e forma. É importante sempre deixar +/- 4mm de guta percha preservando o diâmetro, deixando o mais próximo da luz do canal. 2. Após realizar o isolamento absoluto é feita a desobstrução do canal com a broca gattes ou largo 1,2 e 3. Pode ser usada também a broca que é compatível com o diâmetro do pino, a broca que já vem acompanhada do pino escolhido. Entra com a broca 2/3 do comprimento radicular, preservando de 3 a 5mm de material obturador na região apical. 3. Provar o pino que vai ser utilizado e radiografar. 4. Com uma broca diamantada e com refrigeração corta o pino a uma altura de +/- 2mm da incisal ou oclusal dos dentes. 5. O preparo do pino é feito colocando-o no álcool 70% e depois de secar, prova na boca e coloca no álcool novamente e seca; passa ácido fluorídrico 10% por um minuto (não em todos os casos) e silano seguido de jato de ar e posteriormente fotopolimerização por 60s. 6. No preparo do condulto em alguns casos o canal é lavado com hipoclorito e depois com soro, feito isso seca o canal com cones de papel absorvente; por conseguinte aplica o acido fosfórico por 20s e lava abundantemente por 40s, novamente, seca com cones de papel, pós isso, aplica o adesivo e fotopolimeriza por 40s. 7. A cimentação adesiva é feita com cimento resinoso dual, após a manipulação do cimento coloca-o no canal radicular com a broca lêntulo. Pós isso, posiciona o pino, remove excessos e fotopolimeriza por 20s a 1min de cada lado. 8. Faz a cimentação da coroa ou incremento de resina. Quando o pino não se adapta é feito um pequeno incremento de resina no pino para reanatomiza-lo. Esse incremento é feito da seguinte forma: Faz ataque ácido fosfórico no pino, lava abundantemente, passa adesivo e coloca resina, com a resina já no pino, ele é posicionado dentro do canal lubrificado para se moldar e fotopolimeriza por 5s, seguinte a isso, fotopolimeriza o por 40s. Após isso, o pino e o canal são preparados novamente. Técnicas de clareamento dental para dentes vitais Desde 1860, são vistas técnicas de clareamento com: cloreto de sódio, cloro, cloreto de alumínio, hipoclorito de sódio, ácido oxálico e dióxido de enxofre. Em 1989, Haywood e Heyman cria a técnica de clareamento caseiro ou supervisionado, com peróxido de carbamida a 10%. Atualmente existem no mercado várias técnicas e vários tipos de gel, marca e porcentagem 10%, 16% e 20%. Etiologia das alterações de cor dos elementos dentais O dente é policromático e sua cor é estabelecida pela dentina, resultando em uma coloração do dente amarelada. Alterações endógenas (ocorridas durante a formação do germe dental): ▪ Amelogênese imperfeita (clareamento contraindicado) ▪ Hipoplasia do esmalte (manchas amarelas e brancas) ▪ Fluorose dental (manchas brancas) ▪ Dentinogênese imperfeita (clareamento contraindicado) ▪ Alterações da cor pelo uso de tetraciclina (dentes meio translúcidos) ▪ Icterícia ou distúrbios hepáticos (clareamento contraindicado) ▪ Porfirismo congênito e eristoblastose dental (clareamento contraindicado. Alterações exógenas (ocorrem após a formação do elemento dental): ▪ São classificados em extrínsecas e intrínsecas ▪ Pigmentações extrínsecas: são externas, geralmente ocorrem pela impregnação de corantes de alimentos como café, chá, vinho... ▪ Pigmentações intrínsecas são aquelas que se originam no interior da câmara pulpar, como: hemorragia interna após traumatismo, necrose após traumatismo, calcificação distrófica da polpa, fatores iatrogênicos e utilização de materiais obturadores a base de iodofórmio. O processo básico de clareamento consiste na oxidação de materiais orgânicos em que são convertidos em dióxido de carbono e água. No decorrer do clareamento as cadeias de carbono são transformadas em CO2 e H2O, sendo gradualmente liberadas junto com oxido nascente. Ponto de saturação: quando o atinge o máximo do clareamento e o gel clareador não clareia mais, passando a atuar em outros compostos orgânicos, como as proteínas da matriz do esmalte. Tem perda de estrutura dental sendo necessário cessar o clareamento. Por isso, é importante acompanhar o paciente e ver a progressão de cor com a escala vita. Técnicas de clareamento dental: Existe clareamento de dentes polpados (vitais) e clareamento de dentes não polpados (não vitais, sofreram tratamentos endodônticos). Clareamento de dentes polpados (vitais): I. Técnica de clareamento caseiro, com a moldeira II. Técnica de clareamento de consultório III. Técnica de microabrasão I. Clareamento caseiro Pode ser realizado com peroxido de hidrogênio a 4% e 10% ouperoxido de carbamida a 10% e 16%. A sequência técnica do clareamento é: 1. Adequação do meio bucal (só restauração anteriores que não) 2. Diagnostico de alteração de cor do dente (Qual a causa? O que causou? Em casos de impossibilidade deve ser conversado) 3. Registro da cor com escala vita e uma foto 4. Moldagem das arcadas superior e inferior e obtenção dos modelos 5. Confecção das placas de clareamento prensadas a vácuo 6. Orientar o paciente como realizar o clareamento: escovação previamente ao uso do gel; moldeiras secas; colocar o gel no vestibular dos dentes de pré a pré, uma quantidade semelhante a 1/3 do grão de arroz, pois, se o gel vazar na gengiva pode causar queimação e até necrose da mesma. 7. Posicionar as placas de clareamento no dente 8. Reavaliar o efeito do tratamento a cada semana, ou a cada 15 dias, ou a cada seringa. As indicações são alterações de cor distribuídas uniformemente pela coroa; pigmentação por tetraciclina grau I e II; fluorese suave e pigmentação fisiológicas devido a idade. As contraindicações incluem pacientes fumantes (muita pigmentação); com lesões de alto teor de malignização, dentes com comprometimento pulpar e pacientes com gengivite; pacientes com restaurações deficientes, lesões de erosão, abrasão e abfração; pacientes com câmara pulpar ampla e gestantes e lactantes. As vantagens são que é mais barato, tem mais conforto (em partes) e permite que o paciente acompanhe o tratamento individualmente. As desvantagens são sensibilidade, dependência da colaboração do paciente e possibilidade de queimaduras na gengiva. II. Clareamento de consultório As indicações são as mesmas que a do clareamento caseiro, pigmentações distribuídas uniformemente pelos dentes, pigmentações por tetraciclina grau I e II, fluorose suave e alterações fisiológicas devido a idade. As contraindicações são fumantes, gestantes e lactante, pacientes com gengivite, pacientes com câmara pulpar ampla, pacientes com restaurações deficientes e pacientes com comprometimento pulpar. Os agentes clareadores são peroxido de hidrogênio a 30%, 35% e 38% e peróxido de carbamida a 35%. Mais usado é o Whiteness. A sequência técnica para o clareamento dental de consultório é: 1. Profilaxia com pasta profilática 2. Registro inicial da cor com escala vita 3. Afastador de lábios bochechas e língua 4. Aplicação de dessensibilizante na face vestibular de todos os dentes 5. Proteção dos tecidos moles, tem que ser de espessura considerável, fotopolimeriza por 10 a 20s a cada 2 dentes. A Barreira gengival é feita com top dam. 6. Manipulação do gel clareador (1 do branco para um do vermelho, 3 gotas de peróxido para uma de espessante), usa-se três medidas para realizar o clareamento. 7. Aplica o gel clareador com um pincel 8. Após tempo recomendado pelo fabricante o gel deve removido em lavagem abundante usando um sugador cirúrgico. (Whiteness troca o gel 3x a cada 20 min) 9. Remoção da proteção gengival As vantagens incluem o controle da técnica pelo cirurgião dentista e proteção dos tecidos moles. As desvantagens incluem custo alto, maior tempo de sessão clínica e sensibilidade. III. Microabrasão A indicação é leve manchamentos ao longo da coroa dental. O material usado é o agente abrasivo. As vantagens incluem uma técnica conservadora e de baixo custo. A sequência técnica da microabrasão incluem: 1. Profilaxia com pedra polmes 2. Fotografia inicial do caso 3. Proteção dos tecidos moles com vaselina sólida 4. Isolamento absoluto 5. Quatro aplicações do material na mesma sessão por 30s, friccionando- se o produto, seguir recomendação do fabricante. 6. Polimento com discos de feltro e pasta diamantada 7. Aplicação de flúor 2% Recomendar que o paciente não coma nenhum alimento com corante na primeira semana pós procedimento.
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