Buscar

Farmacologia V 4 0

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

✓ Benzodiazepínicos
✓ Glicocorticoides
✓ Antieméticos
✓ Opióides
✓ Antifúngicos
✓ Antialérgicos
Farmacologia V - Xilofone 
sexta-feira, 25 de setembro de 2020 23:47
 Farmacologia V Page 1 
Na farmacologia, quando se pensa em prescrever um medicamento e prosseguir em uma terapia, temos que pensar como uma farmacologia 
integrada, entendendo o paciente como um todo, seja em pré operatório, durante operação ou pós-operatório. Toda vez que um tecido é 
cortado ou lesionado, verificamos as caracteristicas basicas da inflamação. 
Por outro lado, quando pensamos em pré-operatório, pensamos em toda análise sobre as condições do paciente que possibilitem um 
tratamento adequado. Nisso, temos a famosa anamnese, onde obtemos todos os dados essenciais, como por exemplo a idade (cuidado com 
os extremos, que influenciam na funcionalidade sistemica), condições dos rins (dosagem de creatinina) e fígado (TGO/AST e TGP/ALT); 
tempo de coagulação e tempo de protrombina), hemograma completo (série branca, vermelha e plaquetas), coagulograma (tempo de 
coagulação, tempo de protombina, Ptta, tempo de sangramento e INR). Se temos uma fase pré-operatória, devemos obter uma anamnese 
bem feita, para que nenhuma condição que não seja do conhecimento do dentistia atrapalhe na operação, seja as condições de pressão 
arterial, diabetes, dificuldades de coagulação e os medicamentos atualmente utilizados, que podem interagir com os prescritos pelo CD, 
gravidez ou lactação e Alergias, seja a penicilinas e cefalosporinas, AAS e dipirona, sulfas, anestésicos e rifocina e históricos de cirurgia. 
Devemos considerar que grande parte da população tem pavor dos dentistas, podendo ser regulada a ansiedade por medicação pré-
operatória. Além disso, o tipo de procedimento deve ser analiseado e considerado, visto seu nível de agressão e consequente inflamação, 
com fortes dores e edema, o que pode ser reduzido por medicação pré-operatória.
Portanto, nesse semestre focaremos nesses medicamentos que poderão ser aplicados em pré-operatório na atenuação do medo, da dor (das 
moderadas às fortes) e edema.
Por muito tempo a dor - e mais precisamente a dor de dente - tem sido comum, e por muito tempo nós humanos buscamos tratá-la, desde as 
poções medievais aos remédios mais modernos. A dor tem sido definida como reação inevitável dos nervos sensoriais ao dano tecidual, mas 
essa definição deixa para trás muitos pontos importantes, como o fator emocional, o componente afetivo, um importante modulador da dor, 
podendo variar muito de pessoa para pessoa, provocando níveis diferentes para cada pessoa. Essa variação foi colocada como um limiar de 
dor, que pode variar. Além disso, experiências passadas são importantes no limiar da dor, o que pode causar certas ansiedades por gerar 
esses gatilhos emocionais, fazendo-o sofrer por antecipação. Portanto, ansiedades e expectativas do tratamento em si poderão causar 
alteração desse limiar. As diferenças genéticas e variações anatomicas, conforme diferenças no componente físico poderão causar alterações 
de sensibilidade de pessoa para pessoa.
A associação internaional de estudo da dor deu uma nova definição à dor, diferente da enunciada anteriormente, dizendo que "dor é a 
experiência sensorial e emocional desagradável associado com o dano tecidual ou potencial.
Se pensarmos que dor possui duas vertentes, emocional e física, os remédios para tal estão divididas em ambas vertentes, como farmacos 
para dores emocionais e dores físicas. Portanto, para dores emocionais, ansiedades, trabalharemos com drogas ansiolíticas e hipnóticas 
(hipnose = provocar sonolência; além de reduzir ansiedade, provocarão sono no paciente). Por reduzir ansiedade, poderá provocar sono -
esse mecanismo é importante que observamos, visto que o fato de causar sonolência, poderá causar ansiedade. A pessoa que está ansiosa 
não conseguirá dormir, e a pessoa que não dorme se tornará mais ansiosa - alguns pacientes não conseguem dormir ou descansar pela 
ansiedade, sendo necessário recomendar uma dose dessa droga ansiolítica uma noite antes para que o paciente possa enfrentar o dia com 
mais tranquilidade, tomando outra dose ao acordar, antes de ir ao consultório - deve ser levado ao consultório, visto a presença do sono que o 
impede de dirigir. Esse procedimento de deixá-lo mais relaxado é conhecido como sedação consciente, estando sedado, hipnotizado, mas 
ainda consciente, porque a pessoa pode ser acordada facilmente. Os ansiolíticos são em si sedativos. 
Um paciente calmo significa uma cirurgia mais tranquila, com menor necessidade de anestésicos e antiinflamatórios, reduzindo todo o 
estresse.
Para pacientes tarquicardicos e portadores de outras alterações cardiovasculares também recomendamos para evitar que passem por 
situações estressantes. Portanto, Diabetes e cardiopatias não são contraindicações para esses medicamentos, mas sim os pacientes alvo 
dessas prescrições. Por mais que o paciente queira o procedimento e seu resultado, sabe que vai pagar um preço pra isso, sabe ou estipula a 
dor e estresse que pode sentir, o que pode gerar esse conflito. Contudo, com o uso de um ansiolítico, o conflito não existe e o problema não o 
causa ansiedade.
As drogas direcionadas para tal efeito são os benzodiazepinicos. São considerados uma das classes mais importantes de ansiolíticos, 
tratando ansiedade e insônia. Antes desses, existia um grupo de remédios denominados barbitúricos, obsoletos desde o surgimento dos 
benzodiazepinicos - o uso causava um sono profundo de 12 horas, mas acordando com a sensação de não ter dormido, por ser um sono sem 
o REM, sem qualidade do sono. O sono causado pelos benzodiazepinicos é de melhor qualidade, próximo ao sono normal. O segundo defeito 
dos barbituricos é a taquifilaxia aka tolerância, ou seja, quanto maior tempo de utilização, menor o tempo de sono, sendo necessário o uso de 
maior dose do remédio com o tempo. Outra falha do grupo é a depressão dos neurônios do bulbo, que controlam a respiração (efeito não 
reduzido pela taquifilaxia, ou seja, quanto mais utilizada para dormir, o efeito aumenta no bulbo, matando em parada respiratória se misturado 
com alcool)
Com benzodiazepinicos, independente da dose do diazempan, o paciente continua vivo. Há outras drogas em outros grupos: hidrato de cloral 
não é mais utilizado por seu efeito amnésico, sendo muito utilizado em crimes, sendo tirado do mercado. O Dramin (dimenidrinato - não é 
benzodiazepinico) é bem utilizado para náuseas, bastante aplicado em crianças. Este não acalma, apenas causa sono - seguramente 
Um evento externo poderá nos causar medo, de modo a gerar comportamentos 
defensivos, prestando atenção em tudo a sua volta, seja os instrumentos, estruturas 
e saídas, reações e reflexos criados pelos sistema autonomico simpático, com o 
corpo considerando o CD e qualquer outra pessoa como ameaça. Além disso 
apresentará reflexos autonômicos simpáticos, preparando o corpo para luta ou fuga 
(o paciente se apresenta esbranquiçado por acumulo do sangue na região dos 
músculos, taquicardia para aumentar a circulação sangúinea - adrenalina e 
noradrenalina). 
O cortisol é secretado pela suprarrenal nas reações do sistema nervoso autonomo 
sendo considerado o hormônio do estresse (marcador do estresse), sendo 
responsável pelo despertar, deixando o corpo desperto e alerta em frente a 
ameaças, o que pode arruinar uma noite de sono. O estado de alerta e secreção de 
corticosteroides somados a essas emoções negativas tem interferencia com as 
atividades produtivas, sendo quase impossivel que o dentista trabalhe com esse 
paciente e que ele consiga realizar outras atividades.
O cortisol aumentará a glicemia para fornecer energia aos músculos - temos que ter 
muito açucar no sangue para sustentar contrações musculares. Portanto, é uma 
condição não desejada para diabéticos (ansiolíticos são bem indicados para este).
Benzodiazepínicos
sexta-feira, 14 de agosto de 2020 16:48
 Farmacologia V Page 2 
benzodiazepinico) é bemutilizado para náuseas, bastante aplicado em crianças. Este não acalma, apenas causa sono - seguramente 
utilizado na gravidez, ao contrário dos benzodiazepínicos.
Screen clipping taken: 14/08/2020 18:44
As moléculas são muito semelhantes, apesar de nomes diferentes. Isso significa 
que possuem o mesmo receptor. Portanto, independente de qual for usada, o 
efeito é o mesmo. O Diazepan é o comumente indicado. Se o paciente faz uso 
de outro remédio da mesma classe, seja clonazepan ou rivotril, não se 
interrompe o uso para que possa prescrever o diazepan pelo baixo risco de 
superdose.
Os anéis de benzeno (aromático) tornam a molécula lipossolúvel. Se uma droga 
é extremamente lipossoluvel, essa tem uma grande facilidade para entrar e sair 
de qualquer célula, podendo entrar em todas as células do sistema nervoso 
central - deve agir nesses neurônios que causam a ansiedade.
Se consegue passar a barreira hematoencefálica, poderá atravessar a placenta, 
chegando ao sangue e por todo corpo do bebê até o cérebro. Portanto são 
formamente contraindicados na gravidez, causando muitas sindromes e 
malformações como fendas e fissuras palatinas. Nesses casos receitamos um 
dramin
Essas áreas do cérebro marcadas em azul terão 
os receptores. É a região cujas estruturas estão 
envolvidas no sistema limbico, ligado a nossa 
memória, emoções e afetividade. Alguns lóbulos 
cerebrais e outras regiões terão porções 
envolvidas nesse processo de ligação com os 
benzodiazepnicos
Na membrana dos neurônios teremos canais que 
conectam porções interiores as exteriores, com 
transporte de sódio e potássio. O sódio é mais 
concentrado na porção exterior, enquanto o potássio é 
mais concentrado na porção interior. A concentração 
grande de Cl- fora da célula indica que o canal que o 
transporta para dentro está trancado
Nos canais de cloro dos neuronios do sistema limbico podemos 
perceber que temos receptores a esses benzodiazepinicos. Esses 
canais enquanto fechados mantém o cloro em alto volume fora da 
célula. A ligação quimica do receptor com o farmaco não abre a porta 
completamente, mas a modificação da estrutura da proteína . O 
GABA (acido gama aminobutirico) é "conhecido" e reconhece a 
mudança na proteina feita pela ligação fármaco-receptor, fazendo 
com que o canal de cloro se abra. Por ter carga negativa, o cloro 
começa a entrar e tornar o interior da célula mais negativo, tornando 
a diferença de potencial mais negativo, ficando muito longe do limiar 
de disparo do impulso, sendo dificil dispará-lo e diminuindo a 
possbilidade de ser excitado. Toda essa região do sistema limbico 
age menos por esses efeitos de hiperpolarização dos neurônios. 
Portanto, podemos entender que é uma ação indireta - nao abre o 
Mecanismo de ação 
 Farmacologia V Page 3 
a diferença de potencial mais negativo, ficando muito longe do limiar 
de disparo do impulso, sendo dificil dispará-lo e diminuindo a 
possbilidade de ser excitado. Toda essa região do sistema limbico 
age menos por esses efeitos de hiperpolarização dos neurônios. 
Portanto, podemos entender que é uma ação indireta - nao abre o 
canal de cloro, mas facilita a ação do GABA, molécula que realmente 
abre o canal de cloro. No caso dos barbituricos, estes abrem a porta 
e atrai o GABA.
O álcool também se liga onde temos os canais de cloro. Onde tiver esses canais, o álcool se liga. A modificação na conformação 
da proteina atrai o GABA para abertura dos canais. Portanto, podemos ver que os efeitos são semelhantes - toda vez que são 
consumidos juntos, a porta se abre com maior efeito para o cloro, que entra em maior volume tornando a celula muito 
hiperpolarizada a nível de não conseguir se polarizar, apagando o indíviduo, bem como sua memória e emoções. 
Os neurônios do bulbo espinhal controlam nossa respiração. A ligação do GABA em excesso por uso concomitante de alcool e 
benzodiazepinicos poderá cessar a excitabilidade dos neuronios desse bulbo, parando a respiração e matando a pessoa.
Efeitos farmacológicos
Clinicamente, os efeitos farmacológicos são observado na redução de ansiedade e agressividade, sedação (sendo clinicamente 
utilizado em quadros de insônia; idosos tomam regularmente para dormir bem e assim controlar a hipertensão). Outro efeito clínico 
fantástico é o relaxamento muscular esquelético (bom para paciente com trismo) e perda de coordenação motora (explicar esse 
efeito para o paciente, para que não busque dirigir ou realizar qualquer tarefa que exija tal acuidade motora). O Clonazepan,
diazepan e rivotril são bons anticonvulsivos, uma ampola de Valium (diazepam) cessa imediatamente uma crise epiléptica. 
Uma amnésia anterograda ocorre, fazendo com que o paciente esqueça de tudo o que fez enquanto sob efeito da droga. Esses 
efeitos são ótimos para ambitos hospitalares, principalmente a amnésia, de modo que o paciente nunca lembre o que viu no 
hospital, o que não gera uma experiencia negativa que cause ansiedade. É um remédio que conduz ao sono, de maneira geral, 
não significando que deve ser utilizado apenas em ambiente hospitalar só por causa de seu uso pré-operatório que usa seu efeito 
de amnésia.
Todos os benzodiazepinicos são muito parecidos do ponto de vista estrutural, de maneira que o receptor que está no canal de 
cloro é o mesmo para todos. Portanto darão o mesmo efeito, com rarissimas excessões para alguns que tem um teor 
anticonvulsivante um pouco maior. A amnésia é comum quando admnistrado por via endovenosa, o que não é no caso dos CD, a 
não ser que o paciente estea convulsionando. As diferenças no perfil de ação farmacológica dos diversos benzodiazepinicos são
muito pequenas, apenas o clonazepan parece apresentar maior ação anticonvulsivante que os demais (sendo inclusive o mais 
utilizado para tal. Benzodiazepínicos são ativos quando ingeridos por via oral e diferem especialmente na duração do efeito 
farmacológico, tendo remédios divididos em três grupos, de efeito e ação curta, moderada e longa, variando de efeito de 3h, 
efeito de 8 a 10h e remédios que duram 24h.
Agentes de curta duração (3horas) são utilizados apenas em pré-operatórios, visto a necessidade de um medicamento que 
surte efeito mais rápido e dure o suficiente para um procedimento. Este que é mais utilizado em pré-operatórios hospitalares, 
aplicado endovenoso ou via oral para colonoscopia e endoscopia. A este grupo temos o midazolan (dormonid). Não deve ser 
aplicado uma noite anterior ao procedimento, visto o curto efeito do medicamento.
Agentes de média duração (8 a 12h) são melhores para casos de insônia, melhorando a noite de sono do paciente para que 
passe pelo procedimento com melhores condições. 
Os agentes de longa duração (24h) são empregados nos estados de ansiedade e seu metabolito é farmacologicamente ativo 
(Nordiazepan). O Diazepan, considerado o padrão dos Benzodiazepinicos, é um remédio bem conhecido desse grupo. A ação do 
Diazepan em idosos é mais duradoura, visto a demora para filtração e eliminação desse fármaco de seu sangue, sendo 
contraindicado para pessoas com mais de 60 anos.
Uma ótima vantagem é o baixo preço desses medicamentos.
Alguns são utilizados por via intravenosa, como o diazepan (crises convulsivas) e o midazolan (em anestesia cirúrgica; pré-
operatória).
Todos são absolutamente seguros, mesmo em superdosagem. Suas desvantagens são a interação com o álcool, efeito de 
ressaca prolongada, a síndrome de retirada (se interrompe o uso repentinamente, pode ter dependencia) e a dependencia 
psíquica (são vendidos sob receita especial, pois são de tarja preta - dependencia psíquica significa que o paciente se sente mal 
por não ter tomado o remédio e não consegue dormir, sente um necessidade grande de utilizar para que possa dormir, mas 
mesmo que não use, eventualmente vai dormir; não existe paciente que fique literalmente viciado, sendo uma dependencia leve 
apenas para dormir). Existe o dependente e existe o adicto, que está totalmente viciado, e pode roubar e matar para ter o remédio, 
o que não acontecede maneira alguma com os benzodiazepínicos. Superdoses não são perigosas, fazendo apenas prolongar o 
sono. O tempo prescrito é muito curto para que ocorra alguma dependencia. O unico problema é o paciente querer fazer qualquer
atividade que depende de habilidades motoras.
O glaucoma de ângulo fechado é um problema evidenciado no uso crônico desse remédio..
No geral são medicamentos totalmente seguros para uso.
Benzodiazepínicos
Diazepan; Dienpax ®, Valium® (mais recomendado) - não se faz necessário comprar os genéricos
Esses se apresentam em comprimidos de 5 (comprar esse) a 10mg; ampolas de 10mg. Na terapêutica, deve-se usar 10mg na 
noite anterior ao procedimento e 5mg uma hora antes. O CD compra a caixa, e da cartela entrega 3 comprimidos de 5mg ao 
paciente, descrevendo em uma receita branca as instruções de uso. O paciente não deverá comprá-los, nem receber a receita 
para comprá-lo, pois poderá tomar mais frequentemente que o necessário. A maior vantagem desse medicamento é sua duração 
longa, sendo a medicação padrão. A desvantagem é que seu efeito leva de 1 a 2h para inícios de efeito ansiolítico; não devemos 
utilizar em idosos (metabólito farmacologicamente ativo).
Caso se faça necessário um efeito mais rápido, recomendamos um Midazolan
Midazolan: Dormonid ®
Apresentado em comprimidos de 7,5 a 15mg; ampolas de 5, 15 e 50mg. Na terapêutica, aplicamos comprimidos de 7,5mg de 20 a 
30 min de antecedência. Se necessário use 15mg. Sempre iniciamos com uma dose menor, que fará o efeito desejado. Sua 
vantagem é rápido início de ação e curta duração, com efeito sedativo de 3h. Portanto, esse será próprio para uso pré-operatório. 
A desvantagem é que não resolve o stress da noite anterior, não devendo ser utilizado para tal em função da sua curta duração; já 
foram observados casos de parada respiratória quando utilizado por via IV. A via de adminstração é importante para conhecer a
magnitude de efeito - 7,5mg por via oral sofre muita alteração de biodisponibilidade, sendo assim garantindo segurança do 
medicamento; é necessário apenas um comprimido de 7,5mg.
Bromazepan: Lexotan ®; comprimidos de 3 a 6mg. 
Utilizar 6mg na noite anterior e 3mg uma hora antes 
Lorazepan: Lorax® muito utilizado por CD
 Farmacologia V Page 4 
Lorazepan: Lorax® muito utilizado por CD
Apresentado em comprimidos de 1 a 2mg; compramos o de 1mg para o paciente. O esquema terapeutico é para uso 2mg na noite 
anterior e 1mg uma hora antes.
Sua vantagem envolve indicação para pacientes idosos (com mais de 65 anos) por ser metabolizado mais facilmente. A duração 
do efeito ansiolítico é de 8 a 12 horas. A desvantagem envolve a demora até começar o efeito, podendo tomar até 1 ou 2 horas 
para inicio, não tendo ação imediata.
Clonazepan: Rivotril ®
Esse possui todas as formas de apresentação o possível. É apresentado em comprimidos SL de 0,25mg; comprimidos de 0,5 a 
2mg (caixa com 20); gotas de 2,5mg/ml (1 gota = 0,1mg). Esse pode ser indicado para crianças. Seu efeito começa muito rápido 
em razão das vias de absorção.
É o único em SL e forma de gotas.
Para preparar um adulto uma noite antes, o esquema terapeutico é de 1mg na noite anterior, e 1h antes da operação toma 0,5mg;
pode também ser utilizado somente no dia do procedimento ( de 10 a 20 gotas) = 1 a 2mg. Ou 2 a 3 comprimidos SL) pois 
apresenta início rápido de ação (30 a 40 minutos). 
Para uso em crianças, 0,05 a 0,3mg/Kg/dia, divididas em doses. Para crianças com 20Kg (6 anos) = de 1 a 6mg diários divididos 
em doses. Use metade da dose do adulto, isto é, de 0,25mg ou 1 comprimido SL de 30 a 40 minutos antes do procedimento. 
Aproximadamente 3 gotas. A segurança é tanta que uma criança de 6 anos poderá tomar 6mg.
Alprazolam: Frontal ® Comprimidos de 0,25, 0,5 , 1 a 2mg. Usar 1mg na noite anterior e 0,5mg uma hora antes do procedimento. 
Nos EUA é conhecido como XANAX.
Clordiazepóxido (Benzodiazepinico + antidepressivo): Psicocedin ®, Limditrol ®
Flurazepan: Dalmadorm® (utilizado em clínicas de sono, para que pacientes que tem insonia pesada consigam dormir.)
Flunitrazepam: Rohypnol (clínicas de reabilitação).
Anxiety control in the dental pacient
Este artigo traz certas definições quanto ao controle de ansiedade dos pacientes. Primeiramente, a sedação é usada como artificio 
usado para reduzir ansiedade, irritabilidade ou agitação, pela admnistração de drogas sedativas, para facilitar o procedimento 
dental planejado. Isso terá o propósito de permitir o dentista trabalhar de forma mais efetiva e ajudar o paciente a ficar mais 
relaxado e confortável o quando possível.
A sedação é uma mínima depressão do nível de consciência produzida por método farmacológico, que conserva a habilidade do 
paciente de manter sua vias aéreas livres, de forma independente e contínua, sem parar de respirar. O uso do farmaco permite 
também ao paciente que responda normalmente aos estímulos táteis e verbais, sempre que estimulado. Ainda que as funções 
cogniticas e a coordenação sejam modestamente prejudicadas, as funções ventilatórias e cardiovasculares não serão afetadas.
Não é necessário equipamento de monitorização tipo hospitalar, devendo-se apenas monitorizar constantemente a oximetria de 
pulso, frequência cardiaca e pressão arterial. A oximetria de pulso mede saturação de oxigenio sanguíneo, com valores normais
Para que o CD seja permitido comprar esses remédios, que não devem ser comprados diretamente pelo paciente, deverá ter 
em mãos uma receita especial, de cor azul (Receita B). Para obtê-la o CD deverá apresentar RG, CPF, CRO, Comprovante de 
residência do consultório e da residência para a vigilância sanitária. A requisição de receita assinada pela Anvisa será entregue 
à gráfica que produzirá as receitas.
É importane assinar e carimbar no campo "Emitente". No nome do paciente colocaremos o nome da secretária, que comprará o 
produto. Além disso, devemos preencher os campos preenchidos acima
É importante ressaltar que essa receita é retida pelo farmacêutico.
Valium
60 comp.
Comp. 5mg
1 comp./dia
 SP Jean Lucas Gimenes 
Andrade
CROSP: XXXXXXX
 Farmacologia V Page 5 
pulso, frequência cardiaca e pressão arterial. A oximetria de pulso mede saturação de oxigenio sanguíneo, com valores normais
acima de 96%. 
Com a sedação oral, apnea é raramente observada quando se utilizam doses convencionais de benzodiazepinicos, na ausência 
de obstrução ventilatória. Mesmo que isso ocorra, a situação pode ser facilmente manejada com estímulos, pressão ventilatória
positiva e admnistração suplementar de oxigênio. Como grupo, os benzodiazepinicos podem ser considerados como os sedativos 
mais seguros e mais efetivos que existem. Necessidade de reversão com flumazenil (antagonista) nunca foi reportada quando se 
utilizou doses padrão de benzodiazepinicos em adultos. Os sinais mais comuns de superdosagem são sonolência, confusão, 
alucinações e reflexos reduzidos. Existem mínimos efeitos sobre a respiração, pulso e pressão arterial, a menos que a 
superdosagem seja extrema.
Prestar atenção em gripes e resfriados que comprometam as vias aéreas superiores. Hipersecreção e edema associados podem 
diminuir dramaticamente a capacidade respiratória da criança, especialmente se ela tiver recebido um sedativo. Sedação com 
óxido nitroso também teria pouco efeito quando as vias aéreas estiverem obstruidas. Postergar o tratamento por duas semanas 
até cessarem os sintomas. Crianças em crises epilépticas podem tomar até 6mg da droga, o que mostra seu nível de segurança.
Existem crianças que têm muito medo de dentista, sendo bem indicado o rivotril para acalmá-la. Crianças agressivas e hiperativas 
não são acalmadas pelos benzodiazepínicos, sendo importante aplicar as drogas antipsicóticas.
Drogas antipsicóticas
São outro grupo de drogas aplicadas para sedar e acalmar o paciente. São comprados normalmente com receitas simples 
carbonada em duas vias, bem como receitas de antibióticos. Geralmente recomendamos doses baixas para crianças.
Essas drogas comumente tratavamloucura, pacientes psicóticos. 
Com o tempo desvendaram a estabilidade que envolve nosso sistema nervoso, tratando esses pacientes com choques elétricos, 
outros tratamentos envolviam a aplicação de insulina (causava hipoglicemia), mas ambas opções não são aplicáveis nos dias de 
hoje. Egas moniz percebeu que a remoção do lobo frontal de ratos curava neurose. Outros doutores como walter freeman 
realizavam a lobotomia em pacientes que sofrem de certas condições, seccionando uma porção do lobo frontal, o que nem 
sempre funcionava. 
A Clorpromazina (Thorazine) foi a primeira droga antipsicótica, que reduziu a necessidade de internação em hospícios. Para 
ansiedade, loucura e outros problemas eram acalmados com a droga.
Em humanos, produz um estado de apatia e redução da iniciativa. O indivíduo demonstra poucas emoções, fica mais lento 
responder a estímulos externos e tende a ficar mais sonolento. Mesmo assim, pode ser facilmente acordado e responder 
corretamente a questões propostas. Essas drogas causam grande inibição de tendencias agressivas.
Esses medicamentos são antagonistas multiplos, funcionando em muitos receptores como serotonina, dopamina e entre outros.
Forma comercial: Amplictil ® (cloridrato de clorprozamina), frasco com 20ml de solução (1gota=1mg) (R$8,63) (sujeita a receita de 
controle especial em duas vias)
Dose sedativa para adultos: de 12 a 15mg (12 a 15 gotas). 
Dose pediátrica para tratamento odontológico; de 4 a 6 miligramas por via oral (regra geral: 1 gota para cada ano de idade, até 
atingir a dose do adulto).
Dose recomendada para crianças: 0,5mg/Kg - peso (em Kg) = quantidade em mg (número de gotas); 2 a 3 horas antes do 
procedimento. O único efeito colateral é o sono, mas mesmo assim nunca deixe na mão da mãe a caixa de remédio. Crianças a 
partir de um ano de idade podem utilizar esse remédio. A dose inicial é pequena e vai aumentando, conforme a necessidade, 
podendo chegar de 50 a 200 gotas para crianças mais velhas e de alterações comportamentais mais graves. São doses aplicáveis 
tanto para crianças quanto para adultos
A sedação oral em crianças poderá ter certas reações adversas. A mais 
séria é o comprometimento respiratório, que pode levar à hipóxia tecidual, 
predispondo a criança a uma série de condições deletérias. Diante disso, 
é imperativo que, durante a anamnese, especial atenção seja dada ao 
sistema respiratório do paciente.
Esses remédios não podem ser deixados em 
responsabilidade da mãe ou responsável, visto que o uso é 
apenas quando necessário, visto que seu uso excessivo pode 
causar danos no desenvolvimento.
 Farmacologia V Page 6 
Na aula anterior nós estudamos como preparar um paciente para a situação estressante que é um procedimento odontológico. Deve mos sempre estar 
atentos que todo procedimento odontológico causará dor e inflamação sobre os tecidos trabalhados - o inchaço e a dor incomoda muito o paciente. Não 
há medicamentos que possam previnir a dor, mas temos aqueles que tratam a dor. O edema apenas pode ser previnido com antiinf lamatórios, sejam 
esses AINES (ação boa contra edema e dor) ou os antiinflamatórios esteróides. A diferença dos esteroidais para os nao -esteroidais está na estrutura 
química. A ação desses esteroidais são excepcionais para edema, mas de efeito muito fraco para dor e febre, tratados pelos A INES.
Esses remédios são incluidos no grupo dos glicocorticoides, conhecidos como corticoides ou Antiinflamatórios hormonais. O "co rticóides" mostra origem 
de córtex, nesse caso do córtex da suprarrenal. Na farmaco II estudamos a medula da suprarrenal, que recebe nervos do simpáti co para que essas 
celular produzam adrenalina e noradrenalina para lançar na circulação. Essa glândula é muito bem irrigada, é uma glandula end ocrina. Os 
glicocorticoides se assemelham a hormonios produzidos no córtex
O cortisol fabricará açucar em casos onde não se possui reservas de glicogenio, podendo quebrar os lipídeos e musculos para o bter açucar -
neoglicogenese. O dexametasona, utilizado para não inchar, terá mesma função do cortisol, também apresentando fator hiperglic emiante, o que poderia 
ser uma grande contraindicação para diabéticos. As células mais internas do cortex produzem os androgenios e estrogenios (hor monios sexuais); 
androesteronios são 80% dos hormonios produzidos.
A camada mais externa e roxa produzem hormonios diferentes da 
porção intermediária e mais diferentes das celulas da camada 
mais interna do cortex.
As celulas da porção mais externa produzem um mineralocorticoide denominado 
aldosterona - atua no rim para retenção de sais e consequentemente retendo água. É 
importantissimo que mantenhamos os niveis de sódio e hidratação. Os glicocorticoides, como 
o cortisol, é produzido nessa região intermediária mais clara; cortisol é hormonio do stress, 
preparando o corpo para essas situações de fuga ou enfrentamento (atenção e alerta). A 
dexametasona, um glicocorticoide, agirá como o cortisol, mantendo o paciente com insônia. 
Além disso, se parece estruturalmente com o cortisol (por isso denominado como um 
antiinflamatório hormonal), sendo assim bem semelhante a um hormonio. O cortisol aumenta 
a glicemia no sangue para a contratura muscular, mesma função realizada pela 
dexametasona, quebrando as reservas de glicogenio.
Como podemos observar, as estruturas são bem semelhantes, com pequenas diferenças. 
Se o paciente se vê em situação de stress em consultório, aumenta sua produção de 
cortisol para 10x mais do que o normal - se ele ja está produzindo uma estrutura 
semelhante, por que aplicar a dexametasona? Apesar da produção grande de cortisol, 
precisamos de uma dose grande de dexametasona, sendo de 15 a 20 vezes mais do que 
produzida habitualmente pelo organismo. Pelo uso elevado do farmaco, essas moleculas 
de glicocorticoides podem começar agir como aldosterona em seus receptores nos rins, 
retendo o sódio e água, o que pode a largo prazo causar inchaço - esse inchaço não se 
relaciona de maneira alguma aos inchaços inflamatórios, visto que age em todo o corpo por 
retenção de liquido e não localmente como inflamações. 
Com o aumento do volume de liquidos corporais, a volemia (do sangue!) aumenta e com 
ela a pressão arterial, sobrecarregando o coração.
Sua semelhança com a androsterona pode induzir seus efeitos, alterando caracteristicas 
em mulheres, que apresentarão mais pelos e voz grossa, além de estar mais desperta e 
agressiva - são efeitos de seu uso continuado e prolongado.
Glicocorticóides
sábado, 22 de agosto de 2020 11:44
 Farmacologia V Page 7 
Os glicocorticoides são potentes supressores da inflamação e seu uso, numa grande variedade de doenças inflamatórias e auto -imunes, coloca-os 
dentre as classes de drogas prescritas com maior frequência. São medicamentos controversos e complicados, que nem médicos pod eriam utilizar 
esses remédios, visto que nem sempre são utilizados com atenção a seus efeitos adversos. Todos os corticoides tem uma grande ação 
imunossupressora, atenuando efeito dos linfócitos. Portanto, essa droga pode ser utilizada em situações de orgãos transplanta dos e outras situações 
autoimunes. Não podemos separar esse efeito do efeito antiinflamatórios. 
Devemos ter cuidado com a presença de bactérias no local da lesão, que podem ser nocivas se temos nossa imunidade suprimida. Portanto, devemos 
cuidar para que o paciente tome pelo menos a dose profilática do antibiótico.
Pelo fato de exercerem seus efeitos em praticamente todos os sistemas organicos, o uso clinico e a retirada dos corticosteroi des são complicados por 
um grande numero de reações adversas sérias, algumas das quais colocam o paciente em risco de vida. Observe a cessação de def esas contra 
infecções e contaminações, que poderá enfraquecer as defesas dos individuos e matá-lo. Pelo uso prolongado, a glandula poderá produzir todos os 
hormonios corticais visto que "não precisa mais". Sendo assim, interromper abruptamente o uso desse medicamento pode causar a cessação deprodução de hormonios importantes na suprarrenal.
Dessa forma, a decisão de instituir terapia com corticosteroides sempre requer consideração cuidadosa dos relativos riscos e beneficios para cada 
paciente. 
Nao atuam sobre a causa da doença mas, têm enorme utilidade clínica por erradicarem o processo inflamatório. Têm imenso papel terapeutico no 
controle das reações imunes indesejadas, desde uma simples urticárias (mediada por anticorpos) até uma rejeição de transplant e (mediada por 
linfócitos T).
Ações antiinflamatórias e imunossupressoras estarão íntima e inevitavelmente ligadas, pois ambas envolvem inibição de leucóci tos.
Mecanismo dos Glicocorticóides
O cortisol que dá feedback negativo ao hipotálamo. Se há muito cortisol, 
sinaliza-se ao hipotálamo para parar de produzir o ACTH, inibindo o 
cortex da adrenal. Dependendo do tempo de uso, mais tempo o cortex 
da adrenal tem a função reduzida.
O corticoide diminui atividade de osteoblastos e aumenta atividade de 
osteoclastos, de maneira a acentuar a reabsorção óssea. Esses 
pacientes terão uma maior tendencia à fraturar a cabeça do fêmur.
Quando temos uma ferida, a inflamação é importantissimo ao reparo. 
Dessa forma, a dexametasona e outros glicocorticoides podem atrasar o 
reparo.
A ação antiinflamatória e imunossupressora alteram profundamente a 
resposta imune de linfócitos, podem prevenir ou suprimir a resposta 
inflamatória induzida por diversos fatores (mecânicos, térmicos, químicos, 
radiantes, infecciosos e imunológicos). Evita-se usar esses medicamentos 
em áreas contaminadas e mesmo que não esteja é importante utilizar a 
profilaxia antibiótica. Por essa razão utilizamos o otosporin apenas quando 
é uma biopulpectomia.
Ao lado podemos verificar um esquema elucidando uma célula a ser agredida. Como um glicocorticoide pode 
ser usado para tratar o edema causado por uma celula agredida ou para previnir o edema, utilizaremos o 
exemplo a seguir para uma célula que será agredida. Logo após a absorção e distribuição, a dexametasona (S) 
chegará à célula e entrará com facilidade pela quantidade de esteroides de membrana e se ligará ao GR, um 
receptor de glicocorticoide. Essas duas moléculas unidas vão ao núcleo e se encontram com o DNA, na porção 
dos genes/elementos que respondem aos glicocorticoides. Com essa ligação poderão ocorrer 2 coisas: pode 
haver o estimulo para a transcrição daquele gene na forma de um RNA mensageiro. Esse RNA mensageiro é 
produzido mais e chega ao lisossomo para a síntese de algumas proteinas codificadas nesse gene. Da mesma 
forma, a ligação do complexo S-GR poderá inibir a transcrição do gene que responde aos glicocorticoides. A 
produção por lipocortina por ação desse mecanismo terá uma excelente ação antiinflamatória. Dessa forma, 
temos uma ação antiinflamatória indireta
 Farmacologia V Page 8 
produção por lipocortina por ação desse mecanismo terá uma excelente ação antiinflamatória. Dessa forma, 
temos uma ação antiinflamatória indireta
A lipocortina terá uma importante ação antiinflamatória. Isso ocorre em razão por que 
inibe a fosfolipase A2. Os fosfolipídeos são proteínas de membrana liberadas para o 
meio toda vez que temos uma lesão que rasgue tecido e destrua os componentes 
celulares - as fosfolipase A2 são outras proteínas de membrana liberadas, proteína 
essa que quebra os outros lipideos de membrana em ácido aracdonico e o Liso-PAF 
(fator de ativação de plaquetas); PAF é um grande fator no edema. O ácido 
aracdonico é cortado em outros componentes pelo COX estudado anteriormente. A 
inibição de fosfolipases A2 cessa a produção do PAF e ácido aracdonico. As 
prostaglandinas, fatores importantes da inflamação, precisam de ácido aracdonico 
para ser produzido, o que não ocorrer se as lipocortinas agem.
Da mesma forma, os glicocorticoides regulam negativamente a expressão de alguns 
genes e, dentre eles se incluem os genes para a COX-2, para a NO2S (sintase 
induzida do óxido nítrico - mediador inflamatório) e para diversas citocinas 
inflamatórias. Dessa forma, não tem COX nem ácido aracdonico, bem como nenhum 
mediador ou quimiocina, reduzindo a inflamação a níveis muito baixos.
A literatura diz que não interferem com a expressão da COX-1 (teoricamente não interfere com a produção de prostaglandinas "fisiológicas"). Na 
resposta inflamatória, antigenos não conhecidos pelo nosso organismo são apresentados aos linfocitos TCD4 para produção de an ticorpos por 
linfocitos B. Esses anticorpos são proteínas provenientes de resposta humoral. Os linfócitos TCD8 se diferenciam para formar celulas T killer, que 
destroem células contaminadas por vírus, células estranhas e transplantadas. Um glicocorticoide na imunidade humoral e celula r não permite o 
reconhecimento do antigeno, interrompendo a ação de IL-2 e IL-4 - função imunossupressora, citocinas das imunidades ficam inativa, individuo mais 
disposto a morrer por septicemia.
Os glicocorticoides reduzem a liberação de substancias vasoativas e quimiotáticas, diminuem a secreção de enzimas lipoliticas e proteolíticas e diminui 
a migração de leucócitos para área inflamada e diminui a produção e liberação de citocinas, tendo como consequencia ao final de tudo a diminuição da 
fibrose cicatricial (pessoas que tomam os corticoides com frequencia enfrentam dificuldades para cicatrizar - se não tem inflamação, não tem reparo). 
Portanto, de todos esses fatores combinados temos a diminuição da resposta inflamatória.
O uso crônico de dexametasona podem causar inchaço do rosto (rosto de 
lua cheia) por retenção de liquido, bem com edemas de extremidades e 
barriga, além de rompimento de pequenos vasos. As coxas finas são 
explicadas pela alta glicemia no sangue - músculos esqueléticos são 
reservas de açucar, onde o cortisol causa a glicogenólise e neoglicogenese; 
na ausencia de gordura para formar açucar faz com que os própios 
músculos sejam utilizados para formar açucar, fazendo com que a pessoa 
perca massa muscular e se enfraqueça.
Em mulheres, o uso crônico causa crescimento de pelos na barba e 
sobrancelhas.
A toxicidade está em duas categorias de efeitos tóxicos, tais como os resultantes de interrupção e retirada do medicamento e resultantes da terapia 
continuada com doses farmacológicas. Ambas são extremamente perigosas e apresentam risco de vida
Usos terapeuticos
A utilização dos glicocorticoides é bastante empirica, dependendo muito de nossa experiência profissional, com bastante crité rio de utilização, 
escolhendo bem a dose que cada paciente deve receber - decisão da terapia é bem criteriosa, pesando e avaliando os riscos e beneficios. As doses 
adequadas a cada paciente são estabelecidas por tentativa e erro e reavaliadas periodicamente - começando com doses menores e ir adequando com 
a resposta do paciente.
 Farmacologia V Page 9 
a resposta do paciente.
Uma dose única de glicocorticoides, mesmo que muito alta, é virtualmente desprovida de reações adversas perigosas. Ninguém morre por seu uso 
único ou a curto prazo, como normalmente utilizados para a odontologia - o grande problema no diabetes é a hipoglicemia, não a hiperglicemia 
causada pelo uso constante de corticoides. Diabéticos que tomam insulina podem controlar um pouco mais a glicemia durante os 3 dias de tratamento. 
O único problema é o uso de corticoides aonde tem infecção, contaminação, visto a queda da imunidade; se possivel, aplicar do se profilática de 
antibiótico se há risco de infecç]ap.
A terapia por curto periodo de tempo (até 1 semana) provavelmente não deixa nenhuma sequela perigosa. Quanto mais demora o tr atamento, maior o 
número de reações adversas e sua gravidade, algumas até potencialmente letais.
Para seu uso, tempos alguns principios gerais, bem como:
Glicocorticoides apenas promovem o alívio dos sintomas e dor, em função das suas ações antiinflamatórias e imunossupressoras. Não são específicos 
ou curativos para doença algumas. Interrupção da terapia prolongada jamais poderá ser abrupta, pela possibilidade de insuficienciaaguda da adrenal, 
que pode ser fatal.
Se necessário, pode-se admnistrar mais 4mg ao final da cirurgia, em casos de procedimentos traumáticos. Poucas doses já são o suficiente na 
resolução da inflamação, segurando bem o edema inicial - duração de 3 dias. O duo-decadron é utilizado para intra-articular ou IM, com fosfato e 
acetato de dexametasona, o que possui ação prolongada, portanto não recomendada. O sal de acetato é insolúvel ou pouco solúve l, tomando 28 dias 
para ser totalmente absorvido - favorável para manter-se dentro da sinóvia e articulações, mas não há razões para seu uso em odontologia.
Não se recomenda o uso do soluspan na clinica odontológica por seu longo periodo de efeito, totalmente desnecessário para nossa profissão.
Dose usual antiinflamatória = 4mg, normalmente em única tomada, duas horas antes do 
procedimento, sendo que o efeito surtirá ocorrerá 2 a 3 horas depois do procedimento 
cirurgico.
Dose usual antiinflamatória = 2 a 4mg, admnisrados antes ou após os procedimentos 
cirúrgicos - potencia é a mesma. 
A celestone soluspan, diprospan, é veiculado em ampolas IM de liberação lenta - fosfato de 
betametasona e acetato de betametasona.
Dose usual de 20 mg por via oral, administrada 2 horas antes do procedimento. Em casos 
muitos traumáticos, pode-se administrar mais um comprimido ode 20mg ao final do 
procedimento ou no dia seguinte
 Farmacologia V Page 10 
Hoje discutiremos sobre a aplicação de drogas contra o enjôo causado por drogas ou pelo procedimento. Além disso, é importante no tratamento 
no enjoo e náusea, vômito da ressaca. A náusea e o vômito, na odontologia, pode ser causado por medicamentos como a cefalexina, 
antifúngicos e derivados da morfina (opióides). O metronidazol é um dos outros medicamentos que podem causar vômitos e náusea. Se o 
paciente apresenta reação de vômito e náusea, ou tem muita propensão a vomitar, poderá ser utilizado os antieméticos.
A reação do võmito ocorre no momento que o estômago se apresenta muito cheio, a ponto de sensibilizar as aferencias vagais que chegam ao 
bulbo, numa região mais conhecida como o centro do vômito. Além desses estimulos de estomago muito cheio, temos outros irritantes ao 
estômago, como uso do álcool. O centro do vomito auxiliará na expulsão do componente não aceito. Muitos dos medicamentos terão a função 
de aumentar o peristaltismo e facilitar o transporte do bolo alimentar ao duodeno e intestino delgado, tirando essa sensação ruim de "estomago 
cheio" e evitando o estimulo vagal do centro do vomito.
Ainda perto do centro do vomito no bulbo, temos uma zona do gatilho quimioreceptor, que pode disparar o centro do vômito e desencadear tal 
reação - algumas substancias como a morfina e a codeína conseguem atingir esse gatilho após atravessar a barreira hematoencefálica, 
causando muita náusea.
A náusea e o vômito é um reflexo de proteção, servido para limpar o estômago e inteestino de substancias potencialmente tóxicas.
Uma causa muito conhecida de náusea e Vômito é a cinetose, como um enjôo causado pelo balançar do carro ou do navio. Isso ocorre pelo 
sistema vestibular do ouvido, com canais semicirculares cheios de liquidos que situam o ser humano no espaço - qualquer perturbação pode 
causar o vômito. Além disso, viroses, hiperemise gravídica, cirurgias intestinais, medicamentos, dor intensa, exercicios e o estresse.
São várias áreas que conseguem ativar o centro do vômito, como a zona quimiorreceptora, núcleo do trato solitário do nervo vago, aparelho 
vestibular e vísceras e tronco cerebral. Assim, muitas condições podem influenciar a reação emética, chegando como um estimulo vagal ao 
gatilho e centro do vomito. Centro do vômito pode ser estimulada por agonistas muscarinicos e histamina, de maneira que antagonistas desse 
sistema podem frear a reação. Dessa maneira, todos os anti-eméticos serão antagonistas dos receptores de dopamina, serotonina, acetilcolina, 
histamina, opióide ou substância P. Os agentes antieméticos agem nos estimmulos da zona de gatilho, no centro do vomito e no controle das 
funções viscerais e somáticas envolvidas no vômito.
Quando temos aquele primeiro estimulo vagal para expulsão do conteúdo estomacal para sua limpeza, iniciamos a reação de vômito. O võmito 
tem uma fase inicial de pré-ejeção, onde o estômago relaxa e o retroperistaltismo se inicia. O esfincter esofágico ainda está fechado na pré-
ejeção. A fase da náusea contém contrações rítmicas dos músculos respiratórios, abdominais e intercostais, contra a glote ainda fechada. Na 
fase de ejeção, há uma intensa contração dos músculos abdominais e intercostais, com relaxamento do esfincter esofágico superior, fazendo 
com que tudo o que esteja no estomago seja liberado.
Se ocorrer um episódio desses, temos medidas de apoio, recomendamos se alimentar um pouco menos, focar em dietas liquidas e se hidratar 
bastante, de modo a evitar vômitos durante a terapia com medicamentos que os causem. Alguns fenomenos autônomos podem acompanhar a 
reação, como salivação, tremores e alterações vasomotoras, o que em periodos prolongados pode have alterações comportamentaismarcantes 
como letargia, depressão e retração.
Medicamentos
Dentro da seleção de drogas utilizadas para esse efeito, temos alguns que ajudam no envio do bolo alimentar ao intestino para evitar que 
estimulos cheguem ao centro do vomito. Esses são conhecidos como antieméticos de agentes pró-cinéticos, com antagonismo aos receptores 
dopaminérgicos D2 na zona de gatilho quimioreceptora, aliviando a náusea e vômito, aumenta o peristaltismo para esvaziar o trato GI, além de 
atuar muito bem no aparelho vestibular (cinetose).
A Metoclopramina, conhecida como Plasil, apresenta um complexo mecanismo de ação, agindo especialmente pelo antagonismo dos receptores 
D2 de Dopamina. Este é apresentado em gotas, comprimidos e ampolas (10mg). A dopamina apresenta ações inibitórias da motilidade GL. 
Portanto os AE irão aumentar o peristaltismo. Assim aliviam as náuseas e võmito por antagonizar os receptores D2 na zona quimiorreceptora do 
gatilho. Assim a maior motilidade mandam o bolo alimentar para frente, aliviando náusea e vômito. A primeira dose é sempre injetável para evitar 
que seja vomitado. Geralmente é utilizado a cada 8 horas, 10mg. Por agir no SNC pode causar tontura. É usado o tempo que for necessário
Outro pro-cinético é a Bromoprida, ou Plamet, que não tem tanta ação central quanto o plasil e é um pouco mais caro. Sua ação é semelhante 
ao metroclopramida. Antagoniza receptores D2 da dopamina, aumentando o peristaltismo e acelrando o esvaziamento gástrico. Plamet vem em 
comprimidos, cápsulas e ampolas de 10mg, utilizados a cada 8h.
A Domperidona, ou motilium é um antiemético encontrado apenas em comprimidos, o que impede seu uso em caso de crise. A domperidona 
antagoniza receptores D2 da dopamina. Este não cruza barreira hematoencefálica, apreentando ações mais periféricas. No entanto, atinge 
áreas do SNC desprovidas da barreira, tais como o centro do vômito, áreas de controle de temperatura e de liberação de prolactina. Este 
também é apresentado em solução oral de 1mg/mL além dos comprimidos de 10mg, sendo tomado a cada 8 horas. Esse é muito bom para 
empurrar o conteudo estomacal, sem ação central.
A injeção é no quadrante superior externo do glúteo.
Antieméticos
sábado, 29 de agosto de 2020 15:18
 Farmacologia V Page 11 
empurrar o conteudo estomacal, sem ação central.
Reações adversas
Dentro das reações adversas, podemos citar o aumento do peristaltismo e portanto a incidencia de diarreia. Além de efeitos extra-piramidais 
(plasil), onde há distonia, conhecido como espasmo em músculos da língua, face e pescoço (ação central dos medicamentos); dicatisias são os 
movimentos descoordenados e contínuos, movendo-se o tempo todo. A rigidez e tremores serão reações adversas denominadas parkisonismo, 
fruto do uso contínuo do medicamento, onde começa a faltar a dopamina (apenas em altas doses e por muito tempo, comum em crianças eidosos que usam plasil constantemente). A galactorreia é a secreção de leite, que pode ocorrer em homens e mulheres - a dopamina geralmente 
inibe a prolactina, que determina produção e secreção de leite; com o uso prolongado dos medicamentos, a prolactina não é inibida e o leite é 
produzido e secretado (extremamente raro). Em pequenas doses é dificil que esses efeitos ocorram; o motilium é o que menos apresenta esses 
efeitos adversos.
Um outro antiemético é a ondansetrona, introduzida no começo da década de 90. É antagonista dos receptores 5-HT3 largamente utilizados nos 
casos de náusea e vômito induzidos pela quimio e rádioterapia. Antagoniza receptores serotoninérgicos pressentes na mucosa intestinal 
(impede a estimulação do vago feita pelas drogas da quimioterapia), bem como nos receptores centrais da área pstrema e NTS. Não funciona 
em cinetose. Esse é vendido como comprimido sublingual com nome de Vonau Flash I4 a 8 mg). Esse deve ser usado de 1 a 2 vezes ao dia por 
ter um efeito prolongado - ótimo para pacientes que vomitam com o dique de borracha. Todos esses anteriores servem para muitos casos, 
menos para cinetoses.
Os medicamentos não pró-cinético. O primeiro é o Dimenidrinato, Dramin, um anti-histaminico, bloqueador dos receptores centrais H1 
(antagonista da histamina), usado na profilaxia das náuseas por cinetose, bem como durante a gravidez. Esse pode ser usado em casos de 
alergias. O dramin vem em comprimidos de 100mg; solução oral de 12,5mg/mL, usando esses 100mg a cada 6 ou 8 horas (adultos). Esse 
medicamento age no cerebelo, onde a informação gerada no canal semicircular da orelha chega. O maior efeito colateral é sono. É uma ótima 
opção para gravidas e crianças.
A meclizina, ou Meclin, é um antihistaminico que bloqueia a nausea e não dá sono, sendo consumidos em comprimidos de 25mg, com uso em 
adultos e adolescentes de 25 a 50mg ao dia.
Na prescrição de cefalexina (nauseante), podemos prescrever junto Vonau e trocar o medicamento que causa a náusea. Caso tenha mais de um 
medicamento em uso e não se saiba quem causa a náusea, interrompe-se o uso de todos.
 Farmacologia V Page 12 
Estamos acostumados a prescrever medicamentos que ajudam no tratamento de dores agudas geradas por trauma e inflamação. Contudo, há 
dores como os sintomas de DTM que são dores crônicas, sem origem definida, que podem ser tratadas com analgésicos de outras classes, 
como os opióides.
A dor não é simplesmente uma resposta de um nervo sensorial a um dano tecidual. A dor tem muito componente subjetivo, relacionado a 
outras experiencias, componentes afetivos e de ansiedade e expectativas. Além disso, as diferenças anatomicas e genéticas podem modular 
a interpretação da dor. A dor tem o lado emocional ja tratado pelos benzodiazepinicos, mas também temos o lado físico, causado pelo dano 
tecidual e inflamação. Além da dor esse dano tecidual temos a perda de função como componente da inflamação. Grande parte dos
antiinflamatórios não agem apenas sobre a dor, mas sobre a maioria dos componentes da inflamação - analgésicos são bem mais específicos 
para a dor. O AINE é de utilidade para começar o tratamento, mas chegamos em situações que apenas um AINE chegando em dose máxima 
não resolve. Temos que dar um remédio que tenha uma ação analgésica que não seja um AINE - um opióide! Utilizado para dores que AINES 
não conseguem eliminar.
Screen clipping taken: 29/08/2020 18:12
Para percepção e interpretação da dor, teremos o caminho da dor, este é representado pelo 
esquema ao lado. O estimulo iniciado é conduzido por um neurônio aferente até o ganglio da raiz 
dorsal, onde está o corpo celular desse neuronio aferente primário, de caráter pseudounipolar, 
conduzindo estimulo até o neuronio espinotalamico no corno dorsal, com corpo celular na medula 
(corno dorsal), emitindo axonios que cruzam ao lado oposto e acompanham outro nervo até o 
cérebro, em uma área conhecida como tálamo, onde há sinapses que excitam um terceiro 
neurônio que se liga ao cortex celular (neuronio talamo-cortical)
A região do cortex serve para localizar aonde a dor ocorre, enquanto o tálamo será importante na identificação do estimulo. Uma opção para 
eliminar a dor, é bloquear o tálamo - pensando em medicamentos, temos que impedir que a dor chegue ao tálamo. A dor deve ser tratada 
inicialmente por medicamentos mais leves e que tratem a dor sem grandes efeitos adversos. O primeiro estímulo pode gerar dor para mais 
dias, visto o processo inflamatório, que pode sim ser tratado pela opção inicial: AINES. Contudo, aumentar doses de AINES para dores 
incessantes pode ser nocivo aos rins. Dessa forma, devemos interromper a dor em seu ceminho até o tálamo, interromper já no estímulo, 
sem interromper os mecanismos de COX.
A diferença entre outros estimulos sobre a pele de um estimulo sobre os dentes, é que esses periféricos são espinhais, enquanto os dentes 
possuem nervos cranianos, que se ligam ao núcleo sensorial do trigêmeo. Dessa vez, do trigêmeo se direcionam ao tálamo, pelasvias 
trigêmeo talâmicas, mas da mesma forma, indicamos os opióides e analgésicos no bloqueio do caminho da dor.
Drogas opióides
São drogas parecidos com o ópio, produto do bulbo da papoula, antigamente utilizado pelos gregos no controle da dor. Desse mesmo "suco", 
podem ser extraidos diversos tipos de componentes controladores da dor. Os analgésicos "raíz" seguem esse princípio e ligam nos mesmo 
receptores de bloqueio de dor, enquanto outras drogas apresentam apenas efeito analgésico, mas não pertence ao seu grupo.
Temos que lembrar que dor não é necessariamente uma resposta, mas uma experiência, visto que é guardada em memórias ruins e geram 
má expectativas em situações semelhantes, sendo assim, portanto, uma experiencia subjetividade.. A dor também será uma resposta direta a 
evento asociado com dano tecidual, tais como injúria, inflamação e câncer.
A dor também pode ocorrer sem causa aparente que esteja ligada a um dano tecidual (neuralgia do trigêmeo) ou pode persistir após o reparo 
de uma área lesada (dor fantasma). Portanto, há muitas dores que não respondem aos AINES, visto que possuem origens desconhecidas 
não ligadas à sequência inflamatória.
Nociceptores são tipos definidos de terminação nervosa ativadas por estimulos suficientes para causar dano tecidual. Se são ativados por 
lesão tecidual, estes possuem um alto limiar, respondendo a estimulos fortes o suficiente para causar danos teciduais. A dor é o efeito da 
interpretação desse estimulo nocivo.
Nas fibras mielinizadas, a bainha acelerará o estimulo, com maior velocidade de condução do pulso, enquanto as fibras não mielinizadas 
transportam o estímulo mais lentamente..
Nocicepção é uma coisa, dor é outra. Quando o estimulo nocivo de lesão tecidual se desperta na 
periferia, este é enviado ao tálamo e córtex, onde é interpretada como dor. Além disso, nociceptores são 
polimodais, sendo estimulados de modos diferentes, seja por calor, ácido, perfurações e batidas ou até 
por congelamento. Os nervos aferentes primários desses nociceptores são mais finos, compostas de 
fibras C ou fibras Aδ, que conduzem mais lentamente o estimulo. O nervo espino-talamico ou o 
trigeminotalâmico são tipos de vervos que se ligam ao pericário do nervo aferente primário e se 
projetam até o tálamo, sendo assim denominados neurônios de projeção - que passam o estimulo 
nociceptivo.
Fibras Aδ e Fibras C são bem diferentes. Fibras Aδ são ligadas a mecanorreceptores, mielinizadas e se 
estimuladas provocam dor aguda e bem localizadas. Fibras C são ligadas a nociceptores -outros 
estimulos que não táteis; não mielinizadas e se estimuladas, provocam dor difusa, em queimação.
Entre o aferente primário e o motor na porção anterior, temos um nervo de 
associação, que envia o estímulo reflexo aos musculos (arco reflexo). Antes de 
sentir a dor, imediatamente tiramos nossa mão do perigo. Nessa imagem podemos 
observar o aferente primário como unipolar, tendo uma mão na periferia e outro em 
centro,enquanto o corpo celular esta na ganglio da raiz dorsa.
O estimulo se inicia na periferia pelos nociceptores, entregando ao outro lado do 
neuronio aferente, o estimulo nocivo aos neurônios que sobem para o tálamo. Esse 
estímulo é passado pela liberação e comunicação com substancias químicas 
Opióides 
sábado, 29 de agosto de 2020 17:49
 Farmacologia V Page 13 
O estimulo se inicia na periferia pelos nociceptores, entregando ao outro lado do 
neuronio aferente, o estimulo nocivo aos neurônios que sobem para o tálamo. Esse 
estímulo é passado pela liberação e comunicação com substancias químicas 
(peptídeos), sejam essas a substância P, CGRP ou glutamato. O mediador principal 
é o glutamato, agindo diretamente em canais de sódio e disparando o potencial de 
ação do segundo neurônio. As outras duas substancias também realizam essa 
função, mas não tão rápido.
A substancia P e CGRP abrem mais lentamente os canais de sódio para despolarizar 
o segundo neurônio, como se prepara-se o neurônio para o estímulo de glutamato. 
Conhecendo as substâncias envolvidas, podemos escolher os antagonistas corretos 
para impedir a ação desses neurotransmissores. Assim como essas substancias 
facilitam o estimulo de um segundo neuronio, podem facilitar o inicio do estimulo em 
nociceptores, de maneira que os estimulos nocivos periféricos ocorrem com maior 
facilidade.
O corno dorsal da medula foi dividida em 6 diferentes fatias, denominadas lâminas. Em cada uma dessas fatias recebem-se terminações 
nervosas de fibras Aδ e fibras C, ambas carregando nociceptores. Os nociceptores carregados por fibras Aδ chegam à lâmina I eV, 
enquanto os nociceptores de fibras C chegam às lâminas I e II. Portanto, em lâminas I, II e V chegam os nociceptores que se ligam aos 
espino talamicos, cruzando para o outro lado e subindo ao tálamo
Resumidamente, a dor chegará por nociceptores aos neurônios espinotalâmicos da lâmina I e V, a partir do qual se cruza ao outro lado e 
sobe para o tálamo e cortex, onde identificará o estímulo doloroso. A Lâmina II, nesse processo, age com seus neurônios na produção de 
endorfinas que serão lançadas sobre os neurônios de projeção (espinotalâmicos) das lâminas I e V. Esse neurônio de projeção, o 
espinotalâmico, recebe neurotransmissores glutamato, substancia P e CGRP dos nociceptivos e impulsos dos neurônios da lâmina II, que o 
transmitem a endorfina, substância dada como inibitória - ao mesmo tempo, neuronios de projeção são estimuldos e inibidos.
Foi observado que o neurônio espinotalâmico é o ponto chave nessa corrente. Portanto, em 1965 desenvolveram a "teoria do portão", que 
anuncia que o neurõnio de projeção serve como um portão para informação nociceptiva. O portão aberto significa o estímulo desse 
neurônio, levando a informação ao talamo, enquanto o fechamento do portão significa o bloqueio do estímulo nociceptivo
Foi observado que os neurônios espinotalâmicos estão na lâmina I e lâmina V apenas, 
enquanto na lâmina II podemos observar um neurônio que exibe seus prolongamentos para 
lâminas I e V, com corpo celular em II. A região demarcada em II preenchida de corpos 
celulares foi nomeada como substância gelatinosa, região que abriga muitos peptídeos e 
receptores opióides. Genericamente, as morfinas endógenas são chamadas de endorfinas, 
são peptídeos que se ligam nos receptores opióides (da morfina). Dessa forma, podemos 
dizer que essa lâmina II é preenchida de neurônios ricos em peptídeos opióides, ou seja, eles 
fabricam endorfinas. Se esses neurônios da lâmina II fabricam endorfina e as mandam para 
lâminas I e V com seus axônios, significa que estão liberando endorfinas junto com neurônios 
espinotalâmicos. Assim, vemos que o II envia informações e peptídeos para I e V e esses 
cruzam e chegam ao tálamo.
A dor sentida já está amenizada, inibida por um interneurônio. Esta deveria ser 
maior do que é percebida, mas temos um interneurônio inibitório que produz 
endorfinas. Isso significa que os neurõnios espino-talâmicos apresentam 
receptores para as endorfinas, receptores estes que sofrerão ação dos opióides. 
Esse receptor é o primeiro local onde encontramos a ação das morfinas, que 
"imitam" o efeito das endorfinas liberadas pelo interneurônio. Os mediadores 
marcados em (+) na imagem ao lado agem na despolarização dos neurõnios em 
questão, enquanto os mediadores em (-) hiperpolarizam os neurônios com o 
objetivo de cessar os estímulos. A informação quando chega no tálamo 
prosseguirá ao córtex e outras áreas, dentre essas podemos citar as vias 
descendentes inibitórias, localizadas na base do cérebro, que atuam para ajudar 
na atividade do interneurônio inibitório. A via descendente inibitória produzirá 
mediadores para despolarizar os interneurônios da lâmina II ou para hiperpolarizar 
diretamente o neurônio de projeção.
No tálamo, a informação nociceptiva é direcionada a um núcleo mais anterior. Os 
neurônios que passam pelo tálamo são redirecionados ao córtex, no córtex sensorial 
primário (porção alaranjada no esquema). No córtex temos regiões diferentes com 
neurônios diferentes que remetem a diferentes partes do corpo. Podemos notar no 
esquema ao lado que há mais neurônios para sensibilidade para as as mãos do que 
para os pés. Muitos neurônios trabalham na localização e sensibilidade em face, com 
grande sensibilidade na boca e lingua. 
Tem outras regiões no cérebro com as quais o córtex sensorial primário faz 
associações, importantes na interpretação do estímulo - e é isso que chamamos de 
dor.
Numa pesquisa realizada, perceberam um alto estímulo do giro cíngulo no registro e 
interpretação da dor, sendo uma área que fica ao redor do corpo caloso e não no 
córtex sensorial primário, mostrando a distribuição da informação com áreas de 
associação. Nessa área ao redor do corpo caloso podemos encontrar nosso sistema 
límbico, área em que se concentram nossas emoções e memória
 Farmacologia V Page 14 
Numa pesquisa realizada, perceberam um alto estímulo do giro cíngulo no registro e 
interpretação da dor, sendo uma área que fica ao redor do corpo caloso e não no 
córtex sensorial primário, mostrando a distribuição da informação com áreas de 
associação. Nessa área ao redor do corpo caloso podemos encontrar nosso sistema 
límbico, área em que se concentram nossas emoções e memória
Um esquema um pouco mais desenvolvido pode mostrar de maneira mais precisa em questão 
anatomo-fisiológica, quando um estímulo emitido a partir do neurônio de projeção chega no 
tálamo, ele já passou pelo núclo reticular paragigantocelular, e chegará estimulos á área 
cinzenta periaquedutal (PAG), uma área importantissima no controle da dor que excita o núcleo 
magno da rafe, centro inibitório para fibras espinotalamicas e excitatório para o neuronio 
intermediário. A "cruz" representada pelo núcleo magno da rafe, locus coeruleus e núcleo 
reticular paragigantocelular formam as vias descendentes inibitórias. Os neurônios 
provenientes do núcleo magno da rafe liberarão encefalinas sobre o neuronio espino talâmico, 
assim como outros desses inibidores produziram endorfinas, bem como serotoninas (5-HT). 
Outra via represenada, o locus coeruleus, sendo ativado pelo córtex ou tálamo embora não 
esteja representado dessa forma no esquema, possui uma quantidade elevada de corpos 
celulares, assim como as outras áreas demarcadas em amarelo e com letra vermelha no 
esquema ao lado. Esses corpos celulares exibirão axônios que se extendem ao corpo celular 
dos neurônio de projeção, liberando um componente inibitório denominado norepinefrina, que 
hiperpolariza o neurônio que comunica.
Como podemos observar, há a presença de encefalinas, serotoninas e noradrenalinas na 
hiperpolarização e inibição de impulso, diminuindo a excitabilidade de transmissão.
No tratamendo de dores em função de DTMs, o mais comum é a utilização de antidepressivos tricíclicos que inibem as proteínas de recaptação de 
neurotransmissores na fenda sináptica que é liberada a noradrenalina. Como nessa áreanão tem enzimas para lisar os neurotransmissores que 
terminaram sua ligação com o neuronio seguinte, esses dependem das proteinas de recaptação para não continuar ligando com seureceptor. No 
uso de antidepressivos triciclicos, essa proteína é inibida e o neurotransmissor permanece na fenda, e quanto mais permanece na fenda, melhor 
no controle de dor. Portanto, a maior ação dos antidepressivos é sobre o corno dorsal ou nucleo sensorial do trigemeo. No neuronio de projeção, 
portanto, se encontram os receptores opióides que se ligam aos neurotransmissores citados. A analgesia pode também ser alcançada pela 
presença de receptores opióides em núcleo reticular paragigantocelular e PAG.
O PAG é uma das áreas mais importantes no controle da dor, sendo impulsionado pelo tálamo e age 
sobre a medula espinhal. Outras áreas como giro cíngulo, córtex e hipotálamo exercem influencia 
sobre esse núcleo. No controle inibitório por via descendente, o PAG exibe um alto volume de 
neurônios contendo peptídeos opióides endógenos.
Estímulos térmicos e mecanicos excessivos poderão causar estimulos nociceptivos. Caso a dor seja 
persistente, inflamatória ou isquêmica, temos alterações do ambiente químico dos terminais 
nociceptivos. Diversas substâncias geradas na periferia serão capazes de iniciar o estimulo do 
neuronio aferente primário, bem como favorecer e intensificar esse estimulo. Nos terminais 
nociceptivos polimodais e de alto limiar, temos pequenos canais iônicos, receptores. A capsaicina, 
um principio ativo na pimenta, se liga a um receptor vanilóide (TRPV1) nos terminais de fibras C -
esse receptor TRPV1 é um pedaço de canal de íons positivos que entram sódio e cálcio para 
promover a despolarização
O canal de cátion onde estão os vanilóides também é aberto ao calor (>45°) e pH<5,5. Em um estudo acerca da capsaicina e vanilóides, a 
remoção do gene que expressa TRPV1 em camundongos foi capaz de resultar em uma menor sensibilidade ao calor e ausência de hiperalgesia 
inflamatória com alterações térmicas. Pode-se constatar que durante o processo inflamatório há um aumento de expressão de receptores de 
TRPV1, sendo um possivel mecanismo de hiperalgesia. A capsaicina é um dos mais potentes agonistas destes receptores vanilóides. Com a 
abertura dos canais de cátions, ocorre grande influxo de Ca++ para o terminal nociceptivo, que resulta na liberação de substancia P e CGRP para 
a periferia (liberação de histamina e vasodilatação) - da mesma forma que é liberada na parte mais central, é liberada na porção periférica 
quando há estimulo. A substancia P liberada na periferia se liga a seus receptores nos mastócitos, assim como o CGRP é um potente 
vasodilatador. A histamina dispersa no conjuntivo é responsável pela vasodilatação e aumento de permeabilidade em vasos, alémde causar dor 
difusa e prurido em nervos. Dessa forma, denominamos esse fenomeno como inflamação neurogenica, amplificando e mantendo reação 
inflamatória bem como ativando fibras nociceptivas. Assim observamos um feedback positivo de estimulo-inflamação.
O excesso do incurso de cálcio pode degenerar o terminal nociceptivo, dessa forma gerando menos estimulos nociceptivos da próxima vez. E o 
uso terapeutico desse princípio é utilizado em cremes de capsaicina, para dessensibilizar com o uso intenso do agonista dos receptores. Os 
canais das vias aferentes de nociceptores aceitam influencia de sódio e cálcio e tornar os potenciais de membrana menos negativos.
Quando ocorre a inflamação, nossos vasos se dilatam e ganham permeabilidade, de maneira que 
proteinas que circulam pelo sangue conseguem atingir o tecido. Umas dessas proteinas são o 
fator de hageman (fator XII da coagulação), pré-calicreína e cininogênio de alto peso molecular. 
Quando essas proteínas encontram o tecido, encontram o colágeno: uma molécula de superfície 
carregada negativamente. Quando o fator XII encontra o colágeno, sendo modificada e ativado, 
ganhando um caráter enzimático que transforma a pré-calicreína em calicreína, que age sobre o 
cininogênio, tirando uma pequena porção denominada bradicinina, componente fortemente algico, 
causando uma dor intensa. A presença de cininases no tecido desativam as bradicinina - mesmo 
assim ainda efetiva seu potencial algico enquanto ativa.
Receptores B2 (acoplados a proteina G) nos terminais nociceptivos recebem as bradicininas e 
kalidinas e desencadeiam uma reação de proteina G, ativando uma enzina denominada proteina 
kinase c (PKC) que leva um radical PO4 (fosfato - fosforilação) para o receptor TRPV1 (nos 
terminais nociceptivos nos canais de sódio), facilitando a abertura dos canais de cátions e 
facilitando o estímulo. Além disso, a ligação das bradicininas aos seus receptores libera 
prostaglandinas. Quando ao mecanismo dessas bradicininas e prostaglandinas, em sua 
 Farmacologia V Page 15 
kalidinas e desencadeiam uma reação de proteina G, ativando uma enzina denominada proteina 
kinase c (PKC) que leva um radical PO4 (fosfato - fosforilação) para o receptor TRPV1 (nos 
terminais nociceptivos nos canais de sódio), facilitando a abertura dos canais de cátions e 
facilitando o estímulo. Além disso, a ligação das bradicininas aos seus receptores libera 
prostaglandinas. Quando ao mecanismo dessas bradicininas e prostaglandinas, em sua 
concepção, devemos considerar que todas as células de todos os tecidos são compostas de 
lipídeos (fosfolipídeos) com proteínas incrustadas e dispersas em suas superfícies. Uma dessas 
proteínas é a fosfolipase A2. Toda vez que há uma lesão tecidual, essa fosfolipase é ativada 
pela ligação das bradicininas aos fibroblastos. A fosfolipase A2 quando ativada transforma 
fosfolipideos em PAF (fator de ativação de plaquetas, componente da inflamação) ou ácido 
araquidônico, que sofrerá lise pelas COX e LOX. Os glicocorticoides estimulam a produção da 
lipocortina que inibe a fosfolipase A2.
A ação da COX e da LOX transformará o ácido araquidonico em compostos diferentes. As COX produzirão prostaglandinas e tromboxanas, enquanto a 
LOX produzirá leucotrienos e lipoxinas. O mais importante no raciocinio apresentado é como as prostaglandinas são produzidas,a partir de uma 
cascata estimulada pela bradicinina. Os AINES serão responsaveis pelo bloqueio dessa COX e freio da dor e inflamação nesse ponto. As 
prostaglandinas, como "fermento da dor", atuarão no terminal nociceptivo potencializando a ação da bradicinina e outros mediadores algicos. Nesses 
terminais também tem receptores para a prostaglandinas, denominados prostanóides, que instiga o fechamento de canais de potássio ou facilitar a 
abertura dos canais de cátions (TRPV1), de modo que o terminal fica parcialmente despolarizado e portanto mais facilmente excitável. Portanto, as 
prostaglandinas não geram ou fazem a dor sozinhas, mas ajudam na abertura dos canais TRPV1 dos nociceptores. As prostaglnadinas, além de facilitar 
a entrada de cátions calcio e sódio, fecham os canais de potássio para impedir a saída deste, que começa acumular no interiorda célula.
Em área agredida ou isquêmica há outros componentes como a serotonina, histamina, ácido lático, ATP e potássio que tem a habilidade de excitar o 
terminal nociceptivo, tendendo a despolarizar a área. A prostaglandina também se utiliza da PKA para fosforilar os canais de sódio voltage gated e 
facilitar a entrada do sódio. Entre outros mecanismos, temos o NGF (nerve growth factor) atuando no estímulo à expressão dos receptores TRPV1, 
também aumentando a expressão do canal de sódio voltage gated. Mais adiante daremos atenção aos receptores opióides, canabinóides e de 
noradrenalina que podem atuar nos canais de potássio. Todos esses componentes de recepção de bradicininas, prostaglandinas, ópios, TRPV1 e 
canais de sódio são componentes dos nervos periféricos. Os receptores opióides em periferia para inibição de estímulo é descoberta recente.
Esse neuronio aferente primário produzirá a substância P e a transmitirá oara o neurônio dorsal, que contem seus receptorespara tal. Esse neurônio 
dorsal não possui a capacidade de gerar um estimulo completo sozinho, dependendo da substância P para lentamente se aproximardo potencial de 
ação, se tornando cada vez mais despolarizado e diminuindo o limiar par excitação. Quanto maior o estímulo nociceptor, maior produção da substância 
P, que permanece por mais tempo em maior quantidade na sinapse e deixando o neuronio dorsal mais proximo do limiar, um caráter de hiperalgesia.
Durante o processo inflamatório, produz-se muito o NGF, que estimula a produção de canais de cálcio TRPV1 e canais de sódio voltage gated, 
facilitando o disparo desse estimulo, também aumentando a quantidade de substância P nos neurônios nociceptivos, aumentando aresposta excitatória 
lenta na medula espinhal, o que causará a hiperalgesia.
Foi observado que o processo inflamatório que provoca um estímulo das células do sistema imune que é responsável pela produção de opióides 
endógenos (endorfinas) que agem nas áreas mais centrais. Esses opióides endógenos apresentarão função inibitória sobre os terminais nociceptivos, 
com ação de hiperpolarizar essa célula, tornando-a mais negativa e diminuindo sua excitabilidade. Dessa forma, os opióides podem atuar tanto no 
sistema nervoso central quanto na periferia.
Screen clipping taken: 22/09/2020 21:07
Como vimos, o neurônio aferente primário é responsável pela produção de substancia p e 
CGRP para estímulo do neuronio de espinotalamico e o glutamato para o "chute" de 
transmissão rápida de impulso para esse segundo neurônio. Saindo do aferente primário e 
conectando-se ao neuronio de transmissão, temos um interneuronio curto inibitório, que recebe 
estimulos rápidos do glutamato para produzir uma quantidade razoável de endorfinas sobre o 
neuronio espinotalamico, para tentar controlar e atenuar o estimulo inserido. O terminal do 
neurônio aferente composto pelos nociceptores é estimulado por diversos componentes mas 
também inibido por alguns componentes.
A partir do primeiro neurônio, podemos notar um segundo neuronio que se liga a este além do 
interneurônio inibitório, um neurônioo que se liga ao axônio do aferente primário, produzindo e 
liberando sobre este o GABA, produzindo este junto a terminação do neuronio aferente 
primário, onde abre os canais de cloro e tornam o neurônio cada vez mais negativo pela 
entrada de Cl-, inibindo a condução do estimulo. Com isso, pensou se que os agonistas do 
GABA poderiam ter um efeito analgésico. Esses vários mecanismos mostram as diversas 
opções medicamentosas no bloqueio e inibição da dor. Boa parte dos antagonistas dos 
transmissores que dão o pontapé do estimulo doloroso e os agonistas de inibição dos 
neurônios são considerados bons componentes farmacológicos no controle de dor
Opióides
Os opióides são os componentes farmacológicos derivados do ópio, nectar retirado do bulbo da papoula, como um leitinho branco, que foi muito utilizado no 
controle de dores pelos gregos antigos. O bulbo da Papaver somniferum produzirá um suco (ópio) que era utilizado na cessação de dores.
Theofrastus, no século III A.C, filósofo grego, foi responsável pela descrição do uso dos opióides pelos gregos de 
maneira geral, uma droga analgésica muito efetiva e amplamente utilizada. O uso do ópio dá um efeito analgésico 
muito forte, seguido de sono com muito sonhos. Foi descrito o uso do ópio pelos árabes, que utiilizavam o suco da 
papoula para desinterias, tratando diarreias. Esse uso permaneceu na Europa movido pelos ideais de Paracelsus, que 
desenvolveu uma medicina mais racional, baseada em evidencia, também popularizando e mantendo o uso do ópio 
inserido pelos árabes. Pela grande expansão do império inglês sobre o oriente no século XVIII, o uso do ópio mudou 
para o hábito de fumá-lo. Com a evolução da química, Serturner (1806) isolou a morfina (Morpheus) e Robiquet (1832) 
isolou a codeína e Merck (1848) isolou a papaverina. O uso do ópio como droga recreativa era comum na china onde 
os ingleses dominavam no século XVIII e XIX, visto toda a sensação de sono e relaxamento e prazer que dava. Com o 
desenvolvimento das agulhas hipodérmicas, o vício nessa droga causou diversos efeitos nos usuários, que mutilaram 
seus membros com furos de agulha e aspecto de envelhecimento. O uso em pó pode ser visto nos soldados do 
afeganistão. Os usuários dessa droga se tornam adictos, com vício ao extremo na "droga dos sonhos". Diversas 
substâncias podem causar essa adicção no paciente, não só o ópio, mas também a nicotina e bebida alcoólica, 
questões de saúde pública. A Droga dos deuses não é tão droga dos deuses assim, considerando a adicção.
Os efeitos mais intensos de adicção e efeito se desenvolveram com o inicio do uso do ópio em cachimbos, e mais ainda quando foi inventada a agulha 
hipodérmica. O uso dessa droga como analgésico desenvolveu a dependência física e mental, instigando ao desenvolvimento de drogas sintéticas que 
sejam tão analgésicas quanto a morfina mas sem seu nível de adicção. Contudo, até hoje não se conseguiu tal feito, fazendo com que quase todas as 
 Farmacologia V Page 16 
sejam tão analgésicas quanto a morfina mas sem seu nível de adicção. Contudo, até hoje não se conseguiu tal feito, fazendo com que quase todas as 
drogas desenvolvidas que tivessem o mesmo efeito e agissem nos mesmo receptores causam adicção da mesma maneira. No período de 1939-1946 foi 
conseguida a síntese de meperidina e metadona. A meperidina e metadona foram muito utilizadas em hospital para pós-operatório. Uma pessoa 
dependente pode ser tratada, mesmo que praticamente impossível. Para tal foi proposto a síntese de antagonistas e compostos de ação mista 
(agonista/antagonista) como a Nalorfina, Naloxona e pentazocina (o composto de ação mista ajuda a tirar a dependencia aos poucos ou "desmamar").
Um opiáceo produz caracteristica quimicamente semelhante à morfina, enquanto um opióide tem ações farmacológicas semelhantes a morfina, apesar de 
não ter estrutura semelhante. Todo opiáceo é opióide, mas opióides não podem ser opióides. São todos opiódes por realizar a mesma ação do ópio, da 
morfina. A identificação dos receptores opióides foi possível apenas em pesquisas que ocorreram de 1967 a 1973, época de impulso da bioquímica - se foi 
encontrado um receptor em nosso corpo, significa que temos substancias semelhante aos opióides em nosso corpo (endorfinas; peptídeos), e não que 
nosso corpo desenvolveu para morfinas exogenas. A identificação de peptideos opióides endógenos foi importante para o conhecimento das vias de dor.
Os receptores para os peptídeos endógenos receberam o nome de letras gregas µ (mu), k (kappa) e δ (delta). Receptores µ e δ são provavelmente 
envolvidos com o controle de dor, enquanto que os k provavelmente participem do efeito disfórico (também pode participar da dor, mas damos grande 
importancia ao mu). Todos esses participam no controle de dor. Endorfinas são nomes genéricos, mas temos um grupo denominado endorfina, onde temos 
a beta-endorfina, encefalinas e dinorfinas. As beta-endorfinas e meta-encefalinas agem no mu, leu-encefalina age no delta e dinorfina no kappa.
As encefalinas estão presentes em todo SNC, especialmente nos interneurônios curtos, na substancia cinzenta periaquedutal (área envolvida com o controle 
descendente inibitório); na amigdala (núcleo amidaloide) no sistema limbico, área envolvida no controle de emoções, mostrando o envolvimento de 
emoções com opióides e sensação de alegria e bem estar; o hipocampo como área envolvida na memória; na medula espinhal; na medula adrenal, onde se 
produz a adrenalina que possui um pequeno efeito analgésico. As principais encefalinas são Met-encefalina e leu-encefalinas (áreas de controle de dor e 
áreas de envolvimento emocional - link entre emoções e dor).
As endorfinas estão presente especialmente nesse eixo hipotálamo-hipófise, em neurõnios que se projetam do hipotálamo para o tálamo e para o tronco 
cerebral, de maneira que os peptideos que chegam no hipotálamo impedem

Mais conteúdos dessa disciplina