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Arritmia� Sistema de formação e condução de estímulos no coração - Gerar impulsos ritmados - Conduzir os impulsos rapidamente, através do coração O sistema condutor - Nodo sinusal - Potencial de repouso –55 a –60mV - Os canais rápidos de sódio ficam inativados - Alta concentração de sódio extracelular = vazamento para dentro do nódulo - A estimulação é dependente de canais de cálcio- sódio - A saída de K+ hiperpolariza a membrana Vias internodais Faixa interatrial anterior, média e posterior (fibras especializadas de condução) O sistema condutor ● Nodo átrio-ventricular -> Atraso necessário para esvaziamento atrial -> Retardo de 0,04seg ● O feixe de Hiss (a-v) –> Condução lenta (poucas junções abertas) ● As fibras direita e esquerda (Purkinje) –> Velocidade de condução 6 vezes maior que o músculo cardíaco –> Incapacidade dos potenciais de ação trafegarem em sentido retrógrado (exceto em condições patológica) –> Quando o impulso atinge os ramos direito e esquerdo propaga quase que imediatamente por toda a massa muscular ● O nódulo sinusal -> controla o coração, é o marcapasso, porque tem freqüência de descarga maior que outras áreas do coração ● Foco ectópico -> ocorre quando alguma área do coração desenvolve descarga mais rápida que o nodo sinusal ● A estimulação do parassimpático, mediada pela acetilcolina acentua a permeabilidade da membrana ao K+, e hiperpolariza as fibras de condução ● O simpático (mediado pela norepinefrina) tem efeito inverso acentua a permeabilidade da membrana ao Na+, reduz o tempo de condução entre átrio e ventrículos Eletrocardiograma É uma das formas de registro da atividade elétrica do coração •P= despolarização do átrio •QRS= ondas de despolarização dos ventrículos •T= onda de repolarização •U= (despolarização dos músculos papilares?) Determinação do Vetor Projetado Quando o vetor no coração está em direção quase perpendicular ao eixo da derivação, a voltagem registrada dessa derivação no eletrocardiograma é muito baixa. Por outro lado, quando o vetor cardíaco tem quase exatamente o mesmo eixo da derivação, essencialmente toda a voltagem do vetor será registrada O vetor positivo de uma derivação causará registro no eletrocardiograma, acima da linha zero, enquanto um vetor negativo causará registro abaixo da linha zero. A disposição do eletrodo nas derivações pré-cordiais •V1= 4° espaço intercostal à borda esternal direita •V2= 4° espaço intercostal à borda esternal esquerda •V3= no meio de uma linha imaginária entre V2 e V4 •V4= 5°espaço intercostal à linha hemiclavicular (linha do mamilo) •V5 = no mesmo nível de V4 à linha axilar anterior •V6= no mesmo nível de V4 à linha axilar média Interpretação eletrocardiográfica das Arritmias •Calcular a freqüência cardíaca •Ritmo (regularidade das ondas) •Examinar as ondas “p” •Medir o intervalo PR •Medir a duração dos complexos QRS CÁLCULO DA FREQUÊNCIA - Escolha uma onda R que coincida com uma linha mais escura do papel milimetrado - Depois conte 300,150,100,75,60,50 - A linha mais escura onde a próxima onda R cair é que determinará a frequência. CÁLCULO DE FREQUÊNCIAS MAIS LENTAS - Considerar as marcas verticais que assinalam os intervalos de 3 s - Considerar 2 destes intervalos = 6 s - Ciclo completo= de uma onda até a outra onda igual - Contar dois ciclos completos neste intervalo - Obtém-se a frequência multiplicando-se por 10 o número de ciclos no intervalo de 6 segundos Arritmias → Toda alteração celular que modificar a auto-estimulação, o período refratário, a velocidade de condução, o tempo de polarização e, mais provavelmente, a combinação de alguns destes fatores leva a produção de arritmia cardíaca Taquicardia Sinusal → Freqüência acima de 100 bpm, sob comando do nódulo sinusal, é uma resposta fisiológica normal ao exercício físico e a emoção, o mecanismo responsável é resultado da redução do tônus vagal e aumento da atividade simpática Na clínica poderá ocorrer: → Por aumento das necessidades metabólicas: febre, hipertireoidismo → Como resposta homeostática à hipotensão no estado de choque → Por ação de drogas antimuscarínicas (atropina) ou simpatomimética → Quando existe redução da saturação de oxigênio → Nas síndromes hipercinética (anemia) onde o DC aumenta → Compensando a insuficiência cardíaca Bradicardia Sinusal ● Quando a frequência cardíaca sob ação do nódulo sinusal está menor que 60 bpm Bradicardia sinusal é observada em indivíduos normais, vagotônicos e é um componente do traçado eletrocardiográfico de atletas. Também se manifesta por acentuação do tônus vagal (manobras de Valsalva, compressão do seio carotídeo, vômitos, ação de prostigmine) em resposta ao uso de beta bloqueadores - Distúrbios eletrolíticos e do equilíbrio ácido-básico - Icterícia obstrutiva - Hipotireoidismo e hipopituitarismo - Doença do nódulo sinusal - Hérnia de hiato Arritmia sinusal É dividida a um distúrbio da formação do impulso no próprio nódulo sinusal. Os ciclos inscrevem-se com discreta irregularidade, que é, na maioria das vezes, relacionada ao ciclo respiratório, neste caso a freqüência cardíaca aumenta no final da inspiração e diminui no final da expiração. É um achado comum em pessoas jovens, não significa doença cardíaca, porém sua presença não permite excluir cardiopatia Fibrilação atrial Processo contrátil desordenado e extremamente bizarro onde sístole e diástole não mais ocorrem, tendo-se a impressão que fibras individuais ou grupos de fibras estão se contraindo independentemente ● Freqüência atrial entre 400 a 600 bpm ● A linha de base é irregular com oscilações que podem ser grossas ou finas e ausência onda P ● Intervalos R-R irregulares ● Graus variáveis de aberrância ventricular Flutter atrial •Ondas "em Dente de Serra" •Excitabilidade atrial rápida e regular. •FC > 150 bpm. •Mais comum no IAM. Extra-sístole Atrial Batimento prematuro que se inscreve antes do momento que deveria ocorrer o batimento normal, é decorrente da exacerbação da excitabilidade de outros focos que também possuem atividade automática ● Formas de identificação: → Intervalo de acoplamento constante → Presença de onda p prematura → A morfologia da onda p é diferente daquela de origem sinusal → Pausa extra-sistólica incompleta Extra- Sístole Ventricular - Presença de um QRS alargado e prematuro - Intervalo de acoplamento constante se for unifocal Taquicardia Ventricular → Freqüência ventricular aumentada → Dissociação AV total → Complexos ventriculares anormais → Período de acoplamento fixo → Ritmo regular Flutter Ventricular ● É uma taquicardia ventricular extrema que na existência de assimetria eletrofisiológica evoluir para fibrilação ● QRS,ST e T formam uma única onda “em sino” ● A amplitude é muito grande, fato que as distingue da onda F ● Freqüência muito elevada Fibrilação Ventricular •Presença de diferenças na velocidade de condução do estímulo •Muitos focos ventriculares ectópicos ao mesmo tempo •Contração irregular dos ventrículos Classificação das Arritmias Cardíacas Distúrbios de Condução - Bloqueio sinoatrial - Bloqueio atrioventricular - 1° grau - 2° grau - 3° grau (completo) Bloqueio sino-atrial ● Distúrbio de condução ao nível da junção sino-atrial; o diagnóstico é feito a partir do comportamento do intervalo PP Bloqueio sinoatrial ● Distúrbio de condução ao nível da junção sino-atrial; o diagnóstico é feito a partir do comportamento do intervalo PP Bloqueio atrio-ventricular •Primeiro grau: o alentecimento da condução AV produz um aumento da duração do intervalo PR > 0,20s •Segundo grau: quando o alentecimento é de tal ordem que em uma série qualquer de impulsos, pelo menos um estímulo é totalmente bloqueado - Mobitz I: Wenckenbach típico, aumento progressivo no intervalo P-R, sendo o mais longo o que antecede a onda P bloqueada •Mobitz II: mantém a constância do intervalo P-R antes e depois do intervalo bloqueado •Terceirograu: quando todos os estímulos advindos dos átrios são bloqueados e o coração se estimula a partir de um marcapasso ventricular Marcapasso cardíaco provisório - Dispositivo que emite um estímulo elétrico ao coração, determinando sua contração. - Estímulo transmitido por um eletrodo diretamente ao endocárdio ou diretamente na parede torácica. - São utilizados em diversas situações clínicas em que ocorrem falhas no mecanismo de geração ou condução do impulso elétrico. Em situações de bradicardia com instabilidade hemodinâmica, a utilização do marcapasso cardíaco temporário é um procedimento emergencial de suporte à vida. - Existem os marcapassos temporários transtorácicos e transvenosos. - Os transtorácicos têm sua utilização limitada a situações de emergência. - Os transvenosos são utilizados temporariamente, porém em meio hospitalar MARCAPASSO TRANSCUTÂNEO O marca-passo transcutâneo é indicado em bradicardias com repercussão hemodinâmica sem resposta terapêutica e a principal complicação pela sua retirada é a recorrência das arritmias. Na presença de sinais clínicos de arritmia ameaçadora, deve-se realizar eletrocardiograma e ter habilidades com equipamentos de monitorização, desfibrilação, bem como no manejo de medicações cardiotônicas e vasoativas O marca-passo transvenoso é indicado para situações em que o paciente não responde às medidas de tratamento das bradiarritmias sintomáticas com pulso através de drogas e ao marca-passo transcutâneo. É realizado por intermédio de cabos-eletrodos flexíveis e bipolares, que entram em contato direto com o endocárdio, onde os impulsos elétricos são deflagrados por um gerador externo. A passagem dos eletrodos é realizada por meio de um\ punção venosa central com os cateteres-eletrodos, que são inseridos por introdutores venosos e podem ser guiados por traçado eletrocardiográfico e ou fluoroscopia, utilizados em situações de urgência e com o tempo adequado para seu conveniente posicionamento. Cuidados de enfermagem – Pré implantação 1. Checar funcionamento do gerador 2. Verificar pilhas do marca-passo 3. Preparar material necessário 4. Orientar paciente 5. Manter monitorização hemodinâmica 6. Realizar ECG 7. Controlar ssvv 8. Avaliar nível de consciência , perfusão periférica 9. Auxiliar no procedimento 10. Manter monitorização e observar arritmias 11. Atentar sinais de baixo débito 12. Adaptar cabo MP aos eletrodos 13. Auxiliar nos ajustes da modalidade 14. Frequência de estimulação (rate) 15. Limiares de comando (mA) 16. Sensibilidade (mV) 17. Realizar ECG 18. Checar pulso e FC do MP Cuidados de enfermagem – Pós implantação 1. Repouso absoluto. 2. Anotar: Data, hora, local da inserção. 3. Manter marca-passo fixado e orientar o paciente para não mexer nos botões. 4. Se o paciente com marca-passo precisar ser Desfibrilador: Desligar marca-passo ou desconectar eletrodos. 5. Checar pulso e FC do MP 6. Realizar ECG diário com MP ligado e desligado 7. Realizar curativo inserção 8. Manter monitorização e avaliar espícula MP (antecede QRS) 9. Controlar dias de inserção (7 a 15 dias) 10. Checar bateria e funcionamento MP 11. Avaliar sinais baixo débito 12. Controlar ssvv: ● PA: baixo débito cardíaco ● FC e ritmo: modalidade adequada à clínica ● T: sinais de infecção
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