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UNIP ED 7º semestre - Provas Processuais Penais (N202) - módulos 1 ao 8 + exercícios

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12/05/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/9
 
Caro(a) aluno(a). 
Seja bem-vindo(a) ao sistema EAD.
 
INTRODUÇÃO/OBJETIVOS
 
1. Nesta nossa disciplina trataremos dos institutos da prisão e da liberdade no
sistema brasileiro, bem como as provas em sua teoria geral e as provas em
espécie, finalizando o estudo do direito processual penal com a análise dos
procedimentos com o objetivo principal de aprimorar seus conhecimentos sobre a
matéria e é nossa expectativa que você aprenda bastante.
 
2. Considerando-se que será você quem administrará seu próprio tempo, nossa
sugestão é que se dedique ao menos quatro horas por semana para esta
disciplina, estudando os textos sugeridos e realizando os exercícios de
autoavaliação. Uma boa forma de fazer isso é já ir planejando o que estudar,
semana a semana.
 
3. Para facilitar seu trabalho, apresentamos na tabela abaixo os assuntos que
deverão ser estudados e, para cada assunto, a leitura fundamental exigida e a
leitura complementar sugerida. No mínimo, você deverá buscar entender muito
bem o conteúdo da leitura fundamental, só que essa compreensão será maior se
você acompanhar também a leitura complementar. Você mesmo perceberá isso ao
longo dos estudos.
 
CONTEÚDOS/LEITURAS SUGERIDAS
 
CONTEÚDOS DE
ESTUDO
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
BIBLIOGRAFIA
COMPLEMENTARVIDEOAULA
Módulo 1
1. Prisão Penal.
1.1. Conceito e
Modalidades.
1.2. Prisão
Cautelar e
JESUS, Damásio E
de. Código de
processo penal
anotado.
LOPES JR. Aury.
Introdução
Crítica ao Direito
Processual Penal.
CAPEZ, Fernando.
Curso de
processo penal.
DEMERCIAN, P. H.
Curso de
processo penal.
Nota: Não há 
videoaulas.
12/05/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/9
Prisão
Processual.
1.3. Princípios e
Legalidade da
Prisão.
1.4. Prisão em
Flagrante.
1.5. Prisão
Temporária ou
Provisória.
1.6. Prisão
Preventiva.
1.7. Prisão por
Sentença de
Pronúncia.
1.8. Prisão por
Força de
Sentença
Condenatória
Recorrível.
1.9. Prisão por
Força de
Sentença
Condenatória
Irrecorrível.
_______________.
Direito
Processual e sua
conformidade
processual .
MIRABETE, Júlio
Fabbrini. Processo
penal.
TOURINHO FILHO,
Fernando da Costa.
Código de
processo penal.
MARQUES, José
Frederico.
Elementos de
direito
processual
penal.
NOGUEIRA, P. L.
Curso completo
de processo
penal.
NORONHA, Edgar
Magalhães. Curso
de direito
processual
penal.
TOURINHO FILHO,
Fernando da
Costa. Manual de
processo penal..
Módulo 2
2. Mecanismos
Legais para
Restabelecimento
da Liberdade.
 2.1. Liberdade
Provisória.
 2.2. Princípios
Norteadores do
Instituto.
2.3. Casos em
que o Agente se
Livra Solto.
2.5.
Relaxamento da
Prisão em
Flagrante.
JESUS, Damásio E
de. Código de
processo penal
anotado.
LOPES JR. Aury.
Introdução
Crítica ao Direito
Processual Penal.
_______________.
Direito
Processual e sua
conformidade
processual .
MIRABETE, Júlio
Fabbrini. Processo
penal.
TOURINHO FILHO,
Fernando da Costa.
CAPEZ, Fernando.
Curso de
processo penal.
DEMERCIAN, P. H.
Curso de
processo penal.
MARQUES, José
Frederico.
Elementos de
direito
processual
penal.
NOGUEIRA, P. L.
Curso completo
de processo
penal.
NORONHA, Edgar
Magalhães. Curso
de direito
 
12/05/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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 2.6. Conversão
da Prisão
Temporária em
Preventiva. 
 
 2.7. A
Liberdade
Provisória com ou
sem Vinculação.
 2.8. A
Revogação da
Prisão Preventiva.
2-A.
Considerações
preliminares sobre
a prova penal.
2-A.1. Conceito
de prova.
 2-A.2.
Classificação das
provas.
 2-A.3. As
fases do
procedimento
probatório.
Código de
processo penal.
processual
penal.
TOURINHO FILHO,
Fernando da
Costa. Manual de
processo penal..
Módulo 3
 
3.1. A
Constituição
Federal e os meios
de prova.
3.2. Teoria dos
frutos da árvore
envenenada.
3.3. Teoria da
razoabilidade ou
proporcionalidade.
3.4. O ônus da
prova.
3.5. Sistemas de
apreciação.
JESUS, Damásio E
de. Código de
processo penal
anotado.
LOPES JR. Aury.
Introdução
Crítica ao Direito
Processual Penal.
_______________.
Direito
Processual e sua
conformidade
processual .
MIRABETE, Júlio
Fabbrini. Processo
penal.
TOURINHO FILHO,
Fernando da Costa.
CAPEZ, Fernando.
Curso de
processo penal.
DEMERCIAN, P. H.
Curso de
processo penal.
MARQUES, José
Frederico.
Elementos de
direito
processual
penal.
NOGUEIRA, P. L.
Curso completo
de processo
penal.
NORONHA, Edgar
Magalhães. Curso
de direito
 
12/05/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/9
3.6. Princípios da
prova penal.
 
Código de
processo penal.
processual
penal.
TOURINHO FILHO,
Fernando da
Costa. Manual de
processo penal..
Módulo 4
4.1.Exame de
Corpo de Delito e
prova pericial.
4.2. Interrogatório
do acusado e da
confissão
4.3. Do ofendido.
 
 
JESUS, Damásio E
de. Código de
processo penal
anotado.
LOPES JR. Aury.
Introdução
Crítica ao Direito
Processual Penal.
_______________.
Direito
Processual e sua
conformidade
processual .
MIRABETE, Júlio
Fabbrini. Processo
penal.
TOURINHO FILHO,
Fernando da Costa.
Código de
processo penal.
CAPEZ, Fernando.
Curso de
processo penal.
DEMERCIAN, P. H.
Curso de
processo penal.
MARQUES, José
Frederico.
Elementos de
direito
processual
penal.
NOGUEIRA, P. L.
Curso completo
de processo
penal.
NORONHA, Edgar
Magalhães. Curso
de direito
processual
penal.
TOURINHO FILHO,
Fernando da
Costa. Manual de
processo penal..
 
Módulo 5
5.1. Prova
testemunhal.
5.2.
Reconhecimento
de Pessoas e
Coisas.
5.3. Acareação.
 
5.4. Prova
Documental.
JESUS, Damásio E
de. Código de
processo penal
anotado.
LOPES JR. Aury.
Introdução
Crítica ao Direito
Processual Penal.
_______________.
Direito
Processual e sua
conformidade
processual .
CAPEZ, Fernando.
Curso de
processo penal.
DEMERCIAN, P. H.
Curso de
processo penal.
MARQUES, José
Frederico.
Elementos de
direito
processual
penal.
 
12/05/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/9
 
 
MIRABETE, Júlio
Fabbrini. Processo
penal.
TOURINHO FILHO,
Fernando da Costa.
Código de
processo penal.
NOGUEIRA, P. L.
Curso completo
de processo
penal.
NORONHA, Edgar
Magalhães. Curso
de direito
processual
penal.
TOURINHO FILHO,
Fernando da
Costa. Manual de
processo penal..
Módulo 6
6.1. Busca e
apreensão
 6.1.1.
Conceito e objeto
 6.1.2.
Busca Domiciliar
 6.1.3.
Busca Pessoal
 6.2. Citações,
Intimações e
Notificações em
Processo Penal.
 6.2.1.
Citação.
 6.2.2.
Intimação.
 6.2.3.
Notificação.
 
JESUS, Damásio E
de. Código de
processo penal
anotado.
LOPES JR. Aury.
Introdução
Crítica ao Direito
Processual Penal.
_______________.
Direito
Processual e sua
conformidade
processual .
MIRABETE, Júlio
Fabbrini. Processo
penal.
TOURINHO FILHO,
Fernando da Costa.
Código de
processo penal.
CAPEZ, Fernando.
Curso de
processo penal.
DEMERCIAN, P. H.
Curso de
processo penal.
MARQUES, José
Frederico.
Elementos de
direito
processual
penal.
NOGUEIRA, P. L.
Curso completo
de processo
penal.
NORONHA, Edgar
Magalhães. Curso
de direito
processual
penal.
TOURINHO FILHO,
Fernando da
Costa. Manual de
processo penal.
 
Módulo 7
 
7.1. Processo e
procedimento em
matéria penal
JESUS, Damásio E
de. Código de
processo penal
anotado.
LOPES JR. Aury.
Introdução
CAPEZ, Fernando.
Curso de
processo penal.
DEMERCIAN, P. H.
Curso de
processo penal.
 
12/05/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/97.1.1.
Pressupostos
Processuais
 7.1.2.
Formas
procedimentais
 7.1.3.
Procedimento
comum
 
Crítica ao Direito
Processual Penal.
_______________.
Direito
Processual e sua
conformidade
processual .
MIRABETE, Júlio
Fabbrini. Processo
penal.
TOURINHO FILHO,
Fernando da Costa.
Código de
processo penal.
MARQUES, José
Frederico.
Elementos de
direito
processual
penal.
NOGUEIRA, P. L.
Curso completo
de processo
penal.
NORONHA, Edgar
Magalhães. Curso
de direito
processual
penal.
TOURINHO FILHO,
Fernando da
Costa. Manual de
processo penal..
Módulo 8
 
8.1.
Procedimentos
Especiais
 8.1.1.
Procedimento da
competência do
Tribunal do Júri
 8.1.2.
Crimes de
responsabilidade
dos funcionários
públicos
 8.1.3.
Crimes de calúnia
e injúria, de
competência do
juiz singular.
 8.1.4.
Crimes contra a
propriedade
imaterial.
 8.1.5.
Restauração de
JESUS, Damásio E
de. Código de
processo penal
anotado.
LOPES JR. Aury.
Introdução
Crítica ao Direito
Processual Penal.
_______________.
Direito
Processual e sua
conformidade
processual .
MIRABETE, Júlio
Fabbrini. Processo
penal.
TOURINHO FILHO,
Fernando da Costa.
Código de
processo penal.
CAPEZ, Fernando.
Curso de
processo penal.
DEMERCIAN, P. H.
Curso de
processo penal.
MARQUES, José
Frederico.
Elementos de
direito
processual
penal.
NOGUEIRA, P. L.
Curso completo
de processo
penal.
NORONHA, Edgar
Magalhães. Curso
de direito
processual
penal.
TOURINHO FILHO,
Fernando da
Costa. Manual de
processo penal..
 
12/05/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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autos extraviados
ou destruídos
 
Nota: ver abaixo as referências bibliográficas, para maior detalhamento das fontes
de consulta indicadas
 
 
AVALIAÇÕES
Como é de seu conhecimento, você estará obrigado a realizar uma série de
avaliações (NP1, NP2, SUB* e EXAME), cabendo a você tomar conhecimento do
Calendário Escolar dessas avaliações divulgado no campus e do agendamento das
datas das suas provas através deste sistema on line, dentro dos períodos
especificados. Na data e horário agendados para a sua avaliação dirigir-se ao
Laboratório de Informática ou outro setor designado pela Instituição para a
realização da prova em sistema on line.
 
Por outro lado, é importante destacar que uma das formas de você se preparar
para as avaliações é realizando os exercícios de autoavaliação, disponibilizados
para você neste sistema de disciplinas on line. O que tem de ficar claro,
entretanto, é que os exercícios que são requeridos em cada avaliação não são a
mera repetição dos exercícios da autoavaliação.
 
Para sua orientação, informamos na tabela a seguir, os conteúdos e exercícios que
serão requeridos em cada uma das avaliações às quais você estará sujeito:
 
Conteúdos a serem exigidos nas avaliações
 
AVALIAÇÕES CONTEÚDOS EXERCÍCIOS
NP1 Módulo 1 ao módulo 4 Exercícios on linerespectivos
NP2 Módulo 5 ao módulo 8 Exercícios on linerespectivos
Substitutiva**Todos os Módulos (1 ao 8) Todos os exercícios
Exame Todos os Módulos (1 ao 8) Todos os exercícios
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 * Apenas para a perda de umas das avaliações bimestrais.
** Idem
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
Básica –
JESUS, Damásio E de. Código de processo penal anotado. São Paulo: Saraiva,
2007.
LOPES JR. Aury. Introdução Crítica ao Direito Processual Penal. 5. ed. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2010.
_______________. Direito Processual e sua conformidade processual . Rio
de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
MIRABETE, Júlio Fabbrini. Processo penal. 18ª ed. São Paulo: Atlas, 2006.
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Código de processo penal. 11ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2008. v. 2.
 
Complementar –
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. 15ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
DEMERCIAN, P. H. Curso de processo penal. 4ª ed. Rio de Janeiro: Forense,
2008.
MARQUES, José Frederico. Elementos de direito processual penal. Campinas:
Millennium/Bookseller, 2003. v. 2.
NOGUEIRA, P. L. Curso completo de processo penal. São Paulo: Saraiva, 2000.
NORONHA, Edgar Magalhães. Curso de direito processual penal. São Paulo:
Saraiva, 2005.
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de processo penal. São Paulo:
Saraiva, 2008.
 
DÚVIDAS 
Dúvidas deverão ser sanadas na Coordenação do Curso de Direito no horário de
atendimento ao aluno.
Bons Estudos!
 
VII – BIBLIOGRAFIA
12/05/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/9
Bibliografia Básica:
JESUS, Damásio E de. Código de processo penal anotado. São Paulo: Saraiva,
2007.
LOPES JR. Aury. Introdução Crítica ao Direito Processual Penal. 5. ed. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2010.
_______________. Direito Processual e sua conformidade processual . Rio
de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
MIRABETE, Júlio Fabbrini. Processo penal. 18ª ed. São Paulo: Atlas, 2006.
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Código de processo penal. 11ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2008. v. 2.
Bibliografia Complementar:
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. 15ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
DEMERCIAN, P. H. Curso de processo penal. 4ª ed. Rio de Janeiro: Forense,
2008.
MARQUES, José Frederico. Elementos de direito processual penal. Campinas:
Millennium/Bookseller, 2003. v. 2.
NOGUEIRA, P. L. Curso completo de processo penal. São Paulo: Saraiva, 2000.
NORONHA, Edgar Magalhães. Curso de direito processual penal. São Paulo:
Saraiva, 2005.
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de processo penal. São Paulo:
Saraiva, 2008.
 
12/05/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/21
MÓDULO 1
1. Prisão Penal:
1.1. Conceito e Modalidades:
Prisão é a privação do direito de locomoção. A forma como ela se dá pode ser através de determinação
Judicial ou sem a aludida determinação (prisão em flagrante).
De início, cumpre observar que prisão é medida extrema excepcional, somente devendo ser realizada como
forma de se estabelecer a segurança jurídica que a sociedade espera, considerando que tal medida importa
na privação de um bem jurídico muito valioso, a liberdade de locomoção. 
A prisão (encarceramento do indivíduo ou a impossibilidade de se ausentar de seu domicílio) se dá de duas
formas:
a) como forma de cumprimento de uma decisão judicial final, tendo natureza de sanção do Estado ante a
condenação do réu pelo cometimento de um ilícito penal;
b) como forma de se garantir a pretensão punitiva do Estado ao final do processo. 
 
 1.2. Prisão Cautelar e Prisão Processual:
A regra é que uma pessoa somente possa ser privada do seu direito constitucional de locomoção após o
devido processo legal. Assim, necessário uma acusação formal, contraditório, ampla defesa e decisão final por
um Juiz de direito.
Nesse sentido, após o trânsito em julgado da decisão final, abre-se ao Estado a pretensão de executar o
comando da sentença, impondo-se a pena que, no mais das vezes, é privativa de liberdade (prisão). 
Contudo, em algumas situações, para se assegurar as investigações policiais e até mesmo para se assegurar
o cumprimento da pena, se faz necessário a privação de liberdade do investigado/processado. Dá-se a esta
modalidade de prisão o nome de "Prisão Processual" ou "Prisão Cautelar", de natureza nitidamente cautelar
(tutela de urgência).
Nosso sistema prevê três modalidades de prisão cautelar:
a) Prisão em Flagrante (CPP, art. 301 e ss.);
b) Prisão Temporária (Lei nº 7.960/89);
c) Prisão Preventiva (CPP, art. 311 e ss).
Todas as formas de prisão cautelar serão estudadas de forma detida nos próximos itens.
 
1.3. Princípios e Legalidade da Prisão:
Para que a prisão seja válida (prisão-sançãoou prisão cautelar), necessário é que se observem todos os
princípios e normas legais.
12/05/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/21
Desatendidos estes dois parâmetros, a prisão se mostra ilegal, indevida, gerando-se dano ao preso com
possibilidade de intervenção judicial e indenização.
Nesse sentido, o sistema prisional, deve atender rigorosa noção principiológica e legal.
Inicialmente, deve ser respeitado o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, não podendo a prisão ser
vexatória ou com exposição do preso com violação da intimidade. Ademais, deverão as condições dos
estabelecimentos prisionais ser adequadas para que a vida do apenado seja digna, possibilitando-se a sua
ressocialização.
Outrossim, informa a Constituição que a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado (CF, art. 5º, XLVIII).
Também deve ser assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral (CF, art. 5º, XLIX).
Importante ser observado o princípio da publicidade, na medida em que a prisão de qualquer pessoa deve ser
comunicada ao juiz, à família do preso ou pessoa indicada pelo mesmo (CF, art. 5º, LXII).
Destarte, deve ser assegurado ao preso:
- a ciência de seus direitos;
- a possibilidade de permanecer calado;
- a assistência de sua família;
- a assistência de advogado;
- a identificação de quem o prendeu;
Note-se que a noção principiológica constitucional acima exemplificadas, para que a prisão seja válida,
necessário também a observância da lei ordinária, em especial o Código de Processo Penal e a legislação
extravagante correlata, sendo que a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária (CF,
art. 5º, LXV). 
 
1.4. Prisão em Flagrante:
A prisão em Flagrante é a primeira modalidade de prisão cautelar. Com as alterações legislativas ocorridas a
partir de 2011, a prisão em flagrante deixou de ser considerada como modalidade de prisão provisória, na
medida em que, uma vez operado o flagrante, ocorrerá o relaxamento da prisão (se ela for ilegal), a
conversão em prisão preventiva (se presentes os requisitos) ou a concessão de liberdade provisória (se for a
hipótese).
A prisão em flagrante vem disciplinada no CPP, artigos 301/310.
 
ESPÉCIES DE FLAGRANTE:
1) Flagrante próprio: quando o agente é preso cometendo a infração ou quando acaba de cometê-la (CPP, art.
302, I e II);
2) Flagrante impróprio: quando o agente é perseguido, logo após cometer a infração em situação que se faça
presumir ser ele o autor da infração (CPP, art. 302, III);
12/05/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/21
3) Flagrante presumido (ficto): quando o agente é preso, logo após cometer a infração, portando objetos que
façam presumir ser ele o infrator (CPP, art. 302, IV);
4) Flagrante preparado: aquele em que a autoridade provoca o agente a cometer o crime e não impede a
consumação do mesmo. O STF através da súmula 145 já pacificou a invalidade deste tipo de flagrante;
5) Flagrante retardado: quando a atuação da polícia é diferida para um momento mais oportuno;
6) Flagrante Obrigatório: aquele em que não há opção senão a de realizar a prisão (autoridade policial e seus
agentes);
7) Flagrante facultativo: aquele em que há opção pela prisão (qualquer um do povo);
8) Flagrante forjado: aquele em que os policias criam provas de um crime inexistente.
 
PESSOAS NÃO SUJEITAS AO FLAGRANTE
Algumas pessoas, ante a sua condição especial, não estão sujeitas à prisão em flagrante. São Elas:
a) os menores de 18 anos;
b) diplomatas estrangeiros;
c) o presidente da república;
d) os membros do Congresso Nacional que tenham cometido crime afiançável;
e) os deputados estaduais que tenham cometido crime afiançável;
f) os magistrados e membros do MP que tenham cometido crime afiançável;
g) o agente que pratica crime de trânsito, mas socorre a vítima;
h) o agente que comete crime de menor potencial ofensivo e se compromete a comparecer ao juizado;
 
PROCEDIMENTO DO FLAGRANTE (Pacote Anticrime):
Entrei em vigência no dia 23.01.2020 a Lei nº 13.964/19, que alterou diversas legislações, em especial, o
Código Penal, o Código de Processo Penal, e, a Lei de Execução Penal.
No que tange a prisão em flagrante e prisão preventiva, as alterações foram substanciais, senão vejamos:
Redação ANTES do Pacote Anticrime Redação ATUAL
(Lei 13.964/19)
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em
flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
ART. 310. Após receber o auto de prisão em
flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e
quatro) horas após a realização da prisão, o
juiz deverá promover audiência de custódia
com a presença do acusado, seu advogado
constituído ou membro da Defensoria Pública
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e o membro do Ministério Público, e, nessa
audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal; ou 
II - converter a prisão em flagrante em
preventiva, quando presentes os requisitos
constantes do art. 312 deste Código, e se
revelarem inadequadas ou insuficientes as
medidas cautelares diversas da prisão;
ou 
III - conceder liberdade provisória, com ou
sem fiança. 
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em
flagrante, que o agente praticou o fato em
qualquer das condições constantes dos incisos
I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal), poderá, fundamentadamente,
conceder ao acusado liberdade provisória,
mediante termo de comparecimento
obrigatório a todos os atos processuais, sob
pena de revogação.
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é
reincidente ou que integra organização
criminosa armada ou milícia, ou que porta
arma de fogo de uso restrito, deverá denegar
a liberdade provisória, com ou sem medidas
cautelares.
§ 3º A autoridade que deu causa, sem
motivação idônea, à não realização da
audiência de custódia no prazo estabelecido
no caput deste artigo responderá
administrativa, civil e penalmente pela
omissão.
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas
após o decurso do prazo estabelecido no caput
deste artigo, a não realização de audiência de
custódia sem motivação idônea ensejará
também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada
pela autoridade competente, sem prejuízo da
possibilidade da imediata decretação de prisão
preventiva.
 
Audiência de custódia – A audiência de custódia, com lastro na Convenção Americana de Direitos Humanos
(art. 7.5), impunha a apresentação imediata de um preso a presença de um Juiz.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art312...
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Com o advento da Lei 13.964/19 – esse ato solene, passou a ser regulamentado no Código de Processo
Penal, oportunidade em que o custodiado ficará frente a frente com o Magistrado, apurando as circunstâncias
objetivas da prisão, sem, contudo, ingressar no mérito da causa em si.
Prazo para apresentação da pessoa presa – Em até 24hs após o recebimento do auto de prisão em
flagrante.
Apresentação do juiz à pessoa presa – O caminho natural e esperado é a pessoa presa ser apresentada
ao juiz competente. Mas situações excepcionais podem conduzir caminho inverso, isto é, o juiz se apresentar
ao processo. Estabelece o § 4°, do art. 1°, da Resolução 213 do CNJ: “Estando a pessoa presa acometida
de grave enfermidade, ou havendo circunstância comprovadamente excepcional que a
impossibilite de ser apresentada ao juiz no prazo do caput, deverá ser assegurada a realização da
audiência no local em que ela se encontree, nos casos em que o deslocamento se mostre inviável,
deverá ser providenciada a condução para a audiência de custódia imediatamente após
restabelecida sua condição de saúde ou de apresentação”. [1]
Deveres do Juiz na Audiência de Custódia – Na audiência de custódio o juiz, depois de ouvir o Ministério
Público e defesa, deverá fundamentadamente:
i.) relaxar a prisão ilegal ou;
ii.) converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312
deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão ou;
iii.) conceder liberdade provisória, com ou sem fiança
O Professor Rogério Sanches Cruz destaca:
Abuso de autoridade nos termos do art. 9°, parágrafo único, II, da Lei 13.869/19,
constitui crime de abuso de poder o comportamento da autoridade judiciária que,
dentro de prazo razoável, deixar de substituir a prisão preventiva por medida
cautelar diversa ou conceder liberdade provisória, quando manifestamente cabível.
As condutas descritas na referida Lei constituem crime de abuso de autoridade
somente quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar
outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou
satisfação pessoal. [2]
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em qualquer das
condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 (Código Penal), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante
termo de comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de revogação.
Excludentes de ilicitude: O art. 310, § 1.º, é explicito em informar que o agente que praticar um fato
considerado ilícito, porém protegido pela excludente de ilicitude, deverá, desde logo, receber a liberdade
provisória, com a condicionante de comparecer obrigatoriamente a todos os atos processuais, sob pena de
revogação.
Dica: A concessão da liberdade provisória não significa antecipação da decisão de mérito, visto que o indícios
extraídos do auto de prisão em flagrante apontavam na direção da excludente de ilicitude; todavia, ocorrendo
a fragilização da excludente de ilicitude durante a instrução processual, nada obsta, após o pedido do
Ministério Público que seja decretada a prisão preventiva.
Excludentes de culpabilidade: Poderia o legislador, desde logo, ter introduzido a questão das excludentes
de culpabilidade no chamado Pacote Anticrime, porém não o fez.
Nesse contexto, seguimos a mesma sistemática, aplica-se analogia in bonam partem – para conceder
liberdade provisória aos indíviduos que praticarem o fato acobertado pela excludente de culpabilidade.
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DICA: Imagine-nos que no flagrante, de forma evidente, o agente tivesse agido mediante coação moral
irresistível ou em obediência de ordem, de superior hierárquico, não manifestamente ilegal, em causas que
afastam a culpabilidade (CP, art. 22).
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou
milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou
sem medidas cautelares.
Expressa vedação de liberdade provisória: Em que pese parte da doutrina ter aplaudido a inovação;
verificamos que tal instrumento deverá passar pelo crivo de Constitucionalidade do STF.
Sim, pois o art. 5º, LXVI, da Lex Mater preconiza: “LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela
mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança”.
Em outros termos – o princípio da liberdade é uma cláusula pétrea[3], não podendo se alterado ou limitado
através de Norma Infraconstitucional.
Por meio do julgamento da ADIN 3112, o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional dois dispositivos
do Estatuto do Desarmamento que proibiam a concessão de liberdade, mediante o pagamento de fiança, no
caso de porte ilegal de arma (parágrafo único do artigo 14) e disparo de arma de fogo (parágrafo único do
artigo 15).[4]
Em maio de 2012, no julgamento do Habeas Corpus nº 104339, o Plenário do STF havia declarado,
incidentalmente, a inconstitucionalidade da expressão “liberdade provisória” do artigo 44 da Lei de Drogas.
Com isso, o Supremo passou a admitir prisão cautelar por tráfico apenas se verificado, no caso concreto, a
presença de algum dos requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP). Desde então, essa
decisão serve de parâmetro para o STF, mas não vinculava os demais tribunais. Com a reafirmação da
jurisprudência com status de repercussão geral, esse entendimento deve ser aplicado pelas demais instâncias
em casos análogos. [5]
Reincidente: A reincidência, por si só, não é presunção de periculosidade, de forma que não deve ser
elemento único a gerar manutenção da prisão – que é sempre uma medida extrema.
Organização criminosa armada: O delito em estudo é da modalidade permanente, leia-se, sua
consumação protrai-se no tempo. Se houver elementos indicando que o preso permanece vinculado à
organização, a manutenção da prisão tem fundamento sólido, dispensando o dispositivo em comento. Ausente
qualquer elemento nesse sentido, mantê-lo preso em face da imputação estatal parece clausura com base na
gravidade em abstrato, e, portanto, insustentável. [6]
Milícia: Assim, como ocorreu com o tópico acima, não existe explicação razoável para vedação a liberdade
provisória somente no caso de milícia.
Como acontece com o delito de organização criminosa, a constituição de milícia é modalidade de crime
permanente, leia-se, sua consumação protrai-se no tempo. Se houver elementos indicando que o preso
permanece vinculado à milícia, a manutenção da prisão tem fundamento sólido, dispensando o dispositivo em
comento. Ausente qualquer elemento nesse sentido, mantê-lo preso em face da imputação estatal parece
clausura com base na gravidade em abstrato e, portanto, insustentável. [7]
Arma de fogo de uso restrito: Por força constitucional não se pode atribuir efeito genérico e absoluto para
vedar a concessão de liberdade provisória; logo, a questão a princípio inconstitucional, ainda passará pelo
crivo do STF, consoante asseverado acima.
 
1.5. Prisão Temporária:
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A prisão temporária é uma espécie de prisão cautelar que tem por finalidade garantir investigações.
Ela somente tem cabimento durante o inquérito policial. Sua fundamentação legal está na Lei nº 7.960/89,
apresentando rol taxativo de crimes, nos quais pode ser utilizada. (art. 1, III, alíneas “a” até “p” da Lei nº
7.960/89).
São hipóteses:
a) quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
b) quando o indiciado não tiver residência fixa ou fornecer dados para sua identificação;
c) quando existir fundadas razões da autoria ou participação em crimes mais graves definidos pela lei
7.960/89.
Cumpre observar que a doutrina mais abalizada não é unânime sobre a necessidade da presença simultânea
ou não dos itens acima relacionados para se operar a prisão temporal.
Prazo: a prisão será decretada pela autoridade judiciária (a pedido da autoridade policial ou do MP) pelo prazo
de 5 dias, prorrogáveis por mais 5 dias quando houver extrema necessidade. Em se tratando de crime
hediondo ou tráfico de drogas, o prazo é de 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias.
Após o aludido prazo, o preso deverá ser posto em liberdade, salvo se já tiver sido decretada a prisão
preventiva.
 
1.6. Prisão Preventiva:
Prisão preventiva é a modalidade de prisão cautelar, determinada fundamentadamente pela autoridade
judiciária em sede de inquérito policial ou processo judicial, preenchidos os requisitos legais. Com a alteração
proposta pelo pacote anticrime,os legitimados a requerer a prisão preventiva são: Ministério Público,
querelante, qssistente de acusação ou por representação da autoridade policial. O juiz não pode mais declará-
la de ofício, ou seja, sem provocação dos legitimados.
A previsão legal está no CPP, artigos 311 usque 316.
São pressupostos para a determinação da prisão preventiva a existência de:
a) fumus boni iuris (fumus comissi delicti), ou seja, a probabilidade de que o investigado ou réu seja autor
ou partícipe de um ilícito penal.
b) periculum in mora (periculum libertatis), ou seja, o perigo de que a liberdade do investigado ou réu
possa acarretar o impedimento das investigações ou a execução de futura pena imposta.
 
BINÔMIO DA PRISÃO PREVENTIVA:
Para que o juiz decrete a prisão preventiva, necessário o respeito ao binômio:
a) Necessidade (CPP, art. 282, I)
b) Adequação (CPP, art. 282, II)
 
CONDIÇÕES DE ADMISSIBILIDADE (CPP, art. 313):
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a) Crime doloso com pena privativa de liberdade máxima maior que 4 anos;
b) Reincidência em crime doloso;
c) Violência doméstica contra mulher ou criança, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência;
d) Dificuldade na identificação do criminoso;
e.) não será admitida decretação de prisão preventiva com finalidade de antecipação de cumprimento de
pena.
 
FUNDAMENTOS DA PRISÃO PREVENTIVA:
Redação ANTES do Pacote Anticrime Redação ATUAL
(Lei 13.964/19)
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser
decretada como garantia da ordem pública, da
ordem econômica, por conveniência da
instrução criminal, ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houve prova da
existência do crime e indício suficiente de
autoria.
Parágrafo único. A prisão preventiva também
poderá ser decretada em caso de
descumprimento de qualquer das obrigações
impostas por força de outras medidas
cautelares (art. 282, § 4º).
Art. 312. Art. 312. A prisão preventiva poderá
ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando
houver prova da existência do crime e indício
suficiente de autoria e de perigo gerado
pelo estado de liberdade do imputado. 
§ 1º A prisão preventiva também poderá ser
decretada em caso de descumprimento de
qualquer das obrigações impostas por força de
outras medidas cautelares.
§ 2º A decisão que decretar a prisão
preventiva deve ser motivada e fundamentada
em receio de perigo e existência concreta de
fatos novos ou contemporâneos que
justifiquem a aplicação da medida adotada. 
 
a) garantia da ordem pública ou econômica
b) conveniência da instrução criminal
c) assegurar a aplicação da lei penal
d.) perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado
e.) contemporaneidade
Sobre a reforma, o Rogério Schietti Cruz, de forma crítica acrescentou:
Não bastasse, o caput do art. 312, in fine, acrescenta à redação anterior o requisito
da existência de “perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado”, e logo em
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seguida, no § 2º do mesmo artigo, vem novamente o legislador a dizer que “A
decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada em
receio de perigo...”. Essa maneira confusa e repetitiva de dizer as coisas nos traz
alguma dificuldade de interpretação dos referidos textos. A confusão é gerada,
inicialmente, pelo uso da expressão “existência... de perigo gerado pelo estado de
liberdade do acusado”, o que parece denotar o “periculum libertatis”, sem o qual
nenhuma medida cautelar pode ser deferida, sendo despiciendo o acréscimo feito.
Não bastasse, logo a seguir, o § 2º fala não mais da “existência” de perigo, mas e
“receio” de perigo. Afinal, é preciso indicar a existência de perigo ou basta o receito
de sua ocorrência? [8]
 
O autor, também traz a conceituação de contemporaneidade:
 
Quanto ao fatos “contemporâneos”, parece que a deficiente redação pretende
denotar que não se permite a decretação de uma medida cautelar quando os fatos
imputados ao agente ou os motivos determinantes da cautela se distanciam
sobremodo no tempo e, portanto, não são mais “contemporâneos” em relação à
decisão judicial. Se é assim - e somente com esforço mental resultante da
experiência do foro, mas não do texto normativo, se pode chegar a tal compreensão
– pode-se dizer que o reformador pretendeu positivar uma jurisprudência que se
construiu nos tribunais, no sentido de não se permitir a decretação de cautelas,
sobretudo a mais extrema, quando o crime (ou os crimes) atribuído (s) ao
investigado ou réu se distancia (m) no tempo, de sorte a não mais caracterizar-se a
urgência da medida cautelar.[9]
 
TIPOS DE PRISÃO PREVENTIVA:
 a) preventiva subsidiária ou substituta: aquela que substitui cautelar pessoal descumprida (CPP, art. 282,
§4º c/c art. 312, parágrafo único)
b) preventiva convertida ou alterada: decorre da conversão do flagrante em prisão preventiva (CPP art. 310,
II)
c) preventiva autônoma ou originária: decretada no curso da persecução penal (CPP, art. 312 e 313).
 
MOTIVAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA:
Redação ANTES do Pacote Anticrime Redação ATUAL
(Lei 13.964/19)
Art. 315. A decisão que decretar, substituir
ou denegar a prisão preventiva será sempre
motivada.
Art. 315. A decisão que decretar, substituir
ou denegar a prisão preventiva será sempre
motivada e fundamentada.
§ 1º Na motivação da decretação da prisão
preventiva ou de qualquer outra cautelar, o
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juiz deverá indicar concretamente a
existência de fatos novos ou
contemporâneos que justifiquem a aplicação
da medida adotada.
§ 2º Não se considera fundamentada
qualquer decisão judicial, seja ela
interlocutória, sentença ou acórdão, que: 
I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à
paráfrase de ato normativo, sem explicar
sua relação com a causa ou a questão
decidida; 
II - empregar conceitos jurídicos
indeterminados, sem explicar o motivo
concreto de sua incidência no caso; 
III - invocar motivos que se prestariam a
justificar qualquer outra decisão; 
IV - não enfrentar todos os argumentos
deduzidos no processo capazes de, em tese,
infirmar a conclusão adotada pelo julgador; 
V - limitar-se a invocar precedente ou
enunciado de súmula, sem identificar seus
fundamentos determinantes nem
demonstrar que o caso sob julgamento se
ajusta àqueles fundamentos; 
VI - deixar de seguir enunciado de súmula,
jurisprudência ou precedente invocado pela
parte, sem demonstrar a existência de
distinção no caso em julgamento ou a
superação do entendimento. 
 
Motivação e fundamentação adequadas – No dizer de Hélio Tornaghi “o juiz deve mencionar de maneira
clara e precisa os fatos que o levam a considerar necessária a prisão para garantia da ordem pública ou para
assegurar a instrução criminal ou a aplicação da lei penal substantiva. Não basta de maneira alguma, não é
fundamentação, frauda a finalidade da lei e ilude as garantias da liberdade o fato de o juiz dizer apenas:
‘considerando que a prisão é necessária para a garantia da ordem pública (...)’. Ou então: ‘a prova dos autos
revela que a prisão é conveniente para a instrução criminal (...)’. Fórmulas como essas são a mais rematada
da prepotência, do arbítrio e da opressão. Revelam displicência, tirania ou ignorância, pois além de tudo
envolvem petição de princípio: como elas o juiz toma por base exatamente aquilo que deveria demonstrar
(ob. Cit., vol. 3, pp. 334-5)”. [10]
Motivação e fundamentação deficientes – O § 2º, especifica e quantifica o que são decisões defeituosas.
O dispositivo se aplica a qualquer decisão, seja ela interlocutória, sentença ou acordão.Distinguishing – Decisões que se limitam a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar
seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos
retratam, na realidade, pseudofundamentação, e por isso devem ser reprovadas. Se a decisão tem como
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único ou principal fundamento o precedente, seja ele obrigatório ou apenas persuasivo, e não realiza o
necessário distinguishing, a decisão será rotulada nula por falta de fundamentação (ou fundamentação
deficiente). [11]
 
PRISÃO PREVENTIVA E A CLÁUSULA REBUS SIC STANTIBUS:
Redação ANTES do Pacote Anticrime Redação ATUAL
(Lei 13.964/19)
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão
preventiva se, no correr do processo, verificar
a falta de motivo para que subsista, bem
como de novo decretá-la, se sobrevierem
razões que a justifiquem.
Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido
das partes, revogar a prisão preventiva se, no
correr da investigação ou do processo,
verificar a falta de motivo para que ela
subsista, bem como novamente decretá-la, se
sobrevierem razões que a justifiquem. 
Parágrafo único. Decretada a prisão
preventiva, deverá o órgão emissor da
decisão revisar a necessidade de sua
manutenção a cada 90 (noventa) dias,
mediante decisão fundamentada, de
ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.
 
Rebus sic stantibus – Significar dizer que não se estabelece uma situação irrevogável, mas a possibilidade
de apreciação da causa no estado em que se encontra.
A partir desse quadro, pode o Juiz, provocado pelo MP, decretar a prisão preventiva, que noutra oportunidade,
havia negado.
Ou ainda, avisado durante a audiência que o réu ameaçou a vítima, tornar a decretá-la.
Prazo obrigatório para revisão da necessidade da prisão preventiva: É dizer, a reforma acabou por
impor ao juiz da instrução e julgamento o reexame das cautelas anteriormente impostas pelo juiz das
garantias, logo após o recebimento da denúncia ou queixa (no prazo máximo de 10 dias), e também a cada
90 dias, não sendo despiciendo lembrar que permanece a obrigação – já existente no CPP antes da reforma –
de novamente analisar a prisão ou medida cautelar imposta ao réu, quando condenado ou pronunciado, por
força, respectivamente, dos artigos 387, § 1º e 413, § 3º, do CPP. [12]
 
PRISÃO PREVENTIVA DOMICILIAR:
 Nova medida adotada pelo legislador para algumas pessoas em condições especiais. Nesse sentido, a pessoa
não cumpre a prisão no sistema penitenciário e sim em seu domicílio.
Hipóteses (CPP, art. 318), para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste
artigo.
1) agente maior de 80 anos;
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2) agente extremamente debilitado por motivo de doença grave;
3) quando o agente por imprescindível aos cuidados de pessoa menor de 6 anos ou com deficiência;
4) gestante (Lei nº 13.257/16);
5.) mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
6.) homem, caso seja o único responsável pelos cuidados de filho de até 12 (doze) anos de idade incompleto.
Também, a prisão preventiva, imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou
pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que:
a.) não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;
b.) não tenha cometido crime contra o seu filho ou dependente.
 
1.7. Prisão por Sentença de Pronúncia:
A decisão de pronúncia está prevista no artigo 413 do CPP e encerra primeira fase do rito do Tribunal do Júri,
dando início à segunda fase.
O réu será pronunciado se o juiz se convencer da materialidade e da existência de indícios suficientes de
autoria ou participação em um crime doloso contra a vida.
Se o réu já estiver detido por anterior decretação de prisão preventiva, o juiz verificará da sua manutenção,
revogação ou substituição da medida extrema. Caso esteja o acusado solto, o juiz verificará da necessidade
da decretação da prisão preventiva ou outra medida, sempre de forma fundamentada. 
Assim, fica claro que a pronúncia não gera a automática prisão do pronunciado, necessitando-se de análise
concreta de cada caso.
 
1.8. Prisão por Força de Sentença Condenatória Recorrível:
Similar ao caso acima exposto, quando o juiz prolata a sentença, deve verificar sobre a manutenção,
revogação ou decretação da prisão do réu. Assim, a sentença condenatória recorrível não gera a automática
prisão do réu, necessitando-se de análise concreta de cada caso.
A conclusão é a de que poderá o réu recorrer em liberdade ou não dependendo do caso concreto. Art. 387, §
2º, do CPP.
 
1.9. Prisão por Força de Sentença Condenatória Irrecorrível.
A prisão por força de sentença condenatória irrecorrível tem natureza de pena. Assim, depois do devido
processo penal se o réu for condenado, será enviado para presídio, onde deverá cumprir sua pena conforme a
Lei de Execução Penal.
Se o réu estiver solto será expedida a guia de recolhimento com a consequente prisão do condenado (se a
sentença tiver condenado o mesmo a uma pena privativa de liberdade). Se o réu já estiver preso (por força
da prisão preventiva anteriormente decretada), deverá continuar preso, alterando-se a natureza da prisão (se
a sentença tiver condenado o mesmo a uma pena privativa de liberdade).
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[1] CUNHA, Rogério Sanches. Pacote Anticrime - Lei 13.964/2019: Comentários às Alterações no CP,
CPP e LEP. Salvador: Juspodivm, 2020.
[2] CUNHA, Rogério Sanches. Pacote Anticrime - Lei 13.964/2019: Comentários às Alterações no CP,
CPP e LEP. Salvador: Juspodivm, 2020, p.246
[3] Cláusulas pétreas são limitações materiais ao poder de reforma da constituição de um Estado. Desta
maneira, são dispositivos que não podem ser alterados, nem por meio de emenda constitucional
[4] Disponível em: <https://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=69810> Data:
23/03/2020
[5] Disponível em: <https://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=354431> Data:
23/03/2020
[6] CUNHA, Rogério Sanches. Pacote Anticrime - Lei 13.964/2019: Comentários às Alterações no CP,
CPP e LEP. Salvador: Juspodivm, 2020, p.249
[7] CUNHA, Rogério Sanches. Pacote Anticrime - Lei 13.964/2019: Comentários às Alterações no CP,
CPP e LEP. Salvador: Juspodivm, 2020, p.251
[8] CRUZ, Rogerio Schietti. Prisão Cautelar: dramas, princípios e alternativas. Dramas, Princípios e
Alternativas. 5. ed. Salvador: Juspodivm, 2020, p.334
[9] CRUZ, Rogerio Schietti. Prisão Cautelar: dramas, princípios e alternativas. Dramas, Princípios e
Alternativas. 5. ed. Salvador: Juspodivm, 2020, p.345
[10] CUNHA, Rogério Sanches. Pacote Anticrime - Lei 13.964/2019: Comentários às Alterações no CP,
CPP e LEP. Salvador: Juspodivm, 2020, p.295.
[11] CUNHA, Rogério Sanches. Pacote Anticrime - Lei 13.964/2019: Comentários às Alterações no CP,
CPP e LEP. Salvador: Juspodivm, 2020, p.275.
[12] CRUZ, Rogerio Schietti. Prisão Cautelar: dramas, princípios e alternativas. Dramas, Princípios e
Alternativas. 5. ed. Salvador: Juspodivm, 2020, p.349
Exercício 1:
Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta:
I – Deve ser assegurado ao preso a ciência de seus direitos e a possibilidade de
permanecer calado
II – Deve ser assegurado ao preso a assistência de sua família, a assistência de
advogado e a identificação de quem o prendeu.
III – A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária.
A)
As afirmações I e II estão corretas.
https://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=69810
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B)
As afirmações II e III estão corretas.
C)
Somente a afirmação I está correta.
D)
Todas as afirmações estão corretas.
E)
Todas as afirmações estão incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 2:
Assinale a alternativa incorreta:
A)
A prisão ilegal gera dano ao preso com possibilidade de intervenção judicial e
indenização; 
B)
A prisão deve respeitar o princípio da Dignidade da Pessoa Humana, não podendo
ser vexatória ou com exposição do preso com violação da intimidade;
C)
A prisão deverá ser realizada em estabelecimentos distintos, de acordo com a
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
D)
A prisão de qualquer pessoa deve ser comunicada ao juiz, à família do preso ou
pessoa indicada pelo mesmo, salvo nos casos em que a publicidade da prisão
possa causar dano à instrução do processo;
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E)
Deve ser assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 3:
Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta:
I – Ocorre o flagrante impróprio quando o agente é preso cometendo a infração
ou quando acaba de cometê-la.
II – Ocorre o flagrante próprio quando o agente é perseguido, lodo após cometer
a infração em situação que se faça presumir ser ele o autor da infração.
III – Ocorre o flagrante presumido: quando o agente é preso, logo após cometer a
infração, portando objetos que façam presumir ser ele o infrator.
A)
As afirmações I e II estão corretas.
B)
As afirmações II e III estão corretas.
C)
Somente a afirmação III está correta.
D)
Todas as afirmações estão corretas.
E)
Todas as afirmações estão incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 4:
Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta:
I – Considera-se flagrante preparado, aquele em que a autoridade provoca o
agente a cometer o crime e não impede a consumação do mesmo.
II – Ocorre o flagrante retardado, quando a atuação da polícia é diferida para um
momento mais oportuno.
III – Flagrante Obrigatório: aquele em que não há opção senão a de realizar a
prisão (realizado por qualquer um do povo). 
A)
As afirmações I e II estão corretas.
B)
As afirmações II e III estão corretas.
C)
Somente a afirmação III está correta.
D)
Todas as afirmações estão corretas.
E)
Todas as afirmações estão incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 5:
Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta:
Recebido o auto de prisão o juiz tem três possibilidades:
I – relaxar a prisão, se ela for ilegal;
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II – converter a prisão em flagrante em prisão preventiva, se presentes os
requisitos legais;
III – conceder livramento condicional. 
A)
As afirmações I e II estão corretas.
B)
As afirmações II e III estão corretas.
C)
Somente a afirmação III está correta.
D)
Todas as afirmações estão corretas.
E)
Todas as afirmações estão incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 6:
Assinale a alternativa que contenha sujeito que pode ser preso em flagrante:
A)
diplomatas estrangeiros e o presidente da república; 
B)
os membros do Congresso Nacional que tenham cometido crime afiançável;
C)
escrivão e oficial de justiça;
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D)
os magistrados e membros do MP que tenham cometido crime afiançável;
E)
o agente que pratica crime de trânsito, mas socorre a vítima.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 7:
Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta:
I – São pressupostos para a determinação da prisão preventiva a existência de
"fumus boni juris" ("fumus comissi delicti"), ou seja, a probabilidade de que o
investigado ou réu seja autor ou participe de um ilícito penal e "periculum in
mora" ("periculum libertatis"), ou seja, o perigo de que a liberdade do investigado
ou réu possa acarretar o impedimento das investigações ou a execução de futura
pena imposta.
II – São fundamentos da prisão preventiva, a garantia da ordem pública ou
econômica, a conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da
lei penal.
III – São condições de admissibilidade da prisão preventiva, o crime doloso com
pena privativa de liberdade máxima maior que 4 anos, a reincidência em crime
doloso, a violência doméstica contra mulher ou criança, idoso, enfermo ou pessoa
com deficiência e a dificuldade na identificação do criminoso.
A)
As afirmações I e II estão corretas.
B)
As afirmações II e III estão corretas.
C)
Somente a afirmação III está correta.
D)
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Todas as afirmações estão corretas.
E)
Todas as afirmações estão incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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Exercício 8:
Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta:
 São tipos de prisão preventiva:
I – preventiva autônoma ou originária: aquela que substitui cautelar pessoal
descumprida.
II – preventiva subsidiária ou substituta: decorre da conversão do flagrante em
prisão preventiva.
III – preventiva convertida ou alterada: decretada no curso da persecução penal.
A)
As afirmações I e II estão corretas.
B)
As afirmações II e III estão corretas.
C)
Somente a afirmação III está correta.
D)
Todas as afirmações estão corretas.
E)
Todas as afirmações estão incorretas.
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O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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Exercício 9:
Assinale a alternativa incorreta:
A)
A regra é que uma pessoa somente possa ser privada do seu direito constitucional
de locomoção após o devido processo legal. Assim, necessário uma acusação
formal, contraditório, ampla defesa e decisão final por um Juiz de direito.
B)
Após o trânsito em julgado da decisão final, abre-se ao Estado a pretensão de
executar o comando da sentença, impondo-se a pena que, no mais das vezes, é
privativa de liberdade (prisão). 
C)
A Prisão cautelar tem como espécies: Prisão Preventiva, Prisão Temporária e
Prisão Domiciliar.
D)
As prisões cautelares têm por finalidade resguardar a sociedade ou o processo
com a segregação do indivíduo, garantindo a proteção da sociadede do indíviduo
perigoso e "iter' procedimental.
E)
A prisão cautelar tem natureza definitiva.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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Exercício 10:
Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta:
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I – Prisão é a privação do direito de locomoção. A forma como ela se dá pode ser
através de determinação Judicial ou sem a aludida determinação (prisão em
flagrante). 
II – A prisão pode se dar como forma de cumprimento de uma decisão judicial
final, tendo natureza de sanção do Estado ante a condenação do réu pelo
cometimento de um ilícito penal.
III – A prisão pode se dar como forma de se garantir a pretensão punitiva do
Estado ao final do processo. 
A)
As afirmações I e II estão corretas.
B)
As afirmações II e III estão corretas.
C)
Somente a afirmação I está correta.
D)
Todas as afirmações estão corretas.
E)
Todas as afirmações estão incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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MÓDULO 2
2. Mecanismos Legais para Restabelecimento da Liberdade.
2.1. Liberdade Provisória.
A liberdade provisória é o instituto jurídico de direito processual que garante em determinadas hipóteses que
o réu aguarde o julgamento do processo em liberdade. Pode ela ser com ou sem a prestação de fiança.
A previsão constitucional do instituto está no art. 5º, LXVI, da Constituição Federal, que preconiza:
"ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com
ou sem fiança."
 
2.2. Princípios Norteadores do Instituto.
Os princípios encerram um norte a ser seguido pelo aplicador do direito. Traçam verdadeiros vetores de
interpretação, a fim de que se possa aplicar corretamente a lei ao caso concreto.
Em sede de liberdade provisória ganha destaque o princípio da legalidade, através do qual "ninguém
será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei".
Nesse sentido, se a lei não determina que a pessoa seja presa, terá a mesma o direito de permanecer em
liberdade. Note-se que a prisão é medida excepcional. Assim, a regra é a liberdade; a exceção é a prisão,
que somente terá lugar quando a lei expressamente a prever.
Também merece atenção, o princípio do devido processo legal (CF, art. 5º, inciso LIV).
Para que seja realizada a tão esperada justiça é necessário que sejam respeitadas várias regras de
natureza principiológica e de natureza normativa. Exatamente nesta premissa se encontra o “devido
processo legal”.
 Nas palavras do prof. Fernando Capez:
“Consiste em assegurar à pessoa o direito de não ser privada de sua
liberdade e de seus bens, sem a garantia de um processo desenvolvido
na forma que estabelece a lei (due processo of law – CF, art. 5., LIV). No
âmbito processual garante ao acusado a plenitude de defesa,
compreendendo o direito de ser ouvido, de ser informado pessoalmente
de todos os atos processuais, de ter acesso à defesa técnica, de ter a
oportunidade de se manifestar sempre depois da acusação e em todas
as oportunidades, à publicidade e motivação das decisões, ressalvadas
exceções legais, de ser julgado perante o juiz competente, ao duplo
grau de jurisdição, à revisão criminal e à imutabilidade das decisões
favoráveis transitadas em julgado.”[1]
 
 Em verdade, o princípio ora estudado recebe realce ao se mostrar como compilação de todos os outros
princípios.
 Nesse sentido, anote-se a lição:
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 “O devido processo legal, por óbvio, relaciona-se com uma série de
direitos e garantias constitucionais, tais como presunção de inocência,
duplo grau de jurisdição, direito de ser citado e de ser intimado de todas
as decisões que comportem recurso, ampla defesa, contraditório,
publicidade, Juiz natural, imparcialidade do Julgador, direito às vias
recursais, proibição da reformatio in pejus, respeito à coisa julgada (ne
bis in idem), proibição de provas colhidas ilicitamente, motivação das
sentenças, celeridade processual, retroatividade da lei penal benigna,
dignidade humana, integridade física, liberdade e igualdade.”[2]
 
 Finalmente, a liberdade provisória tem como norte o princípio da presunção de inocência (CF, art. 5º,
inciso LVII).
 A regra é que o réu somente seja considerado culpado após um devido processo legal onde são apurados
elementos formadores da convicção do juiz. No caso de dúvida, deve o réu ser absolvido (princípio do “favor
rei”).
 Assim, uma pessoa, mesmo que condenada, somente poderá ser considerada culpada após a
constatação de não existir mais recurso hábil contra a decisão (seja em sede de primeira instância ou de
instâncias superiores), ocasião em que poderá ser lançado o nome do réu no rol dos culpados. Nesse
sentido o princípio da presunção de inocência (ou da não culpabilidade) subsiste durante todo o processo e
tem o objetivo de garantir o ônus da prova à acusação até a declaração final de responsabilidade penal
através de sentença condenatória, da qual não caibam mais recursos.
Ora, se uma pessoa é presumidamente inocente, a regra é que ela seja mantida em liberdade até o final
do processo.
 
2.3. Casos em que o Agente se Livra Solto.
A doutrina sempre classificou a Liberdade provisória em Obrigatória, Permitida e Vedada.
A Liberdade provisória obrigatória é aquela em que o réu tem o direito de liberdade sem a obrigação do
pagamento de fiança ou vinculação ao cumprimento de uma condição imposta pelo Juiz. A esta possibilidade,
se dá o nome de "Livrar-se solto".
As hipóteses legais são:
1) Infrações penais em que não se cominam pena privativa de liberdade, art. 283, §1º, do CPP.
2) Infrações de menor potencial ofensivo, quando a parte se compromete a comparecer no Juizado, art. 69
Lei 9.099/95.
A liberdade provisória permitida é a que não é obrigatória, ou seja, aquela na qual o juiz tem a opção de
concedê-la ou não. Aqui, existe a importância do critério do juiz, conforme artigo 321, do CPP.
Finalmente, (apesar da discordância desta modalidade por parte da doutrina), a liberdade provisória vedada
ou proibida é aquela que não pode ser concedida pelas seguintes razões:
1) Caso seja cabível a prisão preventiva;
2) Caso seja expressamente proibida por lei a sua concessão
 
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2.4. Relaxamento da Prisão em Flagrante.
Uma vez realizada a prisão em flagrante, os autos deverão ser encaminhados ao Juiz de direito para a análise
do caso concreto em 24 horas (CPP, art. 306, § 1º).
Caso entenda que a prisão não encontra fundamento legal, deverá realizar o seu relaxamento imediatamente,
conforme determina o artigo 310, I, do Código de Processo Penal.
Cumpre consignar que a autoridade policial (delegado) não tem o poder de relaxar a prisão. Poderá não
formalizar o auto de prisão em flagrante se entender que não é o caso liberando o conduzido imediatamente,
mas uma vez realizado o auto, somente o juiz de direito tem o poder acima informado.
 
2.5. Conversão da Prisão Temporária em Preventiva.
Como anteriormente se disse, a prisão temporária tem natureza de medida cautelar e somente ocorre
durante o inquérito policial. O seu prazo é bastante pequeno (5 ou 30 dias, prorrogáveis pelo mesmo período
dependendo da hipótese) e no mais das vezes insuficiente para o encerramento das investigações
preliminares.
Nesse sentido, é comum pedir e o juiz conceder a prisão preventiva (se presentes os requisitos legais) antes
do término da prisão temporária, a fim de que o investigado continue preso, operando-se a devida conversão.
Outra hipótese é a do término da investigação preliminar. Caso o Ministério Público entenda cabível, poderá
pedir a conversão na própria denúncia (ou anteriormente através de peça distinta) a fim de queo indiciado
continue preso. 
 
2.6. A Liberdade Provisória com ou sem Vinculação.
A liberdade provisória será decretada pelo juiz sem a vinculação de qualquer condição a ser cumprida nos
casos de infrações penais em que não se cominam pena privativa de liberdade, art. 283, §1º, do CPP, e
infrações de menor potencial ofensivo, quando a parte se compromete a comparecer no Juizado, art. 69, Lei
9.099/95.
A outra possibilidade é a da concessão da liberdade provisória com a vinculação do cumprimento de
determinada condição.
Essa condição poderá ser a imposição das medidas cautelares previstas no artigo 319, do CPP ou a
estipulação de fiança (prestação de caução).
No que se refere às medidas cautelares do CPP, somente o juiz tem o condão de determiná-las. Já a fiança
poderá ser fixada pela autoridade policial ou pelo juiz conforme adiante se verá.
A autoridade policial somente poderá conceder fiança para os crimes cuja pena privativa de liberdade máxima
não seja superior a 4 anos, no valor de 1 a 100 salários mínimos. Nos demais casos, a fiança será decidida
pelo juiz. Para os crimes com pena máxima acima de 4 anos o valor da fiança será de 10 a 200 salários
mínimos. A fiança pode ser aumentada, reduzida ou dispensada, dependendo da hipótese (CPP, art. 322 c/c
art. 325).
Cumpre esclarecer que existem crimes que são inafiançáveis:
a) crime de racismo;
b) crimes hediondos;
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c) crime de tortura;
d) crime de tráfico de drogas;
e) crime de terrorismo;
f) crimes praticados por grupos armados contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
 
2.7. A Revogação da Prisão Preventiva.
No curso da investigação criminal ou do próprio processo, caso o juiz entenda que desapareceram os
requisitos para a concessão da prisão preventiva, deverá (a lei fala "poderá") revogá-la, conforme determina
o artigo 316, do CPP.
Note-se que é caso de discricionariedade regrada. Se ausente o motivo para que a prisão subsista, abre-se ao
investigado/processado o direito à liberdade, desafiando habeas corpus.
 
 2.8 Das medidas cautelares diversa da prisão
A Constituição Federal estabelece o princípio da presunção de inocência, que,
garante que a lberdade é a regra, sendo a prisão uma medida excepcional. Por
isto, a Lei 12.403/11 estabeleceu medidas cautelares diversas da prisão que estão
dispostas no artigo 319, do Código de Processo Penal, que devem ser aplicadas
sempre que adequadas e necessárias, nos termos do artigo 282, do Código de
Processo Penal. Senão vejamos:
 
 Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas
observando-se a: 
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e,
nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; 
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições
pessoais do indiciado ou acusado. 
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente. 
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou,
quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou
mediante requerimento do Ministério Público. (alteração pacote anticrime)
§ 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao
receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para
se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada de cópia do requerimento e
das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo, e os casos de urgência ou de
perigo deverão ser justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos
do caso concreto que justifiquem essa medida excepcional. (alteração pacote
anticrime)
§ 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz,
mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante,
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poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a
prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código. (alteração
pacote anticrime)
§ 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou
substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a
decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (alteração pacote anticrime)
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua
substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não
cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de forma
fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma
individualizada. (alteração pacote anticrime)
 
Importante destacar as alterações realizadas pelo pacote antecrime.
Primeiramente, ressaltando a adoção do sistema acusatório, o juiz não poderá, de
ofício, decretar medidas cautelares diversa da prisão no curso da
instrução processual. Assim, o juiz somente poderá estabelece-la após provocação
da autoridade policial ou das partes. No mesmo sentido, a verificação do
descumprimento e imposição de medidas mais rígidas depende de provocação das
partes.
O parágrafo 3º, ressaltavada quando urgente a imposição da medida cautelar,
manteve o direito ao contraditório, antes do juiz decidir sobre a questão.
Em relação ao parágrafo 5º, a alteração dispõe sobre a possibilidade de alterar a
medida cautelar, seja para torná-la mais rigdosa ou revogá-la, visto que, por ser
uma medida provisória, deve ser reexaminada casa haja alteração de seus
fundamentos, seja para agravar ou melhorar a situação do réu.
O artigo 283, do Código de Processo Penal, também alterou sua redação, a fim de
simplificar seu entendimento. Desta forma, fica claro, que, a prisão de um pessoa
somente poderá ocorrer em duas situações, quais sejam, em flagrante delito ou
por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente. 
O artigo 287, do Código de Processo Penal, foi também alterado pelo pacote
anticrime, a fim de estabelece na lei a resliação da audiência e custódia em caso
de infração inafiançável. No mesmo sentido, o artigo 310, dispondo, que, após o
recebimento do auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de 24 horas, o juiz
deverá realizar audiência de custódia, na presença do acusado, seu advogado e
Ministério Público. 
 
 
2-A. Considerações preliminares sobre a prova penal.
 
Conforme ensina José Frederico Marques "no complexo dos atos processuais que integram a instância penal
condenatória, dá-se o nome de atos de instrução àqueles destinados a recolher os elementos necessários
para a decisão da lide."[3] Assim, dentro de um processo, é necessário que se produzam elementos que
possam sustentar e fornecer elementos para que o juiz possa proferir uma decisão acerca da questão que as
partes discutem em um processo, chegando-se a uma definição. A produção desses elementos é o que chama
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de atos de instrução, sendo que referido autor os divide em atos de prova e alegações, consistindo os
primeiros no conjunto de atos processuais que têm por objeto recolher as provas com que deve ser decidido o
litígio, enquanto que alegações consistiriam na apresentação de argumentos sobre o direito debatido, bem
como sobre os fatos colhidos através da prova.
 As provas vêm disciplinadas no Titulo VII, do Livro I, do Código de Processo Penal (artigos 155 a 250).
 2-A.1. Conceito de prova.
Prova é o instrumento de que se vale a parte, dentro de um processo, para demonstrar a legitimidade de sua
argumentação de modo a obter umasentença favorável do juiz. 
Segundo José Frederico Marques, é o "elemento instrumental para que as partes influam na convicção do juiz,
e o meio de que este se serve para averiguar sobre os fatos em que as partes fundamentam suas alegações"
[4].
 
Finalidade da prova
A finalidade da prova é convencer o magistrado da verdade dos fatos que estão sob sua análise, propiciando a
formação de sua convicção.
 
Objeto da prova
É o fato, a coisa, o acontecimento que pretende se demonstrar no processo.
Alguns autores dividem o objeto da prova em dois: objeto abstrato e objeto concreto. O objeto abstrato seria
aquilo que se pode provar em termos gerais, enquanto que objeto concreto refere-se tão-somente àquilo que
somente pode se provar em relação a determinado processo.
Em regra, somente os fatos constituem o objeto de prova no processo, eximindo-se as partes de provarem o
direito, em decorrência do princípio juri novit curia (o juiz conhece o direito). Excetuam-se as normas
consuetudinárias, estrangeiras, estaduais (desde que de outro ente da federação), municipais e as elaboradas
por autarquias ou outras pessoas de direito público.
Alguns fatos não são objeto de prova, em decorrência de sua própria natureza, como se sucede com os fatos
notórios, os fatos impossíveis, os fatos que possuem presunção legal ou absoluta e os fatos impertinentes ou
irrelevantes ao deslinde do processo.
Devemos lembrar que no processo penal não existe a figura do fato incontroverso, como ocorre no processo
civil, pois aquele se orienta pela busca da verdade real, também chamada de verdade material ou
substancial, e não pela verdade formal, devendo todos os fatos ser comprovados, ainda que as partes deles
não divirjam.
 
2-A.2. Classificação das provas.
Frederico Marques classifica as provas em históricas ou críticas e em pessoais ou reais.
Prova histórica – é um fato representativo de outro fato, tal como o testemunho.
Prova crítica – ao contrário da histórica, não possui função representativa, mas meramente indicativa. É o
caso dos indícios.
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Prova pessoal ou subjetiva – é aquela cujo objeto central é constituído por uma pessoa.
Prova real ou objetiva – é aquele cujo objeto central é uma coisa ou bem exterior ao indivíduo.
 
Denílson Feitoza elabora uma classificação mais complexa, dividindo-a com relação: a) ao objeto; b) sujeito
ou fonte; c) forma ou aparência; d) valor ou efeito.
Com relação ao objeto ela se subdivide em:
1. Direta – diz respeito diretamente ao fato probando.
2. Indireta – diz respeito indiretamente ao fato probando.
 
Com relação ao sujeito ou fonte ela se subdivide em:
1. Prova pessoal ou subjetiva – é aquela cujo objeto central é constituído por uma pessoa.
2. Prova real ou objetiva – é aquele cujo objeto central é uma coisa ou bem exterior ao indivíduo.
 
Com relação à forma ou aparência ela se subdivide em:
1.Testemunhal – é obtida através de uma testemunha
2. Documental – é aquela obtida através de documento
3. Material – é aquela obtida através de exames, vistorias, corpo de delito, etc.
 
Com relação ao valor ou efeito ela se subdivide em:
1. Plena – aquela que sugere um juízo de certeza
2. Não-plena – aquela que sugere apenas um juízo de probabilidade ou de credibilidade
 
As provas ainda podem ser classificadas com relação à sua previsão legal, subdividindo-se em:
Provas nominadas ou meios legais de prova – são aquelas previstas em lei.
Provas inominadas – são aquelas que não possuem previsão legal.
 
As provas legais são:
Exame de corpo de delito e perícias em geral
Interrogatório do acusado
Confissão
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Perguntas ao ofendido
Testemunhas
Reconhecimento de pessoas e coisas
Acareação
Documentos
Indícios
Busca e apreensão
 
 2-A.3. As fases do procedimento probatório.
 
Lastreado em lição de Jaime Guasp, José Frederico Marques observa que o procedimento probatório “é o
conjunto de todas as atividades levadas a efeito, no processo, para a prática das provas”[5].
Segue o autor: “Uma vez iniciada a instrução, há que se distinguir e discriminar, no esquema genérico do
procedimento probatório, os diversos momentos em que ele se desenvolve, e que são os
seguintes: proposição da prova, admissão da prova e execução ou produção da prova”[6].
O momento para proposição e produção de provas sofreu alterações com o advento das Leis nos 11.690/08 e
11.719/08. De acordo com a segunda lei, o acusado deverá indicar as provas que pretende produzir no
momento da apresentação da resposta à acusação, de acordo com o disposto nos artigo 396 e 396-A do
Código de Processo Penal. O momento para a proposição de prova pela acusação permanece o mesmo,
ressalvado as duas partes o requerimento de diligências em decorrência de necessidade apurada na instrução,
após a realização da audiência de instrução e julgamento, conforme previsto no artigo 402, do diploma
processual penal.
A Lei nº 11.719/08 introduziu o princípio da concentração, adotado no processo civil, pelo qual todas as
provas devem ser produzidas em uma única audiência de instrução de julgamento, prevista no artigo 400, do
Código de Processo Penal.
Exceção ao principio da concentração está previsto no artigo 156, I, do Código de Processo Penal, pelo qual o
juiz poderá ordenar, de ofício, a produção de provas consideradas urgentes e relevantes mesmo antes de
iniciada a ação penal. Ressalte-se, contudo, que é de constitucionalidade duvidosa tal mudança trazida pela
Lei nº 11.690/08, uma vez que confere verdadeiro poder inquisitivo ao magistrado, que pode determinar a
produção de prova mesmo antes de existir uma ação penal.
 
[1] In Curso de Processo Penal, São Paulo, Saraiva, Ed. 18ª., p. 79.
[2] TOURINHO FILHO, Fernando da Costa, Manual de Processo Penal, São Paulo, Ed. Saraiva, 7ª. Ed., p. 26.
[3] MARQUES, José Frederico. Elementos de Direito Processual Penal, vol. II, rev. atual. por Eduardo Reale
Ferrari. 2ª. ed., Campinas: Millenium, 2000, pág. 325.
[4] Op.cit., pág. 330.
[5] MARQUES, José Frederico. Elementos de Direito Processual Penal, vol. II, rev. atual. por Eduardo Reale
Ferrari. 2ª. ed., Campinas: Millenium, 2000, pág. 364.
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[6] Idem, ibidem
 
Exercício 1:
Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta:
I – Os princípios da legalidade, do devido processo legal e da presunção de
inocência norteiam a liberdade provisória.
II – É hipótese de liberdade provisória obrigatória: Infrações penais em que não
se cominam pena privativa de liberdade.
III – É hipótese de liberdade provisória obrigatória: Infrações de menor potencial
ofensivo, quando a parte se compromete a comparecer no Juizado.
A)
As afirmações I e II estão corretas.
B)
As afirmações II e III estão corretas.
C)
Somente a afirmação III está correta.
D)
Todas as afirmações estão corretas.
E)
Todas as afirmações estão incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 2:
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Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta:
I – a autoridade policial (delegado) tem o poder de relaxar a prisão.
II – a liberdade provisória vedada ou proibida é aquela que não pode ser
concedida caso seja cabível a prisão preventiva;
III – a liberdade provisória vedada ou proibida é aquela que não pode ser
concedida caso seja expressamente proibida por lei a sua concessão. 
A)
As afirmações I e II estão corretas.

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