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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA LABORATÓRIO DE ÓPTICA, ELETRICIDADE E MAGNETISMO Engenharia Fácil Interferência, difração e polarização da luz. Professor: Laerson Duarte Da Silva Turma: 01 Campina Grande - PB 2021 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 2 1.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 4 1.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 4 2 MATERIAL UTILIZADO ................................................................................................... 5 3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ........................................................................... 0 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................................ 0 5 CONCLUSÕES ...................................................................................................................... 0 6 ANEXOS ................................................................................................................................ 0 7 REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 0 1 INTRODUÇÃO A luz é algo que causou bastante intriga entre os estudiosos devido a sua natureza. É objeto de estudo de muitos pesquisadores desde a Antiguidade (300 a.C.) com Euclides até Einstein e Planck, no séc. XX. Tal curiosidade relacionada a natureza da luz é dada pois se comporta como onda, porém também se comporta como partícula. E existem dois modelos que são aceitos o modelo corpuscular da luz e o modelo ondulatório. Figura – Prisma Newton defendia a teoria corpuscular. Nesta teoria a luz era considerada como um feixe de partículas emitidas por uma fonte de luz. O modelo ondulatório proposto e defendido por Huyghens dizia que a luz era uma onda e ela explicava de forma significativa a reflexão e a refração da luz Atualmente, após as contribuições dadas pelos físicos Max Planck e Albert Einstein, entende-se que a natureza da luz é dualística, ou seja, se comporta como partícula mas também se comporta com onda, que é a ideia mais coerente e que torna as duas teorias validas, pois ambas possuem características que não se contradizem as características da outra teoria, possibilitando a explicação de vários fenômenos ópticos. A interferência é um fenômeno que ocorre quando dois feixes luminosos, ou duas ondas, provenientes da mesma fonte, percorrem caminhos diferentes e depois convergem para uma mesma região do espaço. https://brasilescola.uol.com.br/biografia/albert-einstein.htm A difração é a propriedade que as ondas têm de contornar obstáculos ou passar por um orifício quando são parcialmente interrompidas por eles. Este fenômeno acontece em ondas eletromagnéticas e mecânicas. Figura - Difração Outro fenômeno óptico muito importante é a polarização é quando as ondas eletromagnéticas, nas quais elas são selecionadas e divididas conforme a orientação de sua vibração. Essa propriedade consiste na orientação espacial dos vetores campo elétrico e campo magnético, ou seja, é um tipo de filtro que seleciona qual tipo de onda pode ou não passar pelo polarizador. Figura – esquema de polarização A polarização das ondas eletromagnéticas pode ocorrer por meio da absorção, reflexão ou refração. A polarização por absorção só é feita através de substâncias que permitem a passagem de luz apenas em direções preferenciais. O fenômeno de polarização por refração se dá com polarização parcial do raio refratado, que pode ser observado ao analisar a luz que emerge após uma luz natural atravessar uma lâmina de faces paralelas e a polarização da luz por reflexão o raio refletido for perpendicular ao raio refratado. 1.1 Objetivo Geral Este relatório tem como principal objetivo através de experimentos compreender os fenômenos ópticos interferência, difração e polarização. Além disso, tem o intuito de comprovar toda a teoria por trás destes fenômenos, se utilizando de experimentos práticos. 1.2 Objetivos Específicos O experimento de Determinação do Comprimento de Onda da Luz, tem por objetivo demostrar na prática os conceitos sobre ondas, como também permitir com os dados gerados calcular o comprimento de cada onda da faixa do espectro visível da luz. O experimento de Polarização da Luz, tem por objetivo demostrar na prática os conceitos sobre ondas, assim como verificar experimentalmente a polarização da luz e a lei de Malus. O experimento de Polarização da Luz por Reflexão, tem por objetivo demostrar na prática os conceitos sobre ondas, assim como medir o ângulo de Brewster e comparar com o índice de refração do material acrílico. https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/fisica/reflexao 2 MATERIAL UTILIZADO Para os experimentos relatados a seguir foram utilizados os seguintes materiais: ➢ Fonte de luz branca 12V-21W, chave liga-desliga, alimentação bivolt e sistema de posicionamento do filamento; ➢ Base metálica 8x70x3cm com duas mantas magnéticas e escala lateral de 700mm; ➢ Lente de vidro convergente biconvexa com Ø50mm, DF 100mm em moldura plástica com fixação magnética; ➢ Lente de vidro biconvexa com Ø50mm, DF 100mm em moldura plástica com fixação magnética; ➢ Lente de vidro convergente plano-convexa com Ø60mm, DF 120mm em moldura plástica com fixação magnética; ➢ Diafragma com uma fenda; ➢ 5 cavaleiros metálicos; ➢ Rede de difração 500 fendas/mm em moldura plástica com fixação magnética; ➢ Trena de 2m; ➢ Anteparo para projeção com fixador magnético e régua milimetrada; ➢ Duas polaroides em moldura plástica com fixação magnética; ➢ Disco giratório com escala angular e subdivisões 1º; ➢ Suporte para disco giratório; ➢ Um diafragma com uma fenda; ➢ Um anteparo para projeção com fixador magnético; 3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Experimento 1 - Determinação do Comprimento de Onda da Luz Para iniciar o experimento, montou-se a conforme figura a seguir: Figura 1: Montagem para o experimento Determinação do Comprimento de Onda da Luz. Fonte: Azeheb - Laboratório de Física. Colocou-se na frente da fonte luminosa à 4cm uma lente convergente de distância focal f = 5cm. Essa lente é utilizada para iluminar a fenda. Em seguida, colocou-se na frente da lente o diafragma com uma fenda. Utilizou-se uma lente convergente de distância focal f = 10cm para projetar-se a fenda no anteparo. Ajustou-se a posição da lente para que a fenda projetada ficasse bem nítida. Colocou- se a rede de difração na frente da lente e ajustou-se a mesma de modo que o espectro ficasse bem nítido. Para finalizar, ajustou-se a posição da rede de difração para que a mesma ficasse a 14 cm do anteparo de projeção (a = 0,140m). Mediram-se as distâncias X do centro de cada cor até o centro da fenda projetada. Calculou-se a constante de rede de difração que tem 500 linhas por milímetro: 𝑫 = 𝟏 𝒏º 𝒍𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔/𝒎𝒎 = 𝟏 𝟓𝟎𝟎 𝑫 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝒎𝒎(𝟏𝟎−𝟑𝒎) = 𝟐𝟎𝟎𝟎𝒏𝒎(𝟏𝟎−𝟗𝒎) O comprimento de onda λ de cada tipo de radiação observada é calculado através de: 𝜆 = 𝐷𝑋 √𝑎2 + 𝑋2 Experimento 2 - Polarização da Luz Para iniciar o experimento, montou-se a conforme figura a seguir: Figura 2: Montagem para o experimento Polarização da Luz. Fonte: Azeheb - Laboratório de Física. Colocou-se sobre a base metálica um cavaleiro metálico com lente convergente dedistância focal 12cm e fixou-se no mesmo um diafragma com uma fenda. Colocou-se na extremidade da base metálica um anteparo para projeção do raio da fenda. Em seguida, ligou- se a fonte de luz. Colocou-se sobre a base metálica um polaroide fixo à 10 cm da lente. Ajustou-se a posição da lente para que a fenda projetada permanecesse bem nítida. Em seguida, colocou- se sobre a base metálica um segundo polaroide, dessa vez à 10cm de distância do primeiro polaroide. Observou-se a projeção luminosa no anteparo de projeção. Em seguida, ajustou-se o segundo polaroide num ângulo de 90º em relação à angulação do primeiro polaroide. Observou- se a projeção. Experimento 3 - Polarização da Luz por Reflexão Para iniciar o experimento, montou-se a conforme figura a seguir: Figura 3: Montagem para o experimento Polarização da Luz por Reflexão. Fonte: Azeheb - Laboratório de Física. Logo em seguida, colocou-se na frente da fonte de luz um cavaleiro metálico com uma lente convergente de distância focal 12cm e um diafragma com uma fenda. Ademais, ligou-se a fonte de luz e ajustou-se o raio luminoso no centro do transferidor. Colocou-se o semicírculo no disco ótico conforme a figura, e ajustou-se o mesmo de tal modo que o ângulo de incidência fosse igual a 0º, assim como o ângulo de refração. Fixou-se em um cavaleiro metálico, um polaroide e em outro cavaleiro o anteparo de projeção. Girou-se o disco ótico em 20º, observou-se o raio refletido. Colocou-se o polaroide na mesma direção do raio refletido e o anteparo de projeção a 10cm do polaroide. Em seguida, girou-se o polaroide a 90º e observou- se a projeção do feixe luminoso no anteparo. Repetiu- se o procedimento acima para os ângulos de 40º, 50º e 60º, procurando o ângulo de reflexão de tal modo que girando o polaroide a projeção desaparecesse. 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES Experimento 1 - Determinação do Comprimento de Onda da Luz A partir dos dados coletados foi possível montar a tabela a seguir: Tabela 1: Tabela de dados para o experimento de determinação do comprimento de onda da luz. Cor a (m) X (m) (nm) Vermelho 0,14 0,047 636 Laranja 0,14 0,043 587 Amarelo 0,14 0,041 562 Verde 0,14 0,037 511 Azul 0,14 0,033 459 Violeta 0,14 0,031 432 Fonte: autoria própria. Percebe-se que a radiação que tem maior comprimento de onda é o vermelho, com aproximadamente 660nm segundo nossos cálculos. Como frequência e comprimento de onda são grandezas inversamente proporcionais, fica evidente que a cor violeta que tem a maior frequência. Ainda sobre vermelho, esta é a que sofre interferência construtiva mais afastada da raia central. Tabela 2: Tabela de cores e comprimentos de onda: COR VERMELHO LARANJA AMARELO VERDE AZUL (nm) 620-760 585-620 550-585 510-550 450-510 Fonte: autoria própria. Comparando os resultados obtidos com a tabela 2 acima, percebe-se que os resultados foram condizentes para cada faixa do espectro visível da luz, apesar de algumas observações terem ocorrido no limite do espectro. Experimento 2 - Polarização da Luz Ao incidir luz no primeiro polaroide, sem o ajuste referente ao segundo polaroide, percebe-se que a projeção no anteparo não se alterou. Após ajustar o segundo polaroide, percebeu-se que o feixe luminoso no anteparo desapareceu. Isso ocorreu devido ao efeito de polarização da luz, no qual o primeiro polaroide permite transpassar apenas uma determinada direção de propagação da luz e seu padrão de onda respectivo. Já ao transpassar pelo segundo polaroide, a direção de propagação restante do primeiro polaroide foi bloqueada pelo segundo, fazendo com que a projeção luminosa no anteparo desaparecesse. Experimento 3 - Polarização da Luz por Reflexão Durante os procedimentos experimentais, percebeu-se que a partir de um ângulo de 40º, o feixe luminoso começa a demonstrar-se de pouco intensidade quando do ajuste do polaroide para o mesmo. Com o decorrer do experimento, percebeu-se que ângulo de incidência que tem a luz polarizada é um ângulo de aproximadamente 55º, denominado ângulo de Brewster. Também foi medido o ângulo entre o raio refletido e o raio refratado, resultando aproximadamente em 90º. Em relação a direção da polarização, a luz refletida é totalmente polarizada em um plano perpendicular ao plano de incidência. É possível encontrar a tangente do ângulo de Brewster através da lei de Snell-Descartes: n1sen1 =n2sen2 Logo, n1senB = n2sen(90º −B ) Aplicando a propriedade trigonométrica: sen( ) = sen cos cossen n1senB = n2 (sen90º cosB − cos 90º senB) n1senB = n2 cosB senB /cosB = n2 / n1 tg B = n2 / n1 Portanto, substituindo na fórmula: 𝑡𝑔𝜃𝐵 = 𝑡𝑔 (55°) ≅ 1,428 O valor do índice de refração encontrado para o acrílico em experimento anterior foi de 1,50. Calculando o erro percentual: E = |1,428−1,500| 1,428 × 100 = 5,0% Portanto, se considerarmos um erro experimental de 5%, o erro encontrado foi igual o erro tolerável. Por o erro ser igual 5%, que é o maximo permitido, podemos concluir que o resultado está entre os padrões desejados. Podemos citar também, que pode ter ocorrido falhas na observação do ângulo em questão ou erros no cálculo do índice de refração do experimento anterior. Por fim, a tangente do ângulo de Brewster que foi 1,428 é diferente do índice de refração do material que foi 1,500. 5 CONCLUSÕES No experimento 1, foi possível observar de forma prática o fenômeno de polarização da luz por meio de uma rede difratora. Esse fenômeno costuma ser observado diariamente, porém por outros meios, como a chuva ou um CD. Também foi possível calcular o comprimento de onda para cada faixa do espectro visível da luz, obtendo resultados satisfatórios. No experimento 2, foi possível observar o fenômeno da polarização através de equipamentos denominados polaroides, fabricados para polarizar uma determinação direção de propagação da luz. Os resultados esperados foram obtidos quando a utilização dos mesmos. No experimento 3, foi possível perceber uma nova forma de polarização da luz, que foi a polarização por reflexão. Analisou-se esse fenômeno de forma prática, foi medido o ângulo de Brewster, encontrou-se o valor para o índice de refração do acrílico e comparou os resultados entre eles, que apresentaram valores distintos. 6. ANEXOS UFCG / CCT / UAF - DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL II PROFESSOR: ________________________DATA:__/__/_____PERÍODO: 2020.3 ALUNO(A):___________________________________________TURMA: _____ PREPARAÇÃO DE DIFRAÇÃO - ÓPTICA FÍSICA 1. A natureza da luz sempre foi um dos temas que sempre chamaram a atenção dos grandes cientistas da humanidade. Desde a Antiguidade (300 a.C.) com Euclides até Einstein e Planck, no séc. XX. Hoje em dia, duas teorias que explicam a natureza da luz são aceitas: a teoria corpuscular e a teoria ondulatória. Comente este conceito do comportamento da Luz, dualidade onda-partícula. R: Atualmente temos o conceito dual para a natureza da Luz, que consiste na união das ideias da teoria corpuscular e a teoria ondulatória. A teoria corpuscular foi defendida por Newton, que a sustentava, através de um ponto que a teria ondulatória não abrangia, segundo ele quando o som que é uma onda, encontra um obstáculo, por exemplo uma parede, ela irá contorna-la e chegará ao outro lado, porém se isso ocorre com a luz este fenômeno não acontece, assim ele concluiu que a onda se comportaria como uma partícula. No ano de 1677, Huygens havia lançado a teoria ondulatória da luz. Ele classificou a luz com uma onda, pois achava que a luz vibrava os pontos do meio, da mesma forma queo som o faz. a teoria da luz começou a ganhar força quando o físico e matemático Young montou um experimento que foi capaz de mostrar que a luz sofria difração. Podemos afirmar que quando a luz se propaga no espaço, ela se comporta como onda, mas quando a luz incide sobre uma superfície, passa a se comportar como partícula. 2. O que é Difração da Luz? Comente dando exemplo. R: A difração é a propriedade que as ondas têm de contornar obstáculos ou passar por um orifício quando são parcialmente interrompidas por eles. Uma janela em um quarto podemos entender que acontece a difração, pois se comporta como uma fenda e a luz ao passar por ela sofre desvio iluminando o quarto. 3. O que é Polarização da Luz? Comente dando exemplo. R: A polarização é quando as ondas eletromagnéticas, nas quais elas são selecionadas e divididas conforme a orientação de sua vibração. Um exemplo bem claro são, as lentes polarizadas, que funcionam como filtro protegendo a vista da radiação UV, de grande intensidade de luz e também de reflexos nas lentes. 4. Explique como procedemos experimentalmente, para determinar o comprimento de uma onda da Luz (onda eletromagnética). R: Através de um espectro de luz, uma lente convergente, um diafragma com uma fenda. A partir disso com uma distância focal programada foi projetada a fenda no anteparo (a = 0,140). Por fim mede-se as distâncias X do centro de cada cor até o centro da fenda, calculou-se a constante de rede de difração que tem 500 linhas por milímetros. Feito isso, só resolver a equação de comprimento usando os valores encontrados. 5. Explique o que é Polarização por reflexão. Comente a relação desse conceito com a aplicação de fibra óptica. R: A polarização da luz por reflexão o raio refletido for perpendicular ao raio refratado A polarização por reflexão é o princípio que rege o funcionamento da fibra óptica, o processo ocorre por um feixe luminoso lançado em uma das extremidades do filamento. Ele percorre toda a sua estrutura por meio de reflexões sucessivas, graças às característica ópticas do núcleo, ou seja, isso é o fenômeno da polarização por reflexão. 7. REFERÊNCIAS HELERBROCK, Rafael. "Luz"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/luz.htm. Acesso em 08 de julho de 2021. A EVOLUÇÃO da teoria ondulatória da luz e os livros didáticos. [S. l.], 7 jan. 2007. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbef/a/wXbCrhcZ79KtDZ5FZmtK8hM/?lang=pt>. Acesso em: 8 jul. 2021. https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/fisica/reflexao https://www.stoodi.com.br/blog/2019/01/09/optica-o-que-e/
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