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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA LABORATÓRIO DE ÓPTICA, ELETRICIDADE E MAGNETISMO Engenharia Fácil RELATÓRIO: LEIS DE KIRCHHOFF Professor: Laerson Duarte Da Silva Turma: 01 Campina Grande - PB 2021 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3 1.1 Objetivo Geral ....................................................................................................... 5 2 MATERIAIS UTILIZADOS ...................................................................................... 5 3 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 6 4 CONCLUSÕES ............................................................................................................. 8 5 ANEXOS ...................................................................................................................... 9 6 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 14 3 1. INTRODUÇÃO Quando em um circuito elétrico existe mais do que uma fonte de tensão e mais do que um resistor, geralmente são necessárias outras leis, além da lei de Ohm, para sua resolução. Estas leis adicionais são as leis de Kirchhoff, as quais propiciam uma maneira geral e sistemática de análise de circuitos. Elas são duas, a saber: • Primeira lei de Kirchhoff ou Lei dos Nós; • Segunda lei de Kirchhoff ou Lei das Malhas. Para o uso destas leis são necessárias algumas definições: Nó: é um ponto do circuito onde se conectam no mínimo três elementos, ou seja, qualquer ponto onde ocorre divisão ou união de correntes; Ramo ou braço: é um trecho de um circuito compreendido entre dois nós consecutivos. Malha: é um trecho de circuito que forma uma trajetória eletricamente fechada, isto é, um conjunto de ramos interligados, formando um caminho fechado. Lei dos nós Num dado nó entra a corrente total do circuito e do mesmo nó partem as correntes parciais para cada resistor. Como no nó não há possibilidade de armazenamento de cargas ou vazamento das mesmas, tem-se que a quantidade de cargas que chegam ao nó é exatamente igual à quantidade de cargas que saem do nó. Por convenção, consideram-se as correntes que entram em um nó como positivas e as que saem como negativas. Desta constatação surge o enunciado da primeira lei de Kirchhoff: “A soma algébrica das correntes em cada nó é igual a zero”. Figura 1: Circuito para a aplicação de leis das correntes de Rirchhoff. 4 Assim temos que, 𝑁ó 𝐵: 𝐼1 + 𝐼2 = 𝐼3 ∑ 𝐼𝑘 𝑁 𝑘=1 = 0 𝑁ó 𝐹: 𝐼3 = 𝐼1 + 𝐼2 Lei das Malhas Ela já foi usada no estudo dos circuitos de resistores em série, onde a soma das quedas de tensão nos resistores é igual à Força Eletromotriz (f.e.m.) da fonte. Entenda-se que, na fonte de f.e.m., uma forma de energia não-elétrica é convertida para elétrica cedendo energia para as cargas, ou seja, colocando as cargas em um potencial mais elevado. Nas quedas de tensão as cargas se dirigem para um potencial mais baixo havendo o consumo da energia das cargas convertendo-a para uma forma de energia não elétrica, por exemplo, calor, luz, etc. Assim, ao percorrer uma malha fechada, percebe-se que toda a energia entregue às cargas num trecho do circuito elétrico é dissipada num outro trecho. A tensão, por definição, está associada à energia cedida às cargas ou retirada das mesmas durante o seu movimento. Daí é obtido o enunciado da Segunda Lei de Kirchhoff: "A soma algébrica de todas as voltagens existentes numa malha elétrica é igual a zero". Convenciona-se considerar positivos os aumentos de tensão na malha e negativas as quedas de tensão na mesma. Segundo a Lei das Malhas, para nosso circuito de malha única, temos: 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3 = 𝑉 𝑉1 = 𝑉𝑅1 = 𝑅1𝐼 𝐼 = 𝑉 (𝑅1+𝑅2+𝑅3) 5 𝑉3 = 𝑉𝑅3 = 𝑅3𝐼 1.1 – Objetivo Geral Este relatório tem como objetivo a verificação das duas leis de Kirchhoff a partir do reconhecimento e associação de símbolos gráficos a instrumentos elétricos; montagens de circuitos; e conexão e leitura correta de tensão e corrente usando o multímetro. 2. MATERIAL UTILIZADO ● Painel com plugs para conexão de circuitos (bancada); ● Resistores e cabos de ligações; ● Miliamperímetros DC; ● Fonte de tensão DC; ● Multímetro analógico e digital. 6 3. DESENVOLVIMENTO Usando a prancheta com bordes de ligação, montou-se o circuito da figura abaixo com três resistores iguais. Figura 3: Circuito Lei das Malhas Onde: = 12,0V R1 = R2 = R3 = 1K Feito isso, foi medido com o voltímetro a tensão da fonte, e as diferenças de potenciais sobre cada resistor, anotando tudo na tabela 1 e posteriormente fazendo os devidos cálculos (em anexos). Tabela I I(calculado) I(medido) (%) V(calculado) V(medido) (%) R1 4,00 mA 4,00 mA 0 4,00 V 4,00 V 0 R2 4,00 mA 4,01 mA 0,25 4,00 V 4,01 V 0,25 R3 4,00 mA 4,10 mA 2,5 4,00 V 4,10 V 2,5 Fonte: autoria própria A Lei das Malhas compreende que “A soma algébrica de todas as voltagens existentes numa malha de um circuito é zero”, logo comprovando a mesma tendo como base o experimento em questão: 𝑽 − 𝑽𝟏 − 𝑽𝟐 − 𝑽𝟑 = 𝟎 𝟏𝟐 − 𝟒, 𝟎 − 𝟒, 𝟎 − 𝟒, 𝟎 = 𝟎 𝟎 = 𝟎 Seguindo o mesmo procedimento foi montado o circuito da Lei dos Nós, como o esquema a seguir: 7 Figura 4: Circuito da Lei dos Nós. Onde, = 12,0V R1 = 3,3K R2 = 2,2K R3 = R4 = 1K Com a coletado dos valores de tensão da fonte e diferença de potencial de em cada resistor, foram calculados os valores de IR1, IR2, IR3 e IR4 que percorrem o circuito, e os desvios percentuais (em anexos). Valores esses distribuídos na tabela 2, a seguir: Tabela II I(calculado) I(medido) (%) V(calculado) V(medido) (%) IR1 2,76 mA 2,70 mA 2,17 9,10 V 9,10 V 0 IR2 1,31 mA 1,29 mA 1,53 2,88 V 2,90 V 0,69 IR3 1,45 mA 1,40 mA 3,45 1,45 V 1,40 V 3,45 IR4 1,45 mA 1,43 mA 1,38 1,45 V 1,45 V 0 Fonte: autoria própria. Segundo a lei dos nós − “A soma algébrica das correntes em cada nó é igual a zero”, então de acordo com o circuito e os valores obtidos na tabela temos: −𝑰𝟏+𝑰𝟐+𝑰𝟑 = 𝟎 −𝟐, 𝟕𝟔 + 𝟏, 𝟑𝟏 + 𝟏, 𝟒𝟓 = 𝟎 𝟎 = 𝟎 8 4. CONCLUSÕES Conclui-se, então, que com base nos dados coletados e obtidos, foi possível ser feita a verificação das leis, tanto das malhas, quanto dos nós, conforme foi proposto por Kirchhoff. De modo geral, tendo em vista que a fonte de tensão usada no experimento foi de 12V e realizando a soma das tensões dos resistores, o valor obtido foi próximo da tensão teórica. Em relação as discrepâncias que no caso é dado pelos desvios, foi possível notar que os mesmos são relativos e estão de acordo com o esperado. No mais, os desvios podem ter ocorrido devido erros experimentais, como equipamentos danificados, leituras de medidas no multímetro imprecisas, falhas nas ligações das bancadas e até mesmo na grande quantidade de arredondamentos. 9 5. ANEXOS CÁLCULOS TABELA I Seja, 𝐼 = 𝑉 (𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3) 𝑉𝑅𝑖 = 𝑅𝑖 ∗ 𝐼 𝐼 = 12𝑣 (1𝐾 + 1𝐾 + 1𝐾) 𝐼 = 4 𝑚𝐴 Valores Teóricos da diferença de potencial sobre cada resistor: 𝑉𝑅1 = 𝑅1 ∗ 𝐼 = 1𝑥103 ∗ 4𝑥10−3 = 4𝑉 𝑉𝑅2 = 𝑅2 ∗ 𝐼 = 1𝑥103 ∗ 4𝑥10−3 = 4𝑉 𝑉𝑅3 = 𝑅3 ∗ 𝐼 = 1𝑥103 ∗ 4𝑥10−3 = 4𝑉 DESVIOS PERCENTUAIS (I) [δ(%)] = VALOR MEDIDO − VALOR TEÓRICO VALOR TEÓRICO × 100% IR1: δ(%) = 4,0 − 4,04,0 × 100% = 0 IR2: δ(%) = 4,01 − 4,0 4,01 × 100% = 0,25 IR3: δ(%) = 4,10 − 4,0 4,10 × 100% = 2,44 DESVIO PERCENTUAL (V) [δ(%)] = VALOR MEDIDO − VALOR TEÓRICO VALOR TEÓRICO × 100% RV1: δ(%) = 4,0 − 4,0 4,0 × 100% = 0 RV2: δ(%) = 4,01 − 4,0 4,01 × 100% = 0,25 RV3: δ(%) = 4,10 − 4,0 4,10 × 100% = 2,44 CÁLCULOS TABELA II −𝐼1 + 𝐼2 + 𝐼3 = 0 − 𝐼1𝑅1 + 𝐼2𝑅2 = 0 −𝐼3𝑅3 − 𝐼3𝑅4 + 𝐼2𝑅2 = 0 10 −𝐼1 + 𝐼2 + 𝐼3 = 0 3300𝐼1 + 2200𝐼2 = 12 2200𝐼2 − 2000𝐼3 = 0 Resolvendo o sistema, encontramos: 𝐼1 = 2,76 𝑚𝐴; 𝐼2 = 1,31 𝑚𝐴; 𝐼3 = 𝐼4 = 1,45 𝑚𝐴 VALORES TEÓRICOS DA DIFERENÇA DE POTENCIAL SOBRE CADA RESISTOR: 𝑉 = 𝑅. 𝐼 VR1: 3300 ∗ 0,00276 = 9,10𝑉 VR2: 2200 ∗ 0,00131 = 2,88𝑉 VR3: 1000 ∗ 0,001,45 = 1,45𝑉 VR4: 1000 ∗ 0,001,45 = 1,45𝑉 DESVIOS PERCENTUAIS (IRi) [δ(%)] = VALOR MEDIDO − VALOR TEÓRICO VALOR TEÓRICO × 100% RI1: δ(%) = 2,70 − 2,76 2,76 × 100% = 2,17 RI2: δ(%) = 1,29 − 1,31 1,31 × 100% =1,53 RI3: δ(%) = 1,40 − 1,45 1,45 × 100% =3,45 RI4: δ(%) = 1,43 − 1,45 1,45 × 100% =1,38 DESVIOS PERCENTUAIS (VRi) [δ(%)] = VALOR MEDIDO − VALOR TEÓRICO VALOR TEÓRICO × 100% RV1: δ(%) = 9,10 − 9,10 9,10 × 100% = 0 RV2: δ(%) = 2,90 − 2,88 2,88 × 100% = 0,69 RV3: δ(%) = 1,40 − 1,45 1,45 × 100% = 3,45 RV4: δ(%) = 1,45 − 1,45 1,45 × 100% = 0 11 UFCG / CCT / UAF - DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL II PROFESSOR: ________________________DATA: ___/___/______PERÍODO: 2020.0 ALUNO(A):_______________________________________________TURMA: _____ PREPARAÇÃO - LEIS DE KIRCHHOFF 1. Defina NÓ, RAMO e MALHA de um circuito elétrico, enuncie e explique as Leis de Kirchhoff. Utilize circuitos elétricos. Nó - União de dois ou mais elementos que se conectam. Ramo - É a conexão do nó. Malha - são caminhos fechados em que iniciamos em um nó e voltamos ao mesmo nó. As leis de Kirchhoff estão ligadas diretamente aos conceitos de nó, malha e ramo. A primeira lei de Kirchhoff ou lei dos Nós, diz que a soma de todas as correntes que chegam a um nó do circuito deve ser igual à soma de todas as correntes que deixam esse mesmo nó. A segunda lei de Kirchhoff afirma que a soma dos potenciais elétricos ao longo de uma malha fechada deve ser igual a zero. 2. Quantos e quais são os nós do circuito abaixo? No circuito, quantos e quais são os ramos entre os pontos b e g e as malhas do circuito? R Nós = 4 b,g, c,f Ramo - bg, bc, cf, cd, fe, fg Malha - bcfgb, bcdefg. abgha 3. Se no circuito acima E = 20 volts e cada resistência vale 10 ohm, calcule a corrente em cada ramo. Com os dados anteriores, calcule a diferença de potencial em cada resistência. R. E = 20 volts R = 10 ohm Resistência equivalente 𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + {[𝑅8 × (𝑅2 + (𝑅6 × (𝑅3 + 𝑅1 + 𝑅5)) ÷ 𝑅6 + 𝑅3 + 𝑅4 + 𝑅5) + 𝑅7)] ÷ 12 {𝑅8 + [𝑅2 + (𝑅6 × (𝑅3 + 𝑅4 + 𝑅5)) + 𝑅7]}} + 𝑅9 10 + {[10 × (10 + (10 × (10 + 10 + 10)) ÷ 10 + 10 + 10 + 10) + 10)] ÷ {10 + [10 + (10 × (10 + 10 + 10)) + 10]}} + 10 𝑅𝑒𝑞 = 10 x (10 + (10 × (10 + 10 + 10)) 10 + 10 + 10 + 10) + 10) x 1 {10 + [10 + (10 × (10 + 10 + 10)) + 10]}} + 10 𝑅𝑒𝑞 = 27, 3Ω 𝐼𝑒𝑞 = D.D.P ÷ 𝑅𝑒𝑞 = 20 ÷ 20, 3 = 0, 732𝐴 Na malha bcfgb: − 𝑅2 × 𝐼2 − 𝑅6 × 𝐼6 − 𝑅7 × 𝐼7 + 𝑅8 × 𝐼8 = 0 − 10 × 0, 195 − 10 × 𝐼6 − 10 × 0, 195 + 10 × 0, 537 = 0 𝐼6 = 0, 146𝐴13 Na malha abgha: 𝑉 − 𝑅1 × 𝐼1 − 𝑅8 × 𝐼8 − 𝑅9 × 𝐼9 = 0 20 − 10 × 0, 732 − 10 × 𝐼8 − 10 × 0, 732 = 0 𝐼8 = 0, 537𝐴 Nó b: 𝐼1 = 𝐼2 + 𝐼8 0, 732 = 𝐼2 + 0, 537 𝐼2 = 0, 195𝐴 Nó c: 𝐼2 = 𝐼3 + 𝐼6 0, 195 = 𝐼3 + 0, 146 𝐼3 = 0, 049𝐴 13 Como os resistores R1 e R9 se encontram em serie temos que. 𝐼1 = 𝐼9 = 0, 732𝐴 Como os resistores R2 e R7 se encontram em serie temos que. 𝐼7 = 𝐼2 = 0, 195𝐴 Como os resistores R3, R4 e R5 se encontram em serie temos que. 𝐼3 = 𝐼4 = 𝐼5 = 0, 049𝐴 A Voltagem em cada resistência é dada por: 𝑉1 = 𝑅1 × 𝐼1 = 10 × 0, 732 = 7, 32𝑉 𝑉2 = 𝑅2 × 𝐼2 = 10 × 0, 195 = 1, 95𝑉 𝑉3 = 𝑅3 × 𝐼3 = 10 × 0, 049 = 0, 49𝑉 𝑉4 = 𝑅4 × 𝐼4 = 10 × 0, 049 = 0, 49𝑉 𝑉5 = 𝑅5 × 𝐼5 = 10 × 0, 049 = 0, 49𝑉 𝑉6 = 𝑅6 × 𝐼6 = 10 × 0, 146 = 1, 46𝑉 𝑉7 = 𝑅7 × 𝐼7 = 10 × 0, 195 = 1, 95𝑉 𝑉8 = 𝑅8 × 𝐼8 = 10 × 0, 537 = 5, 37𝑉 𝑉9 = 𝑅9 × 𝐼9 = 10 × 0, 732 = 7, 32𝑉 4. Qual a diferença de potencial entre os pontos b e g? E entre os pontos b e d? b e g; U = 20 volts Nos pontos b e d: Nos pontos b e g: 𝑉𝑏 − 𝑉𝑑 = 𝑅2 × 𝐼2 + 𝑅3 × 𝐼3 𝑉𝑏 − 𝑉𝑔 = 𝑅8 × 𝐼8 𝑅2 × 𝐼2 + 𝑅3 × 𝐼3 = 10 × 0, 1951 + 10 × 0, 0478 𝑅8 × 𝐼8 = 10 × 0, 5366 = 2, 438V = 5, 366𝑉 14 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NASCIMENTO, Pedro Luiz do. Apostila auxiliar do Laboratório de Eletricidade e Magnetismo da Universidade Federal de Campina Grande, 2019.
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