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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA LABORATÓRIO DE ÓPTICA, ELETRICIDADE E MAGNETISMO Engenharia Fácil CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA Professor: Laerson Duarte Da Silva Turma: 01 Campina Grande - PB 2021 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3 1.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 4 2 MATERIAIS UTILIZADOS ....................................................................................... 4 3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ..................................................................... 4 4 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 7 5 ANEXOS ....................................................................................................................... 8 6 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 1. INTRODUÇÃO O magnetismo, é o estudo dos fenômenos ligados às propriedades de substâncias que possuem força magnética, como os ímãs e alguns metais. Em outras palavras magnetismo é o estudo os fenômenos de atração e repulsão dos objetos. Os primeiros estudos sobre o magnetismo ocorreram a partir do século VI a.C., quando o filósofo Tales de Mileto começou a estudar o fenômeno de atração entre os objetos. Willian Gilbert descobriu que a Terra é um ímã natural com polos magnéticos, próximos aos polos norte e sul geográficos. Muitos fenômenos da natureza acontecem por influência do magnetismo da terra. O experimento abordará o campo magnético da terra, pois o planeta funciona como um grande imã natural. Os Campos Magnéticos são produzidos por correntes elétricas. A unidade no SI para campo magnético B é o Tesla, para isso temos que [B] = 𝑁 𝐶 𝑆 𝑀 = T (tesla) Que pode ser reescrita como [B] = 𝑁 𝐴𝑚 = T (tesla) Os campos magnéticos exercem uma força que é a, força magnética, que pode ser calculado através de F = qv x B O modulo é dado por: [F] = qv x Bsenθ Após experimentos foi constatado que um condutor elétrico ao ter uma corrente elétrica o atravessando, gera de maneira instantânea um campo magnético em seu entorno. Que tem como característica linhas de forças circulares, que podem ser percebidas por uma bússola, esta é a lei de Biot – Savart. Pode se comparar a lei de Biot – Savart com a lei de Coulomb. Lei de Biot - Savart 1.1 Objetivo Geral Depois de conhecer um pouco sobre o campo magnético, o objetivo desta experiencia é familiarizar de método bastante simples da intensidade da Componente Horizontal do Campo Magnético (indução magnética B) da Terra no nosso laboratório; como complementação, calibra-se a bobina para ser utilizada como amperímetro. 2. MATERIAL UTILIZADO - Uma fonte de tensão DC regulável - Um amperímetro - Um amperímetro - Um reostato - Um sistema constituído por uma bobina quadrada e uma bússola. https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2012/08/lei-biot-savart.jpg 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Montou-se o circuito com a fonte ligada ao reostato que por sua vez está ligado ao multímetro, este ligado ao sistema bobina-bússola que fechando o circuito, está ligado a fonte. Todos estão ligados em série. Ajustou-se o sistema bobina-bússola até que o eixo Norte-Sul da bússola coincidisse com o plano da bobina. Então ligou-se a fonte com o reostato na posição de resistência máxima e ajustou- se a corrente para 0,1 A. Anotou-se o ângulo θ de deflexão da agulha na tabela I. Variando a corrente de 0,1 A até 1,0 A anotou-se os ângulos de deflexão correspondentes. Repetiu- se o procedimento anterior 3 vezes e para cada valor de corrente calcularam-se os ângulos de deflexão da agulha médio. Tabela I I(A) 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 𝜽𝟏 9,0 17,0 24,0 31,0 38,0 44,5 48,0 52,0 56,0 59,0 𝜽𝟐 8,0 14,0 20,0 29,0 37,0 43,0 48,5 51,0 54,0 59,5 𝜽𝟑 10,0 15,0 21,0 28,0 35,0 44,0 48,0 50,5 55,0 58,0 𝜽𝒎é𝒅𝒊𝒐 9,0 15,3 21,7 29,3 36,7 43,8 48,2 51,2 55,0 58,8 Com os dados da tabela I construiu-se um gráfico θmédio x I. A partir dos valores do gráfico foi determinado o valor experimental da componente horizontal do campo magnético da Terra (Bh). Do gráfico coletou-se ponto P(45;0,62), e o mesmo foi substituído na equação: 2a = 28,5 cm ⇒ a = 14,25 cm = 0,1425 m; θ = 45°; I = 0,62A; 𝐵ℎ = 𝐵𝑎 = 10 × √2 × 𝜇0𝑖 𝜋 × 𝑎 × tan 𝜃 = 10 × √2 × 4𝜋 × 10−7 × 0,062 π × 0,1425 × tan 45 Bh = 0,000026994 T = 0,2461 x 10−4 T Cálculo do desvio percentual: 𝛿% = |0,23 − 0,2461| 0,23 × 100% = 7,0% 4. CONCLUSÕES Contudo, pode-se dizer que o experimento usando as bobinas para simular a componente horizontal do campo magnético da terra teve resultado satisfatório. Encontrando o valor de T = 0,2461 Gauss e um desvio de 7,0%. Vale ressaltar, que esse desvio é normal e está dentro do aceitável, e pode ter sido ocasionado pelos aparelhos velhos ou erros na execução do experimento. Por fim, foi possível ter uma noção de quando é a componente horizontal do campo magnético da terra. 5. ANEXOS CÁLCULOS Cálculo para o gráfico de θ x I: -Eixo x (I): Módulo de x 𝑀𝑥 = 𝐿𝑓/(𝑋𝑓 − 𝑋𝑖) = 200𝑚𝑚/1𝐴 = 200𝑚𝑚/𝐴 𝑀𝑥 = 200𝑚𝑚/𝐴 · Degrau e Passo Adotando passo 20mm ∆𝑋 = ∆𝑙𝑥/𝑀𝑥 = 20𝑚𝑚/200𝑚𝑚/𝐴 = 0, 1𝐴 · Equação da escala 𝑙𝑥 = 𝑀𝑥. (𝑋𝑓 − 𝑋𝑖) = 200. 𝑋𝑓 11 𝑙𝑥1 = 200. (0, 1) =20mm 𝑙𝑥2 = 200. (0, 2) =40mm 𝑙𝑥3 = 200. (0, 3) =60mm 𝑙𝑥4 = 200. (0, 4) =80mm 𝑙𝑥5 = 200. (0, 5) =100mm 𝑙𝑥6 = 200. (0, 6) =120mm 𝑙𝑥7 = 200. (0, 7) =1400mm 𝑙𝑥8 = 200. (0, 8) =160mm 𝑙𝑥9 = 200. (0, 9) =180mm 𝑙𝑥10 = 200. (1, 0) =200mm - Eixo y : θ(Graus) Módulo de y 𝑀𝑦 = 𝐿𝑓/(𝑌𝑓 − 𝑌𝑖) = 150𝑚𝑚/58, 8𝐺𝑟𝑎𝑢𝑠 = 2, 55𝑚𝑚/𝐺𝑟𝑎𝑢𝑠 𝑀𝑦 = 2𝑚𝑚/𝐺𝑟𝑎𝑢𝑠 · Degrau e Passo Adotando passo 20mm ∆𝑌 = ∆𝑙𝑦/𝑀𝑦 = 20𝑚𝑚/2𝑚𝑚/𝐺𝑟𝑎𝑢𝑠 = 10° · Equação da escala 𝑙𝑦 = 𝑀𝑦. (𝑌𝑓 − 𝑌𝑖) = 2. 𝑌𝑓 𝑙𝑦1 = 2. (9, 0) =18,0mm 𝑙𝑦2 = 2. (15, 3) =30,6mm 𝑙𝑦3 = 2. (21, 7) =43,4mm 𝑙𝑦4 = 2. (29, 3) =58,6mm 𝑙𝑦5 = 2. (36, 7) =73,4mm 𝑙𝑦6 = 2. (43, 8) =87,6mm 𝑙𝑦7 = 2. (48, 2) =96,4mm 𝑙𝑦8 = 2. (51, 2) =104,4mm 𝑙𝑦9 = 2. (55, 0) =110,0mm 𝑙𝑦10 = 2. (58, 8) =117,6mm PREPARAÇÃO – CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA 1. A agulha de uma bússola, quando não se encontra submetida a ação de um campo magnético artificial, sempre se orienta na direção norte-sul. Explique por que isto acontece. R: Isso ocorre porque a terra é um ímã natural com polos magnéticos, próximos aos polos norte e sul geográficos, e por isso a agulha imantada de uma bússola aponta na direção do polo sul de um imã, o que é denominado polo norte da terra é o polo sul magnético. Ademais, os campos magnéticos são produzidos por correntes elétricas, que podem ser correntes macroscópicas em fios, ou microscópicas associadas com elétrons em órbitas atômicas. Portanto, a agulha da bússola se alinha com a direção do campo magnético da terra. 2. Haveria situações em que um campo magnético artificial poderia não ser detectado pela agulha da bússola? Explique. R: Sim, isso aconteceria quando o ângulo entre o campo magnético produzido no laboratório e o campo magnético produzido pela terra formarem um ângulo de 45º. 3. Descreva a influência de um campo magnético artificial sobre a direção da agulha de uma bússola que se encontrana superfície da terra. R: Primeiramente, quando uma bússola é submetida a algum efeito do campo magnético criado no laboratório, ela não irá mais se alinhar segundo a direção do campo da terra, mas sim a do campo resultante, que é expresso pela equação: Br = Bh + Ba. Portanto, como a direção do campo magnético resultante depende dos valores de Bh e Ba, a direção do ponteiro da bússola pode ser alterada variando o valor de Ba. 4. Dê um argumento qualitativo para o fato de que no centro de uma espira quadrada o campo magnético é perpendicular ao plano da espira. R: Desse modo, para uma espira o campo no seu centro será 4 vezes esse valor, como temos uma espira quadrada, substituímos y = a. Assim, fazendo Ba = 4Bp e substituindo y = a, para oito voltas de fios, o campo no centro da bobina será 8 vezes esse valor, ou seja, o campo resultante Ba será dado por: 𝐵𝑎 = 𝜇0𝐼√2 𝜋𝑎 5. Em um ponto fora do centro da espira, porém situado no plano da mesma, o campo magnético ainda é perpendicular ao plano da espira? Justifique. R: Sim, o campo magnético continua sendo perpendicular ao plano da espira. Desse modo, a componente do campo magnético perpendicular passando para a área é constante e sua área é plana. Com isso, pode-se utilizar o cálculo para encontrar seu fluxo. 6. Em um ponto fora da espira, porém situado sobre o eixo da mesma, o campo magnético ainda é perpendicular ao plano da espira? Justifique. R: Sim, o campo magnético continua sendo perpendicular ao plano da espira quando ligados nas extremidades ou pontas de um fio condutor. Desse modo, a espira é sempre representada por uma figura plana, como um retângulo, triângulo, elipse ou círculo. No caso da espira circular, o campo magnético associado a ela apresenta as seguintes características no seu centro: Direção: perpendicular ao plano da espira; Sentido: é obtido pela Lei de Ampere ou regra da mão direita; Intensidade: calculada pela expressão: B = 12.u.r. Ademais, se considerarmos várias voltas iguais em torno da mesma circunferência, teremos uma superposição de espiras e o valor da intensidade do campo magnético no centro da bobina será dado por: B = 12.N.u.r. Em síntese, isso ocorre quando o comprimento da bobina é pequeno em relação ao seu raio. Portanto, se um ponto estiver fora do centro da espira e situado no plano da mesma, o campo magnético continuara sendo perpendicular ao plano da espira. 7. Há regiões próximas a espira onde o campo magnético não seja perpendicular ao plano da mesma? Explique qualitativamente quais são estas regiões. R: Somente existem regiões próximas a espira onde o campo magnético seja perpendicular ao plano da mesma. Ou seja, um campo magnético uniforme B passa perpendicularmente através de espiras de fio formando uma espira. O fluxo líquido do campo magnético B, denotado ΦB. Desse modo, sabemos que apenas a parte perpendicular do campo contribuirá para ΦB. Ademais, de uma extensão direta temos que, neste caso, o fluxo líquido magnético através do circuito é dado por: ΦB = NB ⊥ A. Portanto, essa definição assume que a componente do campo magnético perpendicular passando para a área é constante em toda a área, ou seja, que a área será plana. 8. Mostre, utilizando a Lei de Biot-Savart, que a intensidade do campo magnético no centro de uma espira quadrada é diretamente proporcional à corrente que a atravessa. R: Utilizando a Lei de Biot-Savart, para os ângulos de 45º em 1 e 2 e y = a, temos: 𝐵𝑝 = 𝜇0𝐼 4𝜋𝑎 . 2𝑥𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝐵𝑝 = 𝜇0𝐼√2 4𝜋𝑎 Portanto, para uma dada espira, o campo no seu centro será 4 vezes esse valor, como cada espira é quadrada, y = a. Assim, fazendo Ba = 4Bp e substituindo y = a, o campo resultante Ba será dado por: 𝐵𝑎 = 𝜇0𝐼√2 𝜋𝑎 Para oito voltas de fios: 𝐵𝑎 = 8𝜇0𝐼√2 𝜋𝑎 9. Como varia a intensidade do campo magnético gerado pela espira quadrada com as dimensões da mesma? E com o número de espiras? R: A intensidade do campo magnético varia de acordo com o campo artificial que é criado pela bobina quadrada. Desse modo, o campo no centro da bobina é perpendicular ao plano da mesma. Portanto, as dimensões da bobina quadrática e o valor da corrente que passa pela mesma é calculada por Ba (campo magnético artificial no centro da bobina) e Bh (componente horizontal do campo magnético da terra). 10. Que relação existe entre a corrente que passa pela espira quadrada e o ângulo de deflexão da agulha da bússola? Esse arranjo espira-bússola poderia ser usado como um amperímetro? Explique. R: A relação existente entre a corrente que passa pela espira quadrada e o ângulo de deflexão da agulha da bússola é que quanto maior a corrente passada pela espira, maior será o ângulo de deflexão da agulha. Desse modo, para uma bússola colocada no centro da espira, pode-se observar que a tangente de teta, resultante da deflexão da agulha da bússola é proporcional ao valor da corrente que circula na espira. Portanto, isto ocorre por causa do campo magnético artificial, que é proporcional a corrente. Por fim, pode-se utilizar o sistema como um amperímetro, colocando em série um resistor com a espira quadrada e medindo a tensão nos terminais do resistor. Com isso, podemos indiretamente determinar o valor da resistência utilizando a razão R = V / I. 6. REFERÊNCIAS NASCIMENTO, Pedro Luiz do. Apostila auxiliar do Laboratório de Eletricidade e Magnetismo da Universidade Federal de Campina Grande, 2014.
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