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Evolução do Sistema de Saúde no Brasil - de 1500 até a atualidade

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Aluna: Larissa Galdino dos Santos 
DRE: 119062808 
 
Introdução 
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, 
abrangendo desde o simples atendimento, com atenção primária, até o transplante de órgãos, garantindo acesso 
integral, universal e gratuito para toda a população do país. Até chegar esse cenário que temos atualmente no Brasil 
mudanças aconteceram conforme os períodos da história, com a questão da melhora de saúde interligada à política. 
Nesse sentido, convém analisar a história do Brasil, a fim de correlacionar sistema de governo, economia, sistema de 
saúde, condição de saúde e controle social. 
 
1500 – 1889 
Período: Do descobrimento do Brasil até a Proclamação da República. Sistema de Governo: Brasil Colônia. 
Economia: Colonialismo. Inicialmente, acontecia o escambo (troca de mercadorias) entre portugueses e indígenas. 
Depois, a economia passou a ser baseada no trabalho escravo em lavouras de cana de açúcar e na mineração. A 
condição de acesso à saúde era precária. Com a chegada dos colonizadores ao litoral brasileiro, muitas doenças foram 
trazidas pelos portugueses, navios negreiros e estrangeiros. Com isso, indígenas que viviam em plena harmonia com 
a natureza começaram a falecer. As doenças aliadas à falta de higiene, alimentação escassa e moradia inadequada, 
por exemplo, refletiam na precariedade no cuidado à saúde e o resultado era a morte de várias pessoas. Vale comentar 
também que endemias e epidemias surgiram em decorrência da negligência à saúde e foco nas riquezas, por parte 
dos que tinham mais poder. Em 1808, a chegada da Família Real ao Brasil foi benéfica, pois trouxe o mínimo 
saneamento básico. Para o auxílio à saúde dos pobres e escravos, foram construídas as Santas Casas de Misericórdia 
e também haviam os curandeiros. Após 1822 houve crescimento da economia cafeeira, fazendo com que mais mão 
de obra escrava fosse trazida de outros países e, ao mesmo tempo, a burguesia ficava cada vez mais rica. Nesse 
cenário, o Sistema de Saúde era inexistente. Não havia uma política de saúde, mas eram tomadas algumas medidas 
com o intuito de minimizar os problemas de saúde que impactavam na economia. Controle Social: Nosso país era visto 
como um país doente e isso impedia outros imigrantes de vir para cá para investir, por exemplo. 
 
1889 - 1930 
Período: República Velha. Os marcos que estipulam o início e o fim desse período são a Proclamação da 
República e a Revolução de 1930. Sistema de Governo: As principais características da República Velha foram o 
mandonismo, o clientelismo e o coronelismo. A política dos governadores e a política do café com leite foram práticas 
importantes do arranjo político das oligarquias. Economia: baseada na produção de café, mas com existência do 
trabalho assalariado. Além disso, as indústrias começaram a crescer, por isso houve incentivo à imigração europeia. 
Sistema de Saúde: praticamente igual ao período citado anteriormente. Os que estavam no poder investiam no 
crescimento econômico e deixavam a população sem assistência. Para trazer mão de obra estrangeira, Oswaldo cruz 
investiu em políticas sanitárias. Em 1904 houve a implementação da vacina contra varíola, que culminou na Revolta 
da Vacina. Em 1920 Carlos Chagas criou alguns programas com propagandas de prevenção de doenças. Em 1923 a Lei 
Eloy Chaves instituiu os CAPS (Caixas de Aposentadoria e Pensões). Condição de Saúde: Os indivíduos que tinham 
condições pagavam médicos particulares, os pobres ficavam à mercê das entidades filantrópicas quando não tinham 
acesso aos CAPS. Nesse cenário, destaca-se dois modelos vigentes: sanitarismo campanhista e curativo-privatista. 
 
1930 - 1945 
Período: Era Vargas. Sistema de Governo: centrado no processo de modernização capitalista do país. O êxodo 
rural levou a precária urbanização e proliferação de favelas sem saneamento básico. Com isso, a população estava 
suscetível a muitas doenças. Economia: As verbas eram mais destinadas para as indústrias. Sistema de saúde: À 
medida que as empresas cresciam exponencialmente os trabalhadores tinham a saúde negligenciada. Nesse sentido, 
acidentes de trabalho, verminoses, estresse, desnutrição, endemias e epidemias, por exemplo, eram consequências 
da falta de atenção de Getúlio Vargas as políticas públicas de saúde. Em 1933 os CAPS foram substituídos por IAPS. 
Existia, assim, uma dualidade no modelo assistencial com a criação do Ministério da Educação e Saúde, para coordenar 
ações de saúde pública. A partir daí a situação da população assegurada pela previdência começa a melhorar, mas o 
acesso para o restante das pessoas pobres estava limitado a serviços públicos escassos e de caridade. Desse modo, a 
saúde pública ainda não era a ideal. 
 1945 - 1963 
Período: Redemocratização. Do final da segunda guerra mundial até o período do autoritarismo brasileiro. 
Sistema de Governo: Também chamado de Quarta República Brasileira, esse foi o período da história do Brasil que se 
iniciou em 1945, com o fim da Era Vargas, e que foi finalizado em 1964, com o Golpe Civil-Militar que deu início ao 
período da Ditadura Militar. Economia: criação do Plano SALTE reduz doenças, mas teve maior parte de sus recursos 
para o transporte. Condição de Saúde: Tuberculose, malária e outras doenças transmitidas por insetos foram 
reduzidas. Vargas consegue se reeleger na base do populismo. Sistema de Saúde: Em 1953 - Ministério da Saúde é 
criado, sendo independente da área de educação. A assistência medica se expandiu em todos os IAPS, mas se baseava 
no clientelismo. Em 1954 Vargas se suicida. De 1956-1960 o governo de JK deu ênfase ao desenvolvimento com visão 
nas políticas sociais, como paliativas. Tornou-se hegemônico o modelo médico-assistencial privatista. 1961- Ideias de 
defesa por reformas de base e políticas sociais. Diante do exposto, observa-se que os governantes começam a dar 
mais atenção as demandas da população, mas ainda falta algo mais abrangente. 
1964-1984 
Período: Autoritarismo; Ditadura. Sistema de Governo: primeira fase - institucionalização da ditadura; 
processo de restauração da sociedade; segunda fase – milagre brasileiro; terceira fase – crise econômica e abertura 
política; Sistema de saúde: se implantou um sistema caracterizado pelo predomínio financeiro das instituições 
previdenciárias e por burocracia priorizava a mercantilização da saúde. 1966- Criação do INPS, assistência medica para 
somente para que tem um emprego formal e previdência social, assegurando trabalhadores e familiares. 1971 – Se 
ampliou essa assistência para os trabalhadores rurais, empregadas domésticas e autônomos. Ocorreu a abrangência 
da criação de órgãos para melhorar a saúde. Na década de 70 se instaurou uma crise nos sistemas de saúde. Surgiram 
novas concepções e conceitos de saúde. Ministério da Saúde devido a poucos recursos se tornou ineficiente no 
combate as demandas dos brasileiros. Sistema previdenciário é desvinculado ao ministério do trabalho, mas nada 
mudou para a saúde. O que beneficiou a população foi a criação do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social e o 
Plano de Pronta Ação, que disponibilizava nos hospitais tratamento de urgência e emergência para assegurados ou 
não. Mas ainda temos um cenário que faz com que haja crescimento dos movimentos sociais em busca de melhor 
qualidade de vida. 1975 – V Conferência Nacional de Saúde. 1976 - Ampliação da saúde para trabalhadores rurais e 
pessoas em cidades pequenas. Posteriormente, em 78 a declaração de Alma Ata listou 8 elementos essenciais para 
saúde para todos. Na década de 80 o projeto de reforma sanitária com o SUS acabou com o duplo comando do 
Ministério da Saúde e do INAMPS. Em 84 – a sociedade se organizou para o movimento Diretas Já, que culminou no 
movimento de reforma sanitária. 
1985-1988 
Período: Nova República. Discussão e mobilização para a construção da Constituiçãode 1988. José Sarney 
Convoca a Assembleia Constituinte. 1986 – VII Conferência Nacional de Saúde trouxe debates para propostas de 
reorganização da assistência médica e da saúde pública. Em 87, criou-se o SUDS, melhorando a gestão da saúde. 1988 
- Criação do SUS. 
 
 
1989 – Pós-constituinte 
Período: atualmente, pós Constituição de 88. Vivemos em uma democracia, com SUS atuando de maneira 
fundamental, especialmente agora com a pandemia da Covid-19. A condição de saúde difícil para os pobres, pois 
medicação, alimentos, itens de higiene (inclusive de higiene bucal), dentre outros, estão caros. A pandemia não foi um 
choque temporário e trará importantes implicações econômicas e sociais no mundo e no Brasil. 
 
 
Conclusão 
Portanto, afirma-se que o SUS é fundamental para a população, por isso não deixar faltar verbas para a saúde 
é de suma importância para a qualidade de vida dos brasileiros, para que aspectos existentes antes do século XX, antes 
da Constituição Cidadã de 1988, não voltem novamente. Usamos o SUS a todo instante. Quando ingerimos um 
remédio e ao tomar um banho, por exemplo. Além do mais, o SUS e sua Agência Nacional de Vigilância Sanitária – 
Anvisa são responsáveis pela normatização e pela fiscalização de todos os estabelecimentos alimentícios, de saúde, 
de medicamentos e de cosméticos, entre outros. É SUS também quando recebemos em nossa casa a equipe de 
zoonose e combate a endemias, quando tomamos vacinas (como a contra a covid-19), quando quem tem utiliza um 
plano de saúde, porque ele é regulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e quando alguém sofre 
algum acidente e precisa do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Além disso, é o SUS que garante 
procedimentos de alta complexidade que a maioria dos planos de saúde não cobre. É de conhecimento geral que há 
algumas falhas nesse sistema de saúde, como falta de leitos, medicação e grande espera na fila do SISREG. Mas mesmo 
assim se reconhece sua importância.

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