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Linfócitos T e B

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LINFÓCITO T: 
MATURAÇÃO DOS LINFÓCITOS T: Eles 
são produzidos na medula óssea e migram 
para o timo para sofrer maturação, que ocorre 
em duas etapas. 
• Produção: ocorre na medula óssea 
quando a progenitora linfóide produz 
moléculas CDs (clusters de 
diferenciação) que definem se a célula 
vai ser um LB ou um LT, caso ela 
produza CD3+, vira um LT, mas caso 
produza CD19, vira um LB. 
• Maturação: ocorre no timo e é dividida 
em duas etapas: 
o Seleção positiva: ocorre na região 
cortical do timo e tem como objetivo 
definir a função do linfócito T (se é 
TCD8+ ou TCD4+). O linfócito 
imaturo tem um TCR que interage 
com a célula dendrítica por meio da 
MHC I ou MHC II. Se interagir pela 
MHC I, ele perde a molécula CD4+ 
e mantém a CD8+, se diferenciando 
em um linfócito TCD8+ (T 
citotóxico). Se interagir pela MHC 
II, ele perde a molécula CD8+ e 
mantém a CD4+, se diferenciando 
em um linfócito TCD4+ (T auxiliar). 
OBS: Se o TCR mostrado não for 
capaz de interagir com nenhuma 
MHC o linfócito será eliminado por 
apoptose. 
o Seleção negativa: ocorre na região 
medular do timo e tem como 
objetivo eliminar os linfócitos T 
auto-reativos. As células do timo e 
as DCs apresentam antígenos do 
próprio organismo para os 
linfócitos, se eles reconhecerem o 
auto antígeno com baixa afinidade, 
vão para periferia, mas se 
reconhecerem com alta afinidade, 
sofrem apoptose. 
OBS: Se houver falha na seleção 
negativa e os LT auto renováveis 
forem liberados para a periferia, 
autoimunidades podem ser 
induzidas. 
 
RESPOSTA IMUNE CELULAR: Inicia com a 
ativação dos linfócitos T por meio da 
apresentação de antígenos. Essa ativação 
depende da ativação de dois intracelulares, 
gerados pela interação da APC com o LT. O 
primeiro sinal é o sinal estimulador, gerado 
pela interação da TCR do LT e a MHC da 
APC, e o segundo sinal é o sinal co-
estimulador, gerado pela interação da CD28 
do LT e a B7 da APC. 
Além da ativação ocorre uma expansão 
clonal, que é quando o linfócito cria vários 
clones dele mesmo pois sozinho não 
conseguiria resolver o problema. 
 
FUNÇÕES EFETORAS DOS LINFÓCITOS 
T: 
• FUNÇÃO DOS LT CD8+ (citotóxico): 
Atuam em colaboração com a NK para 
eliminar células tumorais e infectada 
pela liberação de granzimas e 
perforinas. Elas atuam da mesma forma 
porém apresentam formas de 
reconhecimento diferentes, enquanto a 
LT CD8+ reconhece o antígeno viral 
apresentado pela MHCI, a NK 
reconhece a ausência da MHCI. As 
duas também podem reconhecer as 
moléculas de FAS produzidas por 
células esgotadas a partir de seus 
ligantes de FAS L. 
As TCD8+ podem ser reguladas pela 
interação de sua molécula PD1 com a 
PDL1 de um LT regulador, já que essa 
interação “desliga” a LT CD8+. 
• FUNÇÃO DOS LT CD4+ (auxiliar ou t 
helper- TH): Atuam coordenando, 
auxiliando e regulando outras células do 
sistema imunológico por meio da 
liberação de citocinas. Cada citocina 
tem uma função diferente, e é secretada 
por algum tipo de LT CD4+ (LH1, 2…). 
o LH1: Eles possuem um papel 
estimulador, secretam altas 
concentrações de interferon gama 
(IFN Y) que estimulam a fagocitose 
pelos macrófagos e as funções 
citotóxicas da NK e LTCD8. Ele 
coordena as respostas 
antibacterianas, antivirais e anti-
tumorais. É antagonista natural da 
LH2. 
o LH2: Eles coordenam a resposta 
anti-parasitária e as reações 
alérgicas, que é uma reação 
inapropriada. Secretam IL-4, que são 
importantes para a produção de IgE 
pelos LB, e para o recrutamento de 
eosinófilos. Auxiliam as respostas 
humorais e por inibirem o LH1 são 
considerados anti-inflamatórios. 
o LH17: Quando a LH1 não está dando 
conta, o LH17 atua. Eles possuem 
um papel estimulador potente e 
secretam interleucina -17 (IL-17) que 
é tóxico para o tecido. é responsável 
por lesões autoimunes (ja´que o 
antígeno próprio é persistente no 
organismo) e processos de rejeição 
de transplante (porque o órgão fica 
como um antígeno persistente). 
o Treg: Os linfócitos treg têm um papel 
um papel supressor potente. São 
recrutados para finalizar as respostas 
imunes pois são capazes de inibir 
qualquer célula imunológica. 
Secretam interleucina -10 (IL-10) e 
fator transformador de crescimento 
beta (TGF-B), que tem um importante 
papel na recuperação tecidual pois 
ativa fibroblastos. 
 
REAÇÃO DOS LINFÓCITOS TH (TCD4+): 
• ANERGIA CELULAR: Estado de não 
responsividade 
72 horas após a ativação do linfócito, a 
célula está esgotada então para de 
produzir a molécula CD28 (que se liga 
com a B7 para produzir o sinal co-
estimulador), e passa a produzir a 
CTLA-4, que ao interagir com a B7, 
passa um sinal negativo que faz com 
que o linfócito entre em anergia. 
• PELO LINFÓCITO TREG: O 
mecanismo de supressão pode ocorrer 
de três maneiras. 
o Contato célula-a-célula (FAS e FAS 
L) -> apoptose 
o Liberação de granzima/perforina -> 
apoptose 
o Apoptose de LT por inanição: a 
interleucina 2 mantém o linfócito 
vivo, então, a Treg causa uma alta 
expressão do receptor de IN-2, o IL-
R2, que capta toda a interleucina do 
microambiente, deixando a LH sem, 
e por isso, entra em apoptose. 
 
LINFÓCITO B: 
RESPOSTA IMUNE HUMORAL: Mediada por 
linfócitos B e anticorpos. 
ANTICORPOS: Eles são constituídos por 
duas cadeias pesadas (“H”) e duas cadeias 
leves (“L”). As cadeias são formadas por 
domínios variáveis (“V”) e domínios 
constantes (“C”). Eles possuem uma região 
ligante ao antígeno (FAB), que possui a ponta 
variável porque precisa ser específica para 
cada antígeno, uma dobradiça, que abre e 
fecha o anticorpo para que ele se ligue a dois 
antígenos simultaneamente, e uma região 
efetora, que é constante e é reconhecida 
pelas células imunes. 
 Existem cinco classes (isotipos) de 
anticorpos que diferem entre si pelas funções 
efetoras desempenhadas, pela estrutura e 
pela concentração do soro. 
 Eles podem ser reconhecidos pelas 
células efetoras da imunidade inata por meio 
de receptores específicos para a classe. Os 
mais importantes são os FcyR e o FceR. 
 
MATURAÇÃO: Progenitora linfóide -> Pró B -
> Pré B -> B imaturo -> LB maturo (ainda não 
foi ativado). 
 
ATIVAÇÃO: O linfócito B maturo interage com 
o antígeno com seu BCR específico e é 
diferenciado em plasmócito para aumentar o 
seu retículo endoplasmático, já que é o local 
onde as proteínas são produzidas e ele quer 
produzir anticorpos. Eles pode seguir dois 
caminhos: 
• Ao interagir com o antígeno virar um 
plasmócito produtor de IgM e passar a 
produzir IgM. 
• Engocitar o complexo do antígeno, 
processá-lo e apresentá-lo para a TH2 
via MHC II. O TH2 possui o receptor de 
TCR e ao ser apresentado ao antígeno 
ele decide o que o linfócito deve fazer: 
o Virar um plasmócito produtor de 
IgG e produzir IgG 
o Virar um plasmócito produtor de 
IgE e produzir IgE 
o Virar um plasmócito produtor de 
IgA e produzir IgA. 
 
 
 
RESPOSTA IMUNE PRIMÁRIA X 
SECUNDÁRIA DE ANTICORPO: 
• RESPOSTA PRIMÁRIA: Ativação de 
linfócitos B virgens, produção de 
anticorpos a partir do terceiro dia, 
produção de IgG de baixa afinidade e 
avidez (força com qual se liga) e 
geração de linfócitos B de memória. 
 
• RESPOSTA SECUNDÁRIA: Ativação 
de linfócitos B de memória, produção de 
anticorpos no primeiro dia, maturação 
da afinidade de linfócitos B (produção 
de IgG de alta afinidade e avidez) e 
produção de IgG em altos títulos. 
 
FUNÇÕES EFETORAS DE ANTICORPOS: 
• Neutralizar patógenos ou toxinas (IgG e 
IgA). 
• Opsonização (IgG). 
• Citotoxicidade celular dependente de 
anticorpo. 
• Ativação de sistema complemento (IgG 
e IgM). 
• Degranulação de mastócitos e basófilos 
(IgE).

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