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Aula 01 - Admissão de empregados

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Admissão de empregados 
Cláudia Salles Vilela Vianna*
Recrutamento e seleção de candidatos
O recrutamento e a seleção de candidatos não fazem parte, propriamente, do contrato de traba-
lho, já que objetivam apenas identificar a pessoa com as qualificações necessárias para a ocupação do 
cargo que está sendo oferecido. Contudo, é necessário que a empresa tome alguns cuidados para não 
ser vítima de futura reclamatória trabalhista, com pedido de indenização ou vínculo empregatício.
O primeiro cuidado deve se referir aos testes admissionais que, se existentes, não podem servir 
como forma de trabalho em benefício do contratante, limitando-se apenas a testar, efetivamente, o 
conhecimento do candidato. Um escritório de advocacia que pretende contratar um advogado, por 
exemplo, pode perfeitamente aplicar um teste ao candidato para que este elabore uma determina-
da petição ou recurso, mas essa peça processual não deve ser aproveitada pelo escritório para algum 
cliente já existente, como parte produtiva. Assim, os testes não devem se referir às atividades regulares 
da empresa, com proveito daquilo que eventualmente foi produzido pelo candidato, sob pena de se 
configurar a prestação de serviços e, dependendo da duração do teste, até mesmo a existência do vín-
culo empregatício, conforme artigo 2.º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Não existe tempo 
mínimo para que um teste possa ser considerado vínculo empregatício. O sucesso da ação dependerá 
das provas produzidas e do entendimento de cada juiz.
Outro aspecto importante a ser observado refere-se à discriminação de candidatos, seja por ques-
tões de restrição cadastral, motivos religiosos, estado civil, sexo, estado de gravidez, idade ou qualquer 
outra forma obstativa (impeditiva) de contratação, procedimento que colide com diversos princípios 
constitucionais, como a intimidade do indivíduo, o livre acesso ao trabalho e a discriminação propria-
mente dita, conforme Carta Constitucional de 1988, artigo 5.º, XIII, e artigo 7.º, XXX. O empregador 
* Mestre pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Consultora Jurídica Empresarial nas áreas de Direito do Trabalho e Direito 
Previdenciário. Professora universitária de Direito Previdenciário e Direito do Trabalho. Professora da EMATRA/PR, ESMAFE/PR e Escola Superior 
de Advocacia da OAB/PR. Advogada.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
8 | Admissão de empregados
possui o poder de escolha que, contudo, deve se restringir especificamente à função desenvolvida pelo 
candidato. Assim, não constitui critério discriminatório a contratação de pessoas do sexo feminino para 
trabalhar cuidando de senhoras idosas ou mesmo a exigência de exame toxicológico para alguém 
que se candidate à vaga de motorista de ônibus interestadual, sendo essas situações peculiares ao 
desenvolvimento da atividade na empresa, requerendo o cargo oferecido aptidões adequadas ao seu 
exercício.
O que não é admissível no momento da contratação, portanto, é a forma discriminatória de esco-
lha, sem a expressão lógica dos motivos que limitam o acesso ao trabalho, considerando tão somente 
o entendimento subjetivo do empregador e não permitindo o tratamento igualitário das pessoas. O 
poder diretivo do empregador possibilita, sim, a liberdade de contratação, de forma que permita à em-
presa buscar tanto trabalhadores com capacidade profissional adequada à atividade como com carac-
terísticas pessoais que auxiliem sua adaptação ao quadro funcional já existente; entretanto, esse poder 
diretivo fica limitado a atos discriminatórios, o que de forma alguma pode vir a ser permitido.
Documentação necessária
Encerrada a fase inicial de recrutamento e seleção de candidatos, a empresa deverá solicitar do 
futuro empregado, antes do início das atividades profissionais, a Carteira de Trabalho e Previdência So-
cial (CTPS), para que nela sejam anotadas as condições do trabalho pactuadas entre as partes.
O início da prestação dos serviços sem a apresentação prévia da CTPS somente é permitido se, 
na localidade de contratação, não houver serviço regular de emissão de carteiras. Hipótese em que a 
empresa deverá fornecer ao trabalhador um documento contendo a data de contratação, a natureza do 
emprego, o salário ajustado e a forma de pagamento. O trabalhador, por sua vez, deverá obter a CTPS 
no prazo máximo de 30 dias, apresentando-a ao empregador, sob pena de suspensão do exercício do 
emprego ou da atividade (CLT, art. 13, §§ 3.º e 4.º).
Além da CTPS, a empresa poderá também exigir documentos de identificação pessoal, como Re-
gistro de Identidade, CPF, carteira de habilitação, registro em conselhos de classe (CREA, OAB, CRO etc.), 
fotografia e outros necessários ao preenchimento da ficha de registro. É importante que o trabalhador 
apresente a Certidão de Nascimento de filhos menores de 14 anos, para fins de obtenção do benefício 
previdenciário de salário-família, bem como a relação de dependentes para fins de Imposto de Renda. 
A empresa poderá reter esses documentos pelo prazo máximo de cinco dias, a fim de que possa ex-
trair deles os dados necessários, devolvendo-os ao empregado, ainda que se trate de fotocópia. A Lei 
5.553/68 determina, inclusive, constituir contravenção penal, punível com pena de prisão simples de 
um a três meses ou multa, a retenção por prazo superior ou indevida dos documentos pessoais. Por tal 
razão, é aconselhável manter na pasta funcional do trabalhador um recibo de entrega e devolução de 
documentos, para apresentação em caso de fiscalização ou reclamatória judicial.
Nada impede, entretanto, que o empregador providencie, as suas custas, fotocópias dos docu-
mentos apresentados pelo trabalhador, para seu arquivo e guarda. 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
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9|Admissão de empregados
Exame médico admissional
Os empregadores deverão encaminhar o candidato selecionado a um médico do trabalho antes 
do início da prestação dos serviços, para que este seja submetido a um exame médico admissional, 
nos termos da Norma Regulamentadora 07, que dispõe sobre o Programa de Controle Médico e Saúde 
Ocupacional (PCMSO). Esse exame deverá ser providenciado e custeado por todas as empresas, inde-
pendentemente do número de empregados existentes ou do ramo de atividade do empreendimento.
Concluindo o médico do trabalho pela inaptidão do candidato para a função proposta, o em-
pregador não poderá dar seguimento à contratação, exceto se houver recolocação em cargo diverso, 
para o qual deverá ser efetuado novo exame admissional. Caso o empregador insista em admitir um 
empregado considerado inapto pela medicina do trabalho e este, futuramente, venha a desenvolver ou 
agravar problemas de saúde decorrentes do exercício dessa atividade profissional, poderá o emprega-
do mover ação de indenização contra a empresa. Também a Previdência Social poderá acionar judicial-
mente a empresa para que lhe devolva o montante gasto com benefícios de incapacidade recebidos 
por esse empregado, em face do não cumprimento das normas relacionadas à saúde do trabalhador 
(NR-7 – PCMSO), conforme disposições constantes do artigo 120 da Lei 8.213/91.
Encontrando-se o candidato apto para desenvolver a função que lhe está sendo proposta, poderá 
ser normalmente procedido seu registro pelo empregador.
Registro de empregados (CTPS e Livro de Registro)
De posse da documentação necessária, do exame admissional indicando a aptidão do candidato 
e de sua CTPS, deverá a empresa, obrigatoriamente, efetuar o registro das informações em livro ou ficha 
apropriados, sendo expressamente proibido manter empregados sem registro, ainda que por um único 
dia (CLT, art. 41, caput).
O Livro de Registros deverá conter folhas numeradas sequencialmente, nas quais a empresa ano-
tará a qualificação civil ou profissional do trabalhador, os dados relativos a sua admissão no emprego, 
duração e efetividadedo trabalho, períodos aquisitivos e concessivos de férias, acidentes e demais cir-
cunstâncias que interessem à proteção do trabalhador, disciplinando sobre o tema o artigo 41 da CLT e 
a Portaria 41/2007, do Ministério de Estado do Trabalho e Emprego.
É permitida a adoção de registro informatizado, desde que este garanta a segurança, a inviolabi-
lidade, a manutenção e a conservação das informações, observando-se ainda que:
mantenha registro individual em relação a cada empregado;::::
mantenha registro original, individualizado por empregado, acrescentando-lhe as retificações ::::
ou averbações, quando for o caso;
assegure, a qualquer tempo, o acesso da fiscalização trabalhista às informações, por meio de ::::
tela, impressão de relatório e meio magnético.
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10 | Admissão de empregados
O sistema informatizado deve conter, ainda, rotinas autoexplicativas para facilitar o acesso e o co-
nhecimento dos dados registrados, além de possibilitar à fiscalização o acesso imediato às informações 
e aos dados dos últimos 12 meses, conforme disposições da Portaria MTE 41/2007. 
A anotação das informações na CTPS é também obrigatória, devendo a empresa observar o prazo 
de 48 horas para devolução do documento (CLT, art. 29). Nesse documento devem constar os dados 
relativos ao contrato de trabalho, como a data de admissão, o tipo de remuneração, a forma de paga-
mento, a função e a condição específica, se houver.
Caso seja o contrato pactuado por prazo determinado, é recomendável uma menção a respeito 
na parte da CTPS chamada “Anotações Gerais”.
A parte da CTPS destinada à identificação da conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo 
de serviço (FGTS) não necessita ser preenchida pelo empregador, uma vez que a Constituição Federal 
(CF) de 1988 determinou a obrigatoriedade do FGTS para todos os empregados e por se encontrarem 
as contas centralizadas na Caixa Econômica Federal. Os modelos de CTPS, aprovados pela Portaria do 
Ministro de Estado do Trabalho e Emprego 44/97, inclusive, não contêm espaço próprio para essa ano-
tação, permanecendo as páginas próprias apenas nas carteiras mais antigas.
Já a anotação referente à contribuição sindical permanece como procedimento obrigatório do 
empregador, conforme artigo 601 da CLT. Como as novas Carteiras de Trabalho não contêm espaço pró-
prio destinado a tal finalidade, recomenda-se que o empregador o faça na parte de “Anotações Gerais” 
até que a legislação determine procedimento diverso.
As anotações referentes à atualização de dados na CTPS (por exemplo, salário, férias, função e 
contribuição sindical) deverão ser feitas seguidamente, sem abreviaturas, ressalvando-se no fim de cada 
assentamento as emendas, entrelinhas e quaisquer circunstâncias que possam ocasionar dúvidas nas 
seguintes ocasiões (CLT, arts. 29, §1.º, e 33):
na data-base;::::
a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador;::::
no caso de rescisão contratual ou necessidade de comprovação perante a Previdência Social.::::
Cumpre ressaltar, por fim, que anotações incorretas ou falsas e também a ausência de anotação 
das condições contratuais na CTPS são práticas que configuram crime de falsificação de documento 
público, tipificado no artigo 297 do Código Penal (CP), com pena de reclusão variável entre dois e seis 
anos, além de multa.
Vale-transporte
O vale-transporte constitui um benefício que o empregador, pessoa física ou jurídica, antecipará 
ao empregado para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência–trabalho e vice-versa, 
por meio do sistema de transporte coletivo público, urbano, intermunicipal ou interestadual com carac-
terísticas semelhantes aos urbanos. Entendendo-se como deslocamento a soma dos segmentos com-
ponentes da viagem do beneficiário, por um ou mais meios de transporte, entre sua residência e o local 
de trabalho.
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11|Admissão de empregados
Se fornecido e utilizado corretamente, o valor correspondente não terá natureza salarial, não in-
corpora a remuneração do trabalhador, não constitui base de incidência da contribuição previdenciária 
ou fundiária (FGTS) e não representa rendimento tributável para fins de Imposto de Renda.
São beneficiários do vale-transporte os trabalhadores em geral e os servidores públicos federais, 
tais como:
os empregados celetistas;::::
os empregados domésticos;::::
os trabalhadores de empresas de trabalho temporário;::::
os empregados em domicílio;::::
os empregados do subempreiteiro, em relação a este e ao empreiteiro principal;::::
os atletas profissionais (Lei 6.354/76);::::
os servidores da União, do Distrito Federal, dos territórios e suas autarquias, qualquer que seja ::::
o regime jurídico, a forma de remuneração e da prestação de serviços.
Para receber o benefício, o trabalhador deverá informar ao empregador, por escrito e em docu-
mento próprio (Termo de Opção pelo Vale-Transporte), seu endereço residencial e os meios de trans-
porte que serão utilizados para seu deslocamento. Se não desejar utilizar o benefício, deverá expressar 
essa não opção no referido documento. A declaração falsa e o uso indevido do vale-transporte consti-
tuem falta grave, ensejando dispensa por justa causa.
Estão desobrigadas do fornecimento de vale-transporte aos seus empregados as empresas que 
por meios próprios ou contratados, através de veículos adequados ao transporte coletivo, proporcio-
narem a estes o deslocamento entre sua residência e o local da prestação de serviços e vice-versa. No 
entanto, caso o empregador forneça transporte próprio ou fretado que não cubra integralmente o des-
locamento ou trajeto do trabalhador, o vale-transporte será obrigatoriamente concedido para o percur-
so não abrangido pelo transporte próprio (Decreto 95.247/87, art. 4.º).
O vale-transporte será custeado pelo beneficiário (empregado) na parcela equivalente a 6% (seis 
por cento) de seu salário básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens, indepen-
dentemente dos dias úteis (dias de trabalho) contidos no mês em questão (Lei 7.418/85, art. 4.º, pará-
grafo único e Decreto 95.247/87, art. 9.º).
Exemplo::
salário mensal do empregado = R$600,00::::
dias de trabalho no mês = 22 dias::::
número e tipo de transporte utilizado no percurso residência–local de trabalho = 2 ônibus::::
vales-transporte fornecidos = 88 (4 vales por dia)::::
valor da tarifa = R$2,00::::
total gasto pelo empregador na aquisição dos vales = R$176,00::::
valor a ser descontado do empregado = R$36,00 (6% de R$600,00)::::
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12 | Admissão de empregados
Caberá ao empregador custear o vale-transporte concedido ao beneficiário na parte que exceder 
de 6% (seis por cento) do salário básico do empregado.
Na hipótese de ser o total de vales fornecidos ao empregado de valor inferior a 6% (seis por cento) 
de seu salário básico, será descontado do mesmo apenas o valor total dos referidos vales, não sendo lí-
cito o desconto da parcela equivalente a 6% do salário, uma vez que esta possui maior valor que aquele 
efetivamente gasto pelo empregador.
Exemplo::
salário mensal do empregado = R$3.600,00::::
dias de trabalho no mês = 22 dias::::
número e tipo de transporte utilizado no percurso residência–local de trabalho = 2 ônibus::::
vales-transporte fornecidos = 88 (4 vales por dia)::::
valor da tarifa = R$2,00::::
total gasto pelo empregador na aquisição dos vales = R$176,00::::
valor a ser descontado do empregado = R$176,00 (total gasto com os vales) porque 6% do ::::
salário contratual resulta quantia superior (R$216,00). 
A base de cálculo para determinação da parcela a cargo do beneficiário será (Decreto 95.247/87, 
art. 12):
o salário básico ou vencimento mensal do empregado, excluindo-se as horas extras, adicio-::::
naisnoturnos, adicionais de insalubridade ou periculosidade, gratificações, anuênios, quin-
quênios, demais adicionais ou vantagens por este recebidas;1
o montante percebido no período, para os trabalhadores remunerados por tarefa ou serviço ::::
feito ou quando se tratar de remuneração constituída de comissões, percentagens, gratifica-
ções, gorjetas ou equivalentes.
Tratando-se de empregados horistas, a base de cálculo utilizada deverá ser o total de horas efeti-
vamente trabalhadas durante o mês, ou seja, duzentas e vinte horas ou duzentas e vinte e sete horas e 
vinte minutos, conforme o número de dias no mês (30 ou 31 dias, respectivamente).
1 Horas extras: horas trabalhadas além da jornada normal diária e remuneradas com acréscimo mínimo de 50%, em relação ao valor da hora 
normal.
Adicional noturno: adicional de 20% incidente sobre a hora normal, pago quando o trabalhador efetua as atividades no período das 22h00 às 
05h00.
Adicional de insalubridade: percentual variável conforme o grau de risco verificado no ambiente de trabalho (10%, 20% ou 40%), incidente 
sobre o salário mínimo ou o piso salarial da categoria, devido quando o local de trabalho é nocivo à saúde.
Adicional de periculosidade: percentual de 30%, incidente sobre o salário contratual, devido quando o local de trabalho coloca em risco a vida 
do trabalhador.
Gratificação: valor geralmente pago para gratificar um determinado cargo, o cumprimento de metas de produção ou o tempo de serviço.
Anuênio: geralmente consta em documentos coletivos (acordos coletivos ou convenções coletivas) e corresponde a um valor ou percentual 
incidente sobre o salário, para cada ano completo de serviço.
Quinquênio: geralmente consta em documentos coletivos (acordos coletivos ou convenções coletivas) e corresponde a um valor ou percentu-
al incidente sobre o salário, para cada cinco anos completos de serviço.
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13|Admissão de empregados
Cumpre ao empregador observar que o repouso semanal remunerado é parte integrante do sa-
lário do empregado horista, e, portanto, se remunerado separadamente do salário mensal, deverá ser 
somado ao mesmo, compondo, dessa forma, a base de cálculo para o desconto acima referido.
Em face do exposto, a base de cálculo para a apuração dos 6% (seis por cento) a serem custeados 
pelo empregado somente será inferior ao salário básico mensal deste em duas hipóteses:
quando o valor dos vales-transporte (total fornecido) for inferior a 6% do salário básico, sendo ::::
descontado do beneficiário, portanto, o total dos vales fornecidos.
quando o empregado sofrer redução de salário motivada, por exemplo, por faltas injustifica-::::
das, oportunidade em que há de se verificar o período a que ele (o salário) se refere, despre-
zando-se, portanto, o seu valor total mensal.
Em se tratando de empregados que recebam salário fixo mais comissões, a base de cálculo uti-
lizada deverá ser a soma das duas parcelas (fixo mais comissões percebidas no mês), tendo em vista a 
natureza salarial das comissões (CLT, art. 457, §1.º).
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)
Segundo a Lei 4.923, de 23/12/1965, Portaria MTE 235, de 14/3/2003, as empresas que dispensa-
rem ou admitirem empregados estão obrigadas a comunicar o fato às Delegacias Regionais do Traba-
lho, mensalmente, em relação nominal por estabelecimento. Nessa, também constará a indicação da 
CTPS, ou, para os que ainda não a possuírem, nos termos da lei, os dados indispensáveis a sua identifi-
cação pessoal. Essa comunicação deve ser efetuada no formulário CAGED, por meio eletrônico, sendo o 
arquivo gerado enviado pela internet ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ou entregue em uma 
Delegacia Regional do Trabalho e Emprego, Subdelegacia ou Agência de Atendimento do MTE até o dia 
sete do mês subsequente àquele em que ocorreu a movimentação de empregados.
O recibo de entrega, uma cópia do arquivo e o extrato da movimentação processada deverão ser 
mantidos no estabelecimento a que se refere, pelo prazo de 36 meses, a contar da data do envio, para 
fins de comprovação perante a fiscalização trabalhista.
Relação Anual de Informações Sociais (RAIS)
Com a finalidade de suprir as necessidades de controle, estatística e informações das entidades 
governamentais em relação à área social, a RAIS deverá ser obrigatoriamente apresentada por todos 
os empregadores, empresas individuais e todas as pessoas jurídicas de Direito Privado, ainda que não 
possuam empregados, anualmente, por meio de formulários impressos, internet, fitas magnéticas de 
processamento de dados ou disquetes.
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14 | Admissão de empregados
Estão, portanto, obrigados a declarar a RAIS:
os inscritos no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) com ou sem empregados;::::
todos os empregadores, conforme definido na CLT;::::
todas as pessoas jurídicas de Direito Privado, ou seja, empresas de propriedade particular, in-::::
clusive as empresas públicas domiciliadas no país, com registro ou não nas Juntas Comerciais, 
no Ministério da Fazenda, nas Secretarias de Finanças ou de Fazenda dos governos estaduais 
e nos cartórios de registro de pessoa jurídica;
as empresas individuais, inclusive as que não possuem empregados;::::
os cartórios extrajudiciais e consórcios de empresas;:::: 2
os empregadores urbanos pessoas físicas (autônomos e profissionais liberais) que mantiveram ::::
empregados no ano-base;
os órgãos da Administração direta e indireta dos governos federal, estadual ou municipal, in-::::
clusive as fundações supervisionadas e entidades criadas por lei, com atribuições de fiscaliza-
ção do exercício das profissões liberais;
os condomínios e sociedades civis; e::::
os empregadores rurais pessoas físicas que mantiveram empregados no ano-base.::::
O estabelecimento inscrito no CNPJ que não manteve empregados ou que permaneceu inativo 
no ano-base está obrigado a entregar a RAIS (RAIS Negativa), preenchendo apenas os dados a ele per-
tinentes (dados do estabelecimento).
Trabalhadores relacionados na RAIS
Devem obrigatoriamente ser relacionados na RAIS os seguintes trabalhadores:
empregados urbanos e rurais, contratados por prazo indeterminado ou determinado;::::
trabalhadores temporários regidos pela Lei 6.019, de 3 de janeiro de 1974;::::
diretores sem vínculo empregatício para os quais o estabelecimento tenha optado pelo reco-::::
lhimento do FGTS;
servidores da Administração Pública direta ou indireta federal, estadual, do Distrito Federal ou ::::
municipal, bem como das fundações supervisionadas;
servidores públicos não efetivos, demissíveis :::: ad nutum (conforme vontade) ou admitidos por 
meio de legislação especial, não regidos pela CLT;
empregados dos cartórios extrajudiciais;::::
2 Cartórios são locais onde se guardam documentos, títulos ou papéis. Consórcio de empresas, conforme De Plácido e Silva (1987, p. 389), é 
“uma das muitas modalidades de cooperação econômica, em virtude da qual as empresas associadas regulam entre si a maneira de executar 
as suas operações, alienando, por ela, parte de sua autonomia econômica, pois que ficam, neste particular, sob a dependência da direção do 
consórcio”.
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15|Admissão de empregados
trabalhadores avulsos, aqueles que prestam serviços de natureza urbana ou rural a diversas ::::
empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão 
de obra, nos termos da Lei 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, ou do sindicato da categoria;
trabalhadores com contrato de trabalho por prazo determinado, regidos pela Lei 9.601, de 21 ::::
de janeiro de 1998;
aprendiz contratado nos termos do artigo 428 da CLT, regulamentado pelo Decreto 5.598, de ::::
1.º de dezembro de 2005;
trabalhadores com contrato detrabalho por tempo determinado, regidos pela Lei 8.745, de 9 ::::
de dezembro de 1993;
trabalhadores regidos pelo Estatuto do Trabalhador Rural (Lei 5.889, de 8 de junho de 1973);::::
trabalhadores com contrato de trabalho por prazo determinado, regidos por Lei Estadual;::::
trabalhadores com contrato de trabalho por prazo determinado, regidos por Lei Municipal;::::
servidores e trabalhadores licenciados; e::::
servidores públicos cedidos e requisitados.::::
O sindicato ou órgão gestor de mão de obra, ou a empresa contratada que no ano-base congre-
gou trabalhadores avulsos, deverá fornecer as informações referentes a esses trabalhadores, além das 
relacionadas com seus próprios empregados. Em razão disso, a empresa tomadora desses serviços não 
deve declarar esses trabalhadores em sua RAIS.
Os trabalhadores aprendizes, contratados pelas entidades sem fins lucrativos (CLT, art. 430, II) nos 
termos do artigo 431 da CLT, com exercício de atividades práticas em outra empresa, devem ser infor-
mados na RAIS declarada pela entidade contratante respectiva. Nesse caso, a empresa onde o aprendiz 
exerce as atividades práticas da aprendizagem não deve declarar esse aprendiz na sua RAIS.
Os servidores que foram cedidos (ou requisitados) devem ser declarados na RAIS tanto pelo ór-
gão cedente (ou requisitor) quanto pelo cessionário (ou requisitado), inclusive com as remunerações de 
cada vínculo, se houver.
Trabalhadores não relacionados na RAIS
Não deverão ser relacionados na RAIS os seguintes trabalhadores:
diretores sem vínculo empregatício para os quais não é recolhido FGTS;::::
autônomos;::::
eventuais;::::
estagiários regidos pela Portaria MTPS 1.002, de 29 de setembro de 1967, e pela Lei 6.494, de ::::
7 de dezembro de 1977;
ocupantes de cargos eletivos (governadores, deputados, prefeitos, vereadores etc.) a partir da ::::
posse, desde que não tenham feito opção pelos vencimentos do órgão de origem; e
empregados domésticos.::::
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16 | Admissão de empregados
Modalidades de apresentação da RAIS, 
prazo de entrega e preenchimento das informações
As modalidades de apresentação da RAIS, bem como o prazo de entrega e a forma de preenchi-
mento das informações, são anualmente publicadas por Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego, 
geralmente em dezembro de cada ano civil.
Deverá, pois, o empregador, manter-se atento à publicação do referido instrumento normativo, 
que trará, inclusive, informações sobre a retificação de dados, penalidades e locais para esclarecimento 
de dúvidas.
Manutenção do arquivo – prazo
O estabelecimento é obrigado a manter arquivado, durante cinco anos, à disposição da Fiscaliza-
ção do Trabalho, os seguintes documentos comprobatórios do cumprimento das obrigações para com 
o Ministério do Trabalho e Emprego:
relatório impresso ou a cópia dos arquivos gerados em disquete;::::
recibo de entrega da RAIS.::::
A Fiscalização do Trabalho exigirá a apresentação dos comprovantes de entrega da RAIS, de acor-
do com o Decreto 76.900, de 23 de dezembro de 1975, e a Portaria MTE 205, de 21 de dezembro de 2006 
(DOU de 28 de dezembro de 2006).
Texto complementar
Admissão de pessoal
(OLIVEIRA, 2005, p. 25-27)
Admissão de candidatos
Partindo do ponto de vista de que uma empresa tem necessidade de obter informações a 
respeito daqueles que se candidatam à obtenção dos empregos que oferece, o recrutamento do 
pessoal obedece às seguintes etapas: inicialmente, faz-se o anúncio através de jornais, internet, re-
vistas especializadas, tabuletas com denominação de cargos, deixada em lugar visível, através de 
agências de emprego ou site eletrônico.
As grandes empresas têm seu departamento de recrutamento e seleção, onde trabalham 
psicólogos, entrevistadores, aplicadores de teste psicotécnicos etc. Esses profissionais cuidarão das 
etapas seguintes.
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17|Admissão de empregados
Já a pequena e a média empresas precisam adotar outros meios, pois não têm um departa-
mento específico para esse trabalho. Geralmente, o candidato, ao ser admitido, é entrevistado pelo 
responsável de recursos humanos e pelo superior imediato da seção onde irá trabalhar. Além da 
entrevista e dos registros na carteira de trabalho, que é a primeira referência do candidato, faz-se 
necessário buscar maiores informações, como:
apresentar solicitação de emprego para que o candidato preencha. Após o preenchimen-::::
to, comparar os mencionados na solicitação com sua carteira de trabalho;
ler e observar o :::: curriculum vitae que o candidato com mão de obra qualificada geralmente 
apresenta por meio de correio, pessoalmente ou e-mail.
A seguir, apresentamos um modelo de solicitação de emprego.
Registro de empregados
A empresa regida pela CLT, ao admitir um empregado, deverá registrá-lo no livro, na ficha ou 
no sistema eletrônico. O livro ou a ficha serão autenticados pelo fiscal do trabalho, quando da fis-
calização no estabelecimento empregador, não sendo necessária a autenticação para as empresas 
que optarem pelo sistema informativo de registro de empregados, conforme Portaria 3.626/91 com 
a nova redação dada pela Portaria 739, de 29 de agosto de 1997 (DOU de 5 de setembro de 1997). O 
prazo para registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado é de 48 horas, con-
forme artigo 29 da CLT. O empregado entregará a documentação, mediante recibo; a empresa, ao 
devolvê-la, passa novo recibo que comprove a devolução.
Proposta de Emprego
Todos os pedidos devem ser feitos nesta fórmula. O candidato deverá preencher o questionário com precisão e com 
sua própria letra. Qualquer informação suplementar de natureza comercial, técnica, sobre habilitação ou instrução, não 
prevista neste impresso, deverá ser fornecida a pedido da firma.
Nome por extenso: _______________________________________________________________________________
Residência: Rua: ____________________________________________ Bairro: ____________ Fone: _____________
Estado Civil: ___________Idade: ____ anos. Nacionalidade: ______________ Lugar do Nascimento: ___________
Data:___/___/___ Nome do Pai: ______________________________________ Nacionalidade: _________________
Data de Nasc.:___/___/___ Nome da Mãe: ______________________________ Nacionalidade: _________________
Data de Nasc.: ___/___/___ Pessoas a seu cargo, nome(s): ________________________________________________
DOCUMENTOS
Profissional n.°: _________________ Série: _____ Data: ___/___/___ Identidade n.°: __________ CIC n.°: _________
Reservista n.°: _____________ Categoria: ______ R.M.: _________ Cadastro PIS-PASEP n.°: ___________________
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18 | Admissão de empregados
INSTRUÇÃO
Grau Máximo Atingido: _________ Ano de Graduação: _________ Nome da Escola: _________________________
Cidade: __________________________ Escreve ou fala idiomas estrangeiros? _______ Quais? ________________
Tem Curso Superior? ________ Qual? ___________________________ Tem diploma oficializado? ______________
É usuário de Microcomputador? _________________
OCUPAÇÕES ANTERIORES
1.ª Firma: ____________________ Rua: _________________________________________ Cidade: _____________
Ocupação: __________________________________________________________ De ___/___/___ até ___/___/___
2.ª Firma: ___________________ Rua: _________________________________________ Cidade: ______________
Ocupação: __________________________________________________________ De ___/___/___ até ___/___/___
REFERÊNCIAS E APRESENTAÇÕES
Nome da referência Endereço Profissão
Está empregado? _______ Sendo afirmativo, pretende trocar de emprego? ______ Quanto ganhava? ___________
Natureza do trabalho desejado: ___________________________________Ordenado desejado: _______________
Indique outros pormenores que julgar necessário: ______________________________________________________
 ____________________________ _______________________________________________
 Data Assinatura do Proponente
PARA USO EXCLUSIVO EM CASO DE ADMISSÃO
Exame feito por: ___________________________________________________________________ Em: ___/___/___
Parecer do Examinador: ____________________________________________________________________________
A SER COMPLETADO EM CASO DE ADMISSÃO
Admitido em ___/___/___ na qualidade de ____________________________________________________________
Secção de ________________________________________ Salário Mensal de R$ ____________________________
Outras indicações Eventuais: ________________________________________________________________________
N.° de ordem no Registro: __________________________ Assinatura do Encarregado _______________________
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19|Admissão de empregados
RECIBO DE ENTREGA DA CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL PARA ANOTAÇÕES
Nome do Empregado _____________________________________________________________________________
CTPS n.°/série _________________________________ Depto./seção _______________________________________
Recebemos a Carteira de Trabalho e Previdência Social acima, para anotações necessárias e que será devolvida den-
tro de 48 horas, de acordo com as disposições legais vigentes.
 _____________________________ , ______ de _______________________________ de 20 __________________ . 
 ________________________________________________________
 Empregador
COMPROVANTE DE DEVOLUÇÃO DA CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL
Nome do Empregado _____________________________________________________________________________
CTPS n.°/série _________________________________ Depto./seção _______________________________________
Recebi em devolução a Carteira de Trabalho e Previdência Social acima, com as respectivas anotações.
 _____________________________ , ______ de _______________________________ de 20 __________________ . 
 ________________________________________________________
 Empregado
Documentação
A seguir, menciona-se uma série de documentos que serão exigidos do candidato para que 
se proceda o seu registro:
Carteira de Trabalho e Previdência Social;::::
Cédula de Identidade;::::
Título de Eleitor;::::
Certificado de Reservista;::::
“Menor Estudante”, (declaração da escola que confirme estar frequentando algum curso);::::
Cadastro de Pessoa Física (CPF);::::
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