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2-Atualização-OAB2 Fase Penal-Escobar e Vanzolini-9-10ed
ESTÁCIO
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Como se preparar para a 2ª Fase Exame de Ordem – Penal Fernanda Escobar | Maria Patrícia Vanzolini 9ª para 10ª edição, 2012 P. 65 – Excluir o texto do item 1.4 (ausência de tipicidade) e incluir a redação que segue no subtítulo 1.4.1 (tipicidade Formal): 1.4.1 Tipicidade Formal Tipicidade formal é a adequação entre o fato concreto e lei penal. Só será responsabilizado criminalmente aquele que praticar fato descrito em lei penal incriminadora. Assim, ninguém pode ser punido, por exemplo, pela prática da prostituição, visto que não há nenhuma norma penal incriminando esta conduta. A tipicidade pode ser direta ou indireta. Será direta quando o fato praticado encontrar sua descrição perfeita na lei penal. Tipicidade por subordinação indireta ocorre nos casos em que é necessária outra norma para produzir a adequação típica. É o que acontece nas hipóteses de concurso de pessoas (art. 29 do Código Penal) e de tentativa (art. 14, II, do Código Penal). Dica: Ao analisar o quesito da tipicidade, tenha sempre em mente que o fato típico tem que preencher: a) tipicidade formal e b) tipicidade material. E dentro da tipicidade formal é preciso que preencha: a.1) tipo objetivo e a.2) tipo subjetivo. Caso contrário, o fato será atípico. A tipicidade formal compõe‐se de elementos objetivos (descritivos e normativos) e elementos subjetivos (dolo e culpa). Segundo a estrutura proposta pelo modelo finalista, ambas as dimensões do tipo devem estar preenchidas para que o fato seja típico. P. 90/91 – No item 1.1.5 (interrupção) substituir o item “ a decisão confirmatória da pronúncia” pelo texto abaixo: ‐ a decisão confirmatória da pronúncia: da decisão que pronuncia o réu pode interpor, a defesa, recurso em sentido estrito. Caso o Tribunal decida por negar provimento ao recurso, mantendo a pronúncia, o acórdão confirmatório também interrompe o prazo prescricional. Também a pronúncia do réu pelo Tribunal, em razão de apelação (art. 593, II do CPC, com redação dada pela Lei 11.689/2008) P. 109 – Substituir os comentários feitos ao art. 564 do CPP pelo que segue: “Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: I ‐ por incompetência, suspeição ou suborno do juiz; II ‐ por ilegitimidade de parte; III ‐ por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante; b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167; c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos; d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública; e) a citação do réu para ver‐se processar, o seu interrogatório, quando presente (...); f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Júri; (...) j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade; k) os quesitos e as respectivas respostas; l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento; m) a sentença; n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido; o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que caiba recurso; p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quorum legal para o julgamento;” P. 111 – Inserir, ao final da página, o item abaixo: IV – TESE SUBSIDIÁRIA DE MÉRITO Chamamos aqui de tese subsidiária de mérito aquela na qual se requer, em homenagem ao princípio da eventualidade, que, em caso de condenação a situação do réu seja a mais favorável possível. Há quatro itens que podem ser incluídos nessa categoria e você deve obedecer exatamente a essa ordem ao desenvolver as teses de postular os pedidos relacionados: a) Desclassificação: verifique se não é possível defender‐se a existência de crime mais brando do que aquele constante na denúncia ou queixa; b) Dosimetria: verifique se é possível pedir que a pena base seja fixada no mínimo, além da exclusão de eventuais circunstâncias desfavoráveis (ex.: maus antecedentes), agravantes, majorantes ou qualificadoras e do reconhecimento de eventuais atenuantes, minorantes ou privilégios; c) Regime de cumprimento da pena: veja se, em face da pena estimada acima, é possível defender‐se o cabimento de regime inicial semiaberto ou aberto; d) Benefícios penais: verifique se é pertinente defender‐se a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos (art. 44 do CP) ou a concessão do sursis (art. 77 do CP). POR FIM, VALE DESTACAR QUE NEM TODA PEÇA COMPORTA A TESE SUBSIDIÁRIA DE MÉRITO. NA ANÁLISE DAS PEÇAS EM ESPÉCIE VOCÊ APRENDERÁ QUANDO PODE ARGUI‐LA. P. 115 – Substituir os itens 2.3, 2.4 e 2.5 pelo que segue: 2.3 Pedido de relaxamento da prisão em flagrante Tem como pressuposto uma prisão em flagrante ilegal, seja por vício material (não havia situação de flagrância), seja por vício formal (irregularidades na confecção do auto de prisão em flagrante, falta da entrega da nota de culpa e da comunicação à defensoria pública). Ocorre que, com as modificações introduzidas pela Lei 12.403/2011, essa peça dificilmente será utilizada, pois a prisão em flagrante será em 24 horas informada ao juiz competente, que deverá, ato contínuo, decidir se relaxa a prisão, converte em preventiva ou concede a liberdade provisória, com ou sem fiança. Ou seja, se após a comunicação ao juiz o indiciado é mantido preso já não o é em virtude da prisão em flagrante e sim em virtude de eventual prisão preventiva na qual aquela foi convertida, de modo que é a preventiva que se deve combater. 2.4 Pedido de revogação da prisão temporária Tem como pressuposto uma prisão temporária decretada em desacordo com a Lei 7.960/1989. Observe que tal diploma estabelece um rol restrito de crimes em relação aos quais é admitida essa cautelar. Se o problema tratar de crime diverso, a prisão é ilegal. 2.5 Pedido de revogação da prisão preventiva ou concessão da liberdade provisória Tem como pressuposto a existência de uma prisão preventiva ilegalmente decretada (seja de forma originária, seja em virtude da conversão de uma prisão em flagrante anterior). Embora tais pedidos possam ser feitos em separado é bastante comum que sejam feitos em conjunto. Assim pode‐se argumentar que, não estando presente qualquer razão que justifique a restrição cautelar da liberdade, deve ser a preventiva revogada (nos termos do artigo 316 do CPP) ou caso se entenda estar presente alguma necessidade de restrição cautelar, que seja concedida a liberdade provisória acompanhada, se for o caso, de outra medida cautelar prevista no artigo 319 do CPP (como dispõe o artigo 321 do CPP). A Lei 11.464/2007 revogou a parte final do inciso II, do art. 2.º, da Lei 8.072/1990, que vedava a concessão da liberdade provisória aos crimes hediondos e equiparados. Portanto, de acordo com a nova disciplina, é possível a concessão de liberdade provisória sem fiança aos crimes hediondos (embora a questão seja ainda bastante controversa nas Cortes Superiores). P. 133 – Alterar o item “a”, ao final da página pelo texto abaixo: a) quando não houver justa causa. Podem‐se apontar, exemplificativamente, as seguintes situações: – indeferimento do pedido de relaxamento da prisão em flagrante – indeferimento do pedido de