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Como se preparar para a 2ª Fase Exame de Ordem – Penal Fernanda Escobar | Maria Patrícia Vanzolini 9ª para 10ª edição, 2012 P. 65 – Excluir o texto do item 1.4 (ausência de tipicidade) e incluir a redação que segue no subtítulo 1.4.1 (tipicidade Formal): 1.4.1 Tipicidade Formal Tipicidade formal é a adequação entre o fato concreto e lei penal. Só será responsabilizado criminalmente aquele que praticar fato descrito em lei penal incriminadora. Assim, ninguém pode ser punido, por exemplo, pela prática da prostituição, visto que não há nenhuma norma penal incriminando esta conduta. A tipicidade pode ser direta ou indireta. Será direta quando o fato praticado encontrar sua descrição perfeita na lei penal. Tipicidade por subordinação indireta ocorre nos casos em que é necessária outra norma para produzir a adequação típica. É o que acontece nas hipóteses de concurso de pessoas (art. 29 do Código Penal) e de tentativa (art. 14, II, do Código Penal). Dica: Ao analisar o quesito da tipicidade, tenha sempre em mente que o fato típico tem que preencher: a) tipicidade formal e b) tipicidade material. E dentro da tipicidade formal é preciso que preencha: a.1) tipo objetivo e a.2) tipo subjetivo. Caso contrário, o fato será atípico. A tipicidade formal compõe‐se de elementos objetivos (descritivos e normativos) e elementos subjetivos (dolo e culpa). Segundo a estrutura proposta pelo modelo finalista, ambas as dimensões do tipo devem estar preenchidas para que o fato seja típico. P. 90/91 – No item 1.1.5 (interrupção) substituir o item “ a decisão confirmatória da pronúncia” pelo texto abaixo: ‐ a decisão confirmatória da pronúncia: da decisão que pronuncia o réu pode interpor, a defesa, recurso em sentido estrito. Caso o Tribunal decida por negar provimento ao recurso, mantendo a pronúncia, o acórdão confirmatório também interrompe o prazo prescricional. Também a pronúncia do réu pelo Tribunal, em razão de apelação (art. 593, II do CPC, com redação dada pela Lei 11.689/2008) P. 109 – Substituir os comentários feitos ao art. 564 do CPP pelo que segue: “Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: I ‐ por incompetência, suspeição ou suborno do juiz; II ‐ por ilegitimidade de parte; III ‐ por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante; b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167; c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos; d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública; e) a citação do réu para ver‐se processar, o seu interrogatório, quando presente (...); f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Júri; (...) j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade; k) os quesitos e as respectivas respostas; l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento; m) a sentença; n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido; o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que caiba recurso; p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quorum legal para o julgamento;” P. 111 – Inserir, ao final da página, o item abaixo: IV – TESE SUBSIDIÁRIA DE MÉRITO Chamamos aqui de tese subsidiária de mérito aquela na qual se requer, em homenagem ao princípio da eventualidade, que, em caso de condenação a situação do réu seja a mais favorável possível. Há quatro itens que podem ser incluídos nessa categoria e você deve obedecer exatamente a essa ordem ao desenvolver as teses de postular os pedidos relacionados: a) Desclassificação: verifique se não é possível defender‐se a existência de crime mais brando do que aquele constante na denúncia ou queixa; b) Dosimetria: verifique se é possível pedir que a pena base seja fixada no mínimo, além da exclusão de eventuais circunstâncias desfavoráveis (ex.: maus antecedentes), agravantes, majorantes ou qualificadoras e do reconhecimento de eventuais atenuantes, minorantes ou privilégios; c) Regime de cumprimento da pena: veja se, em face da pena estimada acima, é possível defender‐se o cabimento de regime inicial semiaberto ou aberto; d) Benefícios penais: verifique se é pertinente defender‐se a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos (art. 44 do CP) ou a concessão do sursis (art. 77 do CP). POR FIM, VALE DESTACAR QUE NEM TODA PEÇA COMPORTA A TESE SUBSIDIÁRIA DE MÉRITO. NA ANÁLISE DAS PEÇAS EM ESPÉCIE VOCÊ APRENDERÁ QUANDO PODE ARGUI‐LA. P. 115 – Substituir os itens 2.3, 2.4 e 2.5 pelo que segue: 2.3 Pedido de relaxamento da prisão em flagrante Tem como pressuposto uma prisão em flagrante ilegal, seja por vício material (não havia situação de flagrância), seja por vício formal (irregularidades na confecção do auto de prisão em flagrante, falta da entrega da nota de culpa e da comunicação à defensoria pública). Ocorre que, com as modificações introduzidas pela Lei 12.403/2011, essa peça dificilmente será utilizada, pois a prisão em flagrante será em 24 horas informada ao juiz competente, que deverá, ato contínuo, decidir se relaxa a prisão, converte em preventiva ou concede a liberdade provisória, com ou sem fiança. Ou seja, se após a comunicação ao juiz o indiciado é mantido preso já não o é em virtude da prisão em flagrante e sim em virtude de eventual prisão preventiva na qual aquela foi convertida, de modo que é a preventiva que se deve combater. 2.4 Pedido de revogação da prisão temporária Tem como pressuposto uma prisão temporária decretada em desacordo com a Lei 7.960/1989. Observe que tal diploma estabelece um rol restrito de crimes em relação aos quais é admitida essa cautelar. Se o problema tratar de crime diverso, a prisão é ilegal. 2.5 Pedido de revogação da prisão preventiva ou concessão da liberdade provisória Tem como pressuposto a existência de uma prisão preventiva ilegalmente decretada (seja de forma originária, seja em virtude da conversão de uma prisão em flagrante anterior). Embora tais pedidos possam ser feitos em separado é bastante comum que sejam feitos em conjunto. Assim pode‐se argumentar que, não estando presente qualquer razão que justifique a restrição cautelar da liberdade, deve ser a preventiva revogada (nos termos do artigo 316 do CPP) ou caso se entenda estar presente alguma necessidade de restrição cautelar, que seja concedida a liberdade provisória acompanhada, se for o caso, de outra medida cautelar prevista no artigo 319 do CPP (como dispõe o artigo 321 do CPP). A Lei 11.464/2007 revogou a parte final do inciso II, do art. 2.º, da Lei 8.072/1990, que vedava a concessão da liberdade provisória aos crimes hediondos e equiparados. Portanto, de acordo com a nova disciplina, é possível a concessão de liberdade provisória sem fiança aos crimes hediondos (embora a questão seja ainda bastante controversa nas Cortes Superiores). P. 133 – Alterar o item “a”, ao final da página pelo texto abaixo: a) quando não houver justa causa. Podem‐se apontar, exemplificativamente, as seguintes situações: – indeferimento do pedido de relaxamento da prisão em flagrante – indeferimento do pedido derevogação de prisão preventiva sem a devida fundamentação ou com fundamento insuficiente; P. 134 – Substituir o item “e” pelo que segue: e) quando não se admitir fiança, nos casos em que a lei a prevê. O Código de Processo Penal, com a atual redação dada pela Lei 12.403/2011, autoriza a fiança em todos os delitos, salvo para os crimes de racismo, tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo, os definidos como crimes hediondos e os cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. Nos demais casos, não estando presentes as situações do artigo 324 do CPP, a fiança deve ser concedida e, caso não seja, é possível a impetração de habeas corpus. (observe que quando a fiança é indeferida pelo Juiz cabe também recurso em sentido estrito – art. 581, V); P. 134 – No parágrafo que trata das hipóteses de não cabimento do habeas corpos, incluir outra modalidade: – contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar (Súmula 691 do STF) P. 139 – Substituir o teor da observação pelo que segue: Observação: era bastante comum o manejo do MS para assegurar o direito do advogado consultar os autos de inquérito policial sigiloso. Ocorre que em 2009 o STF aprovou a Súmula Vinculante 14 do STF, com o seguinte teor: “É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”. A partir de então a decisão que nega acesso aos autos ao advogado, violando a respectiva Súmula, passou a desafiar também “Reclamação” diretamente ao Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 7.º da Lei 11.417/2006. P. 141 – Substituir o segundo parágrafo do item “Quando é cabível” pelo texto abaixo: Importa observar, no tocante ao pedido de arbitramento de fiança, que este só deverá ser dirigido à autoridade policial no caso de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. Nos demais casos, o arbitramento da fiança deverá ser requerido ao juiz. P. 143 – Incluir no item “Qual é o prazo” o comentário abaixo indicado: Importa destacar que no contexto atual houve uma relativa perda de importância da peça em questão. Isso porque o flagrante deve ser, em 24 horas, encaminhado ao Juiz, que decidirá pela sua conversão, ou não, em prisão preventiva. Portanto, só é pertinente o pedido de relaxamento antes que o juiz tenha deliberado a respeito da conversão. Após, o que haverá, se for o caso, é um pedido de revogação da prisão preventiva. P. 144 – Atualizar o item 6 “Liberdade Provisória”: 6. PEDIDO DE REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA Previsão legal A possibilidade de revogação da prisão preventiva está estabelecida pelo art. 316 do CPP. Quando é cabível A prisão preventiva é a medida cautelar que só se justifica quando houver situação de necessidade processual consignada no artigo 312 do CPP. Em suma: não se trata de antecipação de cumprimento da pena e só tem razão de ser em caso de premência para garantir a efetividade do processo. Mas não é só. Na atual sistemática do CPP a prisão preventiva não é a única medida cautelar e sim a medida extrema, que só se justifica nas ocasiões em que todas as demais medidas não privativas de liberdade se demonstrarem insuficientes. A prisão preventiva pode ser oriunda de uma prisão em flagrante convertida ou pode ser diretamente decretada pelo juiz. Em qualquer caso devem ser respeitados os estritos limites do artigo 313 do CPP. De forma que só poderá ser decretada nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; se o réu for reincidente em crime doloso; se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; ou quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê‐la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. Os pressupostos indispensáveis para a decretação da prisão preventiva são: prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria. Além disso, deve obrigatoriamente estar presente uma das situações do artigo 312: necessidade de garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, para assegurar a aplicação da lei penal ou em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4.o). Qual o prazo O pedido pode ser realizado a qualquer momento do processo, até o trânsito em julgado da sentença. A quem é dirigido Em regra, é endereçado ao juiz de primeira instância. O delegado de polícia não pode revogar a prisão preventiva. Quem é legitimado A própria pessoa submetida à prisão. O que se deve pedir Deve‐se pedir a revogação da prisão preventiva, com fulcro no artigo 316 do CPP ou, caso assim não se entenda, a concessão da liberdade provisória, impondo‐se, se for o caso, as medidas cautelares previstas no artigo 319 do CPP. Processamento O pedido deve ser dirigido ao juiz de primeira instância. Revogada a preventiva o réu deve ser colocado em liberdade. Se for concedida a liberdade provisória, o réu obrigar‐se‐á a comparecer a todos os atos do processo, sob pena de revogação. Da decisão que indefere o pedido de revogação da preventiva cabe a impetração de ordem de habeas corpus. Da que revoga, o remédio cabível é o recurso em sentido estrito por parte da acusação. P. 152 – Alterar o primeiro parágrafo do título “Quando é cabível” pelo que segue: A defesa preliminar é cabível no caso de processo por crimes de responsabilidade de funcionário público (arts. 312 a 326 do Código Penal). Segundo a Súmula 330 do STJ, de 20.09.2006, é desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal na ação penal instruída por inquérito policial. P. 167 – Substituir as assertivas c e d no item “o que se deve pedir” pelo que segue: c)caso a defesa alegue tese de mérito (atipicidade, excludente de ilicitude, excludente de culpabilidade, escusas absolutórias, falta de prova), o pedido deverá ser a absolvição do acusado, fundamentada em um dos incisos do art. 386 do CPP; d)se a defesa alegar tese subsidiária de mérito (em caso de condenação): desclassificação para crime mais leve, exclusão de eventuais qualificadoras, majorantes ou agravantes constante na denúncia, reconhecimento de eventuais privilegiadoras, minorantes ou atenuantes presentes no enunciado; fixação de regime inicial aberto ou semiaberto – se for possível de acordo com o art. 33 do CP; substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos – se estiverem presentes os requisitos do art. 44 do CP; suspensão condicional da pena – se estiverem presentes os requisitos do art. 77 do CP. P. 168 – Modificar os itens c e d das hipóteses de memorias de defesa: c) quando a defesa alegar como tese de mérito a atipicidade, excludente de ilicitude, excludente de culpabilidade ou negativa de autoria deverá requerer a absolvição sumária, com fundamento no art. 415 do CPP. Quando a defesa alegar como mérito a falta de prova de autoria ou materialidade deverá requerer impronúncia, com fundamento no art. 414 do CPP. d) quando a defesa alegar, como tese subsidiáriade mérito a existência, de crime excluído da competência do júri deverá requerer a desclassificação, com fundamento no art. 419 do CPP. Quando a defesa alegar como tese subsidiária de mérito a existência de crime incluído na competência do júri, porém mais leve do que o descrito na denúncia, deverá requerer a desclassificação imprópria, com fundamento no art. 413 do CPP (de homicídio para infanticídio ou induzimento ao suicídio ou de homicídio qualificado para homicídio simples, por exemplo). Não se pode deduzir, no entanto, nenhum dos pedidos relativos à fixação de regime inicial, substituição ou suspensão da pena ou valor de eventual indenização. P. 180 – Substituir os itens c e d dentro da hipótese “o que se deve pedir”: c)caso a defesa alegue tese de mérito, o pedido deverá ser a absolvição do acusado, fundamentada em um dos incisos do art. 386 do CPP. d)se a defesa alegar tese subsidiária de mérito, o pedido deverá ser a desclassificação do crime ou a mitigação da pena. Esta pode ser fundamentada: na redução da pena base ao patamar mínimo, na exclusão de agravante, majorante ou qualificadora, no reconhecimento de atenuante, minorante ou privilegiadora, fixação de regime de cumprimento de pena mais favorável do que o estabelecido ou a concessão de benefício penal eventualmente negado como a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, do sursis penal. P. 198 – Excluir o último parágrafo do item “qual é o prazo” e acrescentar o texto que segue: Em face de tal situação, colocou‐se a questão: prevalece o prazo previsto na Súmula 699 ou aquele previsto na Lei? A jurisprudência pendeu ao primeiro entendimento, como se confere da ementa a seguir, da 2.ª Turma do Supremo Tribunal Federal: Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Penal. Processual penal. Homicídio. Júri. Nulidade. Inocorrência. Intempestividade. Incidência da súmula n. 699/STF. Decisão que se mantém por seus próprios fundamentos. 1. O prazo para interposição de agravo, em processo penal, é de cinco dias, de acordo com a Lei 8.038/1990, não se aplicando o disposto a respeito nas alterações da Lei 8.950/1994 ao Código de Processo Civil. (Súmula n. 699/STF) 2. Consequentemente, afigura‐se inadmissível o agravo de instrumento, porquanto a decisão que inadmitiu o recurso extraordinário foi publicada em 25.03.2011 (sexta‐feira) e o agravo somente foi interposto em 04.04.2011 (segunda‐feira), decorridos, assim, mais de 5 (cinco) dias entre a data da intimação da decisão agravada e a interposição do agravo. 3. As modificações realizadas na Lei 8.950/1994 introduzidas pela Lei 12.322/2010 não tiveram o condão de alterar o prazo de interposição do agravo criminal que é de 5 (cinco) dias, conforme o estabelecido na Lei 8.038/1990. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (ARE 641505 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, 1.ª Turma, j. 25.10.2011, DJe‐221 Divulg. 21.11.2011, Public. 22.11.2011, Ement. vol.‐02630‐02, P. 196) P. 203 – Substituir os itens b e c dentro de “o que se deve pedir”: b)caso a defesa alegue tese de mérito, o pedido deverá ser a absolvição do acusado, fundamentada em um dos incisos do art. 386 do CPP. c)se a defesa alegar tese subsidiária de mérito, o pedido deverá ser a desclassificação do crime ou a mitigação da pena. P. 209 – Substituir todo o item “quando é cabível”, a partir do segundo parágrafo, pelas inovações que seguem: O Decreto 7.420, de 31 de dezembro de 2010, a título de exemplo, previa os seguintes requisitos: Art. 1.o É concedido indulto às pessoas: I – condenadas à pena privativa de liberdade não superior a oito anos, não substituída por restritivas de direitos ou multa e não beneficiadas com a suspensão condicional da pena, que, até 25 de dezembro de 2010, tenham cumprido um terço da pena, se não reincidentes, ou metade, se reincidentes; II – condenadas à pena privativa de liberdade superior a oito anos e não superior a doze anos, não substituída por restritivas de direitos ou multa e não beneficiadas com a suspensão condicional da pena, por crime praticado sem violência ou grave ameaça, que, até 25 de dezembro de 2010, tenham cumprido um terço da pena, se não reincidentes, ou metade, se reincidentes; III – condenadas à pena privativa de liberdade superior a oito anos que, até 25 de dezembro de 2010, tenham completado sessenta anos de idade e cumprido um terço da pena, se não reincidentes, ou metade, se reincidentes; IV – condenadas à pena privativa de liberdade que, até 25 de dezembro de 2010, tenham completado setenta anos de idade e cumprido um quarto da pena, se não reincidentes, ou um terço, se reincidentes; V – condenadas à pena privativa de liberdade que, até 25 de dezembro de 2010, tenham cumprido, ininterruptamente, quinze anos da pena, se não reincidentes, ou vinte anos, se reincidentes; VI – condenadas à pena privativa de liberdade superior a oito anos que, até 25 de dezembro de 2010, tenham cumprido, em regime fechado ou semiaberto, um terço da pena, se não reincidentes, ou metade, se reincidentes, e tenham filho ou filha menor de dezoito anos ou com deficiência mental, física, visual ou auditiva, cujos cuidados delas necessite; VII – condenadas à pena privativa de liberdade não superior a doze anos, desde que já tenham cumprido dois quintos da pena, se não reincidentes, ou três quintos, se reincidentes, encontrem‐se cumprindo pena no regime semiaberto ou aberto e já tenham usufruído, até 25 de dezembro de 2010, no mínimo, de cinco saídas temporárias previstas no art. 122, combinado com art. 124, caput, da Lei 7.210, de 11 de julho de 1984, ou tenham prestado trabalho externo, no mínimo por doze meses nos três anos contados retroativamente àquela data; VIII – condenadas à pena de multa, ainda que não quitada, independentemente da fase executória ou juízo em que se encontre, aplicada cumulativamente com pena privativa de liberdade cumprida até 25 de dezembro de 2010; IX – condenadas: a) paraplégicas, tetraplégicas ou portadoras de cegueira total, desde que tais condições não sejam anteriores à prática do delito e se comprovem por laudo médico oficial ou, na falta deste, por médico designado pelo juízo da execução; b) paraplégicas, tetraplégicas ou portadoras de cegueira total, ainda que tais condições sejam anteriores à prática do delito e se comprovem por laudo médico oficial ou, na falta deste, por médico designado pelo juízo da execução, caso resultem na incapacidade severa prevista na alínea “c” deste inciso; c) acometidas de doença grave e permanente que apresentem incapacidade severa, grave limitação de atividade e restrição de participação ou exijam cuidados contínuos que não possam ser prestados no estabelecimento penal, desde que comprovada a hipótese por laudo médico oficial ou, na falta deste, por médico designado pelo juízo da execução, constando o histórico da doença, caso não haja oposição da pessoa condenada, mantido o direito de assistência nos termos do art. 196 da Constituição; X – submetidas à medida de segurança, independentemente da cessação da periculosidade que, até 25 de dezembro de 2010, tenham suportado privação da liberdade, internação ou tratamento ambulatorial por período igual ou superior ao máximo da pena cominada à infração penal correspondente à conduta praticada, ou, nos casos de substituição prevista no art. 183 da Lei 7.210, de 1984, por período igual ao tempo da condenação, mantido o direito de assistência nos termos do art. 196 da Constituição; XI – condenadas à pena privativa de liberdade, desde que substituída por pena não privativa de liberdade, na forma do art. 44 doDecreto‐Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, ou ainda beneficiadas com a suspensão condicional da pena, que tenham cumprido, ainda que por conversão, privadas de liberdade, até 25 de dezembro de 2010, um quarto da pena, se não reincidentes, ou um terço, se reincidentes; XII – condenadas à pena privativa de liberdade sob o regime aberto, que tenham cumprido, presas provisoriamente, até 25 de dezembro de 2010, um quarto da pena, se não reincidentes, ou um terço, se reincidentes; XIII – condenadas à pena privativa de liberdade, que estejam cumprindo pena em regime aberto, cujas penas remanescentes, em 25 de dezembro de 2010, não sejam superiores a seis anos, se não reincidentes, e a quatro anos se reincidentes, desde que tenham cumprido um quarto da pena, se não reincidentes, ou um terço, se reincidentes. Parágrafo único. O indulto de que cuida este Decreto não se estende às penas acessórias previstas no Decreto‐Lei 1.001, de 21 de outubro de 1969 – Código Penal Militar, e aos efeitos da condenação. Art. 2.o As pessoas condenadas à pena privativa de liberdade, não beneficiadas com a suspensão condicional da pena que, até 25 de dezembro de 2010, tenham cumprido um quarto da pena, se não reincidentes, ou um terço, se reincidentes, e não preencham os requisitos deste Decreto para receber indulto, terão comutada a pena remanescente de um quarto, se não reincidentes, e de um quinto, se reincidentes, aferida na data acima mencionada. § 1.o Se o período de pena já cumprido, descontadas as comutações anteriores, for superior ao remanescente, o cálculo será feito sobre o período de pena já cumprido até 25 de dezembro de 2010. § 2.o A pessoa agraciada por anterior comutação terá seu benefício calculado sobre o remanescente da pena ou sobre o período de pena já cumprido, nos termos do caput e § 1.o deste artigo, sem necessidade de novo requisito temporal e sem prejuízo da remição prevista no art. 126 da Lei 7.210, de 1984. Art. 3.o Na concessão do indulto ou da comutação deverá, para efeitos da integralização do requisito temporal, ser computada a detração de que trata o art. 42 do Código Penal e, quando for o caso, o art. 67 do Código Penal Militar, sem prejuízo da remição prevista no art. 126 da Lei 7.210, de 1984. Parágrafo único. A aplicação de sanção por falta disciplinar de natureza grave, prevista na Lei 7.210, de 1984, não interrompe a contagem do lapso temporal para a obtenção dos benefícios previstos neste Decreto. P. 414 – Substituir a resposta à questão nº 28 pela inovação abaixo: Remição: A remição pode ocorrer pelo trabalho ou pelo estudo. A remição pelo trabalho será cabível ao condenado em cumprimento de pena privativa de liberdade nos regimes fechado e semiaberto, e consiste no abatimento de um dia de pena a cada três dias trabalhados, sendo certo que o preso impossibilitado de prosseguir no trabalho, por acidente, continuará a beneficiar‐se da remição. A remição pelo estudo é permitida ao condenado que cumpre pena em regime fechado, semiaberto, aberto e mesmo ao que usufrui liberdade condicional. Estes poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova. Tal remição deverá ser feita à proporção de 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar – atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional – divididas, no mínimo, em 3 (três) dias. Além disso, o tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão competente do sistema de educação. P. 418 – Alterar a resposta da questão nº 42 pelo que segue: Em decorrência da declaração de inconstitucionalidade pelo STF do artigo 2.°, § 1.°, da Lei 8.072/1990, foi editada a Lei 11.464/2007, que alterou a redação do referido dispositivo para permitir ao condenado pela prática de crime hediondo a progressão de regime mediante o cumprimento de 2/5 da pena, se for primário, e 3/5 da pena, se for reincidente. Além de tais requisitos temporais, o condenado também deverá preencher os outros previstos na LEP. Em relação a outros benefícios, cumprindo mais de 2/3 da pena, o condenado ainda pode vir a ser beneficiado pelo livramento condicional, conforme o inciso V do artigo 83 do Código Penal. No que diz respeito à remição de pena, pelo trabalho ou pelo estudo, não há nenhum obstáculo legal. P. 463. Substituir o quadro “peças no curso do processo” pela seguinte tabela: PEÇA Endereçamento Pedido Resposta à acusação Art. 396 do CPP – Juiz da Vara; – Juiz Federal. Nulidade Anulação Extinção da Punibilidade ___________________ _________ Mérito ___________________ _________ – fato atípico; – excludente de ilicitude; – excludente de culpabilidade; Absolvição sumária, art. 397 do CPP
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