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gestao da armazenagem em area portuaria na visao do cliente

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AULA 1 
GESTÃO DA ARMAZENAGEM 
EM ÁREA PORTUÁRIA 
Prof. João Andrade 
 
 
2 
TEMA 1 – ARMAZENAGEM PORTUÁRIA – DEFINIÇÃO 
Em sua clássica obra Imagens da organização, de 1996, Gareth Morgan 
menciona que 
Administradores eficazes e profissionais de todos os tipos e estágios, 
não importa que sejam executivos, administradores públicos, 
consultores organizacionais, políticos ou sindicalistas, precisam 
desenvolver suas habilidades na arte de ler as situações que estão 
tentando organizar ou administrar. 
Essa “leitura” proposta por Morgan reitera a importância da aplicação dos 
profissionais quando o assunto é organização, planejamento, coordenação, 
direção e controle das atividades do dia a dia, seja qual for o tipo de carga, ou a 
etapa de trabalho no processo logístico que estejam coordenando. 
Em trabalhos de gestão de armazenagem portuária, o grau de atenção e 
investimento de recursos humanos, financeiros, tecnológicos, operacionais, 
sempre deverá ser altamente dedicado, justamente pelo valor operacional dessa 
etapa da cadeia logística, que é a entrada, armazenamento e controle, culminando 
com a saída/liberação da carga na zona portuária, na importação ou na 
exportação, ou ainda em cargas coordenadas em portos, nas operações de 
Cabotagem (navegação na costa marítima do país, ou em águas internas). 
Nessa fase introdutória, observaremos termos técnicos presentes no setor 
portuário. Nesse caso, há material suficiente para a coesa compreensão de todos, 
tudo ao seu devido tempo, sendo que esse início teórico se faz necessário para 
que possamos compreender quão grande é a importância do trabalho na gestão 
da armazenagem em área portuária. 
Com isso consideramos que, além de ser uma atividade que emana dos 
primórdios dos tempos, a cada inovação de conceito logístico, ou advento 
tecnológico no setor de informações (área de Tecnologias da Informação – TI), 
ela se faz presente com total ligação entre vendedores e adquirentes de bens, 
equipamentos, produtos prontos para consumo, bens duráveis e não duráveis, 
bens de produção, exigindo assim constantes atualizações dos atuantes nessa 
importante área da logística, independentemente do nicho de mercado, seja 
indústria, comércio, ou mesmo prestação de serviço. 
É necessário considerarmos que, em algum momento, qualquer uma 
dessas atividades, direta ou indiretamente, necessitará dos serviços de 
armazenagem portuária, considerando o mundo extremamente globalizado no 
 
 
3 
que diz respeito ao comércio, fato que eleva a notoriedade do serviço de 
armazenagem portuária. 
As considerações ponderáveis nesse tópico de definição do serviço de 
armazenagem portuária podem ainda ser estendidas aos aspectos de grande 
relevância quanto ao franco crescimento da economia global, em que pese a crise 
econômica mundial de 2008 ter causado consequências negativas por muito 
tempo, aliada ainda a outros fatores como guerras comerciais entre importantes 
países, climas políticos adversos em vários momentos e em vários países, 
causando conflitos de interesses em relação aos setores industriais e de 
comércio. 
Mesmo com toda essa maré altíssima, a navegação da economia brasileira 
tem se sustentado à força do trabalho do brasileiro, aliada à eminência de novas 
aberturas comerciais à medida que os avanços tecnológicos geram demanda para 
o transporte sempre crescente de cargas com novas características, o que permite 
aos portos um constante crescimento de prestação de serviço, não mais apenas 
com a responsabilidade de descarregar e carregar um navio, mas também de 
participar do processo logístico das empresas, fato que eleva cada vez mais a 
importância de os portos estarem preparados para a prestação de um serviço 
diferenciado em relação ao armazenamento e controle de cargas. 
Isso porque as empresas otimizam ao máximo suas capacidades de gestão 
de estoques tornando cada vez mais necessárias as parcerias comerciais com 
portos, justamente para a coordenação de entrada e saída de insumos com o 
menor tempo possível, evitando assim valor monetário “parado” em galpões na 
empresa ou fábrica, tornando o serviço logístico portuário cada vez mais 
necessário e importante. 
Toda essa afirmação permite aos portos a garantia de que colaboradores 
e diretorias cada vez mais bem preparados tecnicamente e atualizados quanto às 
atividades da logística são, em todo momento, bem-vindos e extremamente 
necessários, justamente para atender às exigentes demandas de serviços dos 
clientes, que não mais buscam apenas o serviço de descarga e carregamento em 
navios, mas sim uma sincronização de tarefas que vai desde o processo de 
embalagem de determinada mercadoria ou equipamento, identificação dessas 
embalagens, troca de informações sobre seu estado físico e suas características, 
até a entrega em um cliente no Brasil ou no exterior, passando ainda por 
 
 
4 
observâncias às regras aduaneiras (as quais, como veremos, apresentam tópicos 
específicos). 
Saiba mais 
Observe a seguinte definição a seguir como ponto importante e conceito 
muito frequentemente aplicado ao processo de gestão de armazenamento 
portuário: 
Podemos considerar com propriedade que a definição para armazenagem 
portuária vem a ser todo o processo logístico que envolve o cuidado com a 
mercadoria/bem/equipamento, que adentra as dependências do porto, 
considerando que a área portuária é considerada Zona Portuária Fechada, no 
espaço delimitado por dispositivos fixos (muros, cercas, barreiras, etc.), porém 
cientes de que esse espaço vem a ser a faixa de extensão territorial ao entorno 
do porto, que envolve vias, praças, comércio, docas, armazéns, pátios de 
estacionamento, área/zona variável a cada porto, ou seja, definido conforme a 
extensão geográfica de cada um, podendo ser inclusive comum/compartilhada 
entre mais de um porto, dependendo da localização destes. 
O fator conveniência promove o compartilhamento da infraestrutura da 
zona portuária, exemplos em que um porto está fixado em uma margem de um 
braço marítimo, e outro na outra margem, ou ainda quando um determinado porto 
tem sua localização próxima a outro em cidade circunvizinha, locais esses de fácil 
utilização compartilhada de toda a cadeia de serviços disponíveis, considerando 
ainda a presença de órgãos públicos como os anuentes da cadeia logística 
internacional, podendo ser postos da Receita Federal do Brasil, Ministério da 
Agricultura Pecuária e Abastecimento ou Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
O tempo de permanência de um bem ou mercadoria no espaço do porto 
vem a ser a armazenagem portuária, porém com variações sobre as formas de 
armazenamento, as quais veremos mais tarde, pormenorizadamente, quando 
oportunamente observaremos regras aduaneiras que permitem aos portos a 
coordenação logística de forma prática sob aspectos viáveis sob o ponto de vista 
econômico, tanto as empresas contratantes dos serviços portuários quanto 
também os próprios administradores das zonas portuárias, sejam de ordem 
privada ou estatais. 
Esse chamado “tempo de permanência” do bem ou mercadoria no interior 
dos portos demanda o serviço ali executado caracterizando assim a configuração 
jurídica de prestação de serviço, a qual deve ser remunerada, originando-se 
 
 
5 
portanto a cobrança pelos serviços portuários nas mais variadas formas e 
características, inclusive com variações de valores para cada tipo de serviço, 
conforme a região de localização do porto e conforme as negociações com 
clientes (a depender da política administrativa de cada explorador portuário). 
Nesse aspecto, há a premissa de que o serviço de armazenagem portuária 
vai além da carga e descarga de navios, pois está atualmente muito relacionado 
às atividades fins das empresas adquirentes dos serviços portuários, as quais 
consideram que cada etapa do processo logístico tem um valor substancial para 
a aquisição de insumos,componentes de montagem, produto acabado, e a 
própria venda posterior, ou distribuição destes, mediante sólidas parcerias com 
agentes portuários capazes de promoverem soluções logísticas ágeis e 
confiáveis, o que no Brasil vem crescendo sobremaneira a partir da abertura dos 
portos à iniciativa privada desde meados da década de 1990. 
Nesse contexto, os portos foram municiados pelo avanço tecnológico das 
ferramentas utilizadas pelas empresas que os administram, desde sistemas de 
gerenciamentos de informações, os chamados ERPs (Enterprise Resources 
Planning), até a aquisição de megaequipamentos de movimentação de containers 
e cargas soltas nos pátios dos portos, sendo que toda essa grande variedade de 
opções tecnológicas será em algum momento disponibilizada aos clientes 
portuários, criando assim uma cadeia tanto de dependência dos serviços, mas 
principalmente uma cadeia sólida de parceria comercial, em que as empresas 
dependem de infraestrutura logística compatível ao seu desenvolvimento e 
crescimento e em que os portos disponibilizam essa infraestrutura com a venda 
dos serviços sob a remuneração devida, para cada tipo de operação de 
armazenagem portuária. 
1.1 Armazenagem portuária como serviço essencial 
 A dependência do serviço logístico de armazenagem é indispensável para 
empresas que buscam crescimento tanto em pequena quanto em média ou 
grande escala, pois o trânsito internacional de mercadorias, bens e equipamentos 
ocorridos no modal marítimo, o qual aumenta cada vez mais, faz com que os 
portos nunca parem de se modernizar e de apresentarem novas opções logísticas 
aos seus clientes, tornando assim a concorrência do serviço cada vez mais 
intensa, fator que positivamente traz aos clientes dos serviços um maior leque de 
opções para tomadas de decisões quanto às programações de embarques de 
 
 
6 
mercadorias importadas, ou mesmo exportadas, tanto para alimentação de linhas 
de produção quanto para entrega aos clientes do exterior. 
Assim, na medida em que o Porto parceiro participa mais ativamente das 
soluções das necessidades logísticas dos clientes, maiores são as facilitações 
obtidas como também maiores são possibilidades de ajustes nas operações 
logísticas com menor custo, bastando a análise prévia das condições existentes 
nos portos de menor distância para a tomada de decisão quanto ao prazo para 
embarque de uma carga ou quanto à conclusão de um projeto mediante a 
apresentação de cronograma de trabalhos definidos conforme as vantagens 
operacionais e financeiras oferecidas pelos portos. 
Esse conjunto de fatores acima apresentados certamente promove a 
concorrência do serviço, o que permite a possibilidade de menores preços a serem 
praticados, garantindo maior ganho de escala de serviço aos clientes portuários, 
mas isso não significa necessariamente a perda de faturamento ou diminuição de 
ganhos dos portos, pois a compensação entre prática de menor preço e maior 
faturamento ocorre com a disponibilização de mais tipos/opções de serviços 
portuários, além apenas de armazenagem de carga, fatores que veremos 
detalhadamente mais tarde, considerando que a extensão dos assuntos nos 
permite aprofundar inicialmente a questão teórica quanto à prática da prestação 
de serviço portuário. Em seguida poderemos adentrar nos aspectos técnicos, com 
vasta gama de informações sobre precificação dos serviços de armazenagem, 
variações nesses serviços, efeitos da competitividade, execução dos serviços de 
armazenagem portuária, aspectos da gestão dos serviços, gerenciamento e 
operacionalização destes. 
Dessa forma, todas as etapas do armazenamento de cargas em portos 
serão abordadas em detalhes para que possamos obter um conhecimento amplo 
que nos permita atuar como profissionais da Administração de Serviços Portuários 
nas mais variadas divisões dessas companhias, como gerência, parte 
operacional, fiscal, comercial, suporte, financeiro, segurança, inspeção, enfim 
teremos embasamento teórico, prático e técnico voltado ao atendimento das 
demandas de execução dos serviços portuários com a máxima eficiência possível, 
atendendo assim à concorrente escala de busca de profissionais nessa área da 
economia brasileira em franco crescimento. 
 
 
7 
1.2 Armazenagem portuária – importante aspecto da gestão da cadeia 
logística 
 O efeito globalização, fator observado a partir da década de 1980 
principalmente, mas com maior vigor nos anos noventa – efeito causador de 
inovações tecnológicas, aprimoramento nos meios de comunicação, incentivo às 
trocas de informações das áreas de tecnologias de desenvolvimento de produtos, 
intercâmbios e feiras internacionais, aproximação de comércio entre países, 
compartilhamento de dados ente grandes corporações, dentre outras atividades – 
trouxe consigo novas formas de compreensão das práticas de atividades de 
comércio exterior, o chamado comércio internacional. 
Esse nicho de negócio depende sempre de melhorias das condições de 
realização dos serviços logísticos, como de melhores e maiores veículos de 
transportes, menores valores de frete internacional, maior capacidade dos portos 
na gestão e gerenciamento de cargas sob as exigências dos clientes, sendo que 
todas essas afirmações e atenuantes estão em concordância com o pensamento 
de Robles e Nobre, em sua obra Logística internacional: uma abordagem de 
integração de negócios, que veremos logo a seguir. 
A partir de meados do século XX, o ambiente internacional de negócios 
passou a ser marcado pela evolução da tecnologia dos transportes, 
principalmente no modal marítimo, no qual são notáveis a inovação da 
forma de se transportar (como o uso de contêineres), o aumento do 
tamanho dos navios, (bem como da diversificação de suas funções), e 
dos terminais portuários. 
Outra transformação importante diz respeito ao avanço dos recursos da 
tecnologia da informação que favoreceu a integração por meio da troca 
de informações e facilitou a comercialização e o rastreamento de 
produtos em todas as etapas de venda, bem como viabilizou transações 
comerciais a uma velocidade até então desconhecida. 
Como observamos na afirmação desses autores, foram visíveis os 
importantes avanços tecnológicos e técnicos, os quais possibilitaram a prática de 
maior escala de serviço, com menor emprego de energia e dinheiro, o que foi 
possível pela facilitação das inovações tecnológicas, sendo esses aspectos 
positivos para as atuações dos portos, pois quanto maior for o emprego de 
atividade no porto para gestão do armazenamento e manuseio de cargas das 
empresas, menor será o custo destas na execução do mesmo serviço, 
possibilitando assim aos portos a eminente escalada cada vez mais alta na 
participação da cadeia logística das empresas que atuam no comércio 
internacional. 
 
 
8 
Essas atividades justificam a prática de atividades técnicas nas atividades 
portuárias, como também o aprimoramento constante dos profissionais que já 
atuam nessa importantíssima fase da logística, que é a operação portuária na sua 
essência, na qual podemos perfeitamente defini-la desde a prospecção de um 
negócio, passando pela retirada/coleta de uma carga em uma empresa que irá 
exportar, passando pela reembalagem dessa carga no porto, armazenamento até 
a chegada e partida do navio, bem como quando há o processo inverso, que seria 
importação de uma determinada carga, que o porto recebe do navio, descarrega, 
armazena temporariamente no período em que pode oferecer serviço de 
separação de cargas, divisão por tipo, modelo etc., além de poder gerenciar a 
distribuição de produto importado diretamente ao endereço do cliente do seu 
cliente final. 
Considera-se que em todas essas etapas a gestão da armazenagem 
portuária deve ser acompanhada de observação quanto aos principais aspectos 
tanto da carga quanto das características e histórico da empresa proprietária da 
carga, justamente pelo fato deque a imagem do cliente não pode ser prejudicada 
por uma má prestação de serviço do porto, quando o serviço praticado por este 
envolve manuseio da carga e entrega ao cliente final do porto. Com isso, 
entendemos que quanto mais próximo do cliente o porto estiver, melhor serão os 
resultados de suas atividades, tornando assim cada vez maior a possibilidade de 
manutenção deste cliente e ganho de novos. 
Entretanto, observando todas essas possibilidades, devemos compreender 
que somente teremos sucesso profissional na atividade de gestão da logística em 
portos, ou seja, no gerenciamento dos serviços prestados na armazenagem 
portuária, a partir do momento em que nos dispusermos a buscar uma fonte de 
informações técnicas capaz de nos inserir em condições de “brigar” por um espaço 
no mercado de trabalho dessa área com condições atraentes às empresas 
contratantes desses serviços, pois estaremos aptos a desenvolver as atividades 
da gestão da armazenagem das cargas, sob o cuidado de observarmos tanto a 
legislação vigente sobre o tipo de mercadoria (há variações quanto à carga 
perecível, carga solta, carga viva etc.), bem como estarmos focados na realização 
de um serviço que oferece sempre algo a mais em relação ao ofertado/vendido. 
Afirmar que a armazenagem portuária tem muita importância na cadeia 
logística internacional somente é possível porque o dinamismo do comércio 
internacional proporcionado pela facilitação de negócios entre países, além das 
 
 
9 
inúmeras opções de rotas de navios para atendimento às mais variadas origens e 
destinos de cargas, requer um parceiro nas “pontas” da cadeia como porto de 
origem e porto de destino, com a melhor estrutura possível em relação ao 
atendimento das rápidas operações como descarga de navio, liberação 
alfandegárias e carregamento em caminhões para entrega no endereço final do 
importador. 
Nessa visão, fica clara a participação total dos profissionais da logística na 
execução das atividades de gestão de armazenagem nos portos, principalmente 
com foco em praticidade operacional, que vem a ser a recepção da carga 
proveniente do exterior, ou a ele destinada, manuseio e despacho/embarque, no 
menor tempo possível agilizando assim as etapas da cadeia logística, pois é 
necessário considerar que, em qualquer momento e em qualquer etapa da cadeia, 
imprevistos podem ocorrer, como greves, condições climáticas desfavoráveis a 
determinada ação da cadeia logística, ou seja, as atividades de armazenamento 
portuário são as que mais serão afetadas quando uma dessas atividades 
negativas ocorrer, pois são etapas que refletem ou o início ou o final de um 
transporte internacional, o que, de certa forma (e na maioria das vezes), acaba 
por absorver as maiores consequências mesmo que contrário ao seu desejo, por 
exemplo: uma carga embarca no exterior com destino a um porto brasileiro, mas, 
ao se aproximar a data de atracação do navio, surge uma greve no transporte 
rodoviário que impacta aquela carga, ou mesmo uma greve de estivadores no 
próprio porto, ou ainda uma greve no setor público como Receita Federal ou outros 
órgão. Todos esses fatores promoverão uma necessidade eminente de que o 
serviço logístico portuário terá que ser executado no menor tempo possível. 
Inclusive, se possível, esse tempo deverá ser menor que o já realizado 
anteriormente em outras cargas semelhantes, o que não é difícil de compreender 
que gera uma grande oportunidade para nós, profissionais da área da logística 
portuária, propormos melhorias nas atividades, como uma simples sugestão de 
execução de um serviço mais rápido que pode ser mesmo a eliminação de 
determinada quantidade de documentos em uma recepção de carga, pela prática 
de troca de dados com o porto de origem da carga, ou local de saída desta no 
caso de exportação, fato que permita o input (entrada/lançamento) de dados no 
sistema de gestão de dados do porto, em um tempo menor que o recebimento de 
documentos físicos (papel). 
 
 
10 
Com essas práticas, é possível uma maior agilidade mesmo antes da 
chegada da carga, para que, quando esta esteja presente nas dependências do 
porto, procedimentos como registro de quantidade peso, características de 
armazenamento especial como temperatura controlada em câmaras frias, ou 
contêineres refrigerados, armazéns cobertos, dentre outras particularidades, já 
possam ter sido previamente analisadas de forma que ao chegar ao porto, a carga 
seja imediatamente direcionada ao setor devido além de já estar com informações 
devidamente registradas no sistema de gerenciamento de dados do porto, para 
que não ocorram custos extras para o cliente. 
Com isso, o porto obviamente não estará ganhando um valor adicional por 
serviço de armazenagem extra, mas estará conquistando ao mesmo tempo a 
confiança do cliente para uma constância nas operações e a fidelidade deste nas 
operações de importação ou exportação, por isso quanto mais o Porto se dispuser 
a participar das atividades do cliente, maior será a divulgação da qualidade de 
seus serviços, e mais longa será a parceria comercial, garantindo assim receitas 
ao setor financeiro, como abertura de portas para novos negócios. 
TEMA 2 – ARMAZENAGEM PORTUÁRIA – EXECUÇÃO 
O serviço de armazenagem portuária inicia-se na verdade sob aspectos 
distintos: aspecto comercial e aspecto operacional de mercado, os quais veremos 
a seguir pormenorizadamente. 
2.1 Aspecto comercial 
 Pode ter sua origem num prospecto comercial, em que um colaborador do 
porto, atuante da área de novos negócios, ou outra denominação que se tenha 
para o responsável pela venda dos serviços, mantém contato com empresas por 
meio de visitas, telefonemas, correspondências por e-mails, encontros em feiras 
de negócios etc. e expõem o portfólio de serviços portuários disponíveis. Assim, 
abre-se uma negociação em torno do propósito de conquista do cliente por meio 
de contrato de prestação de serviços por um determinado tempo, ou apenas para 
atendimento em cargas esporádicas que, por sua vez, não requerem elaboração 
de contratos, uma vez que as cobranças dos serviços são elaboradas pelo porto, 
mediante aplicação de tabela pública de preços e tarifas 
 
 
 
11 
2.2 Aspecto operacional de mercado 
O serviço de armazenagem portuária também pode ser originado 
simplesmente pela escolha de um importador ou exportador, que optou por utilizá-
lo para receber sua importação ou despachar sua exportação, por questões como 
menor distância em relação ao seu endereço comercial, ou também por questões 
de pesquisa de mercado quanto a preço praticado pelo porto, sendo esses 
também fatores de definição por cliente de qual porto utilizar para suas demandas 
de comércio internacional. 
 Em qualquer uma das situações, o fato é que o serviço de armazenagem 
deverá compreender o que foi ou pactuado em contrato de prestação de serviço, 
ou aquele formato de prestação de serviço que o porto se propôs a oferecer 
constante em seu portfólio de negócios, sendo que atualmente a forma mais usual 
de se obter a relação ou listagem desses serviços é a utilização de sites dos 
portos, os quais apresentam diversos formatos, porém com a premissa básica de 
demonstrar a estrutura que possui, e principalmente os serviços que oferece, 
justamente visando ao maior alcance possível no aspecto comercial. 
 Para auxílio na compreensão, observemos a seguir uma tela do site de 
determinado porto com dedicação de espaço aos serviços propostos, dentre eles, 
a armazenagem portuária. 
Figura 1 – Página do Porto de Itajaí (localizado em Santa Catarina) 
 
Fonte: Porto de Itajaí, 2019. 
 
 
12 
 A execução do serviço de armazenagem portuária envolve basicamente as 
seguintes ações: 
1. Recepção da carga no porto em container ou carga solta; 
2. Identificação de condições da chegada da carga (apurar avarias); 
3. Direcionamento da carga para o setor conforme a sua característica;4. Gerenciamento das ações/movimentações dessa carga de forma técnica; 
5. Recepção de container vazio para armazenamento e controle. 
 Analisemos sistematicamente cada uma das atividades acima, para 
compreensão da importância e abrangência de cada atividade citada. 
2.2.1 Recepção da carga no porto em container ou carga solta 
 A recepção da carga no porto (normalmente um caminhão contratado pelo 
proprietário da carga), para descarga do(s) container(es), momento em que é 
realizada a inspeção da chegada da carga, que consiste em: 
a. Averiguação quanto ao declarado documentalmente. Nesse momento, o 
porto, ao obter as informações relativas ao peso bruto da carga, acessa o 
Sistema da Receita Federal (Siscomex – Sistema de Comércio Exterior, no 
módulo de permissão concedido ao setor portuário) e executa o 
procedimento conhecido como presença de carga, o qual define que a 
mercadoria chegou ao porto conforme descrita nos documentos (em 
relação ao peso e sem avarias que comprometam o estado da carga), e 
que, a partir daquele ponto, o interveniente, seja importador ou exportador, 
poderá executar as suas funções para cumprimento das normas 
aduaneiras legais atuais, que são basicamente os dispostos na Instrução 
Normativa da Receita Federal n. 680/2006, Decreto Executivo n. 
6759/2009, Portaria do Ministério dos Transportes n. 72/2008, dentre outras 
(todas de responsabilidade do importador/exportador). 
b. Os procedimentos executados pelo setor do porto responsável pela 
disponibilização da presença de carga seguirão os dispostos constantes no 
art. 5º da Instrução Normativa n. 680/2006, inserindo no Sistema Carga 
(diretamente vinculado ao sistema Siscomex), o número identificador de 
carga (NIF), que virá a ser o código de presença de carga para o Importador 
registrar a Declaração Única de Importação (DUIMP), e o Exportador 
registrar a devida Declaração Única de Exportação (DU-E), submetendo-
 
 
13 
as ao crivo da Receita Federal ao seu devido tempo, conforme constante 
na legislação acima descrita. 
Em casos em que a pesagem da carga apresentar resultado diferente do 
constante nos documentos de instrução da carga (nota fiscal e 
conhecimento de transporte), o porto deverá informar ao seu proprietário 
para que este tome as medidas necessárias para a correção documental, 
ou que se proceda à sua devolução até que se tenha a informação correta 
em relação ao físico e ao declarado nos documentos. 
A responsabilidade do porto será unicamente informar o ocorrido, ou seja, 
notificar ao responsável pela carga que há divergência significativa do peso 
bruto declarado, bem como lançar a informação no Sistema Siscomex da 
Receita Federal, para que esta também esteja ciente da discrepância e, se 
for o caso, tome as medidas de adequação conforme a situação daquele 
momento, sendo que cada porto possui sua maneira de atuação interna 
nesse caso, como procedimentos operacionais, por exemplo, os quais são 
passados aos colaboradores via treinamento, mas sempre considerando a 
necessidade de executar com diligência a conferência básica da carga, 
sendo essa uma das responsabilidades do porto na condição de fiel 
depositário conforme legislação vigente para a habilitação e manutenção 
do porto sob essa certificação. 
2.2.2 Identificação das condições de chegada da carga (apuração de 
possíveis avarias) 
 Atrelado ao procedimento de apuração/aferição do peso bruto no ato da 
recepção da carga no porto, observar-se-á outro fator importante, que é a 
condição física dessa carga, que vem a ser a análise visual na parte externa do 
container (em caso de container carregado), para ciência de que o equipamento 
está em condições intactas quanto à sua forma estrutural, pois qualquer avaria 
significativa deve ser relatada imediatamente ao responsável pela entrega do 
container no porto para que se observem os procedimentos necessários em casos 
de avarias de impactos tanto ao equipamento container, quanto a possíveis danos 
causados no interior (carga). Isso pode ensejar a abertura de procedimentos 
particulares de seguradoras para averiguação de responsabilidade quanto à 
causa das avarias, sempre observando as normais legais do momento, 
considerando, entretanto, que essas atividades são de responsabilidade do 
 
 
14 
proprietário das cargas, embora o porto também esteja devidamente assistido por 
sua seguradora em qualquer situação para prever possíveis desgastes e 
dispêndios financeiros causados por tais avarias, caso estas venham a ocorrer 
nas dependências do porto (o que pode ocorrer). 
 Entretanto, não encontrando nenhuma avaria no container, e considerando 
que a etapa de pesagem já fora concluída, o porto concederá a presença de carga 
ao importador/exportador, conforme o art. 5º da Instrução Normativa n. 680/2006, 
e acondicionará a carga no setor/local a ela destinado. 
2.2.3 Direcionamento da carga para o setor conforme a sua característica 
 No ato do recebimento da carga, o Porto procederá ao armazenamento, 
conforme as instruções constantes no conhecimento de transporte cedido pelo 
importador/exportador, bem como informações trocadas via e-mail de instruções 
entre o porto e os requisitantes dos serviços. 
 As adequações quanto ao armazenamento ocorrerá observando-se as 
seguintes características: 
a. Características quanto à temperatura de armazenamento; 
b. Características quanto à particularidade de carga química; 
c. Características quanto à particularidade de carga inflamável; 
d. Características quanto à particularidade de carga viva; 
e. Outras particularidades, analisadas conforme a situação. 
2.2.4 Gerenciamento das ações/movimentações dessa carga de forma 
técnica 
 Armazenamento da carga conforme suas características, como alocação 
em setor apropriado para abastecimento de energia elétrica em container 
refrigerado, alocação de carga química conforme as regras definidas pela ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas), dentre outros tipos de cargas. 
2.2.5 Recepção de container vazio para armazenamento e controle 
 Atividade voltada para a recepção e armazenamento de container vazio, o 
qual, após ter sido descarregado no importador, oriundo de importação, retorna 
 
 
15 
ao porto, que oferece o serviço de armazenamento durante o tempo requisitado 
pelo armador proprietário do equipamento. 
TEMA 3 – ARMAZENAGEM PORTUÁRIA NA VISÃO DO CLIENTE 
É importante consideramos a visão do cliente em relação àquilo que ele 
espera do serviço de armazenagem portuária, pois sabemos que os concorrentes, 
por exemplo, os Portos Secos (EADIs – Estações Aduaneiras de Interior), 
oferecem os mesmos serviços de armazenagem alfandegadas, e na maioria dos 
casos com preços menores que os portos, o que pode suscitar a seguinte 
pergunta: 
Por que armazenar a carga no Porto, e não direcioná-la para uma EADI? A 
resposta deveria ser: porque o porto pode executar um serviço melhor, em menor 
tempo, e com custo menor que o de remoção para uma EADI via DTA (Documento 
de Trânsito Aduaneiro). Isso deve refletir na qualidade do serviço de 
armazenagem, por exemplo, na disponibilidade do porto para atender pedidos de 
desova de carga para vistorias em menor tempo que as EADI´s, facilitação ao 
acesso nas dependências do porto, por meio de prévio agendamento, auxílio para 
flexibilização de horários de carregamento de cargas após a liberação aduaneira, 
facilitando assim a questão logística do importador. Todos esses são alguns 
exemplos de diferenciais do porto em relação aos grandes concorrentes, que são 
as EADIs. 
TEMA 4 – A SEGMENTAÇÃO DO SERVIÇO DE ARMAZENAGEM PORTUÁRIA 
Precisamos compreender que o serviço de armazenagem portuária, seja 
ela alfandegada ou não (veremos oportunamente cada uma delas), é realizado 
com a máxima observação na demanda da região onde o porto está localizado, 
como podemos exemplificar a seguir: 
Se o porto encontra-se em umaregião próxima a um polo industrial 
automotivo, é salutar que os colaboradores estejam, o máximo possível, 
sincronizados com o que ocorre nessa área industrial, uma vez que quanto mais 
conhecimento o porto possuir em relação principalmente à cadeia logística desse 
setor industrial, maiores serão as opções de serviços de armazenagem que 
atenda às demandas dessa área, por exemplo, sugerir às montadoras e 
fornecedoras de autopartes do polo industrial automotivo um serviço de 
 
 
16 
armazenagem que contemple o recebimento de cargas distintas, mas que no 
próprio armazém portuário se proceda a um serviço de unitização ou segregação 
de materiais de acordo com a demanda da entrada das peças na linha de 
produção, de modo que, ao sair do porto, a mercadoria já esteja totalmente 
preparada para adentrar ao setor fabril sem nenhuma necessidade de inspeção 
quanto à qualidade ou estado físico, pois esse serviço já foi realizado no porto, o 
que produz ganho de tempo na produção, reduzindo custos ao cliente. 
TEMA 5 – O PERFIL DO PROFISSIONAL 
A palavra competitividade causa certo incômodo em muitas ocasiões pelo 
fato de que traz consigo sempre a necessidade de um maior emprego de energia 
de trabalho e esforço em termos de investimento em estudo para crescimento da 
carreira profissional principalmente, além da entrega de tempo que muitas vezes 
é subtraída do convívio familiar etc. Tudo isso promove impacto imediato nas 
decisões de qualquer profissional, mas é necessário estarmos atentos quanto ao 
dinamismo e ao valor de mercado que a atuação no setor portuário promove. 
Atuar no setor de armazenagem portuária não se resume em receber 
cargas, armazená-las e entregá-las ao cliente, uma vez que, se levarmos em 
consideração os trâmites internos do porto, vai muito além disso na medida em 
que consideramos que as tratativas de comércio exterior presentes em uma carga 
envolvem também o profissional da gestão da armazenagem, pois este precisa 
estar completamente envolvido com a programação logística da carga, senão 
vejamos: 
5.1 Carga de importação 
A Aduana Brasileira é conhecida principalmente por sua robustez nos 
procedimentos de fiscalização de mercadorias, sendo que nas importações o rigor 
é maior em relação ao que ocorre nas exportações, o que envolve os seguintes 
elementos: 
a. A incidência de vistoria física na importação é maior; 
b. O volume de cargas na importação é maior; 
c. A legislação aduaneira na importação é mais severa. 
São aspectos que proporcionam aos profissionais do setor de 
armazenagem portuária a oportunidade de participar mais ativamente, 
 
 
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principalmente se dispondo a conhecer as regras aduaneiras, para propor ganhos 
de escala de serviço aos clientes, por meio de disponibilidade de cargas de 
importação para conferências da Receita Federal, sempre com maior praticidade 
do que ocorre atualmente nos portos, onde as cargas de importação, ao serem 
descarregadas dos navios, são armazenadas, na sua grande maioria, apenas por 
ordem de descarga, com exceção das cargas perigosas e refrigeradas, pois as 
demais, consideradas cargas gerais, não possuem tratamento diferenciado no 
armazenamento. 
Mesmo assim, um profissional que se atenha a questões de observação 
quanto às normas aduaneiras para parametrização das importações (observar 
dispostos nos arts. 21 a 41 da Instrução Normativa RFB n. 680/2006) pode propor 
ao setor operacional do porto que as cargas do determinado cliente sejam 
armazenadas em local de acesso facilitado no momento de retirar um container 
da pilha de armazenamento para o procedimento de vistoria da Receita Federal 
(que também pode ser compreendido após leitura da legislação acima citada). 
Toda essa aplicação do porto na execução do serviço de gestão de 
armazenagem permite ao profissional se mostrar ao cliente como um diferencial 
em relação aos concorrentes que não observam essas questões, as quais 
proporcionam redução de prazo da carga no porto, o que automaticamente reduz 
o custo do cliente e aumenta a chance de fidelização deste em relação ao porto 
utilizado para embarque e desembarque de suas cargas de importação e 
exportação. 
5.2 Carga de exportação 
 De maneira muito similar às importações, o Profissional da Armazenagem 
Portuária deve concentrar esforços na gestão de armazenamento de cargas de 
exportação sob os seguintes aspectos: 
a. Deadline de carga em relação à ETD de navio; 
b. Observações de regras da Aduana para Exportações; 
c. Liberação documental; 
d. Conclusão/embarque. 
Agora vejamos cada um dos aspectos detalhadamente. 
 
 
 
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5.2.1 Deadline de carga em relação à ETD de navio 
O deadline de carga em relação à ETD de navio é o procedimento pelo qual 
o armador do navio determinou a sua programação naquele determinado porto, 
ou seja, trata-se das atividades relacionadas a carga e descarga na viagem desse 
veículo, que precisam estar totalmente definidas antes mesmo da chegada do 
navio ao porto, quando da descarga das cargas de importação. Por isso existe a 
necessidade de o profissional estar atento para as datas informadas pelo armador, 
para não ocorrerem atrasos documentais e perda de embarque motivadas por 
inobservâncias de prazos estimados para chegada (atracação) do navio e saída 
(desatracação), ou término da operação do navio. 
5.2.2 Observação de regras da Aduana de Exportações 
Atualmente, o exportador, por meio de seus representantes legais, os 
despachantes aduaneiros, executam as atividades gerenciais aduaneiras, pelo 
Sistema Siscomex Integrado, que é o Portal do Siscomex, no qual são elaboradas 
as inclusões de dados de carga, e onde o fiel depositário do porto irá informar se 
a carga adentrou ao terminal portuário de forma intacta (sem avarias e com dados 
de pesos iguais aos declarados nos documentos). 
5.2.3 Liberação documental 
A liberação documental será o momento em que o gestor da armazenagem 
portuária vai conferir os dados de recebimento da carga, para então disponibilizá-
la para o órgão anuente do despacho aduaneiro, que é a Receita Federal do 
Brasil. 
5.2.4 Conclusão/embarque 
O embarque da carga será a última atividade executada pelo gestor da 
armazenagem portuária, considerando que a parte documental é a que lhe cabe, 
estando atualmente totalmente sistematizado em ERPs (Enterprise Resources 
Planning) dos Portos, o que agiliza o processo documental e garante segurança 
na troca de dados das cargas, momento em que estas são liberadas para serem 
carregadas no navio requisitado para aquele determinado embarque. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
CALADO. Wikipedia, 11 jun. 2018. Disponível em: 
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Calado>. Acesso em: 16 mar. 2019. 
LUCHEZZI, C. Gestão de armazenamento, estoque e distribuição. São Paulo: 
Pearson Education do Brasil, 2015. 
MORGAN, G. Imagens da organização. Tradução Cecília Whitaker Bergamini e 
Roberto Coda. São Paulo: Atlas, 1995. 
PORTO DE ITAJAÍ. Disponível em: <http://www.portoitajai.com.br/novo/>. Acesso 
em: 16 mar. 2019. 
PORTONAVE. Critérios para a prestação de serviços. 2019. Disponível em: 
<http://www.portonave.com.br/pt/servicos/criterios-para-prestacao-de-servico/>. 
Acesso em: 16 mar. 2019. 
PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL. Disponível em: 
<https://www.apsfs.sc.gov.br/>. Acesso em: 16 mar. 2019. 
ROBLES, L. T.; NOBRE, M. Logística internacional: uma abordagem para a 
integração de negócios. Curitiba: InterSaberes, 2016. 
SZABO, V. Logística Internacional. São Paulo: Pearson Education do Brasil: 
2016 
TRIPOLI, A. C. K.; PRATES, R. C. Comércio internacional: teoria e prática. 
Curitiba: InterSaberes, 2016.

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