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INSTRUÇÃO
E
FEEDBACK AUMENTADO
Profa. Mônica Menezes Oliveira
INSTRUÇÃO E FEEDBACK AUMENTADO
• A FAMÍLIA FEEDBACK:
Como você aprendeu uma atividade física? Como foram
suas primeiras tentativas? Surgiram perguntas que alguém
teve que responder para ajudá-lo a melhorar seu desempe-
nho e auxiliá-lo a entender o que estava fazendo errado?
Isso ocorre normalmente na etapa inicial da aprendiza-
gem de uma habilidade.
Os tipos de feedback se distinguem quanto a origem:
• Feedback intrínseco à tarefa
• Feedback aumentado
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1. Feedback intrínseco à tarefa
Consiste no feedback sensorial disponível durante ou
depois de a pessoa desempenhar uma habilidade e que é
uma parte da própria situação de desempenho da habilida-
de que ocorre naturalmente.
2. Feedback aumentado
Feedback que provém de fontes externas e acrescenta 
ou aumenta o feedback intrínseco à tarefa.
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Feedback
Feedback 
intrínseco à tarefa
Feedback 
aumentado
Visual Auditivo TáctilProprioceptivo
Conhecimento 
de Resultados
Conhecimento 
de Desempenho
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Tipos de Feedback aumentado
O feedback aumentado aumenta o feedback intrínseco 
à tarefa de duas formas distintas:
1. O feedback aumentado melhora o feedback
intrínseco à tarefa que o próprio sistema sensorial 
da pessoa pode detectar prontamente.
2. O feedback aumentado acrescenta informação que a 
pessoa não consegue detectar usando seu sistema 
sensorial
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Categorias de Feedback aumentado
1. Conhecimento de resultado (CR)
Consiste em informação apresentada externamente 
sobre o resultado do desempenho de uma habilidade ou 
sobre a obtenção da meta do desempenho. Por exemplo, 
(você acertou a flecha no azul na posição da 9 horas).
2. Conhecimento de desempenho (CD)
Consiste em informação sobre a característica do 
movimento responsável pelo resultado do desempenho.
Por exemplo, (você acertou a flecha no azul na posição da 
9 horas porque puxou o arco para a esquerda ao soltar a 
flecha).
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Os papéis do Feedback aumentado na 
aquisição de habilidades
O feedback aumentado desempenha dois papéis no 
processo de aprendizagem de habilidades.
• facilitar a obtenção da meta da habilidade 
• motivar o aprendiz a continuar se esforçando em 
direção à meta
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O Feedback aumentado é essencial para a aquisição
de habilidades?
Há quatro respostas para essa questão:
1. O feedback aumentado pode ser fundamental para a 
aquisição de habilidades. Em algumas situações os prati-
cantes não podem utilizar o feedback sensorial crítico para 
determinar o que deve ser feito para melhorar o desempe-
nho. Alguns exemplos:
• Não pode ver o alvo a ser atingido;
• Doenças, ferimentos – a pessoa não possui os traje-
tos sensoriais disponíveis para detectar o feedback intrín-
seco à tarefa.
• A pessoa não pode usar o feedback – não conse-
gue determinar a distância deslocada ou a velocidade 
do arremesso devido à falta de experiência.
2. O feedback aumentado pode não ser fundamental para 
a aquisição de habilidades. 
Algumas habilidades motoras fornecem, inerentemen-
te,um feedback intrínseco à tarefa suficiente, de modo que 
o feedback aumentado se torna redundante. 
Se não for necessário receber feedback aumentado é 
porque a habilidade tem uma característica importante: 
um referencial externo detectável no ambiente que a 
pessoa pode utilizar para determinar a adequação da ação.
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3. O feedback aumentado pode melhorar a aquisição de
habilidades.
Muitas habilidades motoras podem ser aprendidas sem
feedback aumentado. Entretanto muitas pessoas aprendem
mais rapidamente ou as desempenham num nível mais ele-
vado se receberem o feedback aumentado durante a prática
cujo efeito é melhorar a qualidade da aprendizagem dessas
habilidades.
Essas são habilidades em que o aperfeiçoamento ocorre
somente através de feedback intrínseco à tarefa, mas que
devido a certas habilidades ou características do aprendiz o
aperfeiçoamento do desempenho atinge somente um certo
nível.
Ex.: mover-se o mais rápido possível melhora com o CR
o padrão de coordenação de múltiplos membros melhora se
adicionado o CD.
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Mover-se o mais rápido possível 
melhora com o CR
O padrão de coordenação de múltiplos 
membros melhora se adicionado o CD.
4. O feedback aumentado pode dificultar a aprendizagem
de habilidades.
Esse processo ocorre quando o aprendiz se torna de-
pendente do feedback aumentado que não será fornecido
num teste, em algumas situações em que o feedback au-
mentado não é fornecido, não somente o desempenho é
prejudicado como o resultado do teste é igual ao que seria
obtido se o feedback aumentado não tivesse sido
fornecido.
Ex: Fornecer feedback aumentado concomitantemente à
prática
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Fornecer feedback aumentado 
concomitantemente à prática
Dinamômetro de mão
Os profissionais que se dedicam ao estudo de 
habilidades motoras podem fornecer feedback
aumentado de várias formas
O feedback aumentado orienta a atenção:
O feedback aumentado funciona como um tipo de inten-
ção momentânea, porque ele pode chamar a atenção do
indivíduo para um aspecto específico do desempenho da
habilidade. É a parte da habilidade que, se corrigida, terá
um efeito significativo, imediato e positivo no desempenho.
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O feedback aumentado orienta a atenção:
Tipos de informação que o feedback aumentado deve
conter:
•Informação sobre erros versus aspectos corretos do
desempenho: se a informação que o instrutor transmite
parao aprendiz, deve estar relacionada com os erros cometi-
dos (feedback informativo) ou com os aspectos corretos do
desempenho (feedback mais motivador). Dependerá do obje-
tivo da informação
•Informação qualitativa versus informação: 
quantitativa:se envolver valor numérico relacionado ao de-
sempenho é quantitativo, se a informação ser refere à quali-
dade do desempenho é qualitativo.
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O feedback aumentado orienta a atenção:
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• O feedback aumentado baseado na amplitude do
desempenho: fornecer o feedback somente quando os erros
são suficientemente grande para merecer atenção. Esse
limite de tolerância de erros deve ser estabelecido pelo
instrutor, especificando quando deverá ser ou não fornecido o
feedback aumentado.
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Conhecimento de Desempenho (CD):
O CD verbal deve se basear no erro mais crítico
cometido durante a tentativa de prática: o professor deve
identificar esse erro baseado na análise da habilidade e na
lista de prioridades dos componentes da habilidade.
O CD prescritivo é mais aconselhável para os
novatos, enquanto que o CD descritivo é mais adequado
para pessoas mais qualificadas.
As repetições de videoteipe podem ser muito
eficientes com os principiantes, se os instrutores os
orientarem a detectar e corrigir os erros enquanto assistem
ao teipe.
Os esquemas criados por computador da
cinemática do desempenho de uma habilidade serão mais
eficazes, no aperfeiçoamento de uma habilidade para
praticantes mais avançados que para iniciante.
� Como você deve proceder para ensinar alguém a 
praticar uma habilidade?
� DEMONSTRAÇÃO OU COMUNICAÇÃO VERBAL, 
OU A COMBINAÇÃO DAS DUAS?
� Qual a forma preferível?
� Quando deveríamos usar cada um deles ou ambos?
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DEMONSTRAÇÃO
COMUNICAÇÃO VERBAL
COMBINAÇÃO DAS DUAS
� DEMONSTRAÇÃO:
� O que o observador percebe da demonstração:
Devemos analisar realmente o que uma pessoa “vê”
quando uma habilidade é demonstrada.
- O observador percebe e utiliza aspectos invariantes
do padrão de movimento coordenado a fim de
desenvolver seu próprio padrão de movimento para
desempenhar a habilidade.
- Investigação sobre a percepçãovisual do movimento
e investigação sobre o efeito da demonstração na
aprendizagem de uma habilidade complexa.
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Utilizando um procedimento conhecido como técnica
do ponto de luz, diversos pesquisadores identificaram a
informação relacional envolvida na percepção do movi-
mento humano.
Esse procedimento consiste em colocar luzes ou pontos
de brilhantes nas articulações de um modelo,que é então
filmado ou gravado em fita, durante o desempenho de
uma ação. Em seguida o experimentador reproduz a fita
ou vê o filme de modo que a pessoa que participa do ex-
perimento vê somente pontos brilhantes e não o modelo
todo.
Mostrou-se que as pessoas podiam identificar diferen-
tes padrões de passos, como corrida e caminhada, so-
mente pela observação da distribuição de pontos.
Dois aspectos importantes para compreensão da
aprendizagem observacional: 
1. As pessoas reconhecem diferentes padrões de passos
com precisão e rapidez, sem ver o corpo todo ou o movi-
mento dos membros (Ex. Técnica do ponto de luz)
2. A informação mais importante envolvida na aprendi-
zagem observacional são as relações invariantes no 
movimento coordenado.
� A influência das características da habilidade:
O efeito da demonstração na aquisição de habilidades,
depende das características da habilidade que está sendo
aprendida. A característica mais importante que privilegia
a demonstração é que a habilidade que está sendo
aprendida requer a aquisição de um novo padrão de
coordenação.
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� Observação de demonstrações desempenhadas 
corretamente:
- Um princípio básico de orientação para demonstrar 
habilidade consiste no desempenho correto da habilidade
pelo instrutor
- Por que demonstrações mais precisas levariam a
uma aprendizagem melhor?
Parece lógico esperar que a qualidade do desempenho
decorrente da observação e uma demonstração esteja
relacionada com a qualidade da demonstração. Além de
captar a informação da coordenação, o observador tam-
bém percebe a informação sobre a estratégia utilizada
para resolver o problema do movimento.
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Observação de demonstrações desempenhadas corretamente
� Observação de demonstradores não-treinados:
- A preferência é por observar demonstradores bem 
treinados, mas principiantes podem derivar benefícios da 
aprendizagem, mesmo observando demonstradores não 
treinados. Esse tipo de informação é eficiente, somente se 
o observador e o modelo forem principiantes aprendendo 
a habilidade.
Uma vantagem é que esse fator estimula o observador 
a se envolver mais ativamente na solução de um proble-
ma. 
O observador pode ver o modelo e ouvir o feedback
aumentado dado pelo instrutor.
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Observação de demonstradores não-treinados
� A freqüência de demonstração de uma habilidade:
- Um dos motivos para demonstrar uma habilidade é
comunicar como desempenhar a habilidade.
Para Bandura (1990), seria recomendável demonstrar a
habilidade antes que a pessoa começasse a praticá-la e
que, principalmente, o instrutor deveria continuar a de-
monstração durante a prática quantas vezes fosse neces-
sário. Observar o modelo com maior freqüência leva a
uma melhor aprendizagem da habilidade.
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A freqüência de demonstração de uma habilidade
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• Modelamento auditivo:
Consideremos uma habilidade em que a meta seja
mover-se segundo um certo critério de tempo de
movimento. Por exemplo aprender uma seqüência de
dança ouvindo a estrutura musical.
Até aqui nos concentramos na demonstração visual,
mas há habilidades em que a demonstração visual é
menos eficiente para a aprendizagem que outras formas
de demonstração.
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• Como a observação de demonstrações influencia a
prendizagem:
TEORIA DA MEDIAÇÃO COGNITIVA: Quando
uma pessoa observa um modelo, ela traduz a informação
do movimento observado em um código de memória
simbólica que forma a base de uma representação
armazenada na memória. A representação da memória
funciona como um guia no desempenho da habilidade e
como um padrão para a detecção e correção de erros. O
processo cognitivo age como um mediador entre a
percepção da informação do movimento e o desempenho
da habilidade, estabelecendo um representação da
memória cognitiva entre a percepção e a ação.
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De acordo com Bandura a aprendizagem é orientada
por quatro subprocessos:
1. Processo de atenção (determina o que a pessoa
observa e que informação ela extrai das ações do modelo)
2. Processo de retenção (a pessoa tenta reproduzir o que
foi realizado pelo modelo para “aprender”)
3. Processo de reprodução do comportamento (a pes-
soa transforma e reestrutura o que observa em códigos
simbólicos que são armazenados na memória como
modelos internos para a ação)
4. Processo de motivação (envolve o incentivo ou
o movimento para desempenhar a ação do modelo)
� Ter em mente que a demonstração de uma habilidade será
mais vantajosa quando a habilidade a ser aprendida exigir a
aquisição de um novo padrão de coordenação. Os exemplos
incluem aprender a sacar no tênis, aprender um novo passo de
dança e aprender como sentar numa cadeira de rodas.
� Estar consciente de que, se a habilidade que está sendo
aprendida envolver a aprendizagem de uma nova característica
de parâmetro de controle para um padrão já aprendido de coor-
denação, a demonstração não será mais benéfica que a instru-
ção verbal. Os exemplos incluem aprender a arremessar uma
bola com velocidades diferentes, a aprender a chutar uma bola
de distâncias diferentes e aprender a segurar e levantar xícaras
de diferentes tamanhos.
Implementação da demonstração em 
programações de instrução de habilidades
� Demonstrar frequentemente e não fazer comentários verbais 
durante a demonstração, para reduzir um problema potencial de 
capacidade de atenção.
� Certificar-se que o observador pode ver os aspectos críticos
da habilidade que você está demonstrando. Pode ser útil cha-
mar a atenção do observador verbalmente para esses aspectos,
imediatamente antes da demonstração.
� Se você não puder demonstrar uma habilidade muito bem, 
utilize alguma outra forma de demonstrar a habilidade, como um
filme ou um vídeo, pessoa.
� Em alguns casos, permita que os iniciantes observem outros 
principiantes praticando uma habilidade.
Implementação da demonstração em 
programações de instrução de habilidades
INSTRUÇÃO E FEEDBACK AUMENTADO
• PISTAS E INSTRUÇÕES VERBAIS:
Diretrizes para a utilização de pistas verbais para 
instrução de habilidades e reabilitação
• As pistas devem ser declarações curtas constituídas de uma
ou duas palavras. Informe somente os elementos mais críticos
do desempenho da habilidade.
• As pistas devem estar relacionadas logicamente com os as-
pectos da habilidade que elas deverão auxiliar.
• As pistas podem orientar uma seqüência de vários movimen-
tos
• As pistas podem ser particularmente úteis para orientar os
desvios da atenção.
• As pistas servem efetivamente, para preparar uma estrutura
rítmica distinta para uma seqüência de movimentos.
•As pistas devem ser cuidadosamente cronometradas para
preparar o desempenho e não interferir nele.
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• A INFLUÊNCIA DA POSIÇÃO SERIAL:
Muitas habilidades requerem que as pessoas aprendam
uma seqüência específica de ações ou de movimentos.
Por exemplo: dançar, tocar piano fazer ginástica, andar de
skate e praticar nado sincronizado, são algumas atividades
que requerem que as pessoas aprendam seqüências. Ao
fornecer as instruções para esses tipos de habilidades é
preciso informar em que ponto da seqüência se encaixa
um determinado componente.
Os primeiros e últimos ítens de uma seqüência são lem-
brados com maior facilidade que os do meio. Isso mostra
como uma pessoa se lembra de uma série de eventos em
função da posição de cada evento na seqüência.
• A INFLUÊNCIA DA POSIÇÃO SERIAL:

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