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Nome: Edith Coradi Bisognin 2º Período - Medicina Data: 21/10/2021 TICS 9 – TIREOIDECTOMIA 1. O que orientar a um paciente candidato a uma tireoidectomia total? A tireoidectomia é um procedimento cirúrgico relativamente seguro, suas principais complicações estão relacionadas à lesão das glândulas paratireoides, as quais são potencialmente manifestadas pela hipocalcemia temporária ou permanente. Primeiramente convém ressaltar que o procedimento tem evoluído bastante no último século, e tornou-se uma cirurgia segura com resultados favoráveis. A tireoidectomia pode ser realizada para uma série de condições benignas e malignas, incluindo nódulos de tireoide, hipertireoidismo, bócio obstrutivo, câncer de tireoide, linfoma de tireoide primária. Convém pontuar também que as seguintes orientações devem ser feitas: Cálcio: é necessário comentar sobre o uso de cálcio, principalmente após a cirurgia de tireoidectomia total. Ele é prescrito para evitar ou tratar sintomas desagradáveis da hipocalicemia, como câimbras e formigamentos. São utilizados temporariamente, na maioria das vezes, até a função das glândulas paratireoides se reestabelecerem. Reposição hormonal: orientar acerca da necessidade de reposição dos hormônios tireoidianos, que irão parar de ser produzidos com a retirada da glândula, e são necessários para um bom funcionamento corporal, uma vez que, estão relacionados com a regulação do metabolismo. É importante evitar tomar qualquer medicação que contenha ácido acetilsalicílico por 10 dias antes da cirurgia. Isso inclui remédios como ASS, aspirina, buferin. O uso desses medicamentos aumenta o risco de sangramento durante a cirurgia e no pós-operatório. 2. Quais os riscos que podem ocorrer nessa cirurgia? As complicações da cirurgia de tireoidectomia incluem rouquidão, seroma ou hematoma, mudança de voz, paresia de cordas vocais, lesão traqueal ou esofágica e disfagia. Outras possíveis complicações incluem: Hipocalcemia: devido ao hipoparatireoidismo. Após a tireoidectomia pode haver diminuição da função das glândulas paratireoides, o que ocasiona numa queda dos níveis de cálcio no sangue, já que elas são responsáveis pela produção do paratormônio (PTH), o qual é responsável pelo aumento da absorção de cálcio no sangue. Síndrome de Horner: é uma complicação rara, mais frequentemente associada a uma dissecção lateral do pescoço. É uma síndrome neurológica causada pela interrupção da via simpática que abastece a cabeça, olho e pescoço. Os sintomas são miose, ptose e anidrose. A corrente simpática pode ser interrompida devido a danos isquêmicos no nervo, alongamento da cadeia simpatizante cervical pelo retrátil, ou hematoma pós-operatório. Nome: Edith Coradi Bisognin 2º Período - Medicina Data: 21/10/2021 Hemorragia pós-operatória: ela pode comprimir a traqueia, dificultando a respiração; o sangue se acumula na cápsula fibrosa da glândula. Atrofia ou remoção de todas as glândulas paratireoides: a posição das paratireoides acarreta o risco de sua lesão ou retirada durante cirurgias no pescoço. As glândulas paratireoides superiores podem ocupar uma posição tão alta quanto a da cartilagem tireóidea, e as glândulas paratireoides inferiores podem estar em um nível bem abaixo. A atrofia ou remoção inadvertida de todas as glândulas acarreta tetania, uma síndrome neurológica caracterizada por espasmos musculares e câimbras, devido a diminuição de cálcio na corrente sanguínea. REFERÊNCIAS: • WANG, Tracy S; LYDEN Melanie L; SOSA, Julie Ann. Tireoidectomia. UPTODATE, 2020. • L., M.K.; F., D.A.; R., A.A.M. Anatomia Orientada para Clínica, 8ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. • CAPUZZO, Renato de Castro. O que você precisa saber sobre Tireoide? Sociedade Brasileira de Cabeça e Pescoço, 2018
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